SOBRE O CRESCIMENTO DE Staphylococcus aureus E Escherichia coli 1

Documentos relacionados
ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO DE FOLHAS DE LOURO (LAURUS NOBILIS L) EM BACTÉRIAS CAUSADORAS DE TOXINFECÇÃO ALIMENTAR

5º CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE QUÍMICA 3º Encontro Norte-Nordeste de Ensino de Química 08 a 12 de abril de 2013, em Natal (Campus da UFRN)

AVALIAÇÃO DOS TEORES DE ÓLEOS ESSENCIAIS PRESENTES EM PLANTAS AROMÁTICAS FRESCAS E DESIDRATADAS

Maria Eugênia Silveira da Rosa 1 ; Sheila Mello da Silveira 2 INTRODUÇÃO

RENDIMENTO E COMPOSIÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE TOMILHO, Thymus vulgaris L., CULTIVADO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA COM DIFERENTES NIVEIS DE FÓSFORO.

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE ORIGANUM VULGARE: ANÁLISE DA RELAÇÃO TIMOL/CARVACROL

ATIVIDADE ANTAGONISTA DE BACTÉRIAS LÁCTICAS DE LEITES FERMENTADOS COMERCIALIZADOS EM VIÇOSA, MG

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE Eugenia caryophyllata E Croton rhamnifolioides pax e hoffm

Estudo farmacológico do óleo essencial de vários tipos de pimentas.

Luana Silva Araújo* 1 Renato Silva Araújo* 1 Josilene Lima Serra** 2 Adenilde Ribeiro Nascimento*** 3

Extração e caracterização do principal constituinte do óleo essencial de capim-cidreira e citronela

4 Procedimento Experimental

Composição Química e Avaliação da Atividade Antimicrobiana do Óleo de Pimenta Rosa (Schinus terebinthifolius)

5 CONGRESSO NORTE NORDESTE DE QUÍMICA 3º Encontro Norte-Nordeste de Ensino de Química 08 a 12 de abril de Natal (Campus da UFRN)

ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO DE FOLHAS DE LOURO (LAURUS NOBILIS L) EM BACTÉRIAS CAUSADORAS DE TOXINFECÇÃO ALIMENTAR

DO EFEITO ANTIMICROBIANO DO ÓLEO ESSENCIAL DE

56 CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA Belém/PA

EFEITO ANTIMICROBIANO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Cymbopogon citratus FRENTE À Staphylococcus aureus E POTENCIAL USO COMO CONSERVANTE DE ALIMENTOS

Efeito do horário de colheita sobre a carvona e o limoneno do óleo essencial de erva-cidreira brasileira

Avaliação do efeito fungicida e larvicida do óleo essencial do capim citronela

Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011

Composição e Teor do Óleo Essencial de Duas Variedades Botânicas de Guaçatonga do Cerrado e Mata.

AVALIANDO A VARIAÇÃO DO TEOR E COMPOSIÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Lippia gracilis CULTIVADA

ATIVIDADE FUNGITÓXICA DO ÓLEO ESSENCIAL DO FRUTO DA PTERODON EMARGINATUS VOGEL, FABACEAE SOBRE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS DO FEIJOEIRO.

USO DE EXTRATO DE CAPIM CIDREIRA E ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVO DA ÍNDIA NO CONTROLE ALTERNATIVO DE Sclerotinia sclerotiorum

Revista Científica UMC

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO E EXTRATOS DE PINUS PINASTER SOBRE STREPTOCOCCUS SP

INFLUÊNCIA DA SECAGEM SOBRE O RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Mentha pulegium.

Óleos essenciais de Alecrim pimenta e Capim citronela na germinação de sementes de beterraba (Early Wonder)

Bolsista PIBIC FAPEMIG/EPAMIG - EcoCentro, Lavras, MG,

Rendimento, composição química e atividade antilisterial de óleos essenciais de espécies de Cymbopogon

Chá de Cachinde A nova arma terapêutica contra infeções nasocomiais. Pires, Pedro 1 ; Vinha, Ana 2 ; Luis, Mariele. 3 ; Soares, Marta 4

4006 Síntese do éster etílico do ácido 2-(3-oxobutil) ciclopentanona-2-carboxílico

Efeito inibitório de óleos essenciais do gênero Citrus sobre o crescimento de micro-organismos

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA. 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Croton rhamnifolioides

ESTUDO QUÍMICO, TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Ocimum gratissimum

ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE ALFAVACA (OcimumgratissimumL.) E HORTELÃ (Mentha x villosa).

