A REDAÇÃO OFICIAL NO CONTEXTO PROFISSIONAL DO SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE

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Transcrição:

Secretariado Executivo Bilíngüe/ Office administration 159 A REDAÇÃO OFICIAL NO CONTEXTO PROFISSIONAL DO SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE C A M P O S F ER R EIR A ; N. V.; G U IM A R Ã ES; K. C. 1 P rof. M Sc. C urs o de Secretariado Executivo Bilíngue, F A Z U - F aculdades A s s ociadas de U b erab a, A v. do T utunas, 7 20 C EP 3 8 0 6 1-50 0, U b erab a M G, e-m ail: nilcevieira@ h otm ail.com 2 Secretá ria Executiva Bilíngüe. G raduada p ela F A Z U. K ak acap uz o@ h otm ail.com RESUM O: Es te trab alh o dis corre s ob re p rincíp ios teó rico-m etodoló gicos q ue devem orientar a redaç ã o oficial. T em com o ob jetivo geral, a com p reens ã o e a es p ecificaç ã o das caracterís ticas es s enciais à redaç ã o oficial no contexto do C urs o de Secretariado Executivo Bilíngüe. O referencial é a aná lis e do p erfil do s ecretá rio executivo, a cons tataç ã o do us o e do conh ecim ento dos p adrõ es definidos p ela norm a culta entre os acadê m icos do s ecretariado e o conh ecim ento na p rá tica da elab oraç ã o de corres p ondê ncia oficial, enq uanto form a de corres p ondê ncia concreta. N o p roces s o m etodoló gico adota-s e as p es q uis as b ib liográ fica e exp lorató ria, ap oiadas p ela p es q uis a docum ental. C onfere as teorias defendidas p elo M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica, p or M edeiros e Beltrã o com o contexto p rofis s ional. M os tra q ue em b ora grande p arte dos acadê m icos nã o atue ou nã o q ueiram atuar no s etor p ú b lico, p or fatores com o rem uneraç ã o, nú m ero de op ortunidades de cres cim ento, reconh ecim ento, o conh ecim ento e o dom ínio da redaç ã o oficial é de s um a im p ortâ ncia p ara o p rofis s ional do C urs o de Secretariado Executivo Bilíngüe, um a vez q ue tal tip o de com unicaç ã o exige m aior conh ecim ento da língua p ortugues a e de as p ectos com o correç ã o, clarez a, concis ã o e outros. A s variaç õ es lingüís ticas ob s ervadas, p oré m, nã o s ã o m ais com p licadas ou difíceis de s erem em p regadas e as norm as s ugeridas p or m anuais, livros ou m es m o nes te es tudo b us cam ap roxim ar o indivíduo de um a m elh or com p reens ã o da redaç ã o oficial e dos term os em p regados, de m odo a es tab elecer m elh ores relaç õ es p rofis s ionais. PALAVRAS-CH AVE: R edaç ã o O ficial, T é cnica, F orm a e Es trutura. W RITING IN TH E OFFICE ADM INISTRATION ASSISTANT CONTEXT ABSTRACT: T h is w ork dis cours es ab out th eorical-m eth odological p rincip les th at m us t guide th e official com p os ition. It h as as a general ob jective, a com p reh ens ion and s p ecification in th e context of th e O ffice A dm inis tration C ours e. It p os s es s es as a referential th e analy s is of th e m odern executive s ecretary p rofile, es tab lis h ing th e us e and k now ledge of th e defined p atterns b y th e s tandard am ong th e O ffice A dm inis tration s tudents and th e k now ledge in th e p ractice of th e elab oration of official corres p ondence. A ll th at, s earch ing for concep ts th at ground th e linguis tic concep tion and com m on top ics as form s of concrete corres p ondences, integrated and in p erm anent