CLASSIFICAÇÃO DE BASES PARA MAQUIAGEM: UM ESTUDO SUGESTIVO DE RÓTULO



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Transcrição:

CLASSIFICAÇÃO DE BASES PARA MAQUIAGEM: UM ESTUDO SUGESTIVO DE RÓTULO Daisy Lucia da Silva 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Rosilane Fatima Varnier 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Thives 3 Turismóloga Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Juliana Gallas 4 Msc. em administração. Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos 1 daisyitajai@hotmail.com 2 rfvarnier@hotmail.com 3 fabianathives@ymail.com 4 jugallas@univali.com RESUMO A base de uma maquiagem é um recurso de destaque com alta tecnologia que vai além do embelezamento, e vários são os tipos encontrados no mercado de consumo, sendo que cada uma é destinada para cada tipo de pele. Todavia, a falta de informações no rótulo com linguagens específicas de marketing referente ao uso da base e sua indicação de acordo com a classificação do tipo de pele ainda são precárias. Percebe-se que o universo da beleza está em constante evolução e isso reflete no seu crescimento econômico. Entretanto, existe uma lacuna entre o consumidor e as especificações do produto, como encontrado nas bases que devido a sua variedade se torna complicado para o consumidor no ponto de venda identificar qual é o produto ideal para a sua necessidade e seu tipo de pele, devido a falta de informações. Desta forma, este artigo selecionou o cosmético base como referencial, para o estudo, análise e sugestão de desenvolvimento de um novo rótulo. Com objetivo de disponibilizar para as empresas fabricantes de maquiagem uma sugestão de adaptação dos rótulos de base com informações indicativas do produto conforme o tipo de pele. Para desenvolver esta pesquisa utilizar-se-á a metodologia qualitativa que envolve a obtenção de dados descritivos procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo. Desta forma este artigo objetiva disponibilizar para as empresas fabricantes de bases uma sugestão de adaptar os rótulos com informações indicativas do produto conforme o tipo de pele.

Palavras chaves: base, rótulo, consumidor. INTRODUÇÃO A maquiagem segundo Cezimbra (2005), teve seu início na pré-história, mas foi na antiquidade que homens e mulheres começaram a utilizá-la como artifício de embelezamento. Entretanto foi no século XVIII que ela se firmou definitivamente na face. Já Vigarello (2006), destaca que Reis e Rainhas utilizavam uma receita composta de carbonato de chumbo e clorato de chumbo para garantir a brancura da pele e maquiar-se, com o propósito de embelezamento destacando-se do resto da plebe. O autor destaca que o chumbo como princípio ativo provocava alterações na pele, fato este que levou ao abandono dessas substâncias. Constata-se que com a chegada do século XX e o avanço das indústrias químicas, os cosméticos tornaram-se produtos de uso geral, não mais tóxicos e mais seguros, gerando nas consumidoras maior interesse para o seu uso. De acordo com Perry (2007, p. 32), o ser humano sempre procurou unir o útil ao agradável, logo transformou a pintura do rosto em um item de sedução. Atualmente a maquiagem não cumpre apenas a função de embelezar, mas também de proporcionar um visual mais belo e saudável à pele. Desta forma a facilidade de cuidar da pele enquanto se embeleza tem aumentado o consumo das maquiagens, um dos grandes fatores também vem a ser os constantes lançamentos de produtos diferenciados que também são responsáveis pela criação de novos hábitos de consumo. Assim sendo, os segmentos dos cosméticos ganham fórmulas avançadas que ajudam a tratar da pele. Segundo Martins (2008), Já é possível encontrar bases com filtro solar, pó com ativos rejuvenescedores e sombras com efeito lifting. O mercado oferece milhares de opções de produtos que ajudam a esconder os sinais do tempo, e de quebra, deixam a pele lisa, macia e reluzente. Este fator acabou por modificar o universo da beleza, uma vez que a história de décadas passadas deixou fragmentos através dos tempos.

