QUAL O LIMITE DA MÉDIA CAPACIDADE?

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Transcrição:

18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária - AEAMESP Arq. Fabio Martini Pontes Setembro / 2012 QUAL O LIMITE DA MÉDIA CAPACIDADE? A utilização do metrô leve subterrâneo nas grandes cidades brasileiras

METRÔ - DEFINIÇÃO Sistema de transporte urbano formado por veículos ferroviários de alta capacidade operando em via permanente completamente segregada, com headways (intervalo entre trens) baixos ao longo do dia e elevados índices de confiabilidade e segurança; Possui a maior capacidade de carregamento dentre todos os modos de transporte, porém sua implantação majoritariamente em túnel ou elevado é de elevado custo. Funciona idealmente para carregamentos acima de 30 mil passageiros / hora / sentido;

GRAUS DE SEGREGAÇÃO VIA PERMANENTE Não segregado (Enoshima) não é metrô Semi-segregado (Newcastle) não é metrô Segregado (Madri) é metrô (subterrâneo) Segregado (Chicago) é metrô (elevado)

METRÔ LEVE - DEFINIÇÃO Possui todos os atributos do metrô convencional, porém, diferentemente deste, usa veículos de menor gabarito (e consequentemente, menor capacidade); Através da evolução dos sistemas de comunicações e controle de trens, tornou-se possível a redução do intervalo entre trens (headway) para valores muito baixos (menores que dois minutos), permitindo que mesmo veículos de menor capacidade consigam transportar carregamentos entre 10 mil e 30 mil passageiros/hora/sentido.

METRÔ LEVE - EXEMPLOS AGT (Toulouse) Motor Linear (Vancouver) Monotrilho (Tóquio) VLT piso baixo (Sevilha)

O CASO DE SEVILHA Tranvía de Sevilla VLT de piso baixo na rua não é metrô Metro de Sevilla O mesmo VLT em túnel é metrô (leve)

LIMITAÇÕES ATUAIS Porém, chegamos a um limite no potencial de crescimento da capacidade dos metrôs leves: - os headways operacionais chegaram a valores próximos do mínimo realizável (cerca de 80 segundos); - maiores capacidades passariam necessariamente pela ampliação da capacidade do veículo, ou seja, no aumento do comprimento das composições.

Com o aumento do comprimento dos trens, o metrô leve deixa de ser vantajoso economicamente, especialmente se subterrâneo: - necessidade de maiores estações, aproximando o custo construtivo do encontrado no metrô convencional; - dificuldade de aumento das plataformas em sistemas já existentes obras complexas e inúmeras interferências à operação; Por conta desses fatores, o metrô leve subterrâneo não costuma ser utilizado para carregamentos acima de 30 mil passageiros / hora / sentido;

Caso consigamos aumentar o comprimento dos trens sem que isso implique aumentos expressivos nos custos de construção, será possível continuar ampliando a capacidade de transporte dos metrôs leves para valores mais próximos dos encontrados no metrô convencional, mantendo ainda importantes economias construtivas e operacionais. Porém, como fazê-lo?

Para alcançar este objetivo, propõe-se aliar duas soluções de transporte sobre trilhos aplicadas com sucesso nos últimos anos: 1) método construtivo Linhas 9/10 do metrô de Barcelona 2) VLTs (veículos leves sobre trilhos) de piso baixo;

1) O MÉTODO CONSTRUTIVO Utilizado na construção das linhas 9 e 10 do metrô de Barcelona: - inauguração parcial em 2009; - comprimento total previsto de 47,8 km e 52 estações; - quando terminada, será a maior linha automática da Europa; - 120 milhões de usuários anuais (previsão linha completa).

A nova linha fará um grande arco ao norte da cidade, interceptando todas as linhas radiais de metrô, além de implantar-se em terreno montanhoso, densamente povoado e repleto de interferências subterrâneas (garagens subterrâneas, túneis metroviários e rodoviários, fundações de edifícios, etc).