ATIVIDADE SANIFICANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE CYMBOPOGON FLEXUOSOS CONTRA BIOFILMES SIMPLES FORMADOS POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA

FRACIONAMENTO DO ÓLEO DE COPAÍBA (Copaifera multijuga) UTILIZANDO DIFERENTES MÉTODOS

(VFKHULFKLDFROL ATCC 8739

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES COMPRIMENTOS DE ONDA DE LUZ NO CRESCIMENTO E ANÁLISE DO ÓLEO ESSENCIAL DE TRÊS POACEAE RESUMO

Antibacterial effect of Camellia sinensis on human pathogens

1011 Síntese do 1,4-di-terc-butil benzeno a partir do terc-butil benzeno e cloreto de terc-butila.

4001 Transesterificação do óleo de mamona em ricinoleato de metila

Revista Eletrônica de Biologia

Eficiência de óleos essenciais de canela e cravo-da-índia como sanitizantes na indústria de alimentos 1

K. A. DALLA COSTA¹, M. FERENZ², S. M. da SILVEIRA², R. MOURA², A. F. MILLEZI². Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões 2

Composição química do óleo essencial de manjericão naturalmente submetido ao ataque de cochonilhas.

USO TECNOLÓGICO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

Perfil de ácidos graxos de híbridos de girassol cultivados em Londrina

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

ADITIVOS QUÍMICOS OBTIDOS A PARTIR DO ÓLEO DE CRAVO DA- ÍNDIA E SEU EFEITO SOBRE A INIBIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO DOS ASFALTENOS

Aluna do curso de Graduação em Engenharia Química da UNIJUÍ, bolsista iniciação científica

4013 Síntese de benzalacetofenona a partir de benzaldeído e acetofenona

Teste de repelência de óleos essenciais de arruda, capim-limão e cânfora para o gorgulho do milho.

3028 Rearranjo de pinacol a pinacolona

EFEITO INSETICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Hyptis marrubioides SOBRE A BROCA DO CAFEEIRO

Composição Química do Óleo Essencial de Três Acessos de Hyptis Marrubioides EPL. Coletados no Sul de Minas Gerais

CROMATOGRAFIA GASOSA PÓS-DOUTORANDO: DANILO SANTOS SOUZA

TÍTULO: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS EXTRATOS DE PITANGA E CAPIM CIDREIRA

4002 Síntese de benzil a partir da benzoína

3005 Síntese de 7,7-diclorobiciclo [4.1.0] heptano (7,7- dicloronorcarano) a partir de ciclohexeno

EFEITO DE DIFERENTES ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DA MANCHA DE BIPOLARIS NA CULTURA DO MILHO

4005 Síntese do éster metílico do ácido 9-(5-oxotetra-hidrofuran- 2-ila) nonanóico

3001 Hidroboração/oxidação de 1-octeno a 1-octanol

DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE SACHÊ ANTIMICROBIANO INCORPORADO COM ÓLEO ESSENCIAL DE MANJERICÃO PARA CONSERVAÇÃO DE QUEIJO MUÇARELA RALADO

INFLUÊNCIA DA LUZ E DA TEMPERATURA SOBRE A OXIDAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO (Cymbopogon citratus (D.C.) STAPF)

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/UNIJUÍ; 3

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/UNIJUÍ; 3

Toxidade tópica de óleos essenciais de plantas aromáticas sobre o gorgulho-do-milho (Coleoptera: Curculionidae).

4024 Síntese enantioseletiva do éster etílico do ácido (1R,2S)-cishidroxiciclopentano-carboxílico

Introdução. Graduando do Curso de Engenharia Química FACISA/UNIVIÇOSA. gmail.com. 2

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÓLEO ESSENCIAL. Lantana camara L.

3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno

Crescimento, teor e composição do óleo essencial de Cymbopogon nardus (L.)

Desempenho da destilação simulada de alta temperatura usando o cromatógrafo gasoso Agilent 8890

3012 Síntese do adamantilideno (adamantanilideno) adamantano a partir de adamantanona

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

4004 Síntese de γ-decalactona a partir de 1-octeno e éster etílico do ácido iodoacético

3015 Síntese de iodociclohexano a partir de ciclohexano e iodofórmio

Análise da presença de Coliformes Totais em caldo de cana comercializados em quatro municípios goianos

DIRECÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE. Análise Laboratorial de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal com a Menção de Ausência de Conservantes

I FLUÊ CIA DA SAZO ALIDADE SOBRE ATIVIDADE A TIBACTERIA A DE ÓLEO ESSE CIAL DE Croton urticifolius Lam. (EUPHORBIACEAE)

Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos

IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS VOLÁTEIS DE JAMELÃO (Syzygium cumini) IDENTIFICATION OF VOLATILE COMPOUNDS FROM JAMELÃO (Syzygium cumini)