cons truction. A t th e m eth odological p roces s it adop ted b ib liograp h ical and exp loitab le res earch es, s up p orted in th e docum ental res earch. It faced th eories defended th eories b y th e m anual of com p os ition of R ep ub lic P res idency, b y M edeiros and Beltrã o w ith th e context of th e Bilingual Executive Secretary. C ons idering th e ob jective th at guided th is w ork, it w as detected th at, alth ough great p art of th e academ ics does not actuate or does not w ant to in th e p ub lic s ector, b y factors lik e: rem uneration, num b er and th e control of th e p rofes s ional of th e O ffice A dm inis tration C ours e, once s uch a k ind of com m unication dem ands a b igger level of k now ledge ab out th e P ortugues e language and oth er as p ects indis p ens ab le ch aracteris tics in any com p os ition, b e it p rivate, com m ercial or official. T h e linguis tic variations ob s erved, h ow ever, are not com p licated or difficult to b e ap p lied and th e rules s ugges ted b y m anuals, b ook s or even in th is s tudy, s im p ly s earch to ap p roach th e individual of a b etter com p reh ens ion of th e official com p os ition and of th e ap p lied term s, in order to es tab lis h b etter p rofes s ional relations. K EY W ORDS: O fficial C orres p ondence, T ech nical, F orm and Structure. INTRODUÇÃO O ob jetivo des s e trab alh o é com p reender e es p ecificar as caracterís ticas es s enciais à redaç ã o oficial no contexto do curs o de Secretariado Executivo Bilíngüe. N o decorrer do es tudo, foi exp lorado o univers o e os as p ectos inerentes à redaç ã o oficial e a s ua relaç ã o com o curs o. P or es s a raz ã o, o es tudo traz um levantam ento do p erfil do s ecretá rio executivo m oderno e um b reve levantam ento h is tó rico da p rofis s ã o, b us cando m os trar a evoluç ã o das atrib uiç õ es da p rofis s ã o ao longo dos anos. É realiz ado um es tudo s ob re a corres p ondê ncia de m odo geral, conceituando-a e s ituando-a dentro do contexto da C iê ncia da C om unicaç ã o. A p artir daí, o p ró xim o p as s o foi dis correr a res p eito dos as p ectos gerais da corres p ondê ncia oficial, de m odo a ap ontar a clas s ificaç ã o da corres p ondê ncia q uanto à linguagem e naturez a; os atos q ue regulam entam as norm as de elab oraç ã o das com unicaç õ es oficiais e, ainda as p ectos relacionados diretam ente com o texto com o o tip o de linguagem, im p es s oalidade do texto, coes ã o, coerê ncia, clarez a, form alidade, correç ã o e h arm onia, vigor e ê nfas e, q ue s ã o ap res entados de m odo a p os s ib ilitar um a clara vis ã o de s eus as p ectos e té cnicas a eles relacionados, b em com o as p ectos p articulares com o a utiliz aç ã o dos p ronom es de tratam ento, a form a dos fech os e a identificaç ã o do s ignatá rio. Sã o ap res entados tam b é m os exp edientes m ais com uns nos ó rgã os p ú b licos e s uas p articularidades té cnicas e es truturais. A o p ercorrer o trab alh o, p ode-s e ainda encontrar m odelos e exem p los de corres p ondê ncias oficiais retiradas