Estes novos aspectos refletem na imagem da mulher moderna e transformam a maquiagem, onde a base passa a ser um recurso de destaque com alta tecnologia que vai além do embelezamento e vários são os tipos encontrados no mercado para o consumo, sendo que cada um é destinado para cada tipo de pele. Cezimbra (2005, p. 13), esclarece que hoje, a maquiagem é muito mais do que aquele makeup cinema-tográfico que a difundiu no começo do século XX. Neste início de milênio do culto à saúde e a longevidade, a maquiagem se transformou em mais um dos cuidados com a pele, com a beleza e com o bem estar. Todavia, a falta de informações específicas e de uma linguagem de marketing informativo nos rótulos referente ao uso de alguns cosméticos e sua indicação são precárias. Pelegrini (2005), destaca a partir dos estudos de Mestriner (2002), e Desmelus (2002), que dentro de uma perspectiva histórica pode-se dizer que a embalagem passou de figurante para um dos principais atores no palco do consumo. Esclarecem ainda que hoje ela é vista como fator decisivo para a diferenciação e venda de diversos produtos, havendo inclusive tornado-se uma especialidade no campo do design. Para alguns tipos de produtos, como por exemplo, cosméticos e perfumes, esse papel é ainda mais acentuado. Em certos casos a embalagem torna-se símbolo do próprio produto, adquirindo valores fundamentais para a construção e a propagação da imagem da marca, bem como para a criação de um laço emocional com o consumidor. Para que o consumidor compre determinado produto, a empresa fabricante precisa conhecer esse indivíduo e entender os fatores de escolha de determinado produto. Isso só é possível por meio da investigação do modo de se comportar do cliente. Kotler (2000), acredita que o ponto de partida para compreender o cliente segue o fluxo estímulo-resposta. Em sua concepção a cultura e os desejos do indivíduo são um dos motes principais que influenciam suas decisões de compra. Torna-se oportuno uma sugestão para os fabricantes de maquiagem que nas embalagens de seus produtos inovam com informações mais pertinentes e esclarecedoras ao consumidor. Desta forma, este artigo selecionou o cosmético base como referencial, para o estudo, análise e desenvolvimento de um novo rótulo. Com o objetivo de disponibilizar para as empresas fabricantes de maquiagem uma sugestão de adaptação dos rótulos de base com informações indicativas do produto conforme o tipo de pele.

DESENVOLVIMENTO TEÓRICO Segundo dados ABHIPEC (Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o mercado de beleza e estética teve um crescimento significativo em relação à economia do Brasil, assim como em outros países. Percebe-se que o universo da beleza está em constante evolução e isso reflete no seu crescimento econômico. Estes aspectos por sua vez tornam o mercado agressivo, quando relacionado à alta tecnologia adquirida e ao desenvolvimento de pesquisas que por conseqüência geram aumento da qualidade. ABHIPEC (2009), esclarece que no mercado de maquiagens, a categoria de produtos para o rosto foi a que mais cresceu, com variação de 35,3% em volume e 25,6% em valor. Além de inovações nas embalagens e cores, fixação e durabilidade podem ser características para conquistar a preferência do consumidor. Contudo, apesar deste grande crescimento, vale ressaltar que ainda existe grande carência de informações contidas nas embalagens que facilitem o entendimento acessível ao consumidor. Para tanto, é preciso que o fabricante de maquiagem conheça o cliente, os fatores que o levam a comprar determinado produto. Segundo estudos de Guiliani (2003), as empresas precisam organizar uma série de pistas coordenadas que, coletivamente, atendam ou superem as necessidades e as expectativas dos consumidores. Ressalta-se que os benefícios oferecidos pelo produto devem satisfazer suas necessidades. Neste aspecto, percebe-se a importância do posicionamento da marca que está relacionada diretamente com o conceito do produto, e estes podem ser percebidos pelo consumidor a partir de um layout bem desenvolvido. De acordo com Santaella (2004, p. 198), possuímos o imaginário coletivo, onde estão todas as informações gerais de cada categoria de público. Analisando o imaginário coletivo temos informações para conhecer e entender a percepção que o consumidor possui dos produtos e obter capacidade de desenvolver seu perfil. Outro dado importante a ser analisado, refere-se as vendas diretas, segundo dados da ABVED (Associação Brasileira de Vendas Direta) (2009), as indústrias de cosméticos investem cada vez mais em tecnologia, e algumas apostam nas vendas diretas por meio de catálogos, apoiados pelas informações da internet, considerando

