Engª Ambiental Larissa C. Lopes Cal AGOSTO 2017 GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS E O MERCADO IMOBILIÁRIO

Documentos relacionados
SEMINÁRIO SUL-BRASILEIRO DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

FENSEG Federação Nacional de Seguros Gerais

Aspectos Normativos DD038/2017

Os Novos Procedimentos para o Gerenciamento de Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo

IV Fórum de Recursos Hídricos

GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Os Novos Procedimentos para o Gerenciamento de Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo

Conhecendo as Bases da Legislação Ambiental e sua Aplicação na Gestão de Áreas Contaminadas

Decisão de Diretoria 038/2017/C ENG. RODRIGO CÉSAR DE ARAUJO CUNHA, DR.

Decisão de Diretoria 038/2017/C Aspectos Técnicos e Administrativos

EQUI LIBRAR GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS. Congresso Ambiental Viex São Paulo, 20 de junho de 2018

III SEMINÁRIO SUL BRASILEIRO DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Aspectos jurídicos DD CETESB 38/2017

Eliminação e Recuperação de Lixões em Minas Gerais: estágio atual e perspectivas

CONTAMINAÇÃO DE SOLOS: LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Gerenciamento de Áreas Contaminadas do Estado do Rio Janeiro

ÁREAS CONTAMINADAS E RECURSOS HÍDRICOS

GESTÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

III Seminário Sul-Brasileiro Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Porto Alegre, 11 e 12 de novembro de 2015

Responsabilidade Civil e a Gestão de Áreas Contaminadas. Annelise Monteiro Steigleder

A importância do Gerenciamento de Áreas Contaminadas na proteção das águas subterrâneas São Paulo 19 de dezembro de 2013

Investigação de PASSIVO AMBIENTAL. Entendendo o que é

CONTAMINAÇÃO DE SOLOS: LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. Otávio Eurico de Aquino Branco Maio de 2016

Resolução CONAMA 420/09 e Gerenciamento de Áreas Contaminadas em Âmbito Nacional

Gestão de Áreas Contaminadas baseada na Lei Engº Rodrigo César de Araújo Cunha, Dr. Setor de Áreas Contaminadas CETESB

8º Fórum Mundial da Água (Reunião Preparatória) CREA-SP

Avaliação de risco e legislação ambiental

Setor Imobiliário: A Importância da Recuperação de Áreas Industriais

Lei nº 6.938/81. Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

A contaminação do solo e a destinação de resíduos sólidos

Cenário do mapeamento de áreas contaminadas nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado - VIGISOLO MÓDULO III - LEGISLAÇÕES

Gestão e Gerenciamento de Áreas Contaminadas

O Gerenciamento de Áreas Contaminadas em Empreendimentos Imobiliários

DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO FIESP

ÁREAS CONTAMINADAS: GERENCIAMENTO E ESTUDO DE CASO. Otávio Eurico de Aquino Branco Abril de 2013

Impactos da Lei e da Minuta do Decreto sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas na Operacionalização de Empreendimentos Industriais

2) Como ocorre um processo de contaminação?

Áreas Contaminadas. Gerenciamento Estratégico. Renata Campetti Amaral Sócia Walter Hellmeister Consultor. Março/2016

A IMPORTÂNCIA DA ANALISE DOS RISCOS DE CONTAMINAÇÃO NA REABILITAÇÃO DE BROWNFIELDS URBANOS

Atualidades sobre o Gerenciamento de Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo

Declaração de Áreas Contaminadas e Suspeitas de Contaminação -BDA. Luiz Otávio Martins Cruz Gerência de Áreas Contaminadas - GERAC

DISCIPLINA: RECURSO SOLO. Áreas Degradadas e Áreas Contaminadas. Profa. Wanda R. Günther HSA/FSP/USP

Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas. Rodrigo Cunha CETESB

28 OUT Metodologia da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL para avaliação ambiental de terrenos com potencial de contaminação

O novo decreto estadual de áreas contaminadas

Os instrumentos são as ferramentas utilizadas pelo Poder Público para alcançar os objetivos da PNMA.

para empreendedores imobiliários em terrenos com potencial de contaminação

PROCEDIMENTO PARA GERENCIAMENTO DE

DECRETO Nº , DE 5 DE JUNHO DE 2013

Gerenciamento de Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo

COMISSÃO PROCESSANTE E DE NORMATIZAÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DE SÃO PAULO - CONSEMA

Setor Imobiliário: A importância da recuperação de Áreas Industriais. Aspectos Jurídicos

O que muda no gerenciamento de áreas contaminadas no Estado de São Paulo com a Lei 13577?

Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1961.

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Decreta: CAPÍTULO I Das Disposições Gerais SEÇÃO I Do Objeto

AIDA BRASIL 4º Seminário de Seguros e Riscos Ambientais. Katia Papaioannou Marsh Brasil

V Seminário de Políticas de Gestão da Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas

TCE DIREITO AMBIENTAL

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E DA SUSTENTABILIDADE - SMAMS CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE RESOLUÇÃO DO COMAM 003 / 2018

1º Encontro Preparatório da Engenharia e Agronomia para o 8º Fórum Mundial da Água NORMAS TÉCNICAS ABNT

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA GESTÃO E REMEDIAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Cavas de Mina: Uso para disposição de resíduos Possibilidades e Restrições Riscos de contaminação e cuidados ambientais relacionados à disposição de r

GESTÃO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA. Renato das Chagas e Silva Engenheiro Químico Divisão de Controle da Poluição Industrial FEPAM

Tratamento de Resíduos Sólidos Orgânicos e seus Impactos Ambientais. Angélica S. Gutierrez

Situação Atual do Gerenciamento de Áreas Contaminadas no Estado do Paraná

LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA EMPREENDIMENTOS FOTOVOLTAICOS. Gustavo Tetzl Rocha - MEIUS Engenharia

BEPA 2014;11(125):25-32

Trabalhamos com uma equipe técnica multidisciplinar que atua nas diversas áreas da Geologia e Meio Ambiente.

Política Nacional do Meio Ambiente LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

O OLHAR DO SETOR SAÚDE

PROCEDIMENTO PARA GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

DECISÃO DE DIRETORIA Nº 103/2007/C/E, de 22 de junho de 2007.

Contexto histórico. 1930: Incentivos do governo federal para indústrias.

Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal SINJ-DF

LICENÇA DE OPERAÇÃO E RECUPERAÇÃO

RESOLUÇÃO N o 91, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008

Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos

RESOLUÇÃO N 005, DE 26 DE FEVEREIRO DE Revoga Instrução Normativa 11, de

Licenciamento Ambiental

DECISÃO DE DIRETORIA CETESB Nº 389, DE

SEGUROS PARA RISCOS AMBIENTAIS

Resolução 4327/14 BACEN Responsabilidade Ambiental

IT-1302.R-1 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA REQUERIMENTO DE LICENÇAS PARA ATERROS SANITÁRIOS

PROCEDIMENTOS CO-PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS NO ESTADO DO PARANÁ. São Paulo, 04 de novembro de 2004

SEMINÁRIO SUL-BRASILEIRO DE Gerenciamento de Áreas Contaminadas ABES-RS

VOLTA GRANDE IV III Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo

2º - Para o Bioma Cerrado, deverão ser considerados os parâmetros definidos na Resolução SMA 64, de

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL REPUBLICAÇÃO

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Áreas contaminadas, avaliação de risco e as gerações futuras São Paulo, 1 de outubro de 2013.

DIMENSÕES DOS DANOS AMBIENTAIS, JURIDICIDADE E FORMAS DE REPARAÇÃO

Estabelece critérios e procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro.

GABINETE DO SECRETÁRIO

APRESENTAÇÃO COMERCIAL

LEI N.º 1.848/2014 DATA: 25/04/2014

Transcrição:

Engª Ambiental Larissa C. Lopes Cal AGOSTO 2017 GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS E O MERCADO IMOBILIÁRIO

Tópicos Definição de Áreas Contaminadas Arcabouço legal e técnico Etapas do Gerenciamento de Áreas Contaminadas e sua importância Passivos Ambientais, o mercado imobiliário e a desvalorização imobiliária Princípio da responsabilidade ambiental Due Diligences ambientais e o mercado de fusão e aquisição Estudo de caso

DEFINIÇÃO Contaminação CONAMA nº 420/2009: caracterizada pela presença de substâncias(s) química(s) no ar, água ou solo, decorrentes de atividades antrópicas, em concentrações tais que restrinjam a utilização desse recurso ambiental para os usos atual ou pretendido, definidas com base em avaliação de risco à saúde humana, assim como bens a proteger, em cenário de exposição padronizado ou específico.

