IPI ANO XIX - 2008-3ª SEMANA DE JULHO DE 2008 BOLETIM INFORMARE Nº 29/2008 VENDA PARA ENTREGA FUTURA - PROCEDIMENTOS QUANTO AO IPI Introdução - Emissão Facultativa da Nota Fiscal - Emissão da Nota Fiscal Sem o Lançamento do IPI - Emissão da Nota Fiscal Com o Lançamento do IPI - Variação de Preço ou de Alíquota Para Maior - Variação de Preço ou de Alíquota Para Menor - Crédito do IPI Pelo Estabelecimento Adquirente - Desfazimento da Venda... ICMS - RJ Pág. 178 DEPÓSITO FECHADO - PROCEDIMENTOS GERAIS Introdução - Suspensão do Pagamento do Imposto - Remessa Para Depósito Fechado - Retorno/Procedimentos Para o Depositante - Saída do Depósito Com Destino a Outro Estabelecimento - Procedimento do Depositante - Procedimento do Depósito Fechado... LEGISLAÇÃO - RJ Portaria ST nº 494, de 27.06.2008 (DOE de 01.07.2008) - ICMS - Base de Cálculo - Combustíveis... Pág. 177 Pág. 176 Resolução SEFAZ nº 144, de 27.06.2008 (DOE de 30.06.2008) - ICMS - Exercício 2009... Pág. 175
JULHO - Nº 29/2008 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - RIO DE JANEIRO IPI Sumário 1. Introdução VENDA PARA ENTREGA FUTURA Procedimentos Quanto ao IPI 2. Emissão Facultativa da Nota Fiscal 3. Emissão da Nota Fiscal Sem o Lançamento do IPI 4. Emissão da Nota Fiscal Com o Lançamento do IPI 4.1 - Variação de Preço ou de Alíquota Para Maior 4.2 - Variação de Preço ou de Alíquota Para Menor 5. Crédito do IPI Pelo Estabelecimento Adquirente 6. Desfazimento da Venda 1. INTRODUÇÃO A Legislação do IPI contempla 3 (três) procedimentos fiscais diferentes nas operações de venda para entrega futura ou faturamento antecipado, à opção do contribuinte vendedor. Nesta matéria, serão abordadas as repercussões fiscais decorrentes da adoção de cada um desses procedimentos. 2. EMISSÃO FACULTATIVA DA NOTA FISCAL É facultado o uso de Nota Fiscal nas vendas para entrega futura, desde que não haja o lançamento do imposto, conforme arts. 128, inc. I, e 336 do RIPI/2002. Nesse caso, quando da entrega efetiva dos produtos, o contribuinte emitirá a correspondente Nota Fiscal em que constará o lançamento regular do imposto. 3. EMISSÃO DA NOTA FISCAL SEM O LANÇAMENTO DO IPI A segunda opção é a de se emitir a Nota Fiscal para simples faturamento, sem o lançamento do respectivo imposto. Caso o contribuinte opte por esta alternativa, por ocasião da entrega efetiva dos produtos será emitida nova Nota Fiscal com lançamento do imposto, fazendo-se as devidas indicações em seu corpo quanto à Nota Fiscal emitida anteriormente. 4. EMISSÃO DA NOTA FISCAL COM O LANÇAMENTO DO IPI E, por fim, a terceira opção existente se refere à emissão da Nota Fiscal de simples faturamento com lançamento do IPI, conforme art. 333, inc. VII, do RIPI/2002. Nesse particular, quando da entrega efetiva dos produtos, a Nota Fiscal de simples remessa será emitida sem lançamento do IPI, salvo na hipótese prevista no subitem 4.1, na qual serão feitas as indicações relativas à Nota Fiscal emitida anteriormente. 4.1 - Variação de Preço ou de Alíquota Para Maior Ocorrendo variação de preço ou de alíquota para maior, entre a data da emissão da Nota Fiscal de simples faturamento e o momento da entrega efetiva dos produtos, na Nota Fiscal de simples remessa, referida no item 4, será efetuado o lançamento complementar do IPI relativo à diferença constatada (Arts. 123, inciso I, alínea m, e 333, 2º, inc. V, do RIPI/2002). 