PODER CONSERVANTE E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVO DA ÍNDIA ADICIONADO EM BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE FRUTOS DA PLANTA Illicium verum HOOK

2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS

EFEITO DE DIFERENTES DOSES DO ÓLEO ESSENCIAL DE AÇAFRÃO NO CONTROLE DO PULGÃO BRANCO (APHIS GOSSYPII) NA CULTURA DO ALGODOEIRO

SELETIVIDADE DO SORGO SACARINO A HERBICIDAS E O TRATAMENTO DE SEMENTES COM O BIOATIVADOR THIAMETHOXAM

3 METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM E ANÁLISE

AVALIAÇÃO DE FILME DE ACETATO DE CELULOSE INCORPORADO COM ÓLEO ESSENCIAL DE ORÉGANO PARA CONSERVAÇÃO DE PRESUNTO FATIADO

4028 Síntese de 1-bromodecano a partir de 1-dodecanol

GERMINAÇÃO DE GRÃO DE PÓLEN DE TRÊS VARIEDADES DE CITROS EM DIFERENTES PERÍODOS DE TEMPO E EMISSÃO DO TUBO POLÍNICO RESUMO

Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5780

DIRECÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE. Análise Laboratorial de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal para Branqueamento da Pele

PERDA POR SECAGEM, TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE MYRCIARIA CAULIFLORA. Natália Cristina Alves 1 ; Áurea Welter 2

Transcrição:

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA Caracterização E EFEITO química e INIBITÓRIO efeito inibitório... DE ÓLEOS ESSENCIAIS 887 SOBRE O CRESCIMENTO DE Staphylococcus aureus E Escherichia coli 1 Chemical ckaracterization and inhibitory effect of essential oils on the growth of Staphylococcus aureus and Escherichia coli Alcilene de Abreu Pereira 2, Maria das Graças Cardoso 3, Luiz Ronaldo de Abreu 4, Augusto Ramalho de Morais 5, Luiz Gustavo de Lima Guimarães 6, Ana Paula Soares Pinto Salgado 7 RESUMO Objetivou-se avaliar o efeito inibitório dos óleos essenciais de Cymbopogon citratus (capim-limão), Origanum vulgare (orégano) e Syzygium aromaticum (cravo-da-índia); os experimentos foram realizados com as bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli, importantes patógenos causadores de contaminações em queijos e outros alimentos. Para quantificação e identificação dos constituintes químicos dos óleos, utilizou-se um cromatógrafo gasoso acoplado a um espectrômetro de massa. Os resultados dos testes in vitro, os óleos essenciais de C. citratus, O. vulgare e S. aromaticum promoveram efeito inibitório sobre as bactérias S. aureus e E. coli, porém o S. aromaticum apresentou melhor formação de halo de inibição nas menores concentrações. Para o efeito sinergístico dos óleos sobre as bactérias não foram observadas diferenças quando comparados com o efeito individual dos mesmos. Foi possível verificar que os óleos possuem efeito inibitório sobre os microrganismos estudados, sendo, portanto uma alternativa no controle microbiológico de alimentos. Termos para indexação: Óleo essencial, patógenos, constituição química. ABSTRACT With the aim of evaluating the inhinibitory effect of the Cymbopogon citratus (lemon grass), Origanun vulgare (oregano) and Syzygium aromaticum (clove), experiments were performed in laboratories, with the Staphylococcus aureus, Escherichia coli bacteria, important pathogenics which contaminate cheese and other foods. For the oil chemical constitutions quantification and identification, the gas chromatography attached mass spectrometry to a was used. In the results in vitro test, the C. citratus, O. vulgare and S. aromaticum essential oils presented antimicrobian activity over S. aureus and E. coli bacteria, however, S. aromaticum presented better formation of inhibition halo in smaller concentrations. For the oil synergetic effect over bacteria and fungi, no significant difference was noticed when compared to their own individual effect. It was possible to verify that the oils had inhibitory effect over the microorganisms studied, being, therefore an alternate option in food microbiological control. Index terms: Essential oil, pathogenics, chemical component. (Recebido em 23 de outubro de 2006 e aprovado em 5 de novembro de 2007) INTRODUÇÃO A utilização de produtos naturais que substituam aditivos químicos tem sido uma opção para aqueles que procuram hábitos saudáveis e segurança alimentar. Os óleos essenciais de condimentos possuem comprovada atividade biológica sobre microrganismos, por isso sempre foram utilizados como conservantes de alimentos. Esses óleos essenciais, extraídos dos vegetais por arraste de vapor de água ou outras técnicas, são compostos de grande importância em pesquisas, por serem potencialmente úteis no controle fitossanitário, propiciando o desenvolvimento de técnicas que procuram diminuir os efeitos negativos de oxidantes, radicais e microrganismos causadores de prejuízos nas indústrias alimentícias (SANTOS, 2004). O uso de metabólitos secundários de plantas vem crescendo e conquistando o mercado e a preferência dos consumidores por apresentarem benefícios à saúde, bem como menores impactos ao meio ambiente. Portanto, a pesquisa

