Ofício-Circulado 119951, de 10/11/1998 - Direcção de Serviços do IVA



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Transcrição:

Ofício-Circulado 119951, de 10/11/1998 - Direcção de Serviços do IVA IVA ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO-LEI Nº 323/98, DE 30 DE OUTUBRO IVA ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO-LEI Nº 323/98, DE 30 DE OUTUBRO Ofício-Circulado 119951, de 10/11/1998 - Direcção de Serviços do IVA 1. ÂMBITO DO DIPLOMA E ENTRADA EM VIGOR: No Diário da República nº 251/98, I Série A, de 98.10.30, foi publicado o Decreto--Lei nº 323/98, que introduziu alterações ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA) e a alguma legislação complementar. Ressalvando as disposições especiais sobre a aplicação temporal do regime de tributação dos combustíveis e da eliminação da isenção prevista na alínea d) do nº 1 do artº 9º do CIVA, que adiante se referirão, as restantes alterações decorrentes da publicação daquele diploma, entram em vigor em 98.11.04, no Continente, e em 98.11.14, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, em conformidade com o disposto na Lei nº 6/83, de 29 de Julho. Sem dispensar a consulta atenta do referido Decreto-Lei, chama-se desde já a atenção para algumas das principais alterações agora introduzidas. 2. ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA - ENTRADA EM VIGOR EM 98.11.04, NO CONTINENTE, E EM 98.11.14, NAS REGIÕES AUTÓNOMAS DA MADEIRA E DOS AÇORES: 2.1 Renúncia à isenção, nos termos do nº 4 do artº 12º do CIVA, por sujeitos passivos que arrendem bens imóveis ou partes autónomas destes: Com a alteração do nº 4 do artº 12º do CIVA, clarifica-se que tal renúncia apenas pode ser exercida quando se verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:? Os bens imóveis dados em locação sejam utilizados pelos adquirentes em actividades total ou parcialmente tributadas;? O arrendamento dos bens imóveis seja feito a sujeitos passivos de imposto que não se encontrem enquadrados no Regime Especial dos Pequenos retalhistas. Esta alteração legislativa vem uniformizar os condicionalismos impostos por Lei para as transmissões e para o arrendamento de imóveis, caso se pretenda utilizar a possibilidade de renúncia à isenção, prevista no artº 12º do CIVA. 2.2 Taxas de câmbio a utilizar quando os elementos necessários à determinação do valor tributável são expressos em moeda estrangeira, nos termos do nº 9 do artº 16º do CIVA: Na determinação do valor tributável os sujeitos passivos passam a poder optar pela aplicação das taxas de câmbio:? Constantes das tabelas indicativas divulgadas pelo Banco de Portugal;? De venda praticadas por qualquer banco estabelecido em território nacional. 2.3 Dedução do imposto suportado nas aquisições de gases de petróleo liquefeitos (GPL): Com a alteração da alínea b) do nº 1 do artº 21º do CIVA, passa a permitir-se a concretização do direito à dedução do imposto suportado com a aquisição de GPL, cujo imposto será dedutível na proporção de 50%, excepto quando utilizado nos casos a seguir indicados, em que o imposto é totalmente dedutível: 1

