NASCAR Xfinity Series

Documentos relacionados
Estudo de Caso: Futebol Brasileiro no Facebook. Aha, uhu, o Maraca é nosso!

MÓDULO 2 Topologias de Redes

Manual de Utilização. Ao acessar o endereço chegaremos a seguinte página de entrada: Tela de Abertura do Sistema

Esportes de Interação com a Natureza

INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA OS TIMES E TENISTAS!

DRIVER PROFILE SérgioJimenez

Técnicas de Contagem I II III IV V VI

Acionamento de Motores: PWM e Ponte H

M =C J, fórmula do montante

Preposição e Conjunção. Língua Portuguesa 2ª Série Profª Marianna Aguiar

NavegadorContábil. Sim. Não. Sim. Não. Número de agosto de Contabilização de operações de duplicata descontada e vendor

BEM VINDOS ALUNOS DA GRADUAÇÃ ÇÃO. GESTÃO INTEGRADA PESSOAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃ ÇÃO O QUE O MUNDO TEM A VER COM MARKETING?

Como todo bom programa de trainee, o jovem tem de passar por todas as áreas da empresa para se tornar conhecedor de todo o processo.

Primeira Infância Completa

Prospecção Inteligente

Treinamento sobre Progress Report.

DISTRIBUIÇÕES ESPECIAIS DE PROBABILIDADE DISCRETAS

- A mecânica é a parte da Física que estuda os movimentos; - Estuda o movimento dos corpos sem abordar as causas desse movimento. RESPONDA!

ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA Aula 25/08

CATEGORIA 2 INICIATIVAS DE INOVAÇÃO

Estudo de caso Texas Motor Speedway Fortalecendo a marca

Autoria: Fernanda Maria Villela Reis Orientadora: Tereza G. Kirner Coordenador do Projeto: Claudio Kirner. Projeto AIPRA (Processo CNPq /2010-2)

BALANÇO PATRIMONIAL AMBIENTAL - EXERCÍCIO COMENTADO Prof Alan

Título do Case: O impacto do layout na agilidade dos processos

GEOMETRIA. sólidos geométricos, regiões planas e contornos PRISMAS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS REGIÕES PLANAS CONTORNOS

Os 7 Melhores Modelos de COACHING em GRUPO

QUESTIONAMENTO ACERCA DO EDITAL DO PREGÃO ELETRÔNICO AA Nº 03/ BNDES

Adriana da Silva Santi Coord. Pedagógica de Matemática SMED - Abril/2015

PLURI Especial Porque estádios tão vazios? Parte 5

Top Copywriting Para Vendas

Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios

Redação Publicitária reflexões sobre teoria e prática 1

REGULAMENTO DO SOLETRANDO FACAPE


COPA BRASIL DE KART INDOOR 2013

Todas as crianças, tenham ou não deficiências, têm direito a educação. enhuma criança deve ser considerada ineducável.

Maratona Universitária da Eficiência Energética fez parte da programação da Le Mans 6 Horas de São Paulo

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Contratar um plano de saúde é uma decisão que vai além da pesquisa de preços. Antes de

FACULDADE DE ARARAQUARA IESP Instituto Educacional do Estado de São Paulo Rua Miguel Cortez, 50, Vila Suconasa, Araraquara/SP Tel:

A experiência também oferece 20 dias de férias quando os voluntários ficam livres para explorar a Europa.

PEQUENAS EMPRESAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS TENDÊNCIAS E PRÁTICAS ADOTADAS PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS

QUERES VENDER PELA INTERNET?

Plano de Ação Onde quero estar daqui a um ano?

Sistemas Distribuídos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA. PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CEDUC: CENTRO EDUCACIONAL.

Ondas EM no Espaço Livre (Vácuo)

O ESTILO DE VIDA E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DOS FUNCIONÁRIOS DA REITORIA / UFAL PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL

EGEA ESAPL - IPVC. Resolução de Problemas de Programação Linear, com recurso ao Excel

Diretoria Regional do SENAI-SP e Superintendência do SESI-SP Edição nº 11-1º de fevereiro de Foto: Everton Amaro. HISTÓRIA Soprando velas

SLOTS NA PORTELA Rui Rodrigues Site Público

Comportamento ético do Contador - Conciliando Interesses, Administrando pessoas, informações e recursos.