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - túneis de via escavados por meio de TBMs (tunnel boring machines), com 12 metros de diâmetro; - pares de vias dispostos em dois níveis sobrepostos: possibilidade de utilização de uma via por nível como estacionamento;

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - plataformas inseridas dentro do túnel de via: diâmetro do túnel mantém-se constante ao longo de todo o trajeto; - todas as instalações de apoio (salas técnicas e operacionais), escadas rolantes, elevadores, bloqueios, etc localizam-se no poço de acesso, fora do túnel;

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 12,00 12,00 Seção transversal túnel de via Seção transversal túnel estação

- estações em poços de grande profundidade com acesso através de elevadores de alta capacidade e/ou escadas rolantes; - poço de acesso não precisa estar sobre o túnel, visto que ambas as plataformas estão situadas no mesmo lado do mesmo;

Plataforma (nível superior) estação tipo Santa Rosa

DIFICULDADES - diminuição da seção transversal dos túneis de estações ocorre à custa do aumento generalizado da seção transversal do túnel de via (12 metros de diâmetro, contra 9,5 m da Linha 4-Amarela do Metrô-SP): seção transversal 60% maior; - diâmetro da tuneladora muito acima do normalmente praticado em escavações metroviárias ao redor do mundo (entre 9,5 m e 10,5 m): maior risco construtivo (pressão d'água e solo) e menor produtividade da escavação.

2) O MATERIAL RODANTE Visando reduzir o diâmetro do túnel, pesquisou-se veículos sobre trilhos de menores dimensões utilizados em sistemas de metrô leve. Dentre as opções disponíveis (AGTs, trens de motor linear e VLTs) foi selecionado o veículo leve sobre trilhos (VLT) de piso baixo pelas seguintes razões: - tecnologia mais conhecida e amplamente difundida evita-se assim os custos mais elevados com a compra do material rodante; - piso baixo (35 cm de altura do chão) permite que a altura total do trem seja reduzida sem comprometer o pé-direito interno do salão de passageiros; da mesma forma, permite rebaixar a plataforma da estação sem sacrificar seu pé-direito.

35 1,05 3,30 3,93 DIMENSÕES VLT E METRÔ CONVENCIONAL 2,40 3,10

CARACTERÍSTICAS DO VLT UTILIZADO (BUDAPESTE) - Comprimento: 54 metros; - Largura: 2,40 metros; - Altura: 3,30 metros; - Vel. máxima: 70 km/h - Piso baixo integral; - Capacidade: 490 pessoas

Disposição interna: embarque em nível, múltiplas portas e passagem livre entre carros.

A SOLUÇÃO PROPOSTA - O uso de VLTs permitiu que o diâmetro do túnel fosse reduzido de 12m para 10,5m diminuição da seção transversal em 23%; - A menor largura dos veículos é mais do que compensada pela possibilidade de acoplamento de mais carros à composição; - Seria possível atingir carregamentos de alta capacidade (até cerca de 60 mil passageiros / hora / sentido), transformando o metrô leve em modo de alta capacidade; - A possibilidade de implantação de estacionamentos de trens ao longo do túnel poderia reduzir sensivelmente as áreas dos pátios de manobra.

12,00 10,50 Seção transversal túnel L9 Barcelona Seção transversal túnel proposto 113 m² 87 m² (-23%)

' 19,70 10,50 Seção transversal estação em NATM 229 m² Seção transversal túnel proposto 87 m² (-62%)

CAPACIDADE DE TRANSPORTE (em pass./hora/sentido) Headway = 180 s Headway = 120 s Headway = 90 s 1 VLT (54 metros) 9.800 14.700 19.600 2 VLTs (108 metros) 19.600 29.400 39.200 3 VLTs (162 metros) 29.400 44.100 58.800

Poço de acesso Estação Linha 'A' Exemplo possível de implantação de conexão entre duas linhas no modelo proposto.

Poço de acesso Estação Linha 'B' Estação Linha 'A' Exemplo possível de implantação de conexão entre duas linhas no modelo proposto.

