FORMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA E PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: TENSÕES PRESENTES NA LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

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Transcrição:

FORMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA E PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: TENSÕES PRESENTES NA LICENCIATURA EM ENFERMAGEM Adriana Katia CORRÊA - EERP/USP Mara Regina Lemes de SORDI Faculdade Educação - UNICAMP Eixo Temático: Eixo 01: Formação inicial de professores da educação básica Agência Financiadora: CNPq e Programa Pró-Ensino na Saúde CAPES 2037/2010 adricor@eerp.usp.br 1.Introdução Os cursos de licenciatura em enfermagem, existentes no Brasil desde a década de 60, além da formação do enfermeiro, profissional que atua em diversos níveis de atenção no sistema de saúde, formam o enfermeiro para atuação na educação profissional técnica de nível médio, ou seja, professor que atua em escolas técnicas em cursos de formação de auxiliares e técnicos de enfermagem. Tendo em vista o contingente numérico dos trabalhadores técnicos que perfazem 79,98 % da equipe de enfermagem (COFEn, 2011) e seu papel em ações importantes no cuidado em saúde, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental que sua formação seja valorizada. Tal valorização, dentre outros aspectos, relaciona-se à docência nas escolas técnicas. Como em outras áreas profissionais, a atuação docente em escola técnica é, muitas vezes, realizada desprovida de formação específica para a docência, sendo ainda marcada por relações contratuais precárias, déficits salariais e limitadas condições de trabalho (MACHADO, 2008; MACHADO, 2011; SHIROMA & LIMA, 2011). Os cursos de licenciatura também, considerando os seus primórdios, têm feito investimentos no sentido de inserir o estudante nos cenários da educação básica em atividades educativas de promoção da saúde. Situação essa que tem sua importância, no contexto do SUS, mas precisa ser contextualizada face ao significado da própria licenciatura e aos espaços de trabalho que de fato existem para o profissional enfermeiro licenciado, no âmbito da educação. Nesse contexto, colocar o perfil profissional de enfermeiro licenciado em discussão é necessário. Este estudo é instigado pelos seguintes questionamentos: atualmente como os cursos de licenciatura estarão compondo os perfis profissionais? Como a formação para a educação profissional técnica de nível médio vem sendo abordada nos PPPs? Como compreender a inserção também do licenciando no contexto da educação básica (nos níveis de ensino fundamental e médio - não profissional)? Quais são as suas implicações? 4426

Assim, o objetivo deste estudo é analisar os perfis de formação propostos nos projetos político pedagógicos (PPPs) de cursos de licenciatura em enfermagem, discutindo especificamente as tensões entre o foco da formação para a docência na educação profissional e para a atuação na educação básica, em ações educativas de promoção da saúde na escola 2. Percurso Metodológico Este estudo é uma pesquisa descritivo-exploratória e qualitativa (Deslauriers; Kérisit, 2012) e documental (Severino, 2007; Cellard, 2012). É parte de pesquisa mais ampla sobre os cursos de licenciatura em enfermagem. A estratégia de busca, realizada em 2015, pelos cursos de licenciatura em enfermagem envolveu consulta ao E-MEC (Brasil, 2015 a), sites de universidades, contatos telefônicos. Foram encontrados 16 cursos oferecidos por universidades públicas e 06 cursos de instituições privadas, em todas as regiões do Brasil, exceto norte, em um total de 22 cursos. A opção foi, neste estudo, trabalhar apenas com os cursos de instituições públicas, tendo acesso ao PPP de 11 cursos, o que representa 68,7% do total de cursos das universidades públicas. Os PPPs foram cedidos pelos coordenadores de cursos, bem como foram feitas consultas aos documentos que estavam disponíveis nos sites, em algumas situações. Foram analisados, a partir de um roteiro geral, mas neste texto especificamente, está em foco a análise dos perfis de formação propostos. Os PPPs analisados seguiram as normativas das Diretrizes Curriculares publicadas em 2002 (Brasil, 2002 a; Brasil, 2002 b), todavia, há PPPs que ainda não foram totalmente atualizados. Daí, inclusive, algumas denominações presentes como ensino de primeiro e segundo graus, como será visto a seguir. Os perfis analisados foram delimitados (sem perder o contexto de cada curso e a relação do perfil proposto com os demais componentes que formam o PPP), sendo lidos, diversas vezes, aproximados e confrontados um ao outro, para apropriação de semelhanças e diferenças. Em muitos documentos, o perfil foi trabalhado conjuntamente com os objetivos do curso, sendo esses também considerados na análise. Tendo por norte os questionamentos apresentados, foram feitas as relações e análises, tendo em vista a intencionalidade dos perfis propostos. O projeto desta pesquisa, da qual faz parte o estudo ora apresentado, foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto USP, sendo a coleta de dados iniciada somente após o aval desse Comitê (Protocolo CAAE 41606815.9.0000.5393) 4427

