. Edital Pibid n 11 /2012 CAPES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID Plano de Atividades (PIBID/UNESPAR) Tipo do produto: Plano de aula 1 IDENTIFICAÇÃO NOME DO SUBPROJETO: POPULARIZANDO A CIÊNCIA: O MÉTODO CIENTÍFICO COMO ABORDAGEM DO ENSINO DA BIOLOGIA COORDENADOR(A): CLÓVIS ROBERTO GURSKI PROF. SUPERVISOR: ISABEL HOMCZINSKI NOME DA ESCOLA: COLÉGIO ESTADUAL TÚLIO DE FRANÇA Licenciandos Bolsitas Nome E-mail Curso de licenciatura Ana Paula Weiwanko paulinhaweiwanko@yahoo.com.br Ciências Biológicas Emanuelli Gemelli lelly_mcg@hotmail.com Ciências Biológicas Fernando Diego Kaziuk diegokaziuk@hotmail.com Ciências Biológicas Luci de Fátima Pereira lucifp8@hotmail.com Ciências Biológicas Lucimara de Moraes luci_mara_moraes@hotmail.com Ciências Biológicas Maisa Zanin maisa.turkot@hotmail.com Ciências Biológicas Merieli de Melo da Silva dm_meri@yahoo.com.br Ciências Biológicas Mirian Chechelak miriandefatimachechelak@yahoo.com.br Ciências Biológicas DATA: 25/10 DURAÇÃO: 1h/a para cada turma. PARTICIPANTES/SÉRIE: 1º e 4º anos do Técnico em Meio Ambiente.
1. TEMA: Biomonitoramento da água através de Bioindicadores. 2. OBJETIVO GERAL: Fornecer informações aos educandos sobre o biomonitoramento da água por meio do uso de bioindicadores, através de aulas expositivas e de campo. Objetivos Específicos: Proporcionar aos alunos uma atividade diferente com um olhar voltado para o meio ambiente; Conhecer como é feita a coleta de macroinvertebrados; Distinguir macroinvertebrados bentônicos dos demais organismos. Diferenciar os organismos resistentes e não resistentes. Enfatizar a importância do biomonitoramento na avaliação da qualidade da água. Sensibilizar os alunos sobre a importância da preservação dos recursos hídricos. 3. CONTEÚDO: Recursos Hídricos com enfoque na qualidade da água. 3.1 CONTEÚDOS DESCRITOS: Existe uma grande extensão de água sobre a superfície do planeta terra, no entanto, a disponibilidade para o uso humano é muito pouca (0,3 % águas continentais), sua escassez tem sido apontada como um dos problemas mais preocupantes da atualidade. O consumo mundial vem aumentando assustadoramente e, além do desperdício da água, a sociedade consumista libera grande parte dos efluentes domésticos e industriais diretamente nos corpos d água, sem um tratamento prévio (PROJETO MANUELZÃO, 2013). Os ecossistemas aquáticos vêm sendo alterados drasticamente ao longo dos anos em função dos múltiplos impactos decorrentes das ações antropogênicas (CALLISTO; MORETTI; GOULART, 2001), como consequência destas atividades, tem-se observado uma expressiva queda da qualidade da água e perda de biodiversidade aquática, em função da desestruturação do ambiente físico, químico
e alteração da dinâmica natural das comunidades biológicas (GOULART; CALLISTO, 2003). Os ambientes aquáticos estão integrados ao ecossistema e suas características ambientais e a resposta da biota aquática indicam o estado em que o ambiente se encontra (CALLISTO; MORETTI; GOULART, 2001). O monitoramento físico e químico da água é considerado pouco eficiente em relação à detecção de alterações na diversidade de habitats e microhabitats, como também insuficiente na determinação dos problemas causados pelas alterações da qualidade da água sobre as comunidades biológicas (GOULART; CALLISTO 2003), por isso são importantes a junção das ferramentas tradicionais e a resposta da comunidade biológica, uma vez que as análises abióticas usadas isoladamente são consideradas incompletas, pois representam apenas o estado da água no momento em que foi realizada a coleta, assim como uma fotografia do rio (MERRIT; CUMMINS, 1996). Os macroinvertebrados bentônicos são organismos que possuem mais de 0,5 mm de comprimento (MUGNAI et al., 2010), em aguas continentais são constituídos principalmente por insetos aquáticos, moluscos, anelídeos e crustáceos (TUNDISI; MATSUMURA-TUNDISI, 2008). O monitoramento biológico utilizando como modelo a diversidade de macroinvertebrados é baseado na presença/ausência, número, morfologia, fisiologia, ou comportamento das espécies taxonômicas, sugerindo que a desestruturação da comunidade ao longo do tempo ocorre se as variáveis físicas, químicas e biológicas permanecerem além de seus limites de tolerância (OLIVEIRA, 2009, BUSS et al. 2003). Como indicadores da integridade ambiental podem representar uma ferramenta eficiente, visto que as respostas evidenciadas pela comunidade bentônica geram dados para futuros planos de manejo e controle do impacto em relação à qualidade da água e condições gerais do habitat aquático analisado (KRAWCZYK et al., 2013 in prep.). Em trechos mais preservados é possível encontrar determinados organismos que são tidos como intolerantes à poluição e indicadores de águas com ótima qualidade e em rios que recebem alta demanda de efluentes domésticos, há uma diminuição da diversidade, estando presentes somente os que possuem maior tolerância a ambientes poluídos (PROJETO MANUELZÃO, 2013). O desenvolvimento de metodologias em educação ambiental é uma ferramenta essencial para a conscientização do cidadão (CALLISTO, 2004).