DEFINIÇÃO Área Contaminada ABNT 15.515-1: área contaminada (AC) é área onde as concentrações de substâncias químicas de interesse estão acima de um valor de referência vigente na região, no país ou, na ausência desse, aquele internacionalmente aceito, que indica a existência de um risco potencial à segurança, à saúde humana ou ao meio ambiente. ABNT 15.515-2: área onde for constatada a presença de substâncias químicas em fase livre ou onde for comprovada, após investigação detalhada e avaliação de risco, a existência de risco à saúde humana.

DEFINIÇÃO Área Contaminada CETESB: área contaminada pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição e contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural. A contaminação nessas áreas ocorre por substâncias químicas que são responsáveis por ações adversas à saúde e ao meio ambiente, quando disseminadas indiscriminadamente.

ARCABOUÇO LEGAL Aspectos legais Varia nos âmbito das esferas federal, estadual e municipal. Os estados e municípios possuem autonomia para definição da sua própria legislação. Introdução Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Legislação de Referência Federal Resolução CONAMA nº 420 de 2009 (alterada pela Resolução CONAMA nº 460 /2013) Dispõe sobre o critério e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

ARCABOUÇO LEGAL Legislação de Referência Estadual São Paulo DD nº 103/2007 CETESB Estabelece o Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas. DD nº 256/2016/E CETESB - Dispõe sobre a Aprovação dos Valores Orientadores para Solos e Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo. DD nº 038/2017/C CETESB - Estabelece o Procedimento para Proteção da Qualidade do Solo e da Água Subterrânea, revisa o Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas, e determina as Diretrizes para Gerenciamento de Áreas Contaminadas no âmbito do Licenciamento Ambiental.

ARCABOUÇO TÉCNICO ABNT 15.515-1:2007 - Investigação de Passivos Ambientais Parte 1: Avaliação Preliminar. ABNT 15.515-2:2011 Investigação de Passivos Ambientais Parte 2: Investigação Confirmatória. ABNT 15.515-3: 2013 Investigação de Passivos Ambientais Parte 3: Investigação Detalhada. ABNT 16.209:2013 Avaliação de Risco à Saúde Humana para fins de investigação de áreas contaminadas - Procedimento. ABNT 16.210: 2013 Modelo Conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas. ABNT 16.435:2015 Controle da qualidade na amostragem para fins de investigação de áreas contaminadas.

ARCABOUÇO TÉCNICO Itens específicos solicitados pelos órgãos ambientais e eventualmente não contemplados pela ABNT devem seguir as especificações técnicas constantes na própria normativa estabelecida pelo órgão ambiental.

ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS E SUA IMPORTÂNCIA Identificação Avaliação Ambiental Preliminar Investigação Ambiental Confirmatória Investigação Investigação Ambiental Detalhada Avaliação de Risco à Saúde Humana Intervenção Medidas de Controle Institucional Medidas de Remediação Medidas de Engenharia

ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS E SUA IMPORTÂNCIA Na realização do Gerenciamento de Áreas Contaminadas, de acordo com as informações, os riscos existentes e as medidas de intervenção necessárias, as áreas podem ser classificadas em: Área com potencial de contaminação (AP); Área Suspeita de Contaminação (AS); Área Contaminada sob Investigação (ACI); Área Contaminada com Risco Confirmado (ARCi); Área Contaminada em Processo de Remediação (ACRe); Área Contaminada em Processo de Reutilização (ACRu); Área Contaminada em Processo de Monitoramento para Encerramento (AME); Área Reabilitada para Uso Declarado (AR).

PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Deriva da Lei 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Artigo 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: (...) VII à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.

PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Artigo 14 Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: (...) II à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público; III à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; IV à suspensão de sua atividade. 1º (...) é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.

PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL CONAMA Nº 420 / 2009 Artigo 34 Os responsáveis pela contaminação da área devem submeter ao órgão ambiental competente proposta para a ação de intervenção a ser executada sob sua responsabilidade, devendo a mesma, obrigatoriamente, considerar: I O controle ou a eliminação das fontes de contaminação; II O uso atual e futuro do solo da área objeto e sua circunvizinhança; III Avaliação de risco à saúde humana; IV Alternativas de intervenção consideradas técnica e economicamente viáveis e suas consequências; V Programa de monitoramento da eficácia das ações estudadas; VI Os custos envolvidos na implementação das alternativas propostas para atingir as metas estabelecidas. (...)

DUE DILIGENCES AMBIENTAIS E O MERCADO DE FUSÃO E AQUISIÇÃO Due Diligence: ferramenta indispensável para garantir a concretização segura de negócios, notadamente em operações de expansão empresarial fusões, aquisições e incorporações. Compreende um conjunto de atos investigativos que devem ser realizados antes de uma operação empresarial, seja pelo interessado em ingressar societariamente ou mesmo adquirir a empresa, seja por parte de quem está repassando o negócio. Seu objetivo principal é conhecer em detalhes a real situação de uma empresa para que todos os riscos atrelados à pretensa operação sejam avaliados e mensurados quando possível.

DUE DILIGENCES AMBIENTAIS E O MERCADO DE FUSÃO E AQUISIÇÃO Due Diligence se torna ferramenta protetiva frente à aplicação da Política Nacional do Meio Ambiente em transações que envolvam áreas com potencial de contaminação (AP) ou que estejam situadas em regiões com potencial de contaminação. Auxilia no estabelecimento dos termos adequados para o processo de negociação e também nas tomadas de decisão. Área contaminada: pode vir a oferecer vantagem comercial para quem está investindo custo da desvalorização do terreno x custo para recuperação do dano ambiental.

PASSIVOS AMBIENTAIS, O MERCADO IMOBILIÁRIO E A DESVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA A existência de passivos ambientais impacta diretamente as atividades relacionadas ao mercado imobiliário, interferindo na sua concretização, a partir de: Ações ambientais mais restritivas (consideram receptor residencial); Dificuldade / impedimento na liberação de licenças ambientais (LP, LI e LO); Impedimento na implantação do empreendimento; Registro da contaminação na matrícula do imóvel; Desvalorização financeira do terreno /imóvel; Dificuldade / impossibilidade de regularização do imóvel; Casos mais críticos podem resultar em remoção de moradores (vide estudo de caso); Processos judiciais de indenização.

ESTUDO DE CASO MANSÕES SANTO ANTÔNIO Localização: Campinas SP Área ocupada no pretérito por Indústria Química (1973 A 1996) Empresa não tratava efluentes; Resíduos / efluentes eram infiltrados no solo por poços absorventes. Área adquirida em 1996 por construtora objetivando a implantação de condomínios residenciais Agosto de 2001 Confirmação da contaminação Área com 03 edifícios residenciais, sendo 01 já ocupado. CETESB indeferiu a aprovação para o início da segunda fase do empreendimento e exigiu estudos complementares.

ESTUDO DE CASO MANSÕES SANTO ANTÔNIO Contaminação: presença de vapores de compostos orgânicos e fase dissolvida de cloreto de vinila (composto carcinogênico), TCE, estireno, tolueno e xilenos; Risco carcinogênico à saúde humana; Contaminação extrapola limites do empreendimento, atingindo condomínios e empresas no entorno; Decorridos 10 anos da identificação da contaminação, a Prefeitura de Campinas suspende emissão do habite-se, proíbe a construção do 4º bloco e decide remover moradores da área devido aos riscos identificados.

Fonte: AECOM, 2013. Áreas sob Investigação

ESTUDO DE CASO MANSÕES SANTO ANTÔNIO Reflexão Quais são os impactos diretos e indiretos? Desvalorização do imóvel (declaração de contaminação constará na matrícula do imóvel); Perda de investimentos para o negócio; Impossibilidade / dificuldade de aquisição de crédito bancário; Danos materiais decorrentes de multas ambientais e processos movidos por terceiros; Necessidade de reparação do dano; Perda de credibilidade / impacto à imagem da empresa.

OBRIGADA PELA PRESENÇA! Contatos E-mail: larissa@indexambiental.com.br Tel: (41) 3015-4525