3.Os perfis de formação indicados no PPP: onde atua o enfermeiro licenciado, no cenário da educação? A atuação profissional do licenciado é enfocada de modo diverso. Alguns perfis sinalizam a formação do enfermeiro como professor da educação básica, ou ainda, em um deles, com atuação no ensino médio em disciplinas específicas da área biológicas (PP1, PPP2, PPP3, PP5, PPP6, PPP10). Em apenas um dos cursos não está prevista a inserção do licenciando na educação básica, nos níveis de ensino fundamental e médio ( não profissional ). Esses PPPs também se referem à docência na educação profissional. Fica a compreensão de que é possível ser professor, atuar como licenciado, do mesmo modo, tanto no ensino fundamental e médio ( não profissional ) como na educação profissional. A seguir alguns trechos denotam tais ideias: Quanto ao licenciado, o percurso de sua formação o qualifica para o trabalho em instituições educativas, escolares e nãoescolares, tanto no âmbito do ensino, como professor da educação básica, quanto em outras dimensões do trabalho educacional, com ênfase na educação profissional em enfermagem. (PPP1). O enfermeiro licenciado tem como competência específica atuar no ensino médio, em disciplinas específicas da área biológica, e na educação em saúde, no ensino profissionalizante em Enfermagem (...) Compete ainda a esse profissional a produção de conhecimento sobre a formação profissionalizante em Enfermagem (PPP2). O curso de Licenciatura em Enfermagem tem por objetivo desenvolver a formação de enfermeiros para atuar na docência em Enfermagem (...). Em outra parte do documento, esclarece que a docência será realizada no ensino fundamental e de técnicos de enfermagem ensino médio. Consta ainda outra informação referente à formação de docentes para os cursos de 1º e 2º graus na área de Enfermagem (PPP3). Preparado para atuar na docência, junto à educação básica (fundamental e médio) e na educação profissional em 4428

Enfermagem, com competências básicas que abranjam a especificidade do trabalho de professor (PPP6). De modo geral, um dos PPPs indica que o enfermeiro é professor na educação profissional em enfermagem e pode atuar na educação básica em atividades educativas de promoção à saúde, o que se aproxima da ideia de que a docência estritamente enfocada é exercida somente na modalidade educação profissional: Enfermeiro licenciado com formação para atuar como professor na educação profissional em enfermagem e para desenvolver ações de promoção da saúde na educação básica (PPP11). Como seria esperado, tendo em vista as origens históricas das licenciaturas em enfermagem, todos os cursos têm a formação docente para educação profissional técnica de nível médio, modalidade da educação básica, contemplada Compreendemos que a compreensão relacionada a ser professor na educação básica e a ministrar disciplinas associadas à biologia tem sua origem nos primórdios da licenciatura em enfermagem. A licenciatura foi disparada na enfermagem no contexto do fim da década de 60 e início da década de 70, na ditadura militar, período no qual há ênfase para a formação de nível técnico no Brasil, havendo política de profissionalização do então segundo grau, inclusive, para conter a demanda para o nível universitário (BAGNATO, 1994). A Portaria 13/69 e Parecer 837/68 faziam referência à atuação do enfermeiro licenciado em enfermagem, enfocando o ensino relacionado à enfermagem no segundo grau (formação técnica), incorporando também conteúdos relativos à higiene : (...) na escola de segundo grau, das disciplinas e práticas educativas relacionadas com essa especialidade, inclusive, Higiene (Brasil, 2006 a, p.176). Posteriormente, em 1972, a Resolução referente ao Currículo Mínimo de enfermagem, aponta ainda: ao enfermeiro que receber, em estudos regulares, a formação pedagógica prescrita, para os cursos de licenciatura será concedida o Diploma de Licenciado em Enfermagem, com direito ao registro definitivo como professor, em nível de 1 o.e.2 o graus, das disciplinas e atividades relacionadas à Enfermagem, Higiene e Programas de Saúde (Brasil, 2006 b, p.219). 4429