4.2 - Variação de Preço ou de Alíquota Para Menor Na situação inversa, isto é, no caso de haver variação de preço ou de alíquota para menor, entre a data da emissão da Nota Fiscal de simples faturamento e o momento da entrega efetiva dos produtos, o estabelecimento vendedor terá direito ao crédito do imposto relativo à diferença lançada a maior. No caso de diferença de IPI originada de variação de alíquota, esta será escriturada diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, no item 005 - Outros Créditos, fazendo-se as observações pertinentes. Em caso de diferença originada de variação de preço, esta será compensada com débitos do mesmo período ou seguintes (Art. 333, 3º, do RIPI/2002). Salientamos, porém, que o direito ao crédito relativo à diferença somente poderá ser exercido pelo estabelecimento vendedor, se este estiver de posse de comunicação escrita do comprador, no prazo de 3 (três) dias, informando que o estorno do IPI foi procedido em sua escrita fiscal, se for o caso. 5. CRÉDITO DO IPI PELO ESTABELECIMENTO ADQUI- RENTE No caso em que a Nota Fiscal de faturamento tenha sido emitida com lançamento do IPI, item 4 desta matéria, o estabelecimento adquirente poderá creditar-se do imposto, mesmo que o produto somente seja enviado posteriormente. Tal conclusão decorre da disposição regulamentar que prevê que a exigência de prévio 178
ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - RIO DE JANEIRO recebimento do produto, para fins de aproveitamento do respectivo crédito, não se aplica aos casos em que é permitida a emissão de Nota Fiscal que não corresponda a uma efetiva saída, como nas vendas para entrega futura (Art. 164, inc. X, do RIPI/2002). 6. DESFAZIMENTO DA VENDA No caso de emissão da Nota Fiscal de simples JULHO - Nº 29/2008 faturamento com lançamento do IPI (item 4), será anulado, mediante estorno da escrita fiscal, o respectivo crédito escriturado pelo estabelecimento comprador, no valor da parte desfeita, se a operação se desfizer antes da saída do produto do estabelecimento vendedor, entrega efetiva do produto, com fulcro no art. 178, inc. I, do RIPI/2002. Fundamentos Legais: Os citados no texto. ICMS - RJ Sumário 1. Introdução DEPÓSITO FECHADO Procedimentos Gerais 2. Suspensão do Pagamento do Imposto 3. Remessa Para Depósito Fechado 4. Retorno - Procedimentos Para o Depositante 5. Saída do Depósito Com Destino a Outro Estabelecimento 5.1 - Procedimento do Depositante 5.2 - Procedimento do Depósito Fechado 1. INTRODUÇÃO Depósito Fechado é um outro estabelecimento do mesmo contribuinte do ICMS, cuja finalidade, unicamente, é a de armazenamento das mercadorias. Nesta matéria serão abordados os procedimentos de remessa e retorno de mercadorias a Depósito Fechado do contribuinte, conforme o Regulamento do ICMS. 2. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO Na remessa de mercadoria em operações internas com destino a Depósito Fechado do próprio contribuinte, assim como no retorno, real ou simbólico, ao estabelecimento depositante, o pagamento do ICMS é suspenso. Nas operações abrangidas pela suspensão, os documentos fiscais não conterão destaque do ICMS, e sim a expressão: ICMS suspenso. As Notas Fiscais serão lançadas nos livros fiscais sem débito e sem crédito do imposto nas colunas Documento Fiscal, Valor Contábil e Outras. Caso haja perecimento, deterioração, furto ou roubo de mercadoria estocada no Depósito Fechado, considerar-se-á encerrada a fase da suspensão, devendo o contribuinte depositante, por ocasião da ocorrência de um destes fatos, realizar o pagamento do imposto suspenso na operação de remessa ao Depósito Fechado. 3. REMESSA PARA DEPÓSITO FECHADO Na saída interna de mercadoria com destino a Depósito Fechado do próprio contribuinte será emitida Nota Fiscal, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos exigidos e, especialmente: a) o valor da mercadoria; b) a Natureza da Operação: Outras Saídas - Remessa Para Depósito Fechado ; c) o CFOP 5.905; d) em Informações Complementares, a expressão: ICMS suspenso 4. RETORNO - PROCEDIMENTOS PARA O DEPOSITANTE Na saída de mercadoria em retorno ao estabelecimento depositante, o Depósito Fechado emitirá Nota Fiscal, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos exigidos e, especialmente: a) o valor da mercadoria, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de sua entrada no Depósito Fechado; b) a Natureza da Operação: Outras Saídas - Retorno de Mercadoria Depositada ; c) o CFOP 5.906; d) em Informações Complementares, a expressão: 177