16 0 Secretariado Executivo Bilíngüe/ Office administration de m anuais e tam b é m recolh idos em ó rgã os p ú b licos, com o as res p ectivas p rop os tas de redaç ã o e ap res entaç ã o. R es s alta-s e, ainda, q ue anteriorm ente aceitava-s e q ue q ualq uer p es s oa p udes s e as s um ir a funç ã o de s ecretá rio, des de q ue s oub es s e datilografar. C om o p as s ar dos anos, contudo, p erceb eu-s e q ue aq ueles q ue atuavam na p rofis s ã o neces s itavam de um curs o es p ecífico de form aç ã o, fos s e ele té cnico ou s up erior, conform e M edeiros (1999, p. 17 ): Secretá ria é um a p rofis s ional q ue as s es s ora o executivo, trans m ite-lh e inform aç õ es e executa as tarefas q ue lh e s ã o confiadas. Ela trans form ou-s e,..., em as s is tente executiva q ue dom ina as h ab ilidades req ueridas num es critó rio, dem ons tra cap acidade p ara as s um ir res p ons ab ilidade s em s up ervis ã o direta e tem iniciativa p ara tom ar decis õ es s egundo os ob jetivos as s inalados p ela autoridade. U m p rofis s ional des s e s egm ento deve s er cap az de tom ar decis õ es e tom ar p ara s i as res p ons ab ilidades do diaa-dia do es critó rio, p or es s a raz ã o, de acordo com M edeiros (1999, p. 19), atrib uiç õ es com o: a cons truç ã o de clip p ing; cons ulta a fontes de inform aç ã o; p articip aç ã o ativa em encontros e reuniõ es ; redaç ã o de corres p ondê ncias ; p rep araç ã o de relató rios adm inis trativos ; redaç ã o de artigos ; digitaç ã o e ediç ã o de textos ; com p os iç ã o de relató rios ; s up ervis ã o e treinam ento de auxiliares ; s eleç ã o e recom endaç ã o de eq uip am entos p ara es critó rio e aq uis iç ã o de m aterial de us o diá rio no es critó rio faz em p arte do p erfil da s ecretá ria m oderna. Sem des valoriz ar as dem ais h ab ilidades p rofis s ionais de um s ecretá rio, no am b iente em p res arial atual, a h ab ilidade de com unicaç ã o tornou-s e im p res cindível, p ara L ink em er (1999, p. 8 ), " a 'arm a s ecreta gené rica' da s ecretá ria, [...] é algo m uito p ouco sex y ch am ado h abilidade de comu nicaç ã o." H ab ilidades da com unicaç ã o com o es cutar, falar, es crever, exp res s ã o nã o-verb al s ã o p articularidades q ue certam ente faz em a diferenç a no p erfil de um a s ecretá ria executiva, com o diz L ink em er (1999, p. 53 ), " s em o dom ínio das com p etê ncias de es cutar e falar b em nã o é p os s ível tornar a es crita eficiente." P oré m, ao exp res s ar-s e p or m eio da es crita, m uitas p es s oas acab am s e atorm entando, com o s e p ara redigir fos s e neces s á rio us ar um a linguagem des conh ecida daq uela q ue s e us a p ara falar. Segundo o M anual de redaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica (20 0 2, p. 5), a neces s idade de em p regar determ inado nível de linguagem nos atos e exp edientes oficiais decorre, de um lado, do p ró p rio cará ter p ú b lico des s es atos e com unicaç õ es ; de outro, de s ua finalidade, p ois tais com unicaç õ es, em s ua m aioria, inform am regras norm as, ou as s untos q ue s ã o de interes s e p ara os cidadã os, relacionados diretam ente aos s eus direitos. U m a com unicaç ã o eficaz s ó é alcanç ada s e em s ua elab oraç ã o for em p regada a linguagem adeq uada, m antendo a s ua funç ã o intríns eca, q ue é a de inform ar com clarez a e ob jetividade. P ara tanto, as com unicaç õ es q ue p artem dos ó rgã os p ú b licos devem s er com p reendidas p or todo e q ualq uer cidadã o. P ara atingir es s e ob jetivo, h á q ue s e evitar o us o de um a linguagem res trita a determ inados grup os, p ois um texto m arcado p or exp res s õ es de