? Veículos pesados de passageiros;? Veículos licenciados para transportes públicos, exceptuando-se os rent-a-car;? Máquinas consumidoras de GPL, que não sejam veículos matriculados;? Tractores com emprego exclusivo ou predominante na realização de operações culturais inerentes à actividade agrícola. 2.4 Possibilidade de utilização do método de afectação real não condicionada à comunicação prévia à Direcção-Geral dos Impostos: Alterada a redacção do nº 2 do artº 23º do CIVA, passa a permitir-se a utilização do método de afectação real não condicionada à prévia comunicação à Direcção--Geral dos Impostos. Esta alteração não obsta a que o sujeito passivo tenha de indicar, aquando da entrega da declaração de inicio de actividade (prevista no artº 30º do CIVA), qual o método previsto no artº 23 do CIVA, que pretende utilizar; não obsta também a que o sujeito passivo tenha de comunicar a alteração (mediante a entrega da declaração prevista no artº 31º do CIVA), caso pretenda mudar de método. Assim sendo, ainda que não tenha sido cumprido o formalismo da comunicação da utilização do método de afectação real, passa a ser possível aceitar-se à posteriori essa utilização, caso o sujeito passivo concretize, de facto, tal afectação real, ou seja, o aspecto meramente formal da falta de comunicação pode ceder face à real utilização do método. 3. ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA - ENTRADA EM VIGOR EM 99.01.01: 3.1 Eliminação da isenção prevista na alínea d) do nº 1 do artº 9º do CIVA, que abrange as prestações de serviços efectuadas no exercício das profissões de tradutor, intérprete, guia-intérprete e similares: É eliminada a referida isenção a partir do dia 1 de Janeiro de 1999. Tal eliminação tem como consequência imediata a imposição de uma obrigação declarativa, que deve ser cumprida durante o mês de Janeiro de 1999 e que se traduz na obrigatoriedade de entrega de uma declaração de alterações, prevista no artº 31º do CIVA, que evidencie o volume de negócios referente ao ano de 1998. Face à entrega dessa declaração de alterações, os sujeitos passivos que efectuem prestações de serviços no exercício das profissões de tradutor, intérprete, guia-intérprete e similares, podem ficar enquadrados num dos seguintes regimes de tributação:? No regime especial de isenção previsto no artº 53º do CIVA: Os sujeitos passivos que levem a efeito tais prestações de serviços, podem ficar enquadrados neste regime, desde que, não possuindo nem tendo obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos de IRS ou IRC, nem praticando operações de importação, exportação ou actividades conexas, não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a 2.000 contos. Assim, não liquidarão imposto relativamente às operações activas que efectuem, nem poderão exercer o direito à dedução do imposto que suportam a montante.? No regime normal de tributação: Ficam obrigados a proceder à liquidação do IVA, podendo exercer o direito à dedução do imposto que suportam a montante, ressalvadas as exclusões e limitações previstas nos artºs 19 e seguintes do CIVA. Ainda que a obrigação de entrega da declaração atrás referida seja efectuada durante o mês de Janeiro de 1999, a obrigação de liquidação do IVA deve ser efectuada nas operações realizadas a partir de 99.01.01. A actual redacção do nº 1 da alínea a) do artº 12º do CIVA, que deixou de contemplar a possibilidade dos sujeitos passivos que efectuassem prestações de serviços no exercício das profissões de tradutor, intérprete, guia-intérprete e similares, renunciarem à isenção (já que estas prestações deixaram de estar isentas), entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 1999. 2

3.2 Mapas recapitulativos de clientes e fornecedores que impliquem a utilização de mais de uma folha de continuação: O cumprimento desta obrigação passa a fazer-se por meio de suporte magnético, em conformidade com o actual nº 12 do artº 28 do CIVA, mediante a apresentação, ou envio pelo correio, de banda, "cartridge" ou "disquete", para a Direcção de Serviços de Produção e Suporte Técnico da Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), Apartado 1852-1071 - 810 Lisboa. A apresentação ou envio para o referido local terá de ser acompanhada da respectiva guia de remessa, em duplicado, modelo 1336 da INCM (ou outra com o mesmo traçado). Quanto às especificações técnicas a que tais suportes magnéticos devem obedecer, constam do verso da supra citada guia de remessa. Esta obrigação é aplicável às operações efectuadas a partir de 1 de Janeiro de 1999. 4. REGIME DE TRIBUTAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS: 4.1 Caracterização do regime e entrada em vigor: A partir de 99.01.01, as transmissões dos combustíveis ficam submetidas às regras gerais do imposto, aplicando-se-lhes o sistema de liquidação e dedução ao longo das várias fases do circuito económico que se encontra inerente à mecânica do regime normal de tributação em sede de IVA. Assim, passam a estar também abrangidos pelo regime normal de tributação os seguintes combustíveis:? A gasolina para viaturas e o gasóleo (anteriormente regulamentados no Decreto-Lei nº 521/85, de 31 de Dezembro);? Os combustíveis gasosos (anteriormente regulamentados pela Lei nº 9/86, de 30 de Abril);? O petróleo iluminante e carburante ( antes regulamentado pelo artº 6º do Decreto-Lei nº 185/86, de 14 de Julho). 4.2 Disposições transitórias aplicáveis: A passagem do regime especial de tributação, ao regime normal, levou o legislador a adoptar as seguintes disposições transitórias:? Sobre o momento em que o Imposto sobre o Valor Acrescentado é devido e se torna exigível, dispõem os artºs 7º e 8º do CIVA. Não obstante aquelas disposições legais, para os combustíveis entregues à consignação, o legislador definiu tal momento, como sendo a data de leitura dos contadores das bombas, leitura essa efectuada pelo consignatário, com uma periodicidade semanal mínima.? Os sujeitos passivos enquadrados no regime normal de tributação que comercializem combustíveis, poderão deduzir o imposto suportado na aquisição das suas existências na data da cessação do regime especial de tributação. Para o efeito, deverão elaborar um inventário de existências a 31 de Dezembro de 1998, do qual deverão constar:? As quantidades e a descrição dos combustíveis que passam a ficar abrangidos pelo regime normal;? O preço de compra;? O imposto suportado 3