SISTEMAS DISTRIBUÍDOS

VAMOS FALAR SOBRE HEPATITE

Koinonia, descobrindo a alegria de pertencer.

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO

Tomar nota das medidas abaixo utilizando régua ou a fita métrica:

Parabéns por você ter chegado até aqui isso mostra o seu real interesse em aprender como se ganhar dinheiro na internet logo abaixo te darei algumas

André Urani

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO. Saiba quais os benefícios da amamentação para o seu bebê!

diferenciar mobilizar inspirar team

5.4 Evolução pós-sp: estrelas pequena massa

REGRAS DAS PROVAS RELÂMPAGO

Entrevista com o Prof. Luiz Carlos Crozera, autor da Hipnose Condicionativa.

1 - POLÍGONOS REGULARES E CIRCUNFERÊNCIAS

Módulo de Princípios Básicos de Contagem. Segundo ano

Sistema De Gerenciamento Web UFFS

Indíce. Indice ) Identificar a sua persona (Cliente ideal)...erro! Indicador não definido. Exemplo... 4

PLANO COMERCIAL TERCEIRA TEMPORADA MARKETING

O círculo VIRTUOSO dos clubes de futebol

Tópicos Avançados em Banco de Dados Dependências sobre regime e controle de objetos em Banco de Dados. Prof. Hugo Souza

Registro de Retenções Tributárias e Pagamentos

Manual Geral de Aplicação Universal Entrada 2008

REGULAMENTO INTERNO DO NEMP PROGRAMA DE MILHAGEM

10 maneiras para melhorar o sinal de wifi em sua casa

Mecken Golden Corporation 1439 S Ocean Blvd, FL Phone:

CURSO BÁSICO DE CRIAÇÃO DE SITES MÓDULO 2 AULA 6

1.1- Vamos começar com a planta baixa, na escala 1:20. Obs: passe a planta, com as medidas indicadas em uma folha separada, na escala 1:20.

01/09/2009. Entrevista do Presidente da República

Unidade 1: O Computador

Engenharia de Software II

Estudo aponta influência do código de barras e da tecnologia na decisão de compra do consumidor e na estratégia do varejo

PROF.: PAULO GOMES MATÉRIA: STR1 MOURA LACERDA

(12)

Prova de Fundamentos de Bancos de Dados 2003/2 Prova 1

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

O JOVEM COMERCIÁRIO: TRABALHO E ESTUDO

Educação Financeira no Brasil - abertura

Política de uso. AR SSL Corporativa. DAGSer Diretoria Adjunta de Gestão de Serviços. Versão 1.0

EVENTOS NACIONAIS: Equipamentos: Eventos onde as regras serão observadas: Responsabilidade: Patch: PATCH COSTURADO Patch COSTURADO costura

Dicas incríveis para vender mais... muito mais

CAMPEONATO DE PILOTOS 1. Poderão participar deste campeonato um máximo de 150 pilotos que serão divididos em até 5 baterias de 30 pilotos cada.

PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

Não foi fácil passar do sonho à concretização, após muitos anos de ausência, de um troféu monomarca para jovens pilotos nos Ralis em Portugal.

A importância dos Indicadores de Atividade dentro da Empresa

UM JOGO BINOMIAL 1. INTRODUÇÃO

Deutsch für die Schule. Aprender alemão no ano antes da entrada no jardim de infância. Informações para pais

Transcrição:

NASCAR Xfinity Series Você conhece a NASCAR Xfinity Series? Sabia que ela existe desde a década de 50? A Xfinity pode ser considerada uma categoria treino? Por que tantos pilotos da Sprint Cup correm na Xfinity? E por que ela tem sido tão pouco visada pelo público, inclusive menos até que a Truck Series? Vamos conhecer a 2ª categoria de maior importância dentro da NASCAR, no geral, e conhecer também algumas curiosidades sobre ela. Vamos lá?! O que é a NASCAR Xfinity Series? A NASCAR Xfinity Series é uma das 11 categorias da NASCAR pelo mundo, sendo uma das 8 categorias da NASCAR nos Estados Unidos. É uma categoria de âmbito nacional, sendo a 2ª de maior importância dentro da entidade NASCAR. Lendo basicamente sobre a história da Sprint Cup e da Xfinity, aparentemente não se vê muita diferença. As duas são nacionais, tem um enorme calendário no ano, inclusive recebendo a maioria das corridas nos mesmos fins de semana e possuem uma disputa de título com formatos parecidos. Contudo, não pratica, não é bem assim. Há grandes diferenças e que veremos mais à frente. Sua criação ocorreu no ano de 1982, porém, o seu histórico se inicia em 1950. Era semiamadora. Década de 50 até a 80. Em 1950, além da Grand National (atual NASCAR Sprint Cup Series), foi criada uma outra categoria considerada semiamadora chamada de NASCAR s Sportsman Divison Champion. Além da Grand National e da Sportsman Division, na década de 50 existiam outras duas categorias semiamadoras. A Modified Division, nascida em 1948 e a Roadster (ou Convertible Division) criada em 1956. Para saber mais sobre estas duas categorias, recomendo o post sobre a NASCAR Whelen Modified Tour, visto que as duas possuem os seus históricos ligados a Modified. Voltando a Sportsman Division, ela era disputada com carros Stock Cars, igual a Grand National, porém em circuitos pequenos. Os carros tinham várias modificações para as corridas e eram bem limitados, além de lembrarem bastante os carros da Modified

Division na época. Além disso, haviam poucas provas. Alguns pilotos conhecidos daquela época eram Mike Klapak, Ned Jarrett, Ralph Earnhardt, Don MacTavish, Rene Charland e Pete Hamilton. O 1º campeonato foi vencido por Mike Klapak em 1950 Carro de Mike Klapak em 1951, na qual, também foi o campeão naquela temporada (fonte: Denny Hudock) Em 1959, com a inauguração do Daytona International Speedway, a NASCAR s Sportsman Divison Champion passou a receber uma prova especial na pista, assim como a Daytona 500 na Grand National. Esta prova era a Modified Sportsman Race e tinha 300 milhas de distância (prova de 300 milhas esta que dura até os dias de hoje na Xfinity e abre o campeonato da mesma). Em 1968 a categoria deu uma alavancada e também mudou de nome, passando a se chamar Late Model Sportsman Division Champion, nome este que durou até o ano de 1981. Nesta época a categoria passou a receber provas em circuitos maiores e, continuava a ter, como evento principal, a prova em Daytona de 300 milhas, agora, com o nome de Permatex 300 (entre 1966 e 1977) e Sportsman 300 (de 1978 até 1981). Um acidente terrível Em 1969, pela Permatex 300, o piloto Don MacTavish, destaque nas décadas de 50 e 60 sofreu um dos acidentes mais terríveis da história da NASCAR. O seu carro, o de número #5 simplesmente partiu no meio após bater em um guard rail no muro externo de Daytona e ele ficou exposto a pista na contramão e com o piloto preso ao cinto. Em seguida, Sam Sommers, no carro #27, o atropela em cheio matando MacTavish na hora.

Sei que haverá curiosos, então logo abaixo segue o link com o vídeo com o acidente, porém, já deixo claro que a cena da pancada é bem forte. https://youtu.be/atwuffixikm O que sobrou do carro #5 de MacTavish (fonte: Pinterest) Apesar do acidente fatal, MacTavish foi um dos grandes destaques da categoria em sua época (fonte: Reprodução/Internet)