circulaç ã o res trita, com o gírias, os regionalis m os vocab ulares ou o jargã o té cnico, tem s ua com p reens ã o dificultada. É p recis o s em p re lem b rar q ue a língua es crita tem m aior vocaç ã o p ara p erm anê ncia, e vale-s e ap enas de s i m es m a p ara com unicar. A redaç ã o oficial é ap res entada nes s e es tudo com o m aneira p ela q ual o P oder P ú b lico redige atos norm ativos e com unicaç õ es." (M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica, 20 0 2, p. 4 ). Es s e conceito p ode s er am p liado ao s e ver a es crita oficial com o um m eio de s e es tab elecer relaç õ es no P oder P ú b lico e p ara is s o, é neces s á rio q ue s e es tab eleç am regras e norm as q ue irã o reger tais relaç õ es, cons oante com Beltrã o (20 0 4, p. 7 9) q ue vê a corres p ondê ncia oficial com o " o conjunto de norm as regedoras das com unicaç õ es es critas, internas e externas, de rep artiç õ es p ú b licas." N a m es m a ob ra, o autor afirm a q ue q uanto a naturez a a corres p ondê ncia p ode clas s ificar-s e com o: a) s ecreta: docum entos ou inform aç õ es q ue exijam ab s oluto s igilo; b ) confidencial: inform aç õ es de cará ter p es s oal ou as s unto cujo conh ecim ento deve ficar o m ais res trito p os s ível; c) res ervada: cujo res guardo s eja res trito ou trans itó rio; d) os tens iva ou ordiná ria: nã o es tá p res ente nas clas s es anteriores e cuja divulgaç ã o nã o p rejudica a adm inis traç ã o p ú b lica. Beltrã o (20 0 4, p. 8 0 ) ainda p rop õ e outra m aneira ab rangente de clas s ificar a corres p ondê ncia: a) q uanto a naturez a: norm al e urgente; b ) q uanto ao cará ter: ordiná ria, res ervada, confidencial; c) q uanto a via de trans m is s ã o: com um, aé rea, telegrá fica, p or rá dio, p or fax; d) q uanto a es p é cie: ato norm ativo (decreto, p ortaria, ins truç ã o, ordem de s erviç o e outros ), corres p ondê ncia externa, corres p ondê ncia interna e interdep artam ental. A corres p ondê ncia oficial es tá regulam entada, no territó rio nacional, p or divers os atos, datados des de o p eríodo im p erial, um deles é a Ins truç ã o N orm ativa nº 13 3, de 0 2-0 3-198 2, do D ep artam ento A dm inis trativo do Serviç o P ú b lico - D A SP, q ue es tá no anexo I. P oré m, em 1991, a P res idê ncia da R ep ú b lica criou um a com is s ã o com o intuito de uniform iz ar e s im p lificar as norm as de redaç ã o de atos e com unicaç õ es oficiais. Entã o, a p artir do trab alh o des s a com is s ã o, em 1992, foi elab orado o M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica; e a p artir daí s urgiu a Ins truç ã o N orm ativa nº. 4, de 6 de M arç o de 1992. Beltrã o (20 0 4, p. 8 0 ) coloca q ue " nos es tados e m unicíp ios a es trutura é m ais ou m enos a m es m a, b em com o nas rep artiç õ es p ú b licas ou ó rgã os com p onentes dos p oderes legis lativo e judiciá rio." P or outro lado, redaç ã o oficial, s egundo M edeiros (20 0 0, p. 24 9), " é o m eio p elo q ual s e p rocura es tab elecer ralaç õ es de s erviç o na adm inis traç ã o p ú b lica." M edeiros diz ainda q ue: A redaç ã o oficial tem com o ob jetivo racionaliz ar o trab alh o e dim inuir o cus to. P or is s o, p rocura dis cip linar o us o de exp res s õ es e fó rm ulas, acons elh ando determ inados fech os em lugar de outros q ue s e ap res entam dem as iadam ente p rolixos e m elos os.

