DESENVOLVIMENTO DA SEGURANÇA DE TÚNEIS RODOVIÁRIOS NO BRASIL:

Documentos relacionados
Cooperação Técnica em Estudos e Soluções Destinadas à Segurança de Túneis Rodoviários 22/05/2013

O dimensionamento do Sistema de Ventilação apresentado, define as características dos jato-ventiladores necessárias para a operação do Sistema.

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma Rodoviária DNER-PRO 176/94 Procedimento Página 1 de 23

3.1.1 Tráfego Rodoviário

O TÚNEL FAIAL/CORTADO (MADEIRA)

PTR 2378 Projeto de infra-estrutura de vias de transportes terrestres

Modernas técnicas de segurança viária para barreiras de proteção lateral. Eng. Luiz Antonio Maranhão Pereira Gerente de Produto

a) Sabendo disso, preencher o diagrama de Superelevação adotando o método de BARNETT (α 1 =0,25% e α 2 =0,50%), deixando os cálculos no pautado.

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES

PONTES DE CONCRETO ARMADO

Especificação Técnica do Alimentador de Fluxantes para Máquinas de Lingotamento Contínuo de Placas

CURITIBA SÃO PAULO RIO DE JANEIRO MÉXICO ARGENTINA

PTR 2378 Projeto de infra-estrutura de vias de transportes terrestres

DER/PR SRNORTE. Sinalização Horizontal de Curvas à Direita em Rodovias de Pistas Simples

PREVENÇÃO, PREPARAÇÃO E RESPOSTA À EMERGÊNCIAS E DESASTRES QUÍMICOS

Metrô Barra Zona Sul. Linha 4. Construindo uma nova linha na sua vida. Lívio Cotta Pacheco

Gerenciamento Ativo de Tráfego: Avaliação das Condições Operacionais em Trecho de Uso do Acostamento como Faixa de Tráfego

Emergências Rio de Janeiro e Minas Gerais - Chuvas 2010/2011

Semana Nacional do Trânsito

PROJETO DE ESTRADAS Prof o. f D r D. An A de rson on Ma M nzo zo i

Regeneração de Energia & Otimização de Custos

1979 Estudos de Inventário da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu ELETRONORTE Estudos de Viabilidade - 1ª Etapa ELETRONORTE

15ª Semana de Tecnologia Metroferroviária Fórum Técnico


Cálculo da Capacidade

Segurança na Armazenagem de Produtos Químicos

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA

Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. Audiência Pública

ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS

APOLO TUBOS E EQUIPAMENTOS

MEIOS FIOS, SARJETAS E SARJETÕES

Informações Trimestrais Comentários Sobre o Desempenho - 1º trimestre Principais Destaques

Sistema de Proteção Ambiental Contra Derramamento de Óleo de Equipamentos em SE s. Rio de Janeiro, Junho de 2014

Aluno(a): Nº. Professor: Fabrízio Gentil Série: 1 o ano Disciplina: Física - Unidades de medidas, Velocidade e Aceleração média

Exercício 1. Exercício 2.

CAPÍTULO 10 CAPACIDADE - MULTILANE

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA BARREIRAS RIGIDAS EM CONCRETO ARMADO

SERVIÇO VORTEX DE REENGENHARIA ANTIPOLUIÇÃO

Túnel Aubing A99 Westabschnitt - Tunnel Aubing

PMI-3213 Escavação e Transporte na Mineração

Infraestrutura cicloviária em pontes e viadutos. O (des)caso da Ponte do Bragueto em Brasília

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS

Aula 7. Relações básicas: volume, densidade e velocidade

UFPR DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES SISTEMAS DE TRANSPORTES TT 046. Aula 02

Aula 7. Relações básicas: volume, densidade e velocidade

CAOS LOGÍSTICO REGIONAL

Estrada de Rodagem SeçãoTransversal

Art Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias: Infração - média; Penalidade - multa.

Sistema de Esgotamento Sanitário

SISTEMA ANCHIETA IMIGRANTES WORKSHOP LOGÍSTICA FIESP

-ESTRUTURA VIÁRIA TT048 SUPERELEVAÇÃO

Programa Paulista de Concessões. Dr. Rodrigo José Oliveira Pinto de Campos Diretor de Assuntos Institucionais da ARTESP

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA

Seminário: O PORTO DE SANTOS E SEUS ACESSOS

PROJETO DE LEI Nº de 2014 (do Deputado Federal Ademir Camilo - PROS/MG)

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL. Materiais e critérios de seleção

RELATÓRIO MENSAL CONCESSIONÁRIA: RODOVIA: TRECHO: EXTENSÃO: BR-116 SP/PR 402,6 KM SÃO PAULO SP RÉGIS BITTENCOURT SÃO PAULO - CURITIBA

Aplicações 3 Aplicações 4 2

Notas de aulas de Estradas (parte 4)

Aula 7. Relações básicas: volume, densidade e velocidade

Operação Sistemas Urbanos sobre Trilhos

VULNERABILIDADE DA REDE DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS NO BRASIL

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME PARA SALVAR VIDAS ROBERTA GODOY

Estimativa da Chuva e Vazão de Projeto Introdução

BRT: Uma visão sistêmica

TÚNEL DE VENTO: UM PRODUTO EDUCACIONAL ACESSÍVEL

Bicicleta nas cidades. Carsten Wass

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS

Desiro Mainline. A nova geração de Trens Regionais da Siemens. Março de Transportation Systems. pagina 1

Os tipos de treinamento estão relacionados com a edificação a qual o bombeiro ou brigadista vai atuar.