que este meio permite que o cliente localize distribuidores, lojas e quiosques por estado, através dos quais deve ser feito o pedido. Outro fator positivo para as vendas diretas é a informação e o teste do produto. A ABVED, acrescenta ainda que sentir a fragrância dos aromas, a maciez do creme hidratante sobre a pele ou o realce do batom não são possíveis através da tela do computador. Então porque não investir num layout bem desenvolvido para tornar cada vez mais efetivo o poder de vendas dos produtos, assim como um preparo das vendedoras, para viabilizar a credibilidade de compra e venda. Como estudo de caso pode-se citar o produto cosmético base que vem a cada dia evoluindo tecnologicamente nas suas variadas formulações, porém as suas vendas poderiam ter um acréscimo significativo se houvesse maior investimento num layout mais criativo e informativo. No mercado atual os cosméticos, principalmente na área da maquiagem, as bases estão tendo um avanço tecnológico modificando as suas formulações conforme a necessidade de cada pele, gerando assim uma revolução no mercado da maquiagem que transformou-se hoje, num aliado feminino, pois a tecnologia avançada trouxe praticidade que além de embelezar, trata a pele. Cezimbra (2005, p.67), ressalta que as formulações estão cada vez mais perto de se difundirem com o aspecto natural da face, disfarçando imperfeições. Sabe-se que cada pele tem sua naturalidade particular. O mesmo autor escreve que a base protege a pele contra as agressões externas. Disfarça imperfeições, dá aparência de pele perfeita e uniforme, além de preparar o rosto para receber a maquiagem. Como possui várias tonalidades, é fundamental encontrar uma do tom exato, (ou aproximado) da pele. Molinos (2002, p.54), por sua vez diz que a base ajuda a fazer o lastro da maquiagem, além de dar uma tonalidade mais uniforme para a pele. Pois há regiões mais escuras do rosto ao redor dos olhos, boca que ao ganhar luminosidade proporcionam à pele uma aparência bem tratada. Estas mudanças fizeram com que o mercado desenvolvesse vários tipos de base, que viessem a suprir essas necessidades. Desta forma temos hoje a venda no mercado a base líquida hidratante, base líquida oil free, as bases filtro solar tonalizantes, as bases fluidas de água, bases cremosas, pan cake, duo cake, paint stick, bases em spray e air brusch. Entretanto, existe uma lacuna entre o consumidor e as especificações do produto, como encontrado nas bases que devido a sua variedade se torna complicado para a

consumidora no ponto de venda, identificar qual é o produto ideal para a sua necessidade e seu tipo de pele. Segundo Boa Saúde (2009), a busca de novas matérias-primas para o desenvolvimento de formulações cosméticas estão cada vez mais compatíveis e inócuas aos diferentes tipos de pele, bem como o avanço e a perspectiva de novos ativos com finalidades dermocosméticas, têm sido uma constante por parte dos farmacêuticos, químicos, dermatologistas e da indústria de cosméticos, que passaram a pesquisar e desenvolver cosméticos específicos para cada tipo de pele. Vale ressaltar que neste caso um estudo direcionado à indicação de uso da base para cada tipo de pele, faz-se necessário uma análise na classificação das bases nas peles e suas funções, com uma avaliação e relação dos produtos cosméticos bases disponibilizados pelas indústrias nacionais. Classificação dos tipos de pele x base Segundo Resende (2000), a pele tem como função principal proteção do organismo contra as ameaças externas físicas. No contexto de maquiagem observa-se a importância de caracterizar os tipos de pele, visto que o primeiro passo da maquiagem é determinar o tipo de base a ser utilizada, e esta por consequência necessita de informações específicas em seu rótulo para que a consumidora ao comprá-la, consiga identificar o seu tipo. A pele Normal ou Eudérmica, caracteriza-se pelo aspecto liso e aveludado. O equilíbrio das suas secreções lhe transmite aspecto sadio e denota firmeza no toque. É elástica, não apresenta poros dilatados e tem brilho natural. Para este tipo de pele, classifica-se as bases em duo cake, pant stick, e a base líquida hidratante. O duo cake, segundo Gascon (2006), é um produto inovador que combina base cremosa e pó facial numa só fórmula. Com textura cremosa, proporciona cobertura suave e uniforme e, é indicado para peles normais, por ter maior concentração de óleo e maior espalhabilidade. O pant stick é ideal para peles normais e secas e conforme Cezimbra (2005, p. 70), é um corretivo em forma de bastão, mais espesso. Também pode-se usar a base líquida hidratante que possui em sua formulação ativos que atuam mantendo a umidade natural da pele e segundo Molinos (2002),