Secretariado Executivo Bilíngüe/ Office administration 16 1 M edeiros (1999, p. 24 9), tam b é m cons idera a corres p ondê ncia oficial com o um a redaç ã o té cnica, devida à p reocup aç ã o com a ob jetividade e a p recis ã o da com unicaç ã o. P ara ele a linguagem des s e tip o de redaç ã o deve as s um ir um cará ter p ragm á tico, utilitá rio. D evido ao s eu cará ter im p es s oal e a finalidade de inform ar com o m á xim o de clarez a e concis ã o, os textos oficiais req uerem o us o do p adrã o culto da língua. É im p ortante, p oré m, conh ecer o a diferenç a entre o q ue é té cnico e o q ue é des neces s á rio. D es neces s á rio é o efeito reb us cado, arcaico e nã o traz contrib uiç ã o ao texto. U m b om exem p lo do p rejuíz o caus ado p elo us o do tecnicis m o nas corres p ondê ncias s ã o os term os jurídicos q ue utiliz am um p ortuguê s reb us cado, rep leto de raciocínios lab irínticos e exp res s õ es p edantes utiliz adas p or advogados, juíz es e p rom otores. " O s term os té cnicos tê m de s er m antidos, p ois tê m s ignificados p ró p rios, s ingulares. J á os vocá b ulos reb us cados, os arcaís m os, p odem s er s ub s tituídos p or p alavras m ais s im p les, s em p rejuíz o do s ignificado do texto." (A R R U D Ã O, 20 0 5). N ã o s e p ode, contudo, confundir s im p licidade com p ob rez a de exp res s ã o ao s e redigir um a redaç ã o oficial. C ertas p alavras e exp res s õ es ap arecerã o com certa freq üê ncia, todavia, os jargõ es b urocrá ticos, as s im com o q ualq uer jargã o, devem s er evitados, p ois p os s uem um a com p reens ã o lim itada. C om is s o, " nã o exis te p rop riam ente um p adrã o oficial de linguagem ; o q ue h á é o us o do p adrã o culto nos atos e com unicaç õ es oficiais." (M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica, 20 0 2, P. 5). A o redigir um a com unicaç ã o oficial é p recis o cons iderar a form alidade e a p adroniz aç ã o. A form alidade nã o s e des tina ap enas ao cuidado com o us o dos p ronom es de tratam ento, diz res p eito tam b é m, à delicadez a e à cortes ia no em p rego das p alavras, enq uanto a p adroniz aç ã o es tab elece caracterís ticas da redaç ã o e da ap res entaç ã o dos textos q ue irã o uniform iz ar as com unicaç õ es oficiais. A eficá cia de um a com unicaç ã o dep ende, contudo, da ob tenç ã o da res p os ta correta, ou s eja, o recep tor deve decodificar a m ens agem e em itir a res p os ta es p erada p elo em is s or. P ara is s o, é neces s á ria um a certa atenç ã o q uanto a as p ectos com o a im p es s oalidade, a clarez a e a concis ã o. Im p es s oalidade decorre da aus ê ncia de im p res s õ es individuais do em is s or, do recep tor e, ainda do cará ter im p es s oal do as s unto tratado na m ens agem. P ara F erreira (1999, p. 18 2), im p es s oal é o q ue nã o s e refere ou nã o s e dirige a um a p es s oa em p articular, m as à s p es s oas em geral. " A redaç ã o oficial deve s er is enta da interferê ncia; da individualidade q ue a elab ora." A im p es s oalidade dep ende de elem entos com o a concis ã o, a clarez a e a ob jetividade. A djetivaç ã o, p alavras s up é rfluas, rep etiç ã o de term os e idé ias com p rom etem a concis ã o de um texto; o p rincíp io é p autar-s e p ela econom ia lingüís tica. D e acordo com o M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica (20 0 2, p. 6 ), " concis o é o texto q ue cons egue trans m itir um m á xim o de inform aç õ es com um m ínim o de p alavras." D e outro lado, a clarez a, caracterís tica de um texto, diretam ente ligada ao có digo, p os s ib ilita im ediata com p reens ã o da m ens agem p elo leitor. P ara M allet (1994, p. 15) e M edeiros (1999, p. 8 8 ), clarez a é a exp res s ã o exata do p ens am ento. P ara exp res s ar-s e com clarez a, o redator p recis a s er coerente; evidente e dom inar um b om rep ertó rio