DECRETO Nº 2.377, DE 16 DE AGOSTO DE Dispõe sobre o plantio e manejo de árvores no município e dá outras providências.
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1 DECRETO Nº 2.377, DE 16 DE AGOSTO DE Dispõe sobre o plantio e manejo de árvores no município e dá outras providências. Itamar Borges, Prefeito da Estância Turística de Santa Fé do Sul, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições, D E C R E T A : Art. 1 - O plantio e manejo das árvores existentes no município passam a obedecer às normas estabelecidas neste decreto. TÍTULO I Das árvores Art. 2 - Entende-se por árvore, todo espécime representante do reino vegetal que possua sistema radicular; tronco, estipe ou caule lenhoso e sistema foliar, independentemente do diâmetro, altura e idade. CAPÍTULO I Do plantio de árvores SEÇÃO I Nos passeios e áreas públicas Art. 3 - Não será permitido o plantio de espécies arbóreas em passeios cuja extensão e largura sejam inferiores a 5,0m (cinco metros) e 1,5m (um metro e meio) respectivamente, bem como nas vias públicas e áreas comerciais sem recuo de construções. Art. 4 - Para evitar a concorrência entre árvores e equipamentos públicos, deve ser observado, por ocasião do plantio, os seguintes afastamentos e medidas: I da rede de alta tensão: 2,00 m de distância; II da rede de baixa tensão: 1,0 m de distância; III das esquinas: 7,00 m de distância; IV dos postes e placas de trânsito: a) para árvores de pequeno porte: 3,00 m a 4,00 m de distância; b) para árvores de médio porte: 6,00 a 7,00 m de distância;
2 V do recuo da borda em relação ao meio-fio ou guia: 0,50 m de distância. VI - das portas e portões de residências e estabelecimentos comerciais: 1,00 m de distância; VII do ponto de ônibus: 4,0 m de distância; VIII da rede de esgotos: 3,0m de distância; 1º - Para efeitos deste decreto, considera-se árvores de pequeno e médio porte aquelas que atinjam altura máxima de 4,0 m e 6,0 m respectivamente. 2º - Os passeios públicos deverão ter uma área livre de, no mínimo 1,20 m para trânsito. SEÇÃO II Nas áreas de propriedade particular Art. 5 - Fica vedado o plantio de árvores nas propriedades particulares que concorram com os equipamentos públicos, devendo ser observado, no que couber, os afastamentos e medidas descritas no art. 4º deste decreto. CAPÍTULO II Do corte ou derrubada de árvores SEÇÃO I De propriedade particular Art. 6 - Em caso de necessidade de corte ou derrubada de árvores deverá o munícipe interessado, subordinar-se às exigências e providências que as seguem: I - obtenção de autorização especial, emitida pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, em se tratando de árvore com diâmetro de tronco, caule ou estipe igual ou superior a 0,15 m (quinze centímetros) à altura de 1,30 m (um metro e trinta centímetros) a partir da base da árvore, qualquer que seja a finalidade do procedimento. II - quando o diâmetro for inferior a 0,15 m (quinze centímetros), será dispensada a exigência da autorização especial, contanto que se proceda a prévia vistoria "in loco", a cargo da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, qualquer que seja a finalidade do procedimento. 1º - Somente após a realização da vistoria e expedição de autorização, se for o caso, poderá ser efetuada a derrubada ou o corte de árvores. 2º - A eliminação total ou parcial de árvores só será autorizada nos casos previstos no art. 13 da Lei nº 112, de 25 de julho de 2006 (Código de Posturas do Município). Art. 7 - O requerimento de autorização de corte das árvores deverá ser efetuado junto à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, em formulário próprio, mediante solicitação do proprietário do imóvel ou seu representante legal, devidamente comprovado por título de propriedade do imóvel, talão do IPTU, cópias de documentos