sua característica é ser mais transparente. Ainda que não dê uma cobertura total, é a que dá o efeito mais natural. A pele Seca ou Alípica, é decorrente da secreção sebácea insuficiente que dá uma sensação de estiramento, desidrata-se com facilidade, é fina, com tendência a descamação. A base indicada é a cremosa, que dá cobertura média, com eficácia nas peles secas e Costa (2006), fala de um acabamento aveludado e uniforme em peles secas e com manchas e que a mesma dispensa o uso do pó. O pant stick é ideal para peles secas e conforme Cezimbra (2005), é um corretivo em forma de bastão, mais espesso, semelhante ao pan cake, e oferece cobertura das imperfeições faciais. A pele Oleosa ou Lipídica, devido ao desequilíbrio das glândulas sebáceas se caracteriza por um aspecto gorduroso. É espessa e elástica, seus poros são dilatados, deixando a superfície áspera, apresentando poucas rugas, mas profundas. A oleosidade se torna bem aparente na zona T (testa, nariz e queixo), principalmente na lateral do nariz. Quando esta oleosidade é excessiva, ela possui um fluxo maior de gordura e por isso é denominada de pele Seborreica. Segundo Cezimbra (2005), o pan cake é uma base compacta, que uniformiza a pele, dando um efeito de base e pó ao mesmo tempo. Este tipo de base, segundo Molinos (2002, p.54), é uma base dissolvida em água, dá cobertura total sendo mais pesada e opaca, agradando mais a peles oleosas. A pele Mista, é o tipo de pele mais comum, oleosa na zona T, ressecamento nas maçãs do rosto e em volta dos olhos, e opacidade nas laterais. A base fluida, é mais consistente que a líquida e segundo Costa (2006, p.32), é ideal para camuflar manchas leves e para quem busca um efeito natural. Destina-se a peles mistas, pois controla o brilho excessivo da pele encontrado na zona T. De acordo com Azevedo (2007), existem patologias que interferem diretamente no procedimento de maquiagem sendo a pele acneica uma delas. O autor classifica este processo como má disfunção patológica inflamatória caracterizada pela presença de comedões, pápulas, micro-cistos e seborréia. Sendo que a base líquida oil free é destinada para este tipo de pele, por ser livre de alguns óleos.

METODOLOGIA Para Minayo (2003), metodologia de pesquisa, é o caminho do pensamento a ser seguido, ocupando um espaço centralizado na teoria e vem a ser uma técnica utilizada num contexto como um todo para construir uma realidade. Resume-se numa função da ciência perante a construção da realidade. A pesquisa qualitativa é uma atividade da ciência que busca a construção da realidade, juntamente com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser quantificado, trabalhando com o universo de crenças, valores, significados das relações que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Godoy (1995), explicita algumas características principais de uma pesquisa qualitativa, o qual embasa este trabalho. Considera o ambiente como fonte direta dos dados e o pesquisar como instrumento chave; possui caráter descritivo; o processo é o foco principal de abordagem e não o resultado ou o produto; a análise dos dados foi realizada de forma intuitiva e indutivamente pelo pesquisador; não requereu o uso de técnicas e métodos estatísticos; e, por fim, teve como preocupação maior a interpretação de fenômenos e a atribuição de resultados (GODOY, 1995, p.58). A autora ainda coloca que a pesquisa qualitativa não busca enumerar nem emprega modelos de dados na análise, mas obtém dados descritivos sobre os processos interativos, procurando compreender os fenômenos. Aponta-se nesta pesquisa objetivos específicos, entretanto seu estudo se classifica como método exploratório, pois envolve pesquisa bibliográfica com a finalidade de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias para a formulação de abordagens posteriores. As pesquisas exploratórias, segundo Gil (1999), visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo, para aumentar o grau da familiaridade com fenômenos relativamente desconhecidos. Conforme Gil (1999), objetivo desta pesquisa visa proporcionar um maior conhecimento para o pesquisador acerca do assunto pouco investigado ou estudado a fim de que possa formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores.

RESULTADOS E DISCUSSÃO A maquiagem deixou de ser usada como artifício da beleza e acessório complementar. Seu aperfeiçoamento e evolução a tornou indispensável no dia a dia dos cuidados da pele, uma vez que a mulher na atualidade busca praticidade e resultados imediatos num produto que lhe traga satisfação, embelezamento, proteção. Partindo deste pressuposto, a indústria cosmética investe a cada dia em inovações que venham de encontro com a expectativa da sua consumidora, que tem a maquiagem base como aliada para melhorar o seu embelezamento e tratamento da sua pele. Hoje existe grande facilidade de a consumidora encontrar a base no mercado, drogarias e lojas especializadas, entretanto, as pessoas responsáveis pela venda nem sempre estão preparadas para indicar o produto correto para cada tipo de pele. Por outro lado os layouts da embalagem não contém indicações esclarecedoras no que diz respeito à classificação dos tipos de pele, trazendo insegurança à consumidora na hora de adquirir o produto, fazendo com que na maioria das vezes ela execute a compra incorreta. Diante disto, o resultado desejado na aquisição do produto, não será o esperado, as consequências pelo erro na escolha, podem acarretar desde alterações fisiológicas até uma alteração na sua aparência visual, trazendo insatisfação, preocupação, custos desnecessários e desconforto em relação a pouca informação e conhecimento. Apesar da tecnologia industrial, a falta de informação nos rótulos da base, deixa o seu uso estagnado, sendo que se houvessem maiores detalhes sobre a classificação do tipo de pele e a sua indicação, aumentaria significativamente o consumo e conseqüentemente as vendas. Percebe-se com isto a importância de inovar o layout do rótulo da base, trazendo informações especificas para o consumidor, onde ele possa identificar e classificar o tipo de pele relacionado ao produto. Esta mudança apesar de pequena fará a grande diferença na hora da aquisição da base proporcionando praticidade, segurança e resultados esperados pela consumidora, sua pele apresentará resultados específicos diante do uso e beneficio

