CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Profa. Jackeline F. Fares AULA 51 20/09/2017 Direito TRIBUTÁRIO ICMS parte 4 OPERAÇÕES TRINGULARES Operação triangular possui três polos e duas hipóteses para elas: Fornecedor encomendante e industrializador; Encomendante, industrializador e adquirente. Fornecedor: fornece a matéria prima. Encomendante: é quem faz a encomenda da industrialização. Industrializador: é quem efetivamente realiza a industrialização solicitada pelo encomendante. Exemplo: o encomendante envio pedaços de panos cortados e o industrializador costura tudo e transforma em calças, retornando o produto final com a mão de obra, energia elétrica e o produto final (calças), finalizando a industrialização. Adquirente: aquele que se torna proprietário de um bem. Nota Fiscal: possui o logotipo do emissor da nota (quem fez a nota fiscal) e todos os seus dados gerais. Constará o nome da operação (venda, por exemplo). Inscrição estadual do emitente, CNPJ, número da chave da nota fiscal, quem é o destinatário da nota fiscal (com todos os dados), cálculo dos impostos, valor total do produto, identificação do produto (código, INCM, CST - Código da Situação Tributária -, CFOP etc), quantidade, valores, alíquotas do IPI/ICMS. Nota fiscal eletrônica: possui formato XML (hoje as empresas são obrigadas a guardar os arquivos XML das notas fiscais por 5 anos). DANFE: é o documento utilizado no transporte das mercadorias. Site DANFE ONLINE é possível visualizar a nota fiscal com o número da chave da nota fiscal. Também é possível procurar a nota fiscal na Secretaria da Fazenda, através do sistema próprio. CTE (Conhecimento de Transporte): emitido pelas transportadoras para o transporte de mercadorias, só é possível ser visualizado no site da Secretaria da Fazenda. A consulta é pública (mediante conhecimento da chave da nota fiscal). INDUSTRIALIZAÇÃO POR CONTA DE TERCEIRO
Decisão Normativa CAT nº 3/2016 Autor da encomenda que solicita ao fornecedor a entrega direta de insumos no estabelecimento de industrializador e, posteriormente, solicita a este a entrega do produto acabado diretamente no estabelecimento do adquirente Situação 1 Regra Geral Situação 2 Fornecedor que usar a ressalva do item 2. da Decisão CAT 3/2016 Regra geral Situação 1: encomendante solicita ao fornecedor que os insumos aquiridos sejam enviados diretamente ao industrializador (sem necessidade de encaminhar ao encomendante para que este, porterior, remeta ao industrializador). Neste caso, o encomendante emite uma nota fiscal simbólica informando que está solicitando industrialização ao industrializador, mas quem vai encaminhar os insumos é o fornecedor. Assim, o fornecedor emitirá uma segunda nota fiscal, informando que vendeu os insumos para o adquirente, mas está entregando diretamente ao industrializador a seu pedido. Situação 2: esta decisão diz que não é necessário que o fornecedor emita nota fiscal, afinal, este não é mais proprietário dos insumos. Assim, nesta hipótese, o encomendante enviará nota fiscal de remessa de industrialização ao industrializador e o fornecedor encaminahrá a nota fiscal de venda. Dessa forma, o fornecedor não emitirá nenhuma nota fiscal, mas o encomendante deverá determinar quais insumos serão entregues ao industrializador e em qual data, para que haja controle de saída e transporte de insumos. Assimm, o fornecedor utilizará DANFE emitida pelo encomendante neste procedimento todo, apenas para fins de circulação/transporte dos insumos. Essa forma de proceder facilita o acompanhamento e fiscalização da operação pelo Fisco.
CFOP 5.124: é o código de retorno da industialização quando há matéria prima empregada na operação (acrescida da mão de obra, energia elétrica, etc). CFOP 5.902: é o retorno das mesmas mercadorias remetidas no início da operação. CÓDIGOS IMPORTANTES Operação Encomendante x Industrializador: código 5.901 Operação Industrializador x Encomendante: código 5.902 (retorno de mercadoria) Industrializador x Adquirente: DANFE (apenas com a finalidade de circulação/transporte das mercadorias, sem necessidade de emissão da sua própria nota fiscal). Artigo 527 do Regulamento do ICMS: prevê todas as penalidades. A operação do ICMS deve ser feita com total controle e atenção, pois, caso não sejam seguidas todas as formalidades legais, torna-se uma opração extremamente onerosa à empresa, por contas das penalidades de multas, que possuem valores relevantes. Para fins de ICMS, as empresas são unas, pouco importando a diferenciação de sede e filial. TRANFERÊNCIA DE MATRIZ PARA FILIAL EC 87/ 96 - Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: (...) 3º Para efeito desta Lei Complementar, estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte: (...) II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular.
