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Transcrição:

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE GERÊNCIA DE SAÚDE DO SERVIDOR MUNICIPAL EQUIPE DE PERÍCIA TÉCNICA LAUDO 028/2017 SALA DE GESSO HPS SMS LAUDO PERICIAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE n.º 028/2017 1. IDENTIFICAÇÃO ÓRGÃO: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SETOR: SALA DE GESSO HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO ENDEREÇO: Largo Teodoro Herzl, s/n. º Térreo SERVIDOR ENTREVISTADO: Diversos TÉCNICO QUE REALIZOU A PERÍCIA: Suzy Maria Possapp Rocha Médica do Trabalho matr. 47907.2 Márcia Stroeher Sost Técnica de Segurança do Trabalho matr. 47955.2 DATA DA PERÍCIA: abril a maio de 2017.

2. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO 2.1. INTRODUÇÃO O presente laudo tem como objetivo a análise das atividades dos trabalhadores do setor Sala de Gesso do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre HPS, especialmente nos aspectos relacionados com atividades e operações insalubres e perigosas. A legislação considerada é a Lei Municipal n.º 6309/88 regulamentada pela Ordem de Serviço n.º 019/94, da PMPA, a qual referencia a Lei Federal 6514/77, as Normas Regulamentadoras números 15 e 16 da Portaria 3214/78 e a Portaria 518/03 Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas. 2.2. DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES DE TRABALHO O setor Sala de Gesso está localizado no térreo do prédio principal com área de aproximadamente 70 m², pé direito de 3,00 m, mobiliada e equipada com leitos de pacientes, mesas, microcomputadores, pia com torneira, carrinho com gavetas e rodízios para armazenar material para atendimento, mesas auxiliares, medicamentos em geral, dois consultórios mobiliados e equipados com mesa, cadeira, microcomputador, maca, negatoscópio e pia com torneira. Sala de expurgo com balcões, pia e torneira, sala de gesso com armários, estantes e material para preparar o gesso e depósito de materiais. 3. ANÁLISE QUALITATIVA 3.1. DA FUNÇÃO DO TRABALHADOR Atividade de Enfermeiro: supervisionar os Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, realizar curativos de média e alta complexidade, auxiliar o médico em procedimentos necessários, solicitar leitos e exames fora do hospital. Atividade de Técnico de Enfermagem e Atividade de Auxiliar de Enfermagem: receber o paciente e executar o procedimento indicado pelo médico traumatologista, imobilizar com ataduras, higienizar ferimentos, confeccionar talas gessadas, confeccionar tala de gesso circular, auxiliar nas reduções de luxações e aplicar medicações intramuscular, realizar o preparo de paciente que será levado ao bloco cirúrgico, higienizar e preparar o material de uso e higienizar as macas após os atendimentos. 3.2. DOS POSSÍVEIS RISCOS OCUPACIONAIS Atividade de Enfermeiro: os servidores estão expostos a riscos biológicos pelo contato com pacientes em estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana. 2

Atividade de Técnico de Enfermagem e Atividade de Auxiliar de Enfermagem: os servidores estão expostos a riscos biológicos pelo contato com pacientes em estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana. 3.3. DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO RISCO Os servidores estão expostos aos riscos inerentes à sua função, de maneira habitual e intermitente, durante sua jornada de trabalho. 4. EPI Para realização dos serviços são fornecidos, sem critério técnico, alguns equipamentos de proteção individual. A utilização dos equipamentos depende da iniciativa dos servidores, visto que não existe um programa de informação e acompanhamento. 5. CONCLUSÃO 5.1. FUNDAMENTO LEGAL No âmbito da Legislação Municipal, a Lei 6309/88 Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada em seus artigos 60 e 62, apresenta o texto legal que concede os adicionais de insalubridade e periculosidade aos servidores expostos a agentes nocivos a saúde e atividades perigosas. As condições para definição de insalubridade nos locais de trabalho ou atividades dos trabalhadores estão regulamentadas através da Ordem de Serviço n.º 19, de 20/05/1994, na Legislação Federal, aprovadas pela Portaria nº. 3214 de 08.06.1978, que considera como insalubre as atividades ou operações que se desenvolvem acima dos limites de tolerância, no que se refere ao ruído (contínuo, intermitente ou de impacto), calor, radiações ionizantes, agentes químicos e poeiras minerais; as atividades de trabalho sob condições hiperbáricas, envolvendo agentes químicos e agentes biológicos. Considera ainda as atividades que, através de inspeção no local de trabalho, verifique o estabelecido em lei no que se refere às radiações não ionizantes, vibração, frio e umidade. O exercício de trabalho em condições insalubres assegura ao trabalhador a percepção de adicional de acordo com a classificação de grau máximo (40%), médio (20%) ou mínimo (10%). As situações a que se refere à legislação quanto aos riscos químicos, físicos ou biológicos são as seguintes: Anexo 1: L.T. Ruído Contínuo ou Intermitente Anexo 2: L. Tolerância para Ruído de Impacto Anexo 3: L. Tolerância para Exp. ao Calor Anexo 4: Rev. pela Portaria 3.751 de 23.11.90; Anexo 5: Radiações Ionizantes Anexo 6: Trabalho sob Cond. Hiperbáricas; Anexo 8: Vibração; Anexo 9: Frio; Anexo 10: Umidade; Anexo 11: Agentes Químicos (aval quantitativa) Anexo 12: L. Tolerância para Poeiras Minerais Anexo 13: Agentes Químicos; Anexo 7: Radiações Não-Ionizantes Anexo 14: Agentes Biológicos De acordo com a NR 16, conforme legislação vigente, as hipóteses para enquadramento de periculosidade aos trabalhadores em geral são: 3