888 PEREIRA, A. de A. et al. fitoquímica apresenta-se como um método útil, buscando técnicas analíticas e instrumentais que permitem o isolamento e elucidação de inúmeros compostos. Esses metabólitos possuem potencialidade para uso na indústria alimentícia, nas quais a possibilidade de contaminações é grande. Os alimentos podem transmitir diversos microrganismos, muitas vezes, patógenos para o homem, como as bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Entre as espécies aromáticas, o Cymbopogon citratus, o Origanum vulgare e o Syzygium aromaticum, conhecidos popularmente por capim-limão, orégano e cravo-da-índia, apresentam inúmeras atividades biológicas, reflexos da diversidade química que possuem (CRAVEIRO et al., 1981). O presente trabalho teve por finalidade avaliar a composição química, o efeito inibitório e sinergístico dos óleos essenciais de C. citratus, O. vulgare e S. aromaticum sobre o crescimento dos microrganismos S. aureus e E. coli. MATERIAL E MÉTODOS O material vegetal fresco (370g de folhas de Cymbopogon citratus) foi coletado no Horto de Plantas Medicinais da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em outubro de 2005 às 8 horas, com temperatura em torno de 20ºC e ausência de chuvas. Foram coletadas as folhas jovens do capim-limão. Os outros materiais vegetais (367g de folhas de Origanum vulgare e 512g de inflorescências de Syzygium aromaticum) foram adquiridos no mercado municipal da cidade de Lavras, no mesmo dia da coleta do material fresco. A extração dos óleos essenciais dos vegetais foi realizada no Laboratório de Química Orgânica do Departamento de Química da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Lavras MG, por meio do método de arraste a vapor, utilizando-se o aparelho de Clevenger modificado. O material foi acondicionado em balões de 6 litros e o óleo extraído por 3 horas, em temperatura constante, mantendo a ebulição da solução. Decorrido esse tempo, coletou-se o hidrolato, que foi centrifugado a 321,8 x g por 5 minutos. O rendimento do óleo foi calculado e expresso em volume de óleo por peso de folhas frescas (%v/p) e com base na matéria seca ou Base Livre de Umidade (%v/ p BLU) (PIMENTEL et al., 2006). As análises qualitativas para identificação dos constituintes dos óleos essenciais foram realizadas no Laboratório de Análises e Sínteses de Agroquímicos do Departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Viçosa MG por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG/EM), utilizandose aparelho Shimadzu CG-17A, com detector seletivo de massa modelo QP 5000. O equipamento foi operado nas seguintes condições: coluna capilar de sílica fundida (30m X 0,25mm), com fase ligada DB5 ((5%-fenil)- metilpolisiloxano), com 0,25 µm de espessura de filme; temperatura do injetor de 220ºC; programação da coluna com temperatura inicial de 40ºC, sendo acrescidos 3ºC a cada minuto até atingir 240ºC; gás carreador hélio (1mL min -1 ); pressão inicial na coluna de 100,2 KPa; taxa de split 1:10 e volume injetado de 1 µl (1% de solução em diclorometano). Para o espectrômetro de massas (EM) foram utilizadas as seguintes condições: energia de impacto de 70 ev; velocidade de decomposição 1000; intervalo de decomposição de 0,50; e fragmentos de 45 Da e 450 Da decompostos. Foi injetado, nas mesmas condições da amostra, uma série de padrões de hidrocarbonetos (C 9 H 20... C 26 H 54 ). Os espectros obtidos foram comparados com o banco de dados da biblioteca Wiley 229 e pelo índice de Kovat s calculado para cada constituinte de acordo com Adams (1995) e as análises quantitativas foram conduzidas no Laboratório de Química Orgânica do Departamento de Química da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Lavras MG, utilizando cromatógrafo gasoso Shimadzu GC 17A equipado com detector por ionização de chamas (DIC), nas condições operacionais: coluna capilar DB5 ((5%-fenil)-metilpolisiloxano), com 0,25 µm de espessura de filme; programação da coluna com temperatura inicial de 40ºC até 240ºC; temperatura do injetor de 220ºC; temperatura de detector de 240ºC; gás carreador nitrogênio (2,2 ml min -1 ); taxa de split 1:10 e volume injetado de 1 µl (1% de solução em diclorometano) e pressão na coluna de 115 KPa, sendo a quantificação de cada constituinte obtida por meio de normalização de áreas (%). As análises microbiológicas dos óleos essenciais foram realizadas no Laboratório de Microbiologia de Alimentos do Departamento de Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) - Lavras - MG. Para a avaliação in vitro do efeito inibitório dos óleos de C. citratus (capim-limão), O. vulgare (orégano) e S. aromaticum (cravo-da-índia), foram utilizadas as cepas de S. aureus ATCC 25923 e E. coli ATCC 8739. Durante o experimento, os microrganismos foram mantidos em slants de TSA (triptc Soy Agar Merk) em refrigeração (4ºC), repicados em caldo TSB para a ativação das culturas e a