Normas da ABNT. (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para Desenho Técnico

Thiago Vitorello, diretor-presidente da Triunfo Concepa

ANÁLISE DE CAPACIDADE E NÍVEL DE SERVIÇO DE RODOVIAS DO TIPO PISTA DUPLA EXPRESSA (FREEWAY)

Rodovia dos Imigrantes. Engenharia e Meio Ambiente, caminhando juntos

Avaliação de Riscos, Segurança e Fiabilidade

TRANSPALETES MANUAIS DE KG, KG E KG. 1 TRANSPALETE MANUAL COMBALANÇA E IMPRESSORA. 2 TRANSPALETE MANUAL COM ELEVAÇÃO HIDRÁULICA

Debate Menos Gargalos e Mais Empregos Grandes obras e sua capacidade de geração de empregos

Capítulo 6 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS DE RODAGEM

ISF 221: PROJETO DE PASSAGEM EM NÍVEL. O projeto de passagem em nível será desenvolvido em duas fases:

ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA ATRAVÉS DO USO DE CONVERSORES DE FREQUÊNCIA EM APLICAÇÕES COM BOMBAS CENTRÍFUGAS E VENTILADORES

CAPÍTULO 01 NÚMERO N

IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL LINHA VERDE CIC


Aspectos a serem medidos Velocidade Magnitude Colunas de mercúrio / Pesos de referência

X - em local e horário proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido Parar): Infração - média; Penalidade - multa.

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

Equipamento Obrigatório de Inverno

VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA - DUTOS. 10º Período de Engenharia Mecânica

Tratamento de pontos críticos em rodovias

Gestão de operações aeroportuárias: componentes de um aeroporto

Bosch Service Solutions Serviços de Rastreamento e Gestão de Frotas

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

Notas de aula de Estradas (parte 13)

Características do Tráfego

EVENTO. IV Encontro de Qualidade e Tecnologia do Transporte Urbano. Palestra: Multimodalidade na Mobilidade. Data: 01/12/2009

Sistema de Drenagem profunda ao longo da Concessionária Rio Teresópolis S.A. CRT (BR - 116/RJ) - Trecho Além Paraíba - Teresópolis RJ

Ships. Instituto Superior TécnicoT

1. ANÁLISE DE DESEMPENHO OPERACIONAL DA AUTOBAN. Janeiro a Março/2013

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM EM DRENAGEM DE PAVIMENTO NA DUPLICAÇÃO DA RODOVIA SP-332 PAULÍNIA COSMÓPOLIS

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº.

Transcrição:

DESENVOLVIMENTO DA SEGURANÇA DE TÚNEIS RODOVIÁRIOS NO BRASIL: TÚNEL DA NOVA SUBIDA DA SERRA, ANÁLISE DE CASO (RODOVIA BR-040 PETRÓPOLIS/RJ)

A NECESSIDADE DA NOVA SUBIDA DA SERRA Construção em 1928 Atualmente saturada: Estreita e sinuosa Sem acostamento Incompatível com o tráfego atual

POR QUE O TÚNEL? APA REBIO TÚNEL AUXILIAR TÚNE L (JANELA) Trecho entre APA e REBIO Topografia muito acidentada Taludes em Rocha EMBOQU E DO TÚNEL

SEÇÃO TRANSVERSAL CARACTERÍSTICAS DO TÚNEL SEÇÃO TRANSVERSAL PISTAS DE TRÁFEGO ACOSTAMENTO PASSEIO (Lado direito) ALTURA INTERNA LARGURA MÁXIMA ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL 2 x 3,60 m 2,50 m 3,00 m 9,20 m 16,30 m 121 m2

O TRÁFEGO PREVISTO Traffic flow [vehicles/h] Schematic Hourly daily traffic 1400 100.00 Hourly flow (schematic) 90.00 Hourly flow (detailed) 1200 % HGV 80.00 1000 70.00 60.00 800 50.00 600 40.00 400 30.00 20.00 200 10.00 0 0.00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Hours % HGV TIPO FLUXO DE TRÁFEGO POR PERÍODO PERÍODO FLUXO (Veículos/ h) 0:00-6:00 LEVE 201 22:00-24:00 06:00-11:00 NORMAL 12:00-15:00 765 19:00-22:00 11:00-12:00 PICO 944 15:00-19:00

DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA INSTALADOS NO TÚNEL Sistema de Ventilação Anemômetros, Sensores CO, NOx, Visibilidade Painéis de Mensagem Variável Telefonia e Call Box CFTV Câmeras DAI Bases Operacionais (com brigada de incêndio) nos 2 portais CCO Monitoramento Permanente Sistema SCADA Sistema de Combate a Incêndio Hidrante/Mangotinho Sistema de Drenagem de Líquidos Perigosos Saídas de Emergência Galeria de Emergência

SAÍDAS DE EMERGÊNCIAS SAÍDA DE EMERGÊNCIA TÍPICA

GALERIA DE EMERGÊNCIA FLUXO DE PESSOAS 9 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA UMA A CADA 480 m 1 GALERIA SUBTERRÂNEA 3.710 m 3 SAÍDAS PARA O EXTERIOR DO TÚNEL GALERIA DE EMERGÊNCIA SUBTERRÂNEA (ESQUEMÁTICO) SAÍDAS NO EXTERIOR DIREÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO DE SAÍDA

SISTEMA DE VENTILAÇÃO 24 JATOS VENTILADORES REVERSÍVEL DIÂMETRO 1400 mm EMPUXO 1550 N 8 FILTROS ELETROSTÁTICOS ELIMINAÇÃO DE FUMAÇA DE CAMINHÕES ELIMINAÇÃO DE FUMAÇA EM INCÊNDIOS DE ATÉ 30MW

CFD ANÁLISE DE DINÂMICA DOS FLUIDOS

SIMULAÇÃO DE ESCAPE NOVA SUBIDA DA SERRA - TÚNEL Comprimento do túnel Comprimento do túnel usado na simulação de evacuação Saídas de emergência consideradas na simulação 4640 m 1165 m Portal de entrada, A1 e A2 Número de faixas de tráfego no túnel 2 Densidade de tráfego em caso de congestionamento (PIARC, Road tunnels: vehicle emissions and air demand for ventilation) 150 upv/ km Número total de ocupantes no tunel na simulação 1244 Ocupantes em carros 518 Ocupantes em ônibus 560 Ocupantes em caminhões 166 Tempo de pré-movimento ( de acordo com "Modelling Crowd Evacuation from Road and Train Tunnels-Data and design for faster evacuations, A.Nóren - J. Winér) 300 s OCUPANTE S TEMPO (s) TEMPO DE PRÉ MOVIMENTO: 300 s TEMPO MÁXIMO CAMINHANDO: 620 s TEMPO TOTAL PARA ESTAR EM SEGURANÇA: 920 s (15 min)

ANÁLISE DE RISCO CONCEITOS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES O risco não pode ser eliminado Remoção não pode ser requerida O nível de risco aceitável: depende de critérios políticos, jurídicos, de saúde pública e das condições socioeconômicas do país Nível de segurança do sistema = melhor estimativa racional das características do sistema nível aceitável de risco Procedimento de avaliação da segurança: Conhecimento Científico Sujeito a incertezas. PROCEDIMENTOS Descrição Técnica do Sistema e dos perigos (APP); Análise de Consequências (ACV); Estimativa de Frequências (EF); Estimativa dos Riscos; Cálculo do Risco e Aceitabilidade

ANÁLISE DE RISCO DIAGRAMA DO PROCESSO DEFINIÇÕES DO SISTEMA ANÁLISE DE PROBABILIDADE S ANÁLISE DE CONSEQUÊNCIAS CÁLCULO DO RISCO ACEITABILIDADE DO RISCO

ANÁLISE DE RISCO RESULTADO CURVA F/N (NBR-15661) Tunnel Nova Subida da Serra Societal Risk year 2016 L = 4617 m, AADT = 14742 ABNT NBR Tolerable risk threshold ABNT NBR Acceptable risk threshold 1.00E-01 NSS risk 1.00E-02 Frequency (events/year) 1.00E-03 1.00E-04 1.00E-05 INTOLERÁV EL 1.00E-06 NEGLIGENCIÁV EL 1.00E-07 1 10 100 1000 N (Fatalities)

ANÁLISE DE RISCO - COMPARAÇÃO NORMAS INTERNACIONAIS 1.00E-01 Tunnel Nova Subida da Serra Societal Risk year 2016 L = 4617 m, AADT = 14742 Italian Tolerable risk threshold Italian Acceptable risk threshold NSS risk Risco Individual 1.00E-02 Frequency (events/year) 1.00E-03 1.00E-04 1.00E-05 ITÁLIA 1.00E-06 1.00E-07 1 10 100 1000 N (fatalities) REPÚBLICA TCHECA ALEMANHA HOLANDA/ ÁUSTRIA

CONCLUSÃO OBRIGADO! Salvatore Giua sgi@giuapartners.com Hastings marcelo.hastings@pcebr.com.br