A fase da Late Model Sportsman Division Champion teve como pilotos de destaque, além do próprio MacTavish, Jack Ingram, Morgan Shepherd, Butch Lindey, Red Farmer e L.D. Ottinger. Morgan Shepherd um dos campeões da era semiamadora da Xfinity e o piloto mais velho da história da NASCAR e ainda em atividade com 74 anos (fonte: John Harreison/Getty Images) A profissionalização da categoria. Década de 80 até hoje Em 1982, a NASCAR decide profissionalizar a categoria, a tornando uma ponte bem mais acessível para a os pilotos dela irem para a Sprint Cup (Winston Cup na época). Para começar, ela altera o nome da categoria, que agora passa a receber um patrocinador, a marca de cerveja Budweiser. A categoria passa a se chamar Budweiser Late Model Sportsman Series. Nome este que durou apenas 2 anos. Outro destaque a ser dito, pilotos da Winston Cup passam a disputar com muita frequência as corridas da Late Model Sportsman, inclusive, disputando o título da mesma paralelamente. Dale Earnhardt, Geoffrey Bodine, Phil Parsons são alguns exemplos que faziam provas paralelamente junto a Winston Cup. Algumas pistas também começaram a se destacar como parte da categoria como Hickory, South Boston, Richmond e a própria Daytona. A 1ª corrida oficial da categoria, agora reconhecida, foi em Daytona e o vencedor foi o The Intimidator Dale Earnhardt. Já o 1º campeão da categoria foi Jack Ingram, que já havia vencido 4 títulos quando a categoria ainda não era reconhecida.

Em 1984 o nome da categoria é alterado. Sai a Budweiser e entra a Busch, passando a categoria a se chamar NASCAR Busch Grand National Series. Este nome durou até 1994. Logo utilizado de 1984 até 1987 Logo utilizado entre 1988 e 1989 Logo utilizado de 1990 até 1994

Nesta época começaram a aparecer bons pilotos como Rob Moroso, Tommy Ellis, Bobby Labonte, Joe Nemechek e Jimmy Spencer (que também fez muito sucesso na Whelen Modified Tour). Uma pista que fez bastante sucesso naquela época foi a pista de Nazareth. Além dela, a lendária Milwaukee Mile passa a ser outro destaque da categoria. Nazareth, um clássico do automobilismo estadunidense (fonte: TMC) Em 1995 houve um incremento no nome. O patrocinador continuou o mesmo, porém, o nome da categoria passa a ser Busch Series Grand National Division Championship. Nome este que durou até 2003. Logo utilizado de 1995 até 2003

Esta foi a época de ouro da Busch Series. Grandes pilotos mostravam o seu talento e eram rapidamente promovidos para a Winston Cup. Randy LaJoie, Dale Earnhardt Jr. Kevin Harvick, Jeff Green, Elliott Sadler, Steve Park, Greg Biffle e Ryan Newman são apenas alguns exemplos. IMPORTANTE: Apesar deixando claro que, mesmo com o nome division (divisão) no nome da categoria, em nada ela teve (ou tem) de divisão, mas sim, sempre em importância, o que é bem diferente. Uma divisão te promove se você é o campeão ou um dos melhores, independentemente de qualquer coisa. Já uma importância, pode te promover, mas, ela não tem esta obrigação. Logo, este nome division foi apenas simbólico. E isto vale para as outras categorias da NASCAR até os dias de hoje, com exceção da NASCAR Whelen Euro Series que, ai sim, possui 2 divisões Elite 1 e Elite 2. Em 2004 outra alteração. A Busch continuava patrocinando, porém, o nome passou a ser Busch Series Championship. Durou até 2007 e foram os últimos anos da Busch patrocinando uma categoria da NASCAR. Logo utilizado entre 2004 e 2007 Nesta época, pilotos como Martin Truex Jr., Carl Edwards, Clint Bowyer e Reed Sorenson eram os grandes destaques. Além disso uma etapa internacional entrou no calendário nesta época. A corrida no circuito misto de Hermanos Rodriguez no México. A partir de 2008 entra a Nationwide, uma empresa no ramo de seguros. Com isso a categoria passa a se chamar NASCAR Nationwide Series. Parceria esta que durou até 2014.