Como referido por Bagnato (1994), esta possibilidade de atuação, nos níveis de ensino até então denominados primeiro e segundo graus, na verdade, foi pouco aproveitada pelo enfermeiro que acabou focando o exercício docente na formação de auxiliares e técnicos de enfermagem. Na atualidade, frente às mudanças político-legais, esta possibilidade de atuação como professor na educação básica não mais está presente como espaço de trabalho para o enfermeiro. Apesar disso, cabe destacar que as próprias Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de enfermeiros (Brasil, 2001a), enfocam apenas de modo genérico a atuação do licenciado: Enfermeiro com Licenciatura em Enfermagem capacitado para atuar na Educação Básica e na Educação Profissional em Enfermagem. Não sendo trazidas mais especificações e esclarecimentos a respeito dessa atuação, fica perceptível a necessidade de colocá-la em discussão, construindo outras formas de compreensão. Atuamos como professores na educação básica e na educação profissional ou atuamos como professores na modalidade educação profissional que se insere na educação básica? Quando nos referimos à licenciatura estamos circunscritos à licença para atuação na formação inicial. A seguir, reproduzimos o significado da licenciatura do ponto de vista legal: A licenciatura é uma licença, ou seja, trata-se de uma autorização, permissão ou concessão dada por uma autoridade pública competente para o exercício de uma atividade profissional, em conformidade com a legislação. A rigor, no âmbito do ensino público, esta licença só se completa após o resultado bem sucedido do estágio probatório exigido por lei. O diploma de licenciado pelo ensino superior é o documento oficial que atesta a concessão de uma licença. No caso em questão, trata-se de um título acadêmico, obtido em curso superior que faculta ao seu portador o exercício do magistério na educação básica dos sistemas de ensino, respeitadas as formas de ingresso, o regime jurídico do serviço público ou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - Parecer CNE/CP nº 28/2001 (BRASIL, 2001 b). Fica, assim, delimitada a necessidade de licenciatura para o exercício do 4430

magistério. Isso supõe que o professor tenha a especificidade para ministrar determinado conteúdo, conhecimento que faça parte do currículo da educação básica, sendo, no setor público, na maioria das situações, inclusive, concursado, para tal. A partir do momento que não mais estão contemplados os chamados programas de higiene e saúde e não existe politica pública no sentido de demandar contratação de enfermeiros como professores na escola de educação básica, a atuação do enfermeiro licenciado em formação foi adquirindo formatos diferenciados, considerando, inclusive, movimentos de inserção de programas voltados à saúde na escola, tendo como eixo a política de promoção da saúde. A promoção da saúde constitui-se em uma agenda integrada e multidisciplinar com objetivo fundamental de fomentar mudanças em três níveis: assistência à saúde, gestão local de políticas públicas e proteção e desenvolvimento sociais para todos. A promoção da saúde se constrói por meio de estratégia que seja integral, criando e fortalecendo elos entre diversos setores e programas, não somente circunscrito ao "setor de saúde" propriamente dito, mas contemplando também outras agências de governo, organizações não-governamentais e movimentos sociais (CARVALHO, 2008). A apropriação do conceito de promoção da saúde como elemento redirecionador das políticas do Ministério da Saúde demanda a necessidade de sistematizar, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde, propostas intersetoriais favorecedoras do desenvolvimento de ações com os mais diversos setores, sendo o educacional, tendo em vista sua capilaridade e abrangência, um parceiro fundamental para a concretização de ações de promoção da saúde voltadas para fortalecer os indivíduos, na tomada de decisões que sejam favoráveis à sua saúde e à comunidade, facilitando a criação de ambientes saudáveis, e para consolidar uma política intersetorial dirigida à qualidade de vida (BRASIL, 2002 c). Um disparador que favorece a interseção entre a saúde e a escola de educação básica diz respeito à estratégia de escola promotora de saúde, cabendo destacar que, com o propósito de formular diretrizes para a Política Nacional de Educação em Saúde na Escola, os Ministérios da Saúde e da Educação, assinaram as Portarias Interministeriais n.º 749/05 e n.º 1.820/06, constituindo a Câmara Intersetorial de Educação em Saúde na Escola, com o objetivo de discutir diretrizes para elaborar a Política Nacional de Educação em Saúde na Escola (BRASIL, 2007). Enfocamos esses aspectos com a intenção de mostrar o potencial que as 4431

