Esse relatório tem como objetivo apresentar os meus dias de vivência no programa VERSUS na cidade do Rio de Janeiro. Foram vários dias muito produtivos e que me trouxeram muito contato com a realidade e a reflexão sobre o nosso Sistema Único de Saúde. Participei do Grupo 4 que tinha como foco de visitações a Área Programática 5.3, compreendendo os bairros de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba. 1 dia (28/07/15) Começamos o dia visitando a Clinica da Família Waldemar Berardinelli em Sepetiba. Ela atende 8 áreas específicas com 8 equipes, uma para cada micro-região. As equipes são formadas de médico, enfermeiro, técnico de enfermage, agentes de saúde e, em alguns casos, odontólogo. Percebeu-se que a clínica possuia uma estrutura muito qualificada, mas que desviava um pouco da proposta de saúde da família pois acaba sendo muito grande, o que dificulta a humanização do atendimento. Logo em seguida visitamos outra clínica da saúde: Ilzo Motta de Mello localizada em Paciência. Ela tem um tamanho menor e atende a 5 áreas. Um ponto positivo foi a existência de residentes de medicina na clínica.
Nossa terceira visita foi na UPA do Cesarão, é uma unidade de atendimento para todos e demanda espontânea e urgência/emergência. A última unidade visitada foi o CER (Coordenação de Emergência Regional) do Hospital Municipal Pedro II. O CER fica no mesmo prédio que o Hospital e acaba recebendo e filtrando a demanda do mesmo.
No final do dia nosso grupo se reuniu para analisar o que haviamos vivenciado e trocar informações. 2º dia (29/07/15) Visitamos o CMS (Centro Municipal de Saúde Aloysio Amâncio da Silva) localizada em Santa Cruz. Lá foi implantada a primeira academia do projeto Academia Carioca. O projeto academia carioca prega o bem estar e a saúde na atenção primária, não se limitando a atender somente idosos e sim a faixa etária a partir dos 12 anos. Mas ainda assim a maioria dos atendidos são mulheres idosas. Os dados mostrados apresentam como o exercício físico é positivo para a saúde dos pacientes. Hoje a maior dificuldade que eles encontram é manter a regularidade da presença dos usuários, pois muitos vão, se cadastram mas não retornam as atividades.
Depois fomos ao Hospital Municipal da Piedade, onde assistimos a apresentação dos Doutores da Alegria. A apresentação foi muito divertida e utilizava poesias e descontração levando assim um pouco de cultura e diversão para a equipe e pacientes. O trabalho é baseado na ideia de que o Hospital não é lugar somente de tristeza e morte, é sim possível e viável descontrair e levar um pouco de alegria a cada usuário. 3º dia (30/07/15) Começamos o dia visitando o o CMS Lincoln de Freitas Filho em Santa Cruz para conhecer como funciona melhor o sistema SUS naquela área programática. Descobrimos que antes das mudanças de 2009 os usuários enfrentavam filas e o atendimento não era garantido. Após esse ano houve uma regulação do fluxo de usuários sendo tudo controlado e organizado pelo SISREG, não existindo mais demanda espontânea. No início da mudança, houve resistência por parte dos usuários causada pela falta de informação. A unidade possui diversos especialistas mas os usuários só são encaminhados pra lá quando há necessidade e encaminhamento do médico generalista. A exceção são os casos de hanseníase e tuberculose que continuam sendo atendidos com demanda espontânea.
À tarde assistimos uma palestra sobre o processo de regulação entre os diferentes serviços de saúde (SISREG). 4º dia (31/07/15)
No quarto dia nos juntamos a todos os outros 3 grupos e fomos visitar a FIOCRUZ e conhecer sobre a história da saúde pública no Brasil, sobretudo no início do século XX. O espaço da fundação é magnífico e muito rico em conhecimento. Fomos apresentados a bibliotecas, exposições interativas, o palacete mourisco e ao Museu da Vida. Participamos de rodas de conversa, palestras e vídeos. 5 dia (01/08/15) Conhecemos o Hospital Geral Municipal Pedro II. Fomos descendo do 9 até o 1 andar e vivênciando vários espaços hospitalares de alta complexidade. Áreas ligadas a queimaduras, neurocirurgia, fraturas, pediatria, maternidade e psiquiatria.
À tarde visitamos a Maternidade Mariska em Bangu, onde conhecemos todo o fluxo das mulheres pelo hospital: desde a classificação, as consultas e as áreas de pós-parto. Depois fomos à Casa de Parto David Capistrano Filho em Realengo onde se busca uma nova concepção de parto mais humanizada. Não há medicos/as no local, apenas enfermeiras. Em caso de complicações no parto existe uma ambulância de prontidão. 6º dia (02/08/15) No sexto dia fizemos uma caminhada até o alto da Pedra do Leme que faz parte do programa Academia Carioca. Era impressionante o número de idosos que fazia parte da caminhada.
Depois visitamos o Museu de Arte do Rio, onde aprendemos muito sobre nossa cultura e raízes.
7º dia (04/08/15) Nesse dia conhecemos o maior hemocentro do Rio de Janeiro, o Hemorio. Eu já havia conhecido o local pois organivava programas de trote solidário com doação de sangue lá pela Faculdade Nacional de Direito. A visitação nos apresentou os principais desafios da saúde nessa área e mostrou todo o processo de coleta e processamento do sangue. 8º dia (05/08/15) No oitavo dia conhecemos a SUBVISA e fomos apresentados ao programa de vigilância sanitária do Rio de Janeiro. Aprendemos que a vigilância não precisa ter uma concepção policialesca, mas sim educativa e fizemos distribuição de panfletos no Largo da Carioca como parte das atividades da Semana da Vigilância Sanitária
9º dia (06/08/15) No último dia finalizamos o VERSUS com a devolutiva na UNIGRANRIO da Lapa. Nosso grupo fez uma apresentação de slide e um vídeo com o nosso funk do VERSUS.