Logo utilizado de 2008 até 2014 Brad Keselowski, Joey Logano, Ricky Stenhouse Jr., Brian Scott, Regan Smith, Austin Dillon, Danica Patrick, Justin Allgaier e Chase Elliott foram os grandes destaques da época. Nesta época entram duas pistas que passam a ser marca da categoria, Iowa e Road America. Além da categoria se destacar por outra corrida internacional, a etapa de Montreal no Canadá, que durou até 2012. E em 2015, sai a Nationwide e entra a empresa de tecnologia Xfinity, mudando o nome da categoria para NASCAR Xfinity Series. Logo utilizado até os dias de hoje Chris Buescher, foi o campeão da 1ª edição como Xfinity e foi o grande destaque, principalmente pelo equilibrio durante a temporada. Além dele, Ty Dillon, os já destaques Chase Elliott, Regan Smith e Brian Scott, Daniel Suarez, Darrell Wallace Jr. e Ryan Blaney foram os grandes destaques.

A unica pista nova que entrou no calendário com a patrocinadora Xfinity foi o oval triangular de Pocono em 2016. O maior vencedor de corridas da Xfinity Se Jeff Gordon, Richard Petty, Dale Earnhardt foram os grandes destaques da NASCAR Sprint Cup Series entre 1993 e 2015, na questão vitórias, pela Xfinity Series, o grande destaque, desde 2003 até hoje, é Kyle Busch. Mesmo com apenas 1 título (em 2009), o Rowdy ou Buschinho praticamente domina todas as provas que faz por lá. Já venceu na categoria 80 vezes, sendo o maior vencedor de corridas da Xfinity. Reverência ao público, marca registradas nas comemorações de Kyle Busch. Também conhecido como Kyle Busch Show (fonte: Reprodução/Internet) Agora há uma possível discussão. Maior campeão da Xfinity Como categoria profissional, são 8 os maiores campeões da Xfinity com 2 títulos cada. São eles: Jack Ingram (1982 e 1985); Sam Ard (1983 e 1984); Larry Pearson (1986 e 1987); Randy LaJoie (1996 e 1997); Dale Earnhardt Jr. (1998 e 1999); Kevin Harvick (2001 e 2006);

Martin Truex Jr. (2004 e 2005); Ricky Stenhouse Jr (2011 e 2012). Quando a categoria era semiamadora, o maior vencedor foi Rene Charland com 4 títulos (1962, 1963, 1964 e 1965). Entretanto, se somarmos as duas eras, a semiamadora e a atual, o maior vencedor foi Jack Ingram que conquistou 3 títulos na era semiamadora (1972, 1973 e 1974) e 2 na era profissional (1983 e 1985), totalizando 5 títulos. Deixo a discussão com vocês. Como são os carros da Xfinity? Atualmente os carros utilizados pela NASCAR Xfinity Series são os chamados Car of Tomorrow (Carro do Amanhã), porém, da geração 5, uma geração anterior aos carros da Sprint Cup. Pesam 1.5 toneladas e possuem de 650 a 700hp de potência com motores V8, além de possuírem 4 transmissões para troca de marchas. O chassi dos carros possui as medidas de 1.29m de altura por 5m de comprimento por 1.90m de largura. O combustível utilizado é o da Sunoco e os pneus são os da Goodyear. Pistas como Daytona e Talladega se faz obrigatório o uso de placas restritoras, o que diminui a potência dos motores nestes circuitos em até 400hp 4 são as montadoras que fornecem os chassis para a Xfinity Series: Chevrolet: com o Chevrolet Camaro; Ford: Com o Ford Mustang; Toyota: Com o Toyota Camry; Dodge: Com o Dodge Challenger (muito pouco utilizado).