EC 87/ 96 - Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular. Sumula 166 EMENTA: Tributário. ICM. Transferências de mercadorias da filial para a matriz e vice-versa. I - O simples deslocamento da mercadoria pelo seu proprietário, sem implicar circulação econômica ou jurídica, não legitima a incidência do ICM. II - Inocorrência de ofensa ao art. 6º, 2, do Decreto-Lei n. 406/1968. III - Recurso especial não conhecido. Sumula 166 RELATÓRIO: O Sr. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro: - A Fazenda Pública do Estado de São Paulo interpôs recurso especial, com fundamento no art. 105, III, letra a, da Constituição Federal, contra o v. acórdão do Tribunal de Justiça local que, confirmando a sentença, entendeu ser indevida a exigência de recolhimento do ICM, em hipótese de mero deslocamento físico da mercadoria, como ocorre na transferência da filial para a matriz e vice-versa. Em hipótese de mero deslocamento físico da mercadoria, como ocorre na transferência da filial para a matriz e vice-versa, indevida é a existência do imposto, visto inocorrer aí a circulação econômica ou jurídica. Tal orientação não impede que cada estabelecimento da empresa mantenha uma escrituração fisco-contábil, de molde a permitir o exercício regular. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA (USO E CONSUMO/ATIVO IMOBILIZADO) Art. 155. [...] CF 2 [...] VII em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; VIII na hipótese da alínea a do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA (VENDA PARA NÃO CONTRIBUINTE) Emenda Constitucional (EC) 87/2015; Alteração no conceito e no cálculo do ICMS nas operações interestaduais realizadas com consumidor final não contribuinte do imposto; Com as novas regras, as operações com consumidor final contribuinte ou não do imposto passam a ter as mesmas alíquotas de ICMS aplicáveis, ou seja, não serão mais utilizadas as alíquotas internas da UF origem nas operações com consumidor final não contribuinte, e sim as alíquotas interestaduais como em qualquer outra operação;
O recolhimento deste valor será de obrigação do estabelecimento remetente quando o destinatário não for contribuinte do ICMS. DUAS ESPÉCIES DE DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA: 1) Na aquisição de uso e consumo / ativo imobilizado Exemplo: compra de batedeira RS x SP (12%) / SP x SP (18%), diferença de 6% deve ser paga pelo adquirente. Não é necessário pagar uma guia de 6%, mas é necessário demonstrar contabilmente (em outros créditos/outros débitos ) na apuração o lançamento apontando o diferencial de alíquota, no momento em que a empresa da entrega da obrigação acessória. 2) Quando da venda para não contribuinte ou para consumirdor final Exemplo: Paga-se o diferencial de alíquota por meio de guia para o outro estado. VENDA ZONA FRANCA DE MANAUS Requisito para os benefícios fiscais: internalização da nota fiscal, sob pena de pagamento de multa de até 100% do valor do imposto (fora pagamento SELIC). No site da SUFRAMA é possível verificar qual a área exata da zona franca de Manaus (não é Manaus inteiro, apenas algumas áreas). Além da Amazonia, há a área de livre comércio, que possui basicamene os mesmos benefícios que a Zona Franca de Manaus.
Ao vender para a Zona Franca de Manaus ou para a Área de Livre Comércio, não há incidência de tributo. Isso acontece pois o Governo tem a intenção de incentivar a indústria e o comércio local que, com os benefícios a eles concedidos, tornam-se mais competitivos. TIPOS DE SERVIÇOS ICMS Revisão fiscal em apoio aos trabalhos de auditoria Revisão fiscal solicitada diretamente pelo cliente Elaboração de resposta à consulta Planejamento tributário Due Diligence Assessoria Fiscal Permanente Regimes especiais de tributação Benefícios fiscais (...) CONTATO DA PROFESSORA JACKELINE FARES E-mail: Jackfares@hotmail.com Whatsapp (17) 99156-6449 BONS ESTUDOS!!! MONITORIA: CRISTINA CASARES