que a classificação proporcionará, acarretando no direcionamento do uso correto da base, trazendo satisfação para a mulher atual. CONSIDERAÇÕES FINAIS Faz-se necessário desta forma que as indústrias se conscientizem da importância do consumidor ter o entendimento das informações contidas nos rótulos das bases e suas classificações segundo o tipo de pele. Devem ser de linguagem clara e acessível ao consumidor. Vale lembrar que grande parte do apelo de venda de um produto advém de todo layout desenvolvido. Frattezi e Pimenta (2006), em suas pesquisas, descrevem que a grande maioria que tem acesso à leitura do rótulo é leiga na compreensão destas informações. Assim, a leitura esclarecedora do rótulo da base, com a classificação de cada tipo de pele, proporcionará a consumidora o acerto na escolha do produto. Peligrini (2000), destaca a partir de Brasil e Ritto, que as indústrias devem passar a enfatizar estruturas e estratégias de desenvolvimento comprometidas com a inovação. Entretanto, é necessário que haja uma abordagem integradora capaz de tecer as interações entre mercado, tecnologia, design e informação. A inclusão da perspectiva da gestão do design no desenvolvimento do rótulo com dados direcionados para a necessidade do consumidor apresenta-se como uma abordagem fundamental para o entendimento na hora da compra da consumidora. As estratégias de um produto, quando bem definidas, podem influenciar a resposta do consumidor, assim, deve-se buscar meios de alterar o rótulo com a opção de satisfazer o desejo do cliente. Estas alterações devem proporcionar a consumidora à leitura do rótulo, com a possibilidade de compreender e analisar o produto para entender a sua função e aplicabilidade de acordo com o seu tipo de pele. Este trabalho teve como objetivo a elaboração de um rótulo onde o seu conteúdo informativo seja mais esclarecedor e contenha a classificação dos tipos de pele para que a consumidora ao adquirir a base, sinta-se segura adquirindo um produto de acordo com o seu tipo de pele.

REFERÊNCIAS ABHIPEC - Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. 2009, disponível em http://www.freedom.inf.br/revista/ HC31/ cosméticos. asp acessado em 03.03.2009 as 21:45 hs. ABEVD. http://www.abevd.org.br/htdocs/index.php. acessado em 03.03.2009 as 22:00 hs. Boa saúde: A verdade Sobre os Cosméticos e suas Ações Sobre a Pele www.boasaude.uol.com.br//lib//emailorprint.cfm?id=3723&type=lib. acessado em 15.03.2009 as 15:00 hs. AZEVEDO, E. Trofoterapia e nutraceutica: dietas e orientações nutricionais com bases na medicina tradicional e complementar. Blumenau, SC. Nova Letra, 2007. CEZIMBRA, M. Maquiagem: técnicas básicas, serviços profissionais e mercado de trabalho. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2005. COSTA, M. Eu amo Maquilagem. São Paulo: Jaboticaba, 2006. GASCON,M.Tudo de maquiagem. www.tudodemaquiagem.com.br/2006/02/panckee-duocakequal-diferenna.html. acessado em 03.04.2009, as 18:20hs. GIULIANI, A. C. Gestão de Marketing no Varejo. São Paulo: O.L.M. 2003. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: O.L.M. 2003. GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de Administração de Empresas. São Paulo: v.35, n.2, pg. 57-63, abril 1995. KOTLER, P. Administração de Marketing. 10ª. ed. São Paulo: Prentice-Hall. 2000. MARTINS, L. Maquiagem inteligente. Base, rímel e batom: eles ajudam não só a embelezar, mas tratam a pele. Bolsa de mulher. 04.08.2008. Acessado em 05.03.2008, as 13:17hs. MINAYO. M. C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22ª. Rio de Janeiro: Vozes. 2003. PELEGRINI, A. V. O Processo de modularização em embalagens orientado para a customização em massa: uma contribuição para a gestão do design. Curitiba: 2005. PERRY, R. Sempre jovem! Técnicas simples e eficientes para o rejuvenescimento facial e do corpo. Ática. 2007. São Paulo, SP.

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