Carro da gerãção 5 da Xfinity. Este #7 pertence a Justin Allgaier em 2016 (fonte: Motorsports) Como é disputada a Xfinity Series? O campeonato é disputado por até 40 pilotos, igual na Sprint Cup. Existem os pilotos que disputam a Xfinity de forma: Full time: disputam todas as provas oficialmente valendo título; Part time: disputam parcialmente ou a maioria das provas, porém, podem (ou não) pontuar e/ou disputar o título; Convidados: pilotos que disputam poucas provas ou apenas 1. As provas ocorrem em pistas pavimentadas ou de concreto. São 33 corridas no campeonato, distribuídas por 24 circuitos diferentes. Atualmente são 30 corridas em ovais e 3 corridas em mistos. As pistas de Daytona, Phoenix, Texas, Bristol, Richmond, Dover, Charlotte, Iowa e Kentucky recebem 2 provas por temporada. As demais pistas recebem apenas 1 e são elas: Atlanta, Las Vegas, Fontana, Talladega, Pocono, Michigan, New Hampshire, Indianapolis, Watkins Glen, Mid-Ohio, Road America, Darlington, Chicagoland, Kansas e Homestead Miami. Em 2016 foi implantado o Chase para a disputa do título. Não muito diferente do da Sprint Cup, o Chase da Xfinity só se difere na quantidade de pilotos que disputarão o título (12 ao invés de 16) e, ao invés de serem nas 10 ultimas etapas, como na Sprint Cup, serão nas 7 ultimas provas da temporada. Boa parte das provas da Xfinity possuem média de 250 a 300 milhas de extensão (402 a 482km respectivamente) e média de 01h40min a 2 horas de corrida. A maioria das

provas são nomeadas por milhagens, exceto as duas provas de Bristol que são medidas por número de voltas (300 voltas cada uma). Em distância, a 1ª prova de Bristol é a mais curta na temporada da Xfinity, possuindo 107 milhas (172km). Isto porquê, ela, atualmente, possui o Dash4Cash (que será explicado daqui a pouco). A prova mais longa (ou melhor as provas mais longas) da Xfinity Series são todas as provas de 300 milhas. A pontuação utilizada na Xfinity é a mesma que na Sprint Cup. Ou seja, o vencedor leva 44 pontos (40 pontos pelo 1º lugar, mais 1 ponto por liderar uma volta e outros 3 pontos pela vitória), o 2º 39, o 3º 38 o 4º 37 e assim por diante. Lembrando que o vencedor leva, além dos 40 pontos, mais 3 pontos pela vitória e se ele liderar o maior número de voltas ganha mais um 1 ponto, independente da posição que ele chegar. Logo, o vencedor, se liderar o maior número de voltas, pode ganhar até 45 pontos em uma corrida. Pilotos que disputam a Sprint Cup ou a Truck Series não pontuam na Xfinity Series, independentemente da posição que chegarem. Já pilotos de categorias regionais e/ou internacionais pontuam normalmente quando correm na Xfinity. Overtime Line Nos finais das corridas da Xfinity Series, pode (ou não) ocorrer o Overtime Line. Tratase de uma linha, normalmente desenhada na reta oposta, que serve para determinar se, em caso de um incidente na penúltima volta, haverá ou não uma nova relargada. Funciona assim: Faltando 2 voltas para o final, caso todos os pilotos cruzem esta linha e haja algum incidente, a prova não terá a prorrogação (conhecida como Green White Checkered ou GWC) e todos farão a última volta sob bandeira amarela, recebendo, consequentemente a quadriculada ao final. Caso o contrário haverão quantas prorrogações forem necessárias. Eventos especiais? A NASCAR Xfinity Series não possui provas ou eventos especiais. O que pode chegar mais próximo de uma prova especial, são as 2 corridas de Iowa que são bem acompanhadas pelo público. Entretanto, existe uma disputa chamada de Dash4Cash. Se trata de uma disputa entre os 4 melhores pilotos integrais na tabela de classificação da categoria, onde, quem chegar na frente, seja vencendo ou na frente dos outros 3, levará um prêmio de U$100,000 e, caso vença 2 vezes o Dash4Cash, porém, sem vencer a corrida e ainda não esteja classificado para o Chase, também ganha a vaga. Ela ocorre apenas em 4 etapas da temporada. As provas são previamente escolhidas antes mesmo da temporada começar.