O inventário deverá ser elaborado em duplicado e será entregue na repartição de finanças competente até ao final do mês de Janeiro de 1999. O duplicado será devolvido depois de averbado o recebimento do original. O exercício do direito à dedução concretizar-se-á na declaração periódica correspondente à data da entrada em vigor do regime normal de tributação. Os sujeitos passivos enquadrados no regime especial de isenção ou no regime especial dos pequenos retalhistas que comercializem combustíveis e optem pela aplicação do regime normal de tributação, mediante apresentação de declaração de alterações, durante o mês de Janeiro de 1999 (que produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro de 1999) e comercializem combustíveis, não obstante as limitações no exercício do direito à dedução impostas pelo CIVA, poderão também deduzir o imposto suportado na aquisição das suas existências na data da cessação do regime especial de tributação, desde que respeitem o que acima se referiu acerca da obrigatoriedade de elaboração de um inventário das existências dos combustíveis, requisitos a que deve obedecer tal elaboração e prazos para a sua entrega. Os sujeitos passivos enquadrados no regime especial de isenção ou no regime especial dos pequenos retalhistas, que comercializem combustíveis e que não optem pela aplicação do regime normal de tributação, mediante apresentação de declaração de alterações, não poderão proceder a qualquer dedução, já que, é completamente injustificada a desoneração do imposto. 5. ALTERAÇÕES AO DECRETO-LEI Nº 20/90, DE 13 DE JANEIRO, QUE CONCEDE ISENÇÕES À IGREJA CATÓLICA E ÀS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL, PELO MECANISMO DA RESTITUIÇÃO: Os prazos para apresentação dos pedidos de restituição são os seguintes:? Nos termos do nº 2 do artº 3º do citado Decreto-Lei, no prazo de um ano a contar da data do bilhete de importação, factura ou documento equivalente que comprovem a importação ou a aquisição dos bens ou serviços.? Nos termos do nº 3 daquele artº 3º, durante o mês de Janeiro, englobando as operações realizadas no exercício anterior e que respeitem a algumas aquisições de bens e serviços relativos a elementos do activo imobilizado corpóreo e a reparações de veículos (cfr. artº 2º, nº 1 alíneas b) e e) do Decreto-Lei nº 20/90, de 13.01) Consideram-se ainda efectuados dentro do prazo, os pedidos de restituição recepcionados após aqueles prazos, se a entidade requerente provar que os expediu até três dias úteis antes do seu termo 6. ALTERAÇÕES AO DECRETO-LEI Nº 45/89, DE 11 DE FEVEREIRO - CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS: Nos termos do artº 1º daquele diploma legal, "Todos os bens em circulação, seja qual for a sua natureza ou espécie, deverão ser acompanhados de dois exemplares do documento de transporte." O nº 5 do artº 2º, exclui do âmbito de aplicação daquele normativo alguns bens. Importa aqui notar a eliminação da alínea g) daquele nº 5 que respeitava a "combustíveis líquidos e gasosos, exceptuando o gás destinado a acendedores e isqueiros;" Por outro lado, o legislador aproveitou para proceder a alguns ajustamentos à redacção das seguintes alíneas:? Alínea h) do nº 5 do artº 2º: Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espectáculos cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respectivo conteúdo e a sua identificação fiscal;? Alínea i) do nº 5 do artº 2º: Veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da 4

Estrada, com matricula definitiva;? Alínea j) do nº 5 do artº 2º: As taras e embalagens retornáveis;? Alínea l) do nº 5 do artº 2º: Os bens provenientes de transacções intracomunitárias a que se refere o Decreto-Lei nº 290/92, de 28 de Dezembro, quando em circulação no território nacional, quer à partida, quer até ao primeiro lugar de chegada. O DIRECTOR - GERAL (António Nunes dos Reis) Processo A200 97028 Nº de Contribuinte 501389660 Cód.Assunto A200A Origem 40/10. 5