De acordo com o PCN (Programa Curricular Nacional), um dos pontos a serem seguidos nos modelos educacionais atuais é trabalhar nos aspectos vivenciais dos alunos, sendo assim, a questão ambiental deve ser um modo de se relacionar os diversos elementos da constituição e preservação do ambiente. Além disso, a escola é a instituição designada a promover o conhecimento aos educandos, estimulando através do processo educativo a conscientização para a preservação dos ecossistemas, tendo como base a utilização de recursos naturais (CALLISTO, 2004). Sendo assim, um dos procedimentos mais importantes a ser considerado no processo educativo é em relação à água, como fonte de manutenção da vida, discutindo assim, as consequências das atividades antrópicas e a tendência da escassez de água doce na biosfera (CALLISTO, 2004). Os macroinvertebrados são utilizados no biomonitoramento da água devido ao fato de possuírem ciclos de vida longo, comparados a outros organismos; são organismos sésseis ou de pouca mobilidade, possuem fácil amostragem, tendo custos relativamente baixos; possuem elevada diversidade taxonômica e sua identificação é relativamente fácil. Além disso, são organismos sensíveis a diferentes concentrações de poluentes no meio, proporcionando uma extensa faixa de respostas frente a diferentes condições do ambiente (ROSENBERG; RESH, 1993). 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Primeiramente nas dependências da UNESPAR FAFIUV, os acadêmicos do PIBID realizam uma pesquisa inicial no laboratório de informática de Ciências Biológicas para organizar os conteúdos relacionados a importância do biomonitoramento da água utilizando os macroinvertebrados. Posteriormente será feita uma aula expositiva sobre a importância dos recursos hídricos e a utilização de macroinvertebrados para a avaliação da qualidade da água. Para tanto será utilizado recursos audiovisuais para introduzir o assunto aos alunos como também será levado materiais de exposição (macroinvertebrados, amostradores, armadilhas artificiais e Protocolo de Avaliação Rápida). Pretende-se com esta atividade orientar os alunos sobre a prática do biomonitoramento através dos macroinvertebrados.
4.1 RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS: Os materiais utilizados para a aplicação da prática serão: bandejas plásticas, pinças, lupas, amostradores artificiais, rede de Surber. 5. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se que os alunos conheçam os organismos que integram o ambiente aquático, bem como os métodos de coleta, triagem e identificação, para posteriormente se compreender como estes organismos são utilizados no biomonitoramento da qualidade da água, conscientizado assim os alunos sobre a importância da manutenção dos recursos hídricos. Além disso, esta atividade irá contribuir para um maior conhecimento sobre os recursos hídricos na formação de futuros profissionais que irão atuar na área de conservação e também auxiliar na divulgação do curso Técnico em Meio Ambiente, através da exposição que será realizada após essa atividade prática. 6. CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: O presente estudo será de grande importância para o futuro docente, uma vez que proporcionará um melhor entendimento do modo como trabalhar o conteúdo qualidade da água em sala de aula, além de proporcionar um maior conhecimento sobre o assunto. 7. REFERÊNCIAS BUSS, D. F.; BAPTISTA, D. F.; NESSIMIAN, J. L. Bases conceituais para a aplicação de biomonitoramento em programas de avaliação da qualidade da água de rios. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, p. 465-473, 2003. CALLISTO, M.; FERREIRA, W.; MORENO, P.; GOULART, M. D. C.; PETRUCIO, M. Aplicação de um protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats em atividades de ensino e pesquisa (MG-RJ). Acta Limnologica Brasiliensia. v.14, n.1, p.91-98, 2002.
CALLISTO, M.; GONÇALVES, J. F.; MORENO, P. Invertebrados aquáticos como bioindicadores. In: Navegando o Rio das Velhas das Minas aos Gerais. Belo Horizonte: UFMG, v. 1, p-1-12. 2004. CALLISTO, M.; MORETTI, M.; GOULART, M. D. C. Macroinvertebrados Bentônicos como ferramenta para avaliar a saúde de Riachos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 6, n. 1, p. 71-82. 2001. GOULART, M. D. C.; CALLISTO, M. Bioindicadores de qualidade de água como ferramenta em estudos de impacto ambiental. Revista da FAPAM, Pará de Minas, v. 2, n. 1, p. 95-116, 2003. MERRIT, R. W.; CUMMINS, K. W. An introduction to the aquatic insects of North America. Dabuqye: Kendall/ Hunt Publishing Company, 1996. 862 p. MUGNAI, R.; NESSIMIAN, J. L. & BAPTISTA, D. F. 2009. Manual de identificação de macroinvertebrados aquáticos do estado do Rio de Janeiro. TechnicalBoocks. 1ed. Rio de Janeiro, 173p. OLIVEIRA, P. C. R. Comunidade de macroinvertebrados bentônicos e qualidade da água e do sedimento das bacias hidrográficas dos rios Lavapés, Capivara, Araquá e Pardo, município de Botucatu (SP) e região. 2009. 184 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas, Zoologia) - Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu, 2009. PROJETO MANUELZÃO UFMG. Disponível em: http://www.manuelzao.ufmg.br. Acesso em: 08 ago. 2013. ROSENBERG, D. M. & RESH, V. H. Freshwater Biomonitoring and benthic macroinvertebrates. New York USA: Chapman e Hall, 1993. 488 p. TUNDISI, J. G.; TUNDISI, T. M. Limnologia. São Paulo: Oficina de textos, 2008. 631 p.
ANEXOS Figura 1: Imagens da aula expositiva realizada pelo PIBID no Colégio Estadual Túlio de França sobre o Biomonitoramento da água através de Bioindicadores.