Em 2016 as corridas que terão o Dash4Cash serão: A 1ª prova de Bristol; A 1ª prova de Richmond; A 1ª prova de Dover; A prova de Indianapolis. Quem transmite a NASCAR Xfinity Series? Atualmente a transmissão da NASCAR Xfinity Series está por conta das emissoras FOX, FOX Sports, NBC e NBCSN, sendo divididas da seguinte forma: Da 1ª até a 14ª etapas as responsáveis são FOX e FOX Sports; Da 15ª até a 33ª etapas as responsáveis são NBC e NBCSN. OBS: Lembrando que essas são as emissoras oficiais nos Estados Unidos. As mesmas são responsáveis por distribuir aos demais países interessados para que os mesmos transmitam em suas respectivas emissoras. A Xfinity pode ser considerada uma categoria treino? Sim, ela pode e ela é. A grande maioria dos pilotos que sobem e/ou estão na Xfinity Series visam chegar a Sprint Cup. A categoria pode ser considerada um treino pois, além da disputa do título entre os pilotos que a correm integralmente e oficialmente, os pilotos da Sprint Cup participam da maioria das corridas, o que ajuda no desenvolvimento dos novatos e dos que querem ir para a Sprint Cup. Além de, os pilotos da Sprint Cup utilizarem as provas da Xfinity para encontrarem acertos ainda melhores para a corrida que farão na Sprint Cup no dia seguinte, já que, a grande maioria das provas da Xfinity são nas mesmas pistas e no mesmo fim de semana da Sprint Cup. Lembrando que quando a Xfinity e a Sprint Cup fazem os seus eventos no mesmo circuito, as provas da Xfinity Series ocorrem 1 dia antes das provas da Sprint Cup. Tudo bem que boa parte das vitórias acabam ficando com os pilotos da Sprint Cup, mas, a ajuda que eles dão aos novos acaba sendo relativamente boa. É como um mestre treinando o seu discípulo. Um dia ele vai se tornar um mestre igual a ele, se assim ele o quiser. Porém, também existem os pilotos que fazem carreira na Xfinity. Elliott Sadler (que já fez algumas temporadas na Sprint Cup), Brendan Gaughan e J.J Yeley são os de maior destaque e que fazem carreira na categoria. Outros pilotos do meio para o fundo do grid como Mike Harmon, Derrike Cope (aquele mesmo da Daytona 500 de 1990), Dakoda Armstrong, Eric McClure e David Starr são outros exemplos de pilotos que fazem carreira na categoria.

Por que a Xfinity é tão pouco popular junto ao público, até menos que a Truck Series? É de certo modo complicado falar sobre isso, mas, acredito eu, que existam alguns fatores que acabem contribuindo para esta visão. Vamos a eles: 1º Bem e mal lado a lado: Os pilotos da Sprint Cup trazem um algo a mais para a Xfinity? Sim, sem dúvida. Porém, isso pode ser uma faca de 2 gumes. Ao mesmo tempo em que eles buscam um melhor acerto para as suas provas na Sprint Cup e contribuem para o desenvolvimento das futuras estrelas, isso acaba limitando a atuação destes mesmos bons pilotos que disputam a Xfinity integralmente, pois, além da vasta experiência dos pilotos da Sprint Cup, não há quase chances de os da Xfinity vencerem. 2º Eventos especiais?: Está é uma interrogativa, pois, talvez não seja tão relevante assim. Entretanto, talvez, a falta de uma ou mais corridas especiais entre os pilotos da Xfinity (ao estilo All-Star Race em Charlotte, pela Sprint Cup, ou mesmo, a prova de Eldora na Truck Series) que incentivem uma disputa entre eles e que atraia melhor o público, possa ser um dos fatores que estejam faltando. Como já dito, as duas provas de Iowa na Xfinity são as que mais se aproximam de uma prova especial, mas, elas não o são. 3º O próprio público: A Xfinity é uma Series nacional com carros do tipo Stock Car, porém, em comparação a Sprint Cup, obviamente não chega nem perto. Logo, acaba não atraindo tanto o público que prefere pagar para ver a categoria top. 4º A mídia: Este já é um pouco mais complicado, mas, vamos lá. A Truck Series é exclusividade da FOX Sports nos Estados Unidos. O marketing feito por ela na categoria é muito grande, há uma prova especial e que atraí um enorme público e nem sempre os pilotos da Sprint ou da Xfinity correm na Truck o que deixa os novos talentos, mais livres para aprenderem e até mesmo errarem enquanto podem. Por esse motivo ela é bem visada e a mídia trabalha bem em cima disso na Truck. Na Xfinity, infelizmente, não percebi tanto este marketing sobre a categoria. Apenas que ela é uma categoria ponte para a Sprint Cup. Você até cria boas expectativas com um piloto que vai ter condições de entrar e disputar a Sprint Cup no futuro, mas só isso. Porém, é possível que este certame mude, principalmente com a entrada do Chase em 2016 e do formato do Dash4Cash, além de, os pilotos da Sprint Cup que são convidados para comentar as provas da categoria (o que já acontecia com outras emissoras, porém, está se intensificando). O público está começando a voltar a se interessar mais pela Xfinity, porém, ainda é algo que tende a crescer cada vez mais com o tempo. Campeões da NASCAR Xfinity Series Segue a lista de todos os campeões da NASCAR Xfinity Series até o momento Campeões da NASCAR Xfinity Series