Caracterização química e efeito inibitório... 889 realização dos ensaios. As culturas ativadas foram repicadas para caldo infusão de cérebro e coração (BHI Oxoid), ficando incubadas a 37ºC por 24 horas. Após esse período, uma alíquota de 5 ml foi transferida para o meio de cultura Mueller Hinton, e a metodologia empregada foi a difusão em agar. A concentração de cada óleo foi determinada em relação ao diâmetro do halo de inibição obtido. Os slots ou poços de deposição dos óleos essenciais foram feitos no ágar com o auxilio de pérolas de vidro, retiradas previamente. Em seguida, 8 µl dos óleos essenciais foram diluídos em etanol e transferidos para os mesmos. O ágar Miller Hinton foi inoculado com as culturas reveladoras (S. aureus e E. coli) e depositados sobre camada do mesmo ágar onde foram feitos os slots que foram preenchidos com os óleos nas concentrações de 0,1; 0,5; 1; 5; 10; 20; 30; 40 e 50%, e para a análise do sinergismo (combinação entre os óleos) foram utilizadas as concentrações 0,1; 1; 10; 30 e 50%. As placas foram incubadas em BOD 37ºC por 48 horas (OGUNWANDE et al., 2005) e medidos os diâmetros dos halos formados. Para a análise estatística utilizou-se o delineamento em blocos casualizados tendo o fator bactérias como blocos (S. aureus e E. coli), onde o esquema fatorial foi de 3 x 9 x 2, sendo três óleos essenciais (cravo da índia, orégano e capim-limão), nove concentrações (0,1, 0,5, 1, 5, 10, 20, 30, 40 e 50%), totalizando 27 tratamentos, com duas repetições. Para estudo do efeito sinergístico dos óleos essenciais foi realizado o delineamento em blocos casualizados sendo o fator bactérias como blocos (S. aureus e E. coli), onde o esquema fatorial foi de 3 x 5 x 2, sendo três combinações dos óleos essenciais (capim-limao/ orégano, orégano/cravo-da-índia, cravo-da-índia/capimlimão), cinco concentrações (0,1, 1, 10, 30 e 50%), totalizando 15 tratamentos, com duas repetições. O programa estatístico utilizado foi o SISVAR (FERREIRA, 2000). Quanto à análise de variância, os tratamentos foram submetidos ao teste de Scott-Knott, a 5% de significância. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os principais constituintes do óleo essencial do C. citratus (capim-limão) identificados e quantificados foram neral (40,2%), geranial (31,8%), que isomericamente formam o citral, mirceno (19,7%), neo-mentol (1,1), acetato de linalila (0,4%), (Z)- -ocimeno (1,1%) e (E)- -ocimeno (1,4%). Craveiro et al. (1981) avaliando a composição química do óleo essencial dessa planta, identificou que os compostos citral (mistura isomérica de neral e citral) são majoritários e responsáveis pelo aroma cítrico da planta. Sacchetti et al. (2005) comprovou a atividade antimicrobiana do óleo essencial de C. citratus, pela análise de seus constituintes químicos por CG/EM. Encontrou, 0,43% de metil-5-epten-2-ona, 15,48% de mirceno, 1,28% de linalol, 32,3% de neral, 3,35% de geraniol e 41,3% de geranial. Esses resultados foram similares aos encontrados para a planta estudada. Algumas variações justificam-se pelas diferenças em razão da época de plantio, tipo de solo, clima entre outros. A avaliação do óleo essencial de S. aromaticum apresentou em sua constituição 86,3% de eugenol, 8,2% de trans-cariofileno, 0,8% de -humuleno e 3,6% de acetato de eugenila. Oussalah et al. (2006) avaliaram os constituintes do óleo essencial de cravo-da-índia e encontraram as seguintes proporções, 78% de eugenol e 8% de acetato de eugenila, confirmando o resultado encontrado para o óleo de cravo-da-índia testado nas bactérias estudadas. Infere-se portanto que o eugenol, sendo o constituinte majoritário, pode ser o responsável pelo efeito inibitório do óleo essencial de cravo-da-índia sobre bactérias, sendo muito utilizado como antisséptico. Já para os constituintes do óleo essencial do O. vulgare utilizado, as proporções e as substâncias identificadas foram: 0,7% de -pineno, 1,1% de - felandreno, 2,7% de mirceno, 6,9% de -terpineno, 4,6% de p-cimeno, 2,3% de -felandreno, 16,6% de -cimeno, 16,0% de -terpineno, 1,8% de terpinoleno, 12,3% de linalol, 26,3% de terpen-4-ol, 3,8% de -terpineol, 0,8% de timol metil éter, 1,6% de carvacrol metil éter, 1,7% de acetato de linalila, 7,2% de carvacrol e 1,3% de trans-cariofileno. Milos et al. (2000), pesquisando os constituintes do óleo essencial do orégano, identificou um total de 16 compostos. Entre eles estão 40,4% de timol, 24,8% de carvacrol e 16,8% de p-cimeno, 1,7% de -terpineno, 2,1% de 1-octen-3-ol e 2,1% de borneol, confirmando alguns dos compostos identificados em menor quantidade no óleo essencial de O. vulgare utilizado. A formação do halo de inibição das bactérias E. coli ATCC 8739 e S. aureus ATCC 8739, induzidos pelos óleos essenciais de C. citratus (capim-limão), O. vulgare (orégano) e S. aromaticum (cravo-da-índia) foram medidos e revelaram efeito inibitório para os referidos óleos. Pelos dados da Tabela 1, observa-se que o efeito do óleo essencial de capim-limão sobre E. coli, não apresentou variação significativa no tamanho do halo nas concentrações de 0,1, 0,5, 1, 5 e 10%, enquanto nas