Anexo 1: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos Anexo 2: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis Anexo 3: Atividades e Operações Perigosas com Exposição a Roubos ou Outras Espécies de Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial Anexo 4: Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica Anexo 5: Atividades e Operações Perigosas em Motocicletas Portaria 518/2003: Radiações ionizantes ou substâncias Radioativas Nesses casos é obrigatório o pagamento de adicional de periculosidade no valor de 30% do salário básico. 5.2. FUNDAMENTO CIENTÍFICO AGENTES BIOLÓGICOS: Os trabalhadores da área da saúde, pessoas que recebem treinamento para atendimento de emergências extra-hospitalares e funcionários de laboratórios de pesquisa estão sujeitos à exposição a agentes biológicos infecciosos. Considera-se como sendo agentes biológicos animais, plantas e outros seres vivos (bactérias, fungos, protozoários etc.) que potencialmente podem causar doenças ou lesões, em graus variados, aos seres humanos ou a outros organismos. Os agentes biológicos são também denominados patógenos. Para a avaliação de risco dos agentes biológicos consideram-se alguns critérios, entre os quais se destacam: Virulência é a capacidade patogênica de um agente biológico, medida pela mortalidade que ele produz e/ou por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro. A virulência pode ser avaliada por meio dos coeficientes de letalidade e de gravidade. Modo de transmissão é o percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de exposição até o hospedeiro. Estabilidade é a capacidade de manutenção do potencial infeccioso de um agente biológico no meio ambiente. Deve ser considerada a capacidade de manutenção do potencial infeccioso em condições ambientais adversas como a exposição à luz, à radiação ultravioleta, às temperaturas, à umidade relativa e aos agentes químicos. Concentração e volume a concentração está relacionada à quantidade de agentes patogênicos por unidade de volume. Assim, quanto maior a concentração, maior o risco. Origem do agente biológico potencialmente patogênico deve ser considerada a origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal) como também a localização geográfica (áreas endêmicas) e a natureza do vetor. Fatores referentes ao trabalhador deve ser considerado o estado de saúde do indivíduo, assim como, idade, sexo, fatores genéticos, susceptibilidade individual, estado imunológico, exposição prévia, hábitos de higiene pessoal e uso de equipamentos de proteção individual. Cabe ressaltar a necessidade dos profissionais possuírem experiência e qualificação para o desenvolvimento das atividades. Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco assim definidas: 4

Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea, a via respiratória, a via conjuntiva e a via oral. De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem: Conhecimento das Normas de Biossegurança; A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha; O respeito das Regras Gerais de Segurança A realização das medidas de proteção individual; Uso de avental, luvas descartáveis, máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individuais necessários; A utilização de procedimentos adequados nos processos de atendimento e assistência a enfermos, material utilizado sem aproveitamentos ou arranjos, e a utilização de todas as ferramentas da Segurança Laboral para alcançar esses propósitos. 6. BIBLIOGRAFIA Segurança e Medicina do Trabalho, Manuais de Legislação Atlas; 75ª Edição, São Paulo, Editora Atlas S.A., 2015, Lei 6514/77 e Portaria 3214/78. Resolução n 358 29/04/05 Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional de Saúde. 5

7. CONCLUSÃO FINAL Atividade de Enfermeiro: aos servidores desempenhando as atividades referentes a esta função é devido o adicional de insalubridade em grau médio 20 %, pela exposição a agentes biológicos contato com pacientes em serviços de emergência de acordo com o anexo n. 14 da NR 15 da Portaria n.º 3214/78. Atividade de Técnico de Enfermagem e Atividade de Auxiliar de Enfermagem: aos servidores desempenhando as atividades referentes a esta função é devido o adicional de insalubridade em grau médio 20 %, pela exposição a agentes biológicos contato com pacientes em serviços de emergência de acordo com o anexo n.º 14 da NR 15 da Portaria nº. 3214/78. Porto Alegre, 6 de julho de 2017 Márcia Stroeher Sost Suzy Maria Possapp Rocha Técnica de Segurança do trabalho Médica do Trabalho Matrícula 47955.2 Matrícula 47907.2 EPT/GSSM/SMS EPT/GSSM/SMS CREMERS 13693 6