Inovação, Ciência e Tecnologia na UFCG



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REVISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, VOL. 2, NÚMERO 2, DEZEMBRO 2012. 39 Inovação, Ciência e Tecnologia na UFCG Wellington Santos Mota, Senior Member, IEEE Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande PB email: wsmota@gmail.com Resumo - Neste trabalho é mostrado como a Inovação, Ciência e Tecnologia se estabeleceram no interior da Paraíba por meio da atual Universidade Federal de Campina Grande e em Particular na atuação do Centro de Engenharia Elétrica e Informática CEEI. Também são apresentados alguns Projetos e Programas dos órgãos financiados brasileiros que oferecem oportunidades aos estudantes e propiciam uma aproximação entre Universidades e Empresas privadas. Palavras-chave - UFCG, Inovação, Ciência e Tecnologia, Centro de Engenharia Elétrica e Informática I. DADOS HISTÓRICOS DA UFCG E M 1952, foi criada a Escola Politécnica da Paraíba por Lei Estadual. Em 1953, a Escola Politécnica da Paraíba foi autorizada a funcionar. Em 1955, entrou em funcionamento a Escola Politécnica, pertencente à Universidade da Paraíba. Posteriormente, em 1960, foi transformada em Universidade Federal da Paraíba (UFPB), incorporando as estruturas universitárias existentes nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Em 1974 foi Criado o Centro de Ciência e Tecnologia, absorvendo a Escola Politécnica em Campina. Em 2002, pelo desmembramento da UFPB, foi criada a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com sede em Campina Grande. Compõem ainda o universo dessa instituição seis outros campi localizados nas cidades de Patos, Sousa, Cajazeiras, Cuité, Pombal e Sumé, na região do Cariri Paraibano. TABELA 1: CRESCIMENTO DA UFCG NOS ÚLTIMOS 10 ANOS 2002 2012 Aumento em % Cursos de Graduação 29 75 168 Cursos de Mestrado 7 20 186 Cursos de Doutorado 2 7 250 Professores 750 1420 89 Servidores 1400 1600 15 Alunos 7770 17000 119 Vagas 1610 4760 196 II. CRESCIMENTO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA NA PARAÍBA Hoje a Paraíba lidera a área de tecnologia nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, conforme dados estatísticos da CAPES, graças à mente criativa e inovadora do Professor Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, ex-diretor da Escola Politécnica e ex-reitor da Universidade Federal da Paraíba. Sua mente estava recheada de ideias e impregnada da certeza de que a presença humana tem a responsabilidade de contribuir para fazer com que a Natureza trabalhe a favor do homem. Seu sonho foi concretizado pelo estabelecimento de intercâmbios com universidades do primeiro mundo. Foram intercâmbios de verdade, no sentido mais expressivo da palavra, entre professores e alunos de ambos os lados, além da vinda de equipamentos para laboratórios. Isso ocorreu em níveis de graduação e pós-graduação e, mais importante, deu certo e resultou em um crescimento vertiginoso na área de tecnologia, que igualou a Instituição aos mais conceituados centros de ensino e pesquisa do Sul e Sudeste do País. III. CONVÊNIOS COM INSTITUIÇÕES DO EXTERIOR O primeiro convênio foi o Projeto R.I.T.A. em 1964 com o governo americano por intermédio da Universidade da Califórnia. Outros se sucederam, como os convênios com o Conselho Britânico, por exemplo, e somaram-se aos acordos de cooperação com agências, como a japonesa J.I.C.A., alemãs, holandesas, francesas, e um acordo de cooperação com a agência canadense C.I.D.A, com forte ênfase na qualificação de professores em programa de doutorado. Em nível nacional, realizou importantes convênios com várias instituições de ensino, tendo se destacado a celebração de convênio com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que teve grande importância no desenvolvimento da Escola Politécnica e das estruturas dela decorrentes. Ressaltese também a criação do curso de Engenharia Elétrica e o início da era da informática em Campina Grande, na Paraíba e no Nordeste. IV. O PRIMEIRO COMPUTADOR DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL Professor Wellington S. Mota é diretor do Centro de Engenharia Elétrica e Informática da UFCG. Artigo convidado recebido em 30 de outubro de 2012. Sabedor da existência do primeiro computador das instituições brasileiras de ensino, no ITA, o Professor.Lynaldo Cavalcante deu início a uma batalha para que o segundo

REVISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, VOL. 2, NÚMERO 2, DEZEMBRO 2012. 40 computador do Brasil e primeiro das regiões Norte e Nordeste fosse instalado em Campina Grande. A aquisição do computador foi fruto de forte embate entre o Dr. Lynaldo Cavalcante e a Reitoria da UFPB, que não vinha atendendo às numerosas demandas feitas por ele. Apesar de tudo, ele não recuou, criou a ATECEL, entidade de apoio que serviu de modelo de tantas outras que posteriormente foram criadas no País. A ATECEL foi um instrumento apropriado para superar as dificuldades e, dessa forma, viabilizar os recursos e os trâmites legais para a aquisição do computador. Não sendo os recursos suficientes, em uma iniciativa audaciosa, solicitou ajuda financeira aos ex-alunos diplomados e aos pais dos alunos. Foi quando surgiu a história da rifa de um boi, que ficou nacionalmente conhecida. Um garrote holandês de raça foi doado por um pai de alunos da época para ser rifado. Com todos os obstáculos e graças à perseverança do Dr. Lynaldo Cavalcante, a Poli pode adquirir o segundo computador digital instalado em instituições de ensino do Brasil, e o primeiro das regiões Norte e Nordeste. V. ESTRUTURA ATUAL E O CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA O Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI) da UFCG teve sua criação recente, em junho de 2005. Oriundo do Centro de Ciências e Tecnologia da UFCG é formado por duas Unidades Acadêmicas, o Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) e o Departamento de Sistemas e Computação (DSC). O DEE foi criado em 1963. O Mestrado em Engenharia Elétrica foi instituído em 1970 e o Doutorado foi criado em 1979. O DSC foi criado em 1973. Seu mestrado, instituído em 1973. O Doutorado em Informática foi criado em 2005. O excelente desempenho dos cursos de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação nos últimos anos tem sido responsável pelos bons resultados da UFCG no ranking da webometrics divulgado recentemente. O curso de graduação em Engenharia Elétrica obteve o conceito 5 estrelas da revista Guia do Estudante da Editora Abril nos últimos quatro anos e conceito 6 da Capes no curso de pós graduação (Mestrado e Doutorado). TABELA 2: MATRICULADOS EM 2012 E FORMADOS PELO DEE Matriculados Formados Engenheiros 975 2031 Mestres 56 478 Doutores 87 183 O curso de graduação em Ciência da Computação obteve o conceito 5 estrelas nos últimos cinco anos, além da obtenção da nota máxima nas provas do ENADE, sendo um dos seis melhores na área no País. TABELA 3: MATRICULADOS EM 2011 E FORMADOS PELO DSC Matriculados Formados Bacharéis 521 829 Mestres 71 492 Doutores 15 58 Na área de tecnologia da informação diversos meios de divulgação nacional e internacional, classificaram a UFCG como um dos melhores centros de tecnologia da informação do mundo. Isso se deve ao excelente desempenho acadêmico dos alunos e o alto nível científico dos professores. Nesses dois últimos anos, a UFCG ganhou diversos prêmios internacionais. A. Projeto REUNI Recentemente, a UFCG aderiu ao programa R EUNI do Governo Federal, duplicando o número de vagas dos cursos de Engenharia Elétrica e de ciência da computação. Há investimento em construção de salas e laboratórios, na aquisição de equipamentos de laboratório e na contratação de novos docentes e técnicos administrativos de forma a manter o padrão de qualidade hoje existente e continuar a crescer. VI. PARCERIAS COM EMPRESAS E UNIVERSIDADES O CEEI, por meio das duas Unidades Acadêmicas, que congregam professores e alunos de graduação, mestrado e doutorado do DEE e DSC, tem desenvolvido pesquisas em parceria com diversas empresas do País, cujas mais importantes são: CHESF, Eletrobrás, HP, Nokia, Kelow (fábrica de computadores) Linux, Motorola, Petrobrás/Cenpes(Centro de Pesquisas da Petrobrás), Ford, Iecom, Coelba, Alpargatas, Energisa, Celpe, Ceal, Anvisa, Elster, Gebra/Brasympe, entre outras. O Centro também mantém várias parcerias com universidades e instituições: Nacionais: UFBA, UPE, UFMA, UFAL, UFC, IFAL, UFPE, IFPB, IFMA, IFTO, IFPE, UFPA, UFRN, USP e CPqD. Internacionais: Universidade de Washington, Universidade de Lion, Universidade de Valence, Universidade do Uruguai, Universidade da Argentina, Paris Tech, Strathclyde, Universidade de British Columbia, Universidade de Waterloo, Universidade de Copenhague, UHP-Nancy, Universidade de Aix-Marseille, Universidade de Toulouse, entre outras VII. PARCERIAS COM INSTITUIÇÕES 2010 Desenvolvimento do chip decodificador de vídeo MPEG4 o mais complexo já desenvolvido por uma instituição brasileira, no âmbito da Rede Brazil IP, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

REVISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, VOL. 2, NÚMERO 2, DEZEMBRO 2012. 41 2012 Desenvolvimento do chip para reconhecimento de voz no âmbito da Rede Brazil IP, do Ministério da Ciência e Tecnologia. 2005 Desenvolvimento do Transcodificador de Vídeo, o Canal de Interatividade e o Middleware de Referência para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), pelo Iecom. VIII. INTERMEDIAÇÃO DAS PARCERIAS ATECEL Associação Técnico Científico Ernesto Luiz de Oliveira Júnior Auxiliada por Imagens dos Equipamentos. (COELBA). Canal de Interatividade para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital. (FINEP) Transcodificadores de Vídeo para o Sistema Brasileiro de TV Digital (TV-SBTVD). (FINEP). Desenvolvimento de algoritmos de simulação de desempenho de redes GSM e UMTS. (SIEMENS). B. Projetos em Sistemas de Potência Desenvolvimento de funções adicionais para dispositivos eletrônicos inteligentes de proteção de sistemas elétricos de potência (ITAIPU). Um localizador de faltas em linhas de transmissão baseado em ondas viajantes (CHESF). Redução de sobretensões de manobra em linhas de transmissão utilizando chaveamento controlado (CHESF). Smart alarmes (1) e (2): Sistema Automático de diagnósticos e recomposição de Sistemas Elétricos (CHESF). C. Projetos em Tecnologia da Informação e Controle Fig. 1: Fundação Parque Tecnológico da Paraíba PaqTcPB Capacitação e Desenvolvimentos de Aplicações baseadas em dispositivos embarcados móveis (NOKIA). Rede Temática de Instrumentação, Automação, Controle e Otimização de Processos. (PETROBRÁS/CENPES). Desenvolvimento de protótipo de filtro ativo shunt de baixa tensão. (PETROBRÁS). Uma distribuição Linux customizada para os computadores fabricados pela Kelow (KELOW). Fig. 2: Iecom - Instituto de Estudos Avançados em Comunicações. IX. PROJETOS A. Projetos em Comunicações Construindo Cidades Inteligentes: da Instrumentação dos Ambientes ao desenvolvimento de Aplicações. (FINEP). Sistema de Operação Remota de Subestações Fig. 3: Embeded e LIEC - Prédio construído pela Nokia e Petrobrás na UFCG D. Projetos em Energia Renováveis Levantamento do Mapa Eólico da Paraíba (ELETROBRÁS)

REVISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, VOL. 2, NÚMERO 2, DEZEMBRO 2012. 42 Otimização do uso de Baterias de Chumbo-Ácido e Desenvolvimento de Equipamentos de Eletrônica de Potência aplicados a Sistemas Fotovoltaicos. Otimização de Sistemas Fotovoltaicos (FINEP). Estabilidade de Tensão em Sistemas com Geração Eólica (CELPE). E. Projetos em Sistemas Distribuídos Desenvolvimento de tecnologias para dar suporte a processamento de alto desempenho sobre grades computacionais. (HP). Sistema de Arquivos Distribuídos Oportunista: Utilização de espaços ociosos (HP). Computação nas nuvens. (HP). Gerência Automática de Grades Computacionais Abertas. (CNPq). Protótipo de Ambiente Integrado para Soluções Logísticas com Uso de Multi-Agentes.(Petrobrás). Sexo Conexo, Soluços d Alma e Divulgação Científica. Ondas Eletromagnéticas e Teoria de Antenas. Probabilidade e Processos Estocásticos. Televisão Digital, Telefonia Celular Digital. Telefonia Digital e Sistemas de Comunicações. Digital Television Systems. Historical Evolution of Telecommunications in Brazil. XI. LIVROS PUBLICADOS NO DSC Arquitetura de Software. Avaliação do Impacto de Tecnologias da Informação Emergentes nas Empresas. Melhores Práticas para a Gerência de Redes de Computadores. Redes de Computadores: Serviço, Administração e Segurança. Do Mainframe para Cliente/Servidor: Simplificando a Transição. Redes Locais de Computadores: Protocolos de Alto Nível e Avaliação de Desempenho. Redes Locais de Computadores: Tecnologia e Aplicações. Processamento de Textos MS/DOS & UNIX. XII. PERSPECTIVA DE INOVAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA NA UFCG A. Empreendedorismo na UFCG Fig. 4: LSD - Prédio construído pela HP na UFCG TABELA 4: PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CEEI EM 2012 Periódicos Anais Projetos DEE 21 146 70 DSC 36 71 50 X. LIVROS PUBLICADOS NO DEE Transitórios Eletromagnéticos em Sistemas de Potência. Transitórios Eletromagnéticos em Sistemas de Energia. Simulação de Transitórios Eletromecânicos em Sistemas de Potência. História, Tecnologia e Legislação de Telecomunicações. História da Comunicação no Brasil. O Programa de Incubação da Incubadora Tecnológica de Campina Grande - ITCG / Fundação PaqTcPB, visa apoiar ações para o desenvolvimento, crescimento e consolidação de novos empreendimentos inovadores, como forma de promover o empreendedorismo inovador alinhado ao desenvolvimento regional sustentável. Benefícios - Ser uma empresa apoiada pela ITCG traz alguns benefícios para o empreendedor, dentre os quais, o acesso exclusivo à formação e capacitação empreendedora através de cursos, palestras, workshops e demais treinamentos, bem como apoio via consultoria em gestão, além de infraestrutura adequada para instalação do empreendimento. B. Tecnologia e Inovação (Projeto de Lei 2177 de 2011) Essa Lei regulamenta os artigos 218 e 219 da Constituição ao instituir o Código de Ciência, Tecnologia e Inovação, com vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do País. Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.

REVISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, VOL. 2, NÚMERO 2, DEZEMBRO 2012. 43 Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal. C. Projeto Brasil Maior É um pacote de incentivos fiscais para a indústria que vai desonerar a produção em R$ 25 bilhões nos próximos dois anos. As medidas incluem a redução da alíquota de 20% do INSS de setores afetados pela queda do dólar, como confecções, calçados, móveis e softwares. Inclui também a devolução de impostos como PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para exportadores de manufaturados. Além disso, os 116 maiores exportadores do país terão atendimento acelerado nos seus pedidos de ressarcimento. D. Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2011-2020 O Plano tem como objetivo definir novas diretrizes, estratégias e metas para dar continuidade e avançar nas propostas para política de pós-graduação e pesquisa no Brasil. A expectativa é de que na próxima década, quando o plano estará em vigor, o país esteja entre os dez maiores produtores de ciência no mundo. XIII. PROGRAMAS E PROJETOS DOS ÓRGÃOS FINANCIADORES E MOBILIZAÇÃO ESTUDANTIL A. Programa Ciência Sem Fronteiras Programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento CNPq e Capes, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. Prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros. Reitores canadenses vieram ao Brasil firmar acordos de intercâmbio. O candidato deve estar matriculado em curso de nível superior; ter cursado no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para seu curso e se comprometer a permanecer no Brasil pelo dobro de tempo que permanecer no exterior para a realização da graduação sanduíche. B. Programa Jovens Talentos para a Ciência, Capes e CNPq Programa de incentivo à iniciação científica de Jovens Talentos para a Ciência. A iniciativa é destinada a estudantes de graduação de todas as áreas do conhecimento e tem o objetivo de inserir precocemente os estudantes no meio científico. Motiva o estudante a investir em seu aprendizado e a desenvolver um padrão de excelência desde o início de sua graduação. Os aprovados receberão bolsa no valor de R$ 360 pelo período de 12 meses. C. Programa Brafitec Apoiar a cooperação bilateral entre o Brasil e a França por meio de parcerias universitárias nas especialidades das engenharias, favorecendo o intercâmbio de estudantes de graduação, as iniciativas para aproximação de estrutura e conteúdos curriculares e de metodologias de ensino nos dois países. Os benefícios do programa são: Bolsas e passagens aéreas internacionais para estudantes brasileiros nos termos vigentes na Capes. Passagens aéreas internacionais e diárias para docentes brasileiros em missão na França. Custeio de atividades correntes para a equipe brasileira. Duração - 2 (dois) anos, prorrogáveis por mais 2 (dois). D. Projetos em energia CNPq Finlândia Financiamento de projetos conjuntos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de energia, mediante parceria entre pesquisadores brasileiros e finlandeses. Bolsas para Doutorado Sanduíche (SWE), Doutorado Pleno (GDE) e Pós-doutorado (PDE), além do custeio da mobilidade de pesquisadores e doutorandos brasileiros em missões de curta duração na Finlândia. Cada proposta pode solicitar até R$ 450 mil. Wellington Santos Mota (M76-SM02) nasceu em João Pessoa, PB, Brasil, 1946. Recebeu o B.Sc. e M.Sc. em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campina Grande, PB, Brasil, em 1970 e 1972, respectivamente. Possui o Ph.D. em Engenharia Elétrica pela Universidade de Waterloo, no Canadá, em 1981. Pós Doutorado na University of Britsh Columbia, Vancouver Canada, 1993, Pós Doutorado na University of Wisconsin, Madson USA, 1997. Trabalha no Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), onde atualmente é Professor Titular e Diretor do Centro de Engenharia Elétrica e Informática. De 1973 a 1977 trabalhou na (CHESF) Companhia Hidrelétrica do São Francisco em planejamento de sistemas de energia elétrica. Suas áreas de interesses em pesquisa são Controle de Sistemas de Potência e Estabilidade, incluindo parques eólicos. Publicou o livro Simulação de transitórios Eletromecânicos