3 pessoais ou procuração do(s) titular(es), quando for o caso, e croquis indicando as árvores que se pretende abater. 1 - Os pedidos para corte de árvores deverão ser assinados: I - pelo proprietário do imóvel ou seu representante legal; II - pelos proprietários dos imóveis envolvidos ou seus representantes legais, no caso de árvore(s) localizada(s) na divisa de imóveis; III - pelo síndico, com a apresentação da ata de sua eleição e da assembléia que deliberou sobre o assunto, contendo a concordância da maioria absoluta dos condôminos, ou abaixo-assinado, também com a maioria dos condôminos concordando com o corte solicitado, no caso de árvores localizadas em condomínios; IV - por todos os proprietários ou seus representantes legais, no caso de árvores localizadas em imóvel pertencente a mais de um proprietário. 2 - Todos os responsáveis mencionados no parágrafo anterior deverão juntar ao formulário padrão de corte, os documentos citados no Art. 8 desta lei. 3 - No caso de corte de árvore com a justificativa de construção de muro, será firmado termo de compromisso para a edificação num prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena da imposição das penalidades previstas nesta lei. SEÇÃO II Da arborização pública Art. 8 - O corte e a poda de árvores de arborização pública é de competência exclusiva da Prefeitura, podendo ser executado pelo munícipe, desde que siga o padrão estabelecido pela prefeitura, obedecidas as disposições contidas no art. 10 deste decreto. 1º - Nos casos do corte e poda de árvores de arborização pública a serem realizados pelo munícipe, a remoção dos detritos resultantes da operação deverá ocorrer imediatamente após o término dos serviços, sob as expensas do munícipe. 2 - Em caso de danos materiais provocados pela árvore, devidamente constatados pela fiscalização da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente e após a expedição de autorização de corte, poderá o munícipe executar a remoção ou transplante da mesma. 3 - Havendo necessidade comprovada de corte de árvore, não enquadrado no parágrafo anterior, após a expedição da autorização, poderá o munícipe efetuá-lo, ou solicitar que a Prefeitura o faça, mediante o recolhimento de respectiva taxa. 4º - A Prefeitura pode a seu critério efetuar a poda e o corte de árvores dos passeios públicos. Art. 9º - É vedada a fixação de faixas, placas, cartazes, holofotes, lâmpadas, bem como qualquer tipo de pintura na arborização pública.
4 CAPÍTULO III Da poda de árvores Art Será realizada poda ornamental em todas as árvores de área pública, segundo padrão adotado pela administração municipal. 1º - Nos passeios públicos, a poda deverá ser efetuada de tal forma que a copa das árvores não avance para a rua mais do que 2,00m (dois metros) de distância, contados a partir da guia ou meio fio. 2º - Nos passeios públicos e vias públicas, as copas das árvores não poderão dificultar ou obstruir o trânsito de veículos e pedestres, nem prejudicar a visualização da sinalização de trânsito. 3º - Nos canteiros centrais das avenidas as copas das árvores não poderão avançar além do limite da guia ou meio fio. Art Os casos que não se enquadrarem no artigo anterior serão analisados pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, e, havendo necessidade, será emitida licença especial. Art Em se tratando de árvore em propriedade particular, é dispensada a autorização especial para execução de poda, para manutenção e formação da árvore, respeitando os parâmetros do Artigo 10, desta lei. Art A poda de árvore em passeio público poderá ser executada pelo interessado, desde que siga o padrão de poda estabelecido pela Prefeitura, respeitando os parâmetros do Artigo 11, desta lei. Art As raízes e ramos de árvores que ultrapassarem a divisa entre imóveis, poderão ser cortados no plano vertical divisório, pelo proprietário do imóvel invadido. TÍTULO II Da fiscalização CAPÍTULO I Da competência Art A fiscalização e vistorias em áreas verdes, deverão ser executadas por servidor municipal credenciado ocupante de cargo relacionado à área de fiscalização. CAPÍTULO II Das penalidades Art O descumprimento às disposições da presente lei sujeitará o responsável ao pagamento de multas, arbitrado em valores correspondentes a Unidade Fiscal do Município UFM, conforme segue especificado na Lei Complementar nº 112, de 25 de julho de 2006 (Código de Posturas do Município).
5 CAPÍTULO IV Disposições finais Art Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Prefeitura da Estância Turística de Santa Fé do Sul, 16 de agosto de Itamar Borges Prefeito Registrado em livro próprio e publicado por afixação no local de costume, na mesma data. Paulo Rogério Gonçalves da Silva Secretário de Administração
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