lingüís tico, alé m de p rocurar conh ecer o p ú b lico p ara o q ual a corres p ondê ncia é dirigida. E s ob retudo, deve-s e colocar no lugar do outro, p ara q ue o leitor nã o deixe de ap reender o s entido do texto. É im p res cindível valer-s e de alguns cuidados es p eciais, com o es colh er b em as p alavras a s erem em p regadas, evitar adjetivos, advé rb ios e p eríodos m uito longos ; des envolver o raciocínio p as s o a p as s o, ligar adeq uadam ente as idé ias e op tar p or um a linguagem us ual. P or outro lado, atualm ente, cada dia m ais os indivíduos tornam -s e igualm ente s eletivos q uanto ao nú m ero e tam anh o das inform aç õ es q ue ch egam até eles. N es te contexto, encontra-s e a neces s idade de um redator em s er concis o, is to é, q ue exp res s e um grande volum e de inform aç õ es us ando m enor nú m ero de p alavras. Segundo M edeiros (1999, p. 92), " p ara es crever b em, é p recis o es crever ap enas as p alavras neces s á rias ; encerrar um p ens am ento com o m enor nú m ero de p alavras p os s ível." T al caracterís tica, nos dias de h oje, aum enta a p os s ib ilidade de s e ob ter a correta e rá p ida leitura do texto. V ale res s altar q ue concis ã o nã o deve s er s inô nim o de laconis m o, p ois as lacunas deixadas no texto p elo em is s or p rejudicam a com p reens ã o da m ens agem tornando o texto confus o. R os a (20 0 0, p. 3 0 ), p rop ô s algum as regras q ue p odem auxiliar na redaç ã o de textos concis os, entre elas, conter-s e, ir direto ao as s unto, ater-s e a ele, evitar p alavras e fras es des neces s á rias e o exces s o de fras es curtas. Segundo R os a (20 0 0, p. 3 3 ): O redator h á b il nã o dá m ais inform aç õ es do q ue as q ue julga neces s á rias p ara atingir o s eu ob jetivo. Ele s ab e q ue a inform aç ã o é um a 'faca de dois gum es ' e q ue s e o ob jetivo é exp res s ar um a idé ia com clarez a, inform aç õ es em exces s o criam com p licadores. D es taca-s e ainda, a neces s idade de q ualidades com o a correç ã o e a h arm onia. A correç ã o refere-s e a ob ediê ncia à gram á tica e es tá intim am ente ligada ao es tudo da s intaxe, concordâ ncia, regê ncia verb al e nom inal, colocaç ã o p ronom inal e colocaç ã o dos term os na oraç ã o. Enq uanto a h arm onia trata, de acordo com M allet (1994, p. 15), do ajus tam ento eufô nico das p alavras na fras e e das fras es no conjunto. M edeiros (1999, p. 97 ) res s alta q ue a h arm onia " é o res ultado de um encadeam ento de s ons q ue p rové m da es colh a inteligente das p alavras e da dis trib uiç ã o dos term os na oraç ã o." P ara ele, o us o de fras es diretas e o cuidado com efeitos com o a cacofonia, o eco e o h iato s ã o m edidas eficaz es contra a aus ê ncia de h arm onia. O utros fatores es s enciais ao texto oficial s ã o a coerê ncia, o vigor e a ê nfas e. P ara G old (20 0 2, p. 7 7 ), " os p rob lem as de incoerê ncia entre as p alavras s ã o, m uitas vez es, caus ados p ela confus ã o entre o q ue realm ente s e diz e aq uilo q ue s e q uis diz er." A autora afirm a q ue a coerê ncia p os s ui trê s caracterís ticas q ue devem s er res p eitadas : a conexã o entre as p alavras, conexã o entre as oraç õ es e a conexã o entre os p ará grafos. J á p ara R os a e N eiva (20 0 0, p. 4 2), um texto s om ente s erá coerente s e b us car a " uniform idade de tratam ento entre os tó p icos,