890 PEREIRA, A. de A. et al. concentrações de 20, 30, 40 e 50%, observou-se uma variação de tamanho em relação aos resultados do primeiro grupo, porém, entre eles os valores mantiveram-se constantes. A placa-controle, constando apenas do solvente etanol, não promoveu formação do halo. O óleo essencial de orégano, não promoveu inibição do crescimento bacteriano na concentração de 0,1%, provavelmente, pela baixa concentração do mesmo. Os outros valores (0,5, 1, 5, 10, 20, 30, 40 e 50%) não apresentaram significativa variação na indução de formação de halo, mas promoveram a formação de halo da bactéria. O óleo de cravo-da-índia apresentou os melhores resultados de inibição do crescimento entre os óleos, porém não apresentou variação significativa entre as concentrações 0,1, 0,5, 1 e 5%, que diferiram das concentrações de 10, 20, 30, 40 e 50%. Pelos dados da Tabela 2 observam-se que a avaliação do halo de inibição do S. aureus apresentaram resultado similar ao encontrado para E. coli. Em relação ao efeito inibitório do óleo essencial de capim-limão sobre S. aureus, as concentrações entre 0,1% e 20% não apresentaram significativa variação e encontrou-se constância para os outros valores (30%, 40% e 50%). Os óleos de orégano e cravo-da-índia promoveram formação de halo de inibição em todas as concentrações. Os dados descritos nas tabelas 1 e 2 sugerem o efeito inibitório dos óleos de capim-limão, orégano e cravo-da-índia. Segundo Cox et al. (2000), a constância entre os resultados observados provavelmente ocorrem por causa da influência do etanol utilizado na diluição dos óleos. Esse solvente pode alterar a entrada do óleo na célula bacteriana, facilitando sua difusão em maiores diluições, porém pouco se conhece a respeito da ação do óleo sobre a estrutura celular bacteriana. Outro fato que pode explicar esse resultado, é a utilização do método para determinação de antibiogramas, não sendo, portanto, específico para efeito inibitório de óleos essenciais, o que pode influenciar na difusibilidade do mesmo. Burt (2004) trabalhou com o óleo essencial de orégano. Observou que os princípios ativos (timol e o carvacrol), provocam distorção na estrutura física da célula, causando expansão e conseqüente desestabilidade na membrana, modificando sua permeabilidade, desnaturando enzimas essenciais e alterando a força próton motora, por meio de variações no ph e potencial elétrico. Pesquisas de Sacchetti (2005) mostraram que o óleo essencial de C. citratus promoveu notável inibição no crescimento das leveduras Candida albicans ATCC 48274, Rhodotorula glutinis ATCC 16740, Schizosaccharomyces pombe ATCC 60232, Saccharomyces cerevisiae ATCC 2365 e Yarrowia lypolítica ATCC 16617. O autor atribuiu essa atividade à presença do componente majoritário, o citral, uma mistura isomérica de neral e citral. Os melhores resultados de inibição, tanto para E. coli quanto para S. aureus, foram atribuídos ao cravo-daíndia. Craveiro et al. (1981), constatou excelentes resultados para E. coli e S. aureus, utilizando óleo essencial de cravoda-índia. Atribuiu suas excelentes propriedades bactericidas, ao eugenol, componente majoritário encontrado em 80-90% no óleo essencial dessa planta. Segundo ele, o eugenol provoca inibição na produção de amilase e proteases pela célula, bem como sua deterioração e lise, sendo que esse princípio ativo é muito usado na odontologia como componente de seladores e outros produtos antissépticos. Atualmente, o eugenol tem sido largamente estudado como conservante de alimentos. Nas figuras 1 e 2 mostram-se, por diferentes equações de regressão, a progressão da formação do halo de inibição das bactérias submetidas aos diferentes tratamentos. A concepção de sinergismo tem sido o tema central de muitas discussões em fitoquímica. A interação entre óleos essenciais podem representar uma alternativa para potencialidade da ação dos mesmos, porém, muito ainda precisa ser esclarecido. Estudos de Harris (2002) examinaram a combinação efetiva entre óleos de Melaleuca (Melaleuca alternifolia e Melaleuca quinquenervia) e a fração polar de Manuka (Leptospermum scoparium). Observaram um efeito bactericida superior àquele observado nos óleos estudados individualmente. Os dados do efeito sinergístico entre os óleos de capim-limão, orégano e cravo-da-índia representam-se na Tabela 3. Observa-se que não houve significativa variação entre a combinação e o comportamento individual dos óleos, constatando que não ocorreu sinergismo entre os mesmos, na proporção estudada.