Poço de acesso Estação Linha 'B' Estação Linha 'A' Novos túneis de conexão Exemplo possível de implantação de conexão entre duas linhas no modelo proposto.

Exemplo possível de integração com estação existente (à direita) aproveitando o poço de acesso.

Exemplo possível de integração com estação existente (à direita) aproveitando o poço de acesso.

BENEFÍCIOS A principal vantagem seria econômica: tanto a construção como a operação seriam barateadas, sem comprometer a capacidade de transporte: - - grande diminuição na seção transversal dos túneis de estação (cerca de 60% de redução) em relação às estações feitas por NATM, justamente na parte mais complexa (alta profundidade) da obra subterrânea;

BENEFÍCIOS A principal vantagem seria econômica: tanto a construção como a operação seriam barateadas, sem comprometer a capacidade de transporte: - - redução global das escavações estimada entre 25% e 30%; tão importante quanto a diminuição do volume global de escavações é a manutenção da mesma seção ao longo de todo o túnel (diminuindo assim a complexidade e o risco construtivo da obra) e a menor utilização de métodos como o NATM e o VCA para os túneis;

BENEFÍCIOS A principal vantagem seria econômica: tanto a construção como a operação seriam barateadas, sem comprometer a capacidade de transporte: - Poço estação - possibilidade de extensão de plataformas ou de inclusão de novas estações conforme o crescimento da demanda; Túnel estação - maior flexibilidade na escolha dos locais das estações, visto que o poço não necessitaria estar exatamente sobre o túnel de via;

BENEFÍCIOS A principal vantagem seria econômica: tanto a construção como a operação seriam barateadas, sem comprometer a capacidade de transporte: - Poço estação - possibilidade de extensão de plataformas ou de inclusão de novas estações conforme o crescimento da demanda; Túnel estação - maior flexibilidade na escolha dos locais das estações, visto que o poço não necessitaria estar exatamente sobre o túnel de via;

BENEFÍCIOS A principal vantagem seria econômica: tanto a construção como a operação seriam barateadas, sem comprometer a capacidade de transporte: - Poço estação - possibilidade de extensão de plataformas ou de inclusão de novas estações conforme o crescimento da demanda; Túnel estação - maior flexibilidade na escolha dos locais das estações, visto que o poço não necessitaria estar exatamente sobre o túnel de via;

BENEFÍCIOS A principal vantagem seria econômica: tanto a construção como a operação seriam barateadas, sem comprometer a capacidade de transporte: - Poço estação Túnel estação - redução do tamanho do pátio de manobras, por conta da guarda de parte dos trens ao longo da linha; - menores custos operacionais, por conta da implantação das estações e sistemas (ventilação, iluminação, portas de plataforma, etc) de forma escalonada;

BENEFÍCIOS A principal vantagem seria econômica: tanto a construção como a operação seriam barateadas, sem comprometer a capacidade de transporte: - Poço estação - maior rapidez de implantação, devido ao uso generalizado de TBMs (rendimento de até 30 m / dia) e à diminuição do uso do NATM e VCA; Túnel estação - benefícios sociais derivados da operação do metrô captados mais cedo, antecipando a amortização do projeto;

VOLUMES ESCAVADOS APROXIMADOS simulação 1* Ambiente Método convencional** Método proposto*** Túneis Corpo Estações 189.612 m³ (est. em NATM) 521.765 m³ (est. em VCA) 156.209 m³ Túneis Vias 601.223 m³ 709.692 m³ Poços Acessos / Ventilações 145.603 m³ (est. em NATM) 51.380 m³ (est. em VCA) 266.937 m³ Poços Saídas de Emergência 28.180 m³ 28.180 m³ Total 1.537.763 m³ 1.161.118 m³ (-24%) * Linha de metrô com 10km de extensão, 11 estações (1 por km) e 10 poços (saídas de emergência); profundidade média: 20 m. ** 5 estações em VCA e 6 estações em NATM (proporção semelhante à da Linha 15-Branca/Metrô-SP); referências volumes escavação (ajustados pela profundidade): Alto do Ipiranga (estação em NATM), Adolfo Pinheiro (estação em VCA), Poço Delmiro Sampaio (saída emerg.), túnel D=9,5 m. *** túnel contínuo, D=10,5m; estações com poços semelhantes aos de Alto do Ipiranga.