interfaces saúde-educação podem ter no cenário da escola básica, se a intenção for a construção de práticas dialógicas, participativas, tendo a cidadania como parâmetro. E nesse cenário é fundamental também a presença do profissional da saúde, incluindo o enfermeiro. Assim, a complexidade das questões relativas à saúde tem sido reconhecida como algo que demanda ações intersetoriais, o que vai ao encontro do trabalho dos profissionais da saúde (não somente do enfermeiro), por exemplo, nas escolas, construindo parcerias que possam ser frutíferas na direção da qualidade de vida e da construção de cidadania. Esta atuação educativa do enfermeiro (e de outros profissionais da saúde), porém, não necessariamente demanda a formação como licenciado que, do ponto de vista das diretrizes político-legais, refere-se à formação do professor como aquele que é socialmente legitimado por ter determinada formação para ensinar (exercício profissional do magistério), em dado campo de conhecimento que compõe a proposta curricular e, mais ainda, em dado nível do sistema educativo. Sem dúvida, ter licenciatura pode representar um interessante diferencial, pois as questões específicas da escola de educação básica podem ser melhor contextualizadas e problematizadas, todavia, esta inserção por si só não justifica a necessidade da licenciatura em enfermagem. É interessante a aproximação do licenciando a esse contexto, porém com devido discernimento quanto ao sentido dessa inserção. Cabe considerar que o enfermeiro bacharel também poderia ter mais aproximação ao contexto da escola de educação básica, articulando as práticas em saúde coletiva com esse cenário, conforme as demandas locais, bem como aproximação aos conhecimentos básicos para a construção de estratégias educativas nesse âmbito, ao exercitar ações que demandem intersetorialidade. Quanto à atuação docente no âmbito da educação profissional, compreendemos que ela seja o cerne da atuação profissional, justificando a existência dos cursos de licenciatura em enfermagem. Apesar de todos os PPPs indicarem essa direcionalidade, chama-nos atenção que os projetos são tímidos ao enfocarem a necessidade de formação do licenciado em enfermagem, no contexto da educação profissional, ou seja, no contexto da formação do trabalhador técnico de nível médio. De modo geral, os PPPs não apresentam justificativas específicas que explicitam porque licenciatura com mais clareza. Um dos PPPs (PPP6) faz menção explícita a isso relacionando o contingente de trabalhadores formados no nível técnico e a necessidade do licenciado em enfermagem. Outro PPP declara o 4432