Caracterização química e efeito inibitório... 891 Tabela 1 Resultados médios do efeito inibitório de óleos essenciais sobre E. coli submetida à diferentes concentrações. Bactérias E. coli Concentração Formação do halo de inibição (cm) (%) Capim-limão Orégano Cravo-da-índia 0,1 0,7 b 0,0 b 0,8 b 0,5 0,7 b 0,6 a 0,9 b 1 0,8 b 0,8 a 0,9 b 5 0,8 b 0,8 a 1,0 b 10 0,8 b 0,9 a 1,1 a 20 1,1 a 0,9 a 1,2 a 30 1,2 a 0,9 a 1,2 a 40 1,2 a 0,9 a 1,2 a 50 1,2 a 0,9 a 1,2 a Médias seguidas com a mesma letra minúscula não diferem significativamente entre si a 1% de probabilidade, pelo teste de Scott-Knott. Tabela 2 Resultados médios do efeito inibitório de óleos essenciais sobre S. aureus, submetida à diferentes concentrações. Bactérias S. aureus Concentração Formação do halo de inibição (cm) (%) Capim-limão Orégano Cravo-da-índia 0,1 0,6 b 0,8 b 1,0 c 0,5 0,6 b 0,9 b 1,1 c 1 0,6 b 1,0 b 1,1 c 5 0,7 b 1,0 b 1,1 c 10 0,8 b 1,0 b 1,1 c 20 0,8 b 1,0 b 1,1 c 30 0,9 a 1,0 b 1,1 c 40 1,0 a 1,2 a 1,3 b 50 1,1a 1,3 a 1,5 a Médias seguidas com a mesma letra minúscula não diferem significativamente entre si a 1% de probabilidade, pelo teste de Scott-Knott. Diâmetro do halo (cm) 1,4 1,2 1 0,8 0,6 y cravo da índia = 0,0711Ln(x) + 0,9377 R 2 = 0,9602 y Capim Limão = -0,0003x 2 + 0,0232x + 0,7011 0,4 R 2 = 0,9486 0,2 y orégano = 0,064Ln(x) + 0,6939 R 2 = 0,8748 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 [ ]% Figura 1 Capim-limão Orégano Cravo-da-índia Tamanho dos halos de inibição de Staphylococcus aureus provocados pelos óleos essenciais.