VOLUMES ESCAVADOS APROXIMADOS simulação 2* Ambiente Método convencional** Método proposto*** Túneis Corpo Estações 252.816 m³ (est. em NATM) 626.118 m³ (est. em VCA) 198.810 m³ Túneis Vias 571.877 m³ 667.091 m³ Poços Acessos / Ventilações 194.127 m³ (est. em NATM) 61.656 m³ (est. em VCA) 339.738 m³ Poços Saídas de Emergência 36.634 m³ 36.634 m³ Total 1.743.206 m³ 1.242.273 m³ (-29%) * Linha de metrô com 10km de extensão, 14 estações(1 por 770m) e 13 poços (saída de emergência); profundidade média: 20m ** 6 estações em VCA e 8 estações em NATM (proporção semelhante à da Linha 15-Branca/Metrô-SP); referências volumes escavação (ajustados pela profundidade): Alto do Ipiranga (estação em NATM), Adolfo Pinheiro (estação em VCA), Poço Delmiro Sampaio (saída emerg.), túnel D=9,5 m. *** túnel contínuo, D=10,5m; estações com poços semelhantes aos de Alto do Ipiranga.

REFERÊNCIA CUSTOS METRÔS SULAMERICANOS* Etapa Empreendimento Linha 4 - Caracas Linha 5 - Santiago Obras Civis 43% 47% Equipamentos e Sistemas 32% 16% Material Rodante 21% 25% Projeto e Acompanhamento 5% 12% * BB&J Consult (2000). The World Bank Group Urban Transport Strategy Review: Implementation of Rapid Transit. Final Report, Pág. 95, World Bank, Washington, DC Ou seja, as economias logradas na fase da obra civil (quase metade do total do custo do projeto) teriam impacto significativo sobre o total do custo do empreendimento.

SITUAÇÕES IDEAIS DE IMPLEMENTAÇÃO Não se pretende substituir o metrô convencional, porém existem algumas situações onde as vantagens inerentes à solução proposta seriam melhor aproveitadas: - locais densamente povoados, com poucas áreas disponíveis para estações; - distância entre estações de 500 a 800 metros em média (de fato, quanto menor o espaçamento médio entre estações, mais favorável torna-se o método proposto);

SITUAÇÕES IDEAIS DE IMPLEMENTAÇÃO Não se pretende substituir o metrô convencional, porém existem algumas situações onde as vantagens inerentes à solução proposta seriam melhor aproveitadas: - necessidade de construção em etapas, aproveitando assim a flexibilidade oferecida pela solução no que concerne o aumento do comprimento das plataformas e abertura de estações posteriores, - carregamento inicial de projeto no limite superior do oferecido pelos modos de média capacidade (cerca de 30 mil passageiros/hora/sentido), com possibilidade de expansão no médio prazo para até 60 mil passageiros/hora/sentido.

CONCLUSÃO As economias e ganhos de eficiência propostos tanto na construção como na operação de linhas de metrô subterrâneo seriam significativos, viabilizando a adoção deste modo onde hoje não se pensaria ser viável (tais como corredores perimetrais, ou em metrópoles de porte médio). Pela possibilidade de implantação escalonada, as próprias receitas decorrentes da operação poderiam financiar a expansão posterior da capacidade do sistema (novas estações e ampliações de plataformas). Mais importante, esta solução responde bem aos desafios da construção em locais densamente ocupados (de fato, quanto mais caras forem as desapropriações e as escavações, mais atrativa torna-se a proposta).

Arq. Fabio Martini Pontes fpontes@metrosp.com.br OBRIGADO!