compromisso institucional com a formação de professores para a educação profissional técnica de nível médio, enfocando o papel do licenciado em espaços estratégicos relacionados às políticas sociais na área do ensino em saúde (PPP2). Outro ainda (PPP3) traz algumas informações sobre a constituição histórica das licenciaturas em enfermagem. E o PPP11 destaca a formação de professores como um dos referenciais teóricos do projeto. Não estamos negando que os demais PPPs que não fazem explicitamente uma declaração nessa direção não estejam compromissados, afinal, esforços vêm sendo empreendidos para manutenção dos cursos em algumas instituições a quase ou até mais de 40 anos. Todavia, seriam interessantes que as intencionalidades sobre a própria formação voltada à atuação no ensino técnico fossem melhor apontadas. Afinal, as licenciaturas na enfermagem são importantes na medida em que trazem à tona a formação qualificada dos trabalhadores técnicos de nível médio, o significativo contingente profissional que se responsabiliza por ações de cuidado em saúde/enfermagem. Discutir a formação do enfermeiro licenciado é também discutir o SUS que desejamos de fato construir. Considerações Finais A discussão que queremos enfocar diz respeito à retomada da finalidade precípua da licenciatura em enfermagem, considerando o significado de curso de licenciatura e sua relação com a necessidade social de qualificação dos trabalhadores técnicos de nível médio, em especial de enfermagem, como fundamental ao fortalecimento do SUS no Brasil, o que se relaciona à atuação docente na educação profissional. Pontuamos tensão entre educação profissional e educação básica porque é preciso melhor delimitar a atuação do enfermeiro licenciado, no sentido das possibilidades reais que a enfermagem tenha de atuação profissional como professor. Trata-se, pois, de melhor delimitar o que seja obrigatório, base nuclear da formação em licenciatura, e o que seja complementar, agregador de conhecimentos e práticas. Essa delimitação também se movimenta em tensão, pois envolve modos diferentes de conceber a licenciatura em enfermagem, portanto, de organizá-la. Essas considerações não retiram a necessidade de serem enfocados na formação do licenciado conhecimentos relativos à educação básica, na perspectiva de compreensão ampliada e crítica da educação, no que se refere às políticas e organização do sistema de educação. Aliás, um ponto interessante é que a educação profissional está inserida como modalidade da educação básica, segundo a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394 (Brasil, 1996), o 4433

Decreto 5154/2004 (Brasil, 2004) e a Resolução CNE/CP 02/2015 (Brasil, 2015 b), podendo, inclusive, ser integrada ao ensino médio, além da mais comum forma subsequente. Inclusive, justamente pelo fato da educação profissional, integrada, concomitante ou subsequente ao ensino médio, ser modalidade da educação básica, justifica-se a formação do licenciado como aquele cuja formação permite o exercício do magistério na educação básica dos sistemas de ensino. Na educação profissional, o enfermeiro licenciado será responsável pelo ensino das disciplinas relacionadas diretamente à enfermagem na formação dos profissionais técnicos de nível médio. Referências Bibliográficas BAGNATO, M. H. S. Licenciatura em enfermagem: para que? 1994. 226 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1994. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso em: 6 jul. 2015.. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES. nº 1133/2001. Diretrizes curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 out. 2001 a. Seção 1E, p. 131.. Ministério da Educação/ Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 28/2001: dá nova redação ao Parecer CNE/CP 21/2001b, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/028.pdf >. Acesso em: 20 ago. 2015.. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP nº 1, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena. Brasília, 2002a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2015. 4434

. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Brasília, 2002b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2015. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Informes Técnicos Institucionais. A promoção da saúde no contexto escolar. Projeto Promoção da Saúde. In: Rev. Saúde Pública, v.36, n.4, p. 533-35, São Paulo, Ago. 2002 c.. Presidência da República. Casa Civil. Decreto 5154/2004. Regulamenta o 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5154.htm>. Acesso em: 6 jul. 2015..Parecer n. 837/68 de 6 de dezembro de 1968. Criação de Licenciatura em Enfermagem. In: SANTOS, E. F. et al. Legislação em enfermagem: atos normativos do exercício e do ensino de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006 a. p. 176-177.. Resolução nº 4/72, de 25 de fevereiro de 1972. Currículo mínimo dos cursos de enfermagem e obstetrícia. In: SANTOS E. F. et al. Legislação em enfermagem: atos normativos do exercício e do ensino de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006 b. p. 218-219.. Ministério da Saúde. Escolas promotoras de saúde: experiências do Brasil. Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília 2007. 304 p. (Série Promoção da Saúde; n. 6).. Ministério da Educação. E-MEC. Instituições de educação superior e cursos cadastrados. Cursos de Enfermagem. Brasília, 2015 a. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/>. Acesso em: 15 jul. 2015. Ministério da Educação/ Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP nº 2. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais 4435

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no Brasil. desenvolvida como Pós-Doutorado na Faculdade de Educação - UNICAMP, 2015. 4437