892 PEREIRA, A. de A. et al. 1,6 1,4 Diâmetro do halo (cm) 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 y Capim limão = 0,0096x + 0,6217 R 2 = 0,9621 y cravo da india = 0,0002x 2-0,0034x + 1,0583 R 2 = 0,9035 y orégano = 0,0001x 2 + 0,0018x + 0,9225 R 2 = 0,8024 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 [ ]% Capim-limão Orégano Cravo-da-índia Figura 2 Tamanho dos halos de inibição de Escherichia coli provocados pelos óleos essenciais. Tabela 3 Resultados médios da avaliação do efeito sinergistico dos óleos estudados sobre a formação de halo de inibição, pelas duas espécies de bactérias submetidas à diferentes concentrações. Bactérias E. coli S. aureus Concentração de óleo essencial (%) Capim-limão + Orégano Formação do halo de inibição (cm) Orégano + Cravo-da-índia Cravo-da-índia + Capim-limão 0,1 0,6 b 0,8 b 0,7 c 1 0,6 b 0,8 b 0,7 c 10 0,7 b 0,9 b 0,9 b 30 0,9 a 0,9 b 1,1 a 50 0,95 a 0,9 b 1,1 a 0,1 0,7 b 0,7 b 0,8 b 1 0,7 b 0,7 b 0,8 b 10 0,8 b 0,8 b 0,9 b 30 0,9 a 0,8 b 1,1 a 50 0,9 a 0,9 b 1,2 a Médias seguidas com a mesma letra minúscula não diferem significativamente entre si a 1% de probabilidade, pelo teste de Scott-Knott. CONCLUSÕES Os óleos essenciais de C. citratus, O. vulgare e S. aromaticum apresentaram efeito inibitório sobre as bactérias S. aureus e E. coli. Não houve efeito sinergístico entre os óleos estudados. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, FAPEMIG, pelo auxílio financeiro e bolsas concedidas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMS, R. P. Identification of essential oils components by gas chromatography/mass spectroscopy. Carol Stream: Allured, 1995. 469 p. BURT, S. Essential oils: their antibacterial properties and potential applications in foods: a review. International Journal of Food Microbiology, Amsterdam, v. 94, n. 3, p. 223-253, Aug. 2004.

Caracterização química e efeito inibitório... 893 COX, S. D.; MANN, C. M.; MARKHAM, J. L.; BELL, H. C.; GUSTAFSON, J. E.; WARMINTON, J. R.; WYLLIE, S. G. The mode of antimicrobial action of the essential oil of Meleuca alternifolia (tea tree oil). Journal of Applied Microbiology, Oxford, v. 88, n. 1, p. 170-175, Jan. 2000. CRAVEIRO, A. A.; FERNANDES, A. G.; ANDRADE, C. H. S.; MATOS, F. J. A.; ALENCAR, J. W.; MACHADO, M. I. L. Óleos essenciais de plantas do Nordeste. Fortaleza: UFC, 1981. 210 p. FERREIRA, D. F. Análises estatisticas por meio do Sisvar para o Windows versao 4.0. In: REUNIAO ANUAL DA REGIAO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., 2000, São Carlos. Programas e Resumos... Sao Carlos: UFSCar, 2000. p. 255-258. HARRIS, R. Synergism in the essential oil word. The International Journal of Aromatherapy, Amsterdam, v. 12, n. 4, p. 179-186, Oct./Dec. 2002. MILOS, M.; MASTELIC, J.; JERKOVIC, I. Chemical composition and antioxidant effect of glycosidically bound volatile compounds from orégano (Origanum vulgare L. ssp. hirtum). Food Chemistry, Oxford, v. 71, n. 1, p. 79-83, Oct. 2000. OGUNWANDE, I. A.; OLAWORE, N. O.; EKUNDAYO, O.; WALKER, T. M.; SCHIMIDT, J. M.; SETZER, W. N. Studies on the essential oils composition, antibacterial and cytotoxicity of Eugenia uniflora L. The International Journal of Aromatherapy, Amsterdam, v. 15, n. 3, p. 147-152, Jan. 2005. OUSSALAH, M.; CAILLET, S.; SAUCIER, L.; LACROIX, M. Inhibitory effects of selected plant essential oils on the growth of four pathogenic bacteria: E. coli 0157:H7, Salmonella typhimurium, Spaphylococcus aureus e Listerria monocytogenes. Food Control, [S.l.], 2006. PIMENTEL, F. A.; CARDOSO, M. G.; SALGADO, A. P. S. P.; AGUIAR, P. M.; SILVA, V. F.; MORAIS, A. R.; NELSON, D. L. A convenient method for the determination of moisture in aromatic plants. Química Nova, São Paulo, v. 29, n. 2, p. 373-375, mar./abr. 2006. SACCHETTI, G.; MAIETTI, S.; MUZZOLI, M.; SCAGLIANTI, M.; MANFREDINI, S.; RADICE, M.; BRUNI, R. Comparative evaluation of 11 essential oils of diferent origin as functional antioxidants, antiradicals and antimicrobials in foods. Food Chemistry, Oxford, v. 91, n. 4, p. 621-632, Aug. 2005. SANTOS, R. I. Metabolismo básico e origem dos metabólitos secundários. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Porto Alegre: UFSC, 2004. 1102 p.