16 2 Secretariado Executivo Bilíngüe/ Office administration dando p es os iguais aos de igual relevâ ncia." P or outro lado, os autores citados ap res entam o vigor e a ê nfas e com o caracterís ticas p res ente em um texto m arcante, ou s eja, um texto q ue cons egue conq uis tar a atenç ã o dos leitores. Segundo R os a e N eiva (20 0 0, p. 4 3 ), " vigor é a cap acidade de um texto de cap tar e reter a atenç ã o do leitor, p rovocar nele as reaç õ es p retendidas, em ocioná -lo ou envolvê -lo. A s autoras m encionadas entendem a ê nfas e com o " a cap acidade de s e res s altar um tó p ico entre vá rios outros." A lguns as p ectos s ã o com um entre a m aioria das m odalidades de com unicaç õ es oficiais, s ã o eles : o em p rego dos p ronom es de tratam ento, a form a dos fech os e a identificaç ã o do s ignatá rio. O s p ronom es de tratam ento ap res entam um a p eculiaridade m uito interes s ante no q ue s e refere à concordâ ncia. O s p ronom es de tratam ento referem -s e à s egunda p es s oa gram atical, m as levam a concordâ ncia p ara a terceira p es s oa, ou s eja, o verb o concorda com o s ub s tantivo q ue integra a locuç ã o com o s eu nú cleo s intá tico. A s s im diz -s e: s ua excelê ncia q uando s e refere ao s ujeito e vos s a excelê ncia q uando s e dirige a ele. P or es s a raz ã o, os p ronom es p os s es s ivos q ue s e referem a p ronom es de tratam ento s erã o s em p re os da terceira p es s oa. P or outro lado, o gê nero dos adjetivos q ue caracteriz am es s es p ronom es deve concordar com o s exo da p es s oa a q ue s e refere e nã o com o s ub s tantivo q ue com p õ e a locuç ã o. R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica (20 0 2, p. 10 ). A inda em cons onâ ncia com o M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica (20 0 2, p. 10 ), " es tá ab olido o us o do tratam ento dig níssimo (D D )" ; um a vez q ue tal caracterís tica é inerente a q ualq uer p es s oa q ue ocup e um cargo p ú b lico. O M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica dis p ens a, ainda, o em p rego do s up erlativo ilus trís s im o p ara as autoridades tratadas p or V ossa S enh oria e p ara p articulares ; e acres centa q ue doutor nã o é form a de tratam ento, e s im, título acadê m ico e p or es s a raz ã o deve s er us ado p ara m encionar as p es s oas q ue tenh am concluído o curs o univers itá rio de doutorado, p oré m, p or um a raz ã o de cos tum e, é com um des ignar p or doutor os b ach aré is em D ireito e em M edicina. O utro p onto em com um dos exp edientes das com unicaç õ es oficiais s ã o os fech os q ue tê m com o finalidade arrem atar o texto e s audar o des tinatá rio. O M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica es tab elece o em p rego de s om ente dois fech os diferentes p ara todas as m odalidades de com unicaç ã o oficial: p ara autoridades s up eriores, inclus ive o P res idente da R ep ú b lica deve s e us ar res p eitos am ente; p ara autoridades de m es m a h ierarq uia ou de h ierarq uia inferior é us ado atencios am ente. Excluem -s e des s a fó rm ula as com unicaç õ es dirigidas a autoridades es trangeiras, q ue s eguem rito e tradiç ã o p ró p rios. (M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica, 20 0 2, p. 11). M ATERIAL E M É TODOS O univers o da p es q uis a é com p os to p or um a am os tra dos acadê m icos m atriculados no curs o de Secretariado Executivo Bilíngüe no 4 º e 8 º p eríodos, p ara os q uais, foram dis trib uídos vinte q ues tioná rios, m as s om ente 17 foram devolvidos, totaliz ando um p ercentual de 8 5%, dos q uais, 7 5% s ã o m ulh eres e 10 % s ã o h om ens. D as 17 p es s oas entrevis tadas, ap enas q uatro trab alh am em um ó rgã o p ú b lico, contudo as dem ais ap res entaram exp eriê ncia p rofis s ional na elab oraç ã o de corres p ondê ncias oficiais e com erciais. A lé m de s er um univers o p raticam ente fem inino, ele é, tam b é m, m uito jovem um a vez q ue 55% dos alunos es tã o na faixa etá ria dos 19 aos 25 anos de idade, enq uanto a faixa etá ria s eguinte, dos 26 aos 3 6 anos, rep res enta 3 0 % dos entrevis tados. D o p onto de vis ta de G il (20 0 2, p. 17 ), um a p es q uis a p ode s er realiz ada p or dois m otivos, raz õ es de ordem intelectual e raz õ es de ordem p rá tica. N es s e trab alh o o m otivo foi de ordem p rá tica um a vez q