JULHO - Nº 29/2008 ICMS suspenso. 5. SAÍDA DO DEPÓSITO COM DESTINO A OUTRO ESTABELECIMENTO 5.1 - Procedimento do Depositante Na saída de mercadoria armazenada em Depósito Fechado, com destino a outro estabelecimento, inclusive na operação de transferência a outro estabelecimento da mesma empresa, o depositante emitirá Nota Fiscal, contendo os requisitos exigidos e, especialmente: a) o valor da operação; b) a natureza da operação; c) CFOP; d) o destaque do imposto, se devido na operação; e) em Informações Complementares, a indicação de que a mercadoria será retirada do Depósito Fechado, com menção do endereço, Inscrição Estadual e CNPJ do depósito. 5.2 - Procedimento do Depósito Fechado O Depósito Fechado, no ato da saída da mercadoria, emitirá Nota Fiscal em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - RIO DE JANEIRO exigidos e, especialmente: a) o valor da mercadoria, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de sua entrada no Depósito Fechado; b) a Natureza da Operação: Outras Saídas - Retorno Simbólico de Mercadoria Depositada ; c) o CFOP 5.907; d) o número, a série e a data da Nota Fiscal citada no subitem 5.1 da presente matéria, emitida pelo estabelecimento depositante; e) o nome, o endereço, a Inscrição Estadual e o CNPJ do estabelecimento destinatário da mercadoria. O Depósito Fechado poderá emitir a Nota Fiscal de retorno simbólico, contendo resumo diário do total das saídas, à vista da via adicional de cada Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento depositante (subitem 5.1), que permanecerá arquivada no Depósito Fechado. Finalmente, o Depósito Fechado deverá indicar no verso das vias da Nota Fiscal citada no subitem 5.1 deste texto, emitida pelo estabelecimento depositante, a data da efetiva saída das mercadorias, bem como o número, a série e a data da emissão da sua Nota Fiscal de retorno Fundamentos Legais: Regulamento do ICMS. LEGISLAÇÃO - RJ ICMS BASE DE CÁLCULO - COMBUSTÍVEIS RESUMO: A Portaria em questão trata da divulgação da base de cálculo do ICMS, no que tange às operações com combustíveis, dentre outras considerações. PORTARIA ST Nº 494, de 27.06.2008 (DOE de 01.07.2008) 2008, de 25 de junho de 2008, RESOLVE: Art. 1º - Os preços a que se refere o 3º do art. 5º do Livro IV do RICMS/2000, para vigorar a partir de 01 de julho de 2008, são os seguintes: I - gasolina automotiva: R$ 2,6310 por litro; Divulga os preços das mercadorias de que trata o Livro IV, do RICMS/2000, para vigorar a partir de 01 de julho de 2008. O SUPERINTENDENTE DE TRIBUTAÇÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 2º da Resolução SEFAZ nº 96, de 19 de dezembro de 2007, e tendo em vista o disposto no Ato COTEPE/PMPF nº 12/ II - diesel: R$ 2,0160 por litro; III - gás liquefeito de petróleo (GLP): R$ 2,6390 por quilograma; IV - querosene de aviação (QAV): R$ 1,5960 por litro; 176
ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - RIO DE JANEIRO JULHO - Nº 29/2008 V - álcool etílico hidratado combustível (AEHC): R$ 1,7170 por litro; 2009 Provisório; e VI - gás natural veicular (GNV): 1,5730 por m³. Parágrafo único - Para efeitos do disposto no inciso I, entendese por gasolina automotiva aquela obtida após a mistura com álcool etílico anidro carburante (AEAC), no percentual determinado pela autoridade federal competente. ICMS Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. EXERCÍCIO 2009 Rio de Janeiro, 27 de junho de 2008. Alberto da Silva Lopes Superintendente de Tributação RESUMO: A Resolução em questão dispõe sobre os índices provisórios relativos à participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS, para aplicação no exercício 2009, entre utras providências. RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 144, de 27.06.2008 (DOE de 30.06.2008) Fixa os índices provisórios relativos à participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS para o exercício 2009. CONSIDERANDO a garantia de que os dados relativos à receita própria do referido município, relativos ao ano-base 2007, serão devidamente considerados por ocasião do cálculo do IPM- 2009 Definitivo, desde que sejam remetidos em tempo hábil a esta SEFAZ, RESOLVE: Art. 1º - Os Índices Provisórios relativos à Participação dos Municípios no produto da arrecadação do ICMS, para aplicação no exercício de 2009, são os constantes do Anexo I que acompanha esta Resolução. Parágrafo único - Os Índices Provisórios, de que trata o caput deste artigo, foram calculados com base nos dados integrantes dos Anexos II, III e IV desta Resolução, conforme o disposto na Lei Complementar Federal nº 63, de 11 de janeiro de 1990, com os critérios estabelecidos no art. 1º da Lei Estadual nº 2.664/1996 e nos arts. 1º e 2º da Lei Estadual nº 5.100/2007. Art. 2º - Os Municípios, por meio de seus Prefeitos Municipais, das Associações de Municípios, ou seus representantes, consoante o disposto no 7º do art. 3º da Lei Complementar Federal nº 63/1990, terão o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação da presente Resolução, para apresentarem, na CIEF/ SUCIEF ou na repartição fiscal que jurisdicione a área do recorrente, impugnações aos Índices Provisórios e aos dados de que trata o artigo anterior. O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO a ausência das informações relativas ao critério de Receita Própria do Município de BOM JESUS DO ITABAPOANA que, até a presente data, não foram remetidas pelo Tribunal de Contas do Estado a esta SEFAZ; CONSIDERANDO a necessidade de se cumprir o prazo previsto na Lei Complementar nº 63/1990, no que diz respeito ao cálculo e à correspondente publicação do IPM; CONSIDERANDO a impossibilidade de se esperar por mais tempo o recebimento das referidas informações do município e a necessidade de se calcular, no prazo legal, os Índices Provisórios de Participação dos Municípios no Produto da Arrecadação do ICMS para não prejudicar as demais municipalidades; 1º - As impugnações deverão estar devidamente fundamentadas e, quando necessário, acompanhadas de cópia legível da DECLAN-IPM recepcionada pelo sistema da Secretaria de Estado de Fazenda. 2º - As repartições fiscais deverão, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas da recepção do recurso, constituir processo administrativo-tributário e promover sua entrega, por meio de portador próprio, nas dependências da Superintendência de Cadastro e Informações Econômico-Fiscais (SUCIEF), de acordo com o disposto no 1º do art. 21 da Resolução SEFAZ nº 130/2008. Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 27 de junho de 2008. CONSIDERANDO o despacho proferido no processo administrativo nº E-04/006.914/2008, que autoriza a repetição das informações, relativas ao critério de Receita Própria do ano-base 2006, tão-somente para o supracitado município, para o cálculo do IPM- Joaquim Vieira Ferreira Levy Secretário de Estado de Fazenda Obs.: Anexo publicado no DOE de 30.06.2008. 175