Budweiser Late Model Sportsman Series Champions Ano Piloto 1982 Jack Ingram 1983 Sam Ard Busch Grand National Series Champions 1984 Sam Ard 1985 Jack Ingram 1986 Larry Pearson 1987 Larry Pearson 1988 Tommy Ellis 1989 Rob Moroso 1990 Chuck Bown 1991 Bobby Labonte 1992 Joe Nemechek 1993 Steve Grissom 1994 David Green Busch Series Grand National Division Champions 1995 Johnny Benson 1996 Randy LaJoie 1997 Randy LaJoie 1998 Dale Earnhardt Jr. 1999 Dale Earnhardt Jr. 2000 Jeff Green 2001 Kevin Harvick 2002 Greg Biffle 2003 Brian Vickers Busch Series Champion 2004 Martin Truex Jr. 2005 Martin Truex Jr. 2006 Kevin Harvick 2007 Carl Edwards

NASCAR Nationwide Series 2008 Cliny Bowyer 2009 Kyle Busch 2010 Brad Keselowski 2011 Ricky Stenhouse Jr. 2012 Ricky Stenhouse Jr. 2013 Austin Dillon 2014 Chase Elliott NASCAR Xfinity Series 2015 Chris Buescher Quando não era reconhecida profissionalmente NASCAR s Sportsman Division Champions 1950 Mike Klapak 1951 Mike Klapak 1952 Mike Klapak 1953 Johnny Roberts 1954 Danny Graves 1955 Billy Myers 1956 Ralph Earnhardt 1957 Ned Jarrett 1958 Ned Jarrett 1959 Rick Henderson 1960 Bill Wimble 1961 Dick Nephew 1962 Rene Charland 1963 Rene Charland 1964 Rene Charland 1965 Rene Charland 1966 Don MacTavish 1967 Pete Hamilton Late Model Sportsman Division Champion 1968 Joe Thurman 1969 Red Farmer

1970 Red Farmer 1971 Red Farmer 1972 Jack Ingram 1973 Jack Ingram 1974 Jack Ingram 1975 L.D. Ottinger 1976 L.D. Ottinger 1977 Butch Lindley 1978 Butch Lindley 1979 Gene Glover 1980 Morgan Shepherd 1981 Tommy Ellis Conclusão A NASCAR Xfinity Series é uma ótima categoria, traz boas corridas e traz ótimas brigas, tanto dentro quanto fora da pista. Tem os seus problemas e talvez a falta de um incentivo a mais seja o necessário para a categoria ser mais valorizada tanto quanto a Truck Series é. Contudo, isto está melhorando e, mesmo com alguns problemas ainda, é uma categoria que não se pode deixar de acompanhar. O seu futuro herói está nela e quando ele chegar a Sprint Cup e se tornar uma das estrelas saiba que a Xfinity foi uma das responsáveis pelo seu molde.