ue o ob jetivo do m es m o foi com p reender e es p ecificar as caracterís ticas es s enciais à redaç ã o oficial no contexto do curo de Secretariado Executivo Bilíngüe, ou s eja, ocorreu o des ejo de s e conh ecer com vis ta a faz er algo de m aneira m ais eficiente ou eficaz. " P ode-s e definir p es q uis a com o o p rocedim ento racional e s is tem á tico q ue tem com o ob jetivo p rop orcionar res p os tas aos p rob lem as q ue s ã o p rop os tos." (G IL, 20 0 2, p. 17 ). O p rim eiro p as s o p ara a realiz aç ã o da p es q uis a foi a elab oraç ã o de um a p rojeto, is to é, um p lanejam ento efetivo da inves tigaç ã o. N es te m om ento, s ã o levantados as p ectos com o a delim itaç ã o do tem a, form ulaç ã o do p rob lem a, definiç ã o dos ob jetivos e cons truç ã o da h ip ó tes e e cons eq üentes variá veis. U m a p es q uis a p ode s er clas s ificada de divers as m aneiras, e nes ta cons iderando-s e o ob jetivo geral, cons idera-s e a p es q uis a exp lorató ria, p ois é aq uela q ue p rop orciona m aior contato com o p rob lem a levantado, ap roxim a as idé ias e des cob re intuiç õ es acerca do p rob lem a. A p artir des s e as p ecto, o levantam ento do referencial teó rico foi traç ado a p artir do delineam ento b as eado nas fontes b ib liográ ficas, q ue de acordo com G il (20 0 2, p. 4 4 ), " é des envolvida com b as e em m aterial já elab orado, cons tituído p rincip alm ente de livros e artigos científicos." A h ip ó tes e levantada é a de q ue nã o exis te um a p rá tica com um a todos ou um p rocedim ento a s er s eguido na elab oraç ã o de um docum ento oficial e p ara com p rová -la foi utiliz ado com o p rocedim ento té cnico a p es q uis a docum ental q ue " vale-s e de m ateriais q ue nã o receb em ainda tratam ento analítico, ou q ue ainda p odem s er reelab orados de acordo com os ob jetivos da p es q uis a." (G IL, 20 0 2, p. 4 5). O es tudo foi realiz ado em um ó rgã o p ú b lico m unicip al no q ual foram recolh idos trê s tip os de exp edientes oficiais p ara aná lis e: um ofício, um avis o e um m em orando. O s docum entos foram analis ados e tratados a p artir das teorias ap res entadas no referencial teó rico e, logo ap ó s, foram s ugeridas novas form as de elab oraç ã o e form ataç ã o, levando em cons ideraç ã o os as p ectos ap res entados durante a p es q uis a. F oi elab orado tam b é m

Secretariado Executivo Bilíngüe/ Office administration 16 3 um q ues tioná rio q ue colab orou p ara o levantam ento de dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO C om a intenç ã o de conh ecer e analis ar a p ercep ç ã o dos acadê m icos do 4 º e 8 º do C urs o de Secretariado Executivo Bilíngüe das F aculdades A s s ociadas de U b erab a/f A Z U, q uanto ao conh ecim ento das caracterís ticas es s enciais à redaç ã o oficial, foi elab orado um q ues tioná rio com dez q ues tõ es, s endo s ete fech adas e trê s ab ertas. A es colh a dos dois p eríodos deve-s e ao fato deles es tarem em condiç õ es op os tas no q ue diz res p eito ao conh ecim ento acadê m ico em relaç ã o à redaç ã o oficial. O 4 º p eríodo, de acordo com a m atriz curricular p rop os ta p ela ins tituiç ã o, es tá em um a fas e do curs o em q ue os alunos nã o tiveram contato nem exp eriê ncia com a redaç ã o oficial, s om ente com a m até ria de língua p ortugues a e alguns tó p icos relativos à com unicaç ã o em p res arial. P or outro lado, os alunos do 8 º p eríodo já curs aram a dis cip lina redaç ã o oficial I e II, e p or es s a raz ã o p os s uem um p onto de vis ta m aior e m ais claro da im p ortâ ncia da redaç ã o oficial p ara o p rofis s ional do Secretariado Executivo Bilíngüe. F oram dis trib uídos no total vinte q ues tioná rios, dez p ara cada p eríodo, p oré m foram devolvidos ap enas 17, totaliz ando um a p ercentual de 8 5%, no q ual 4 0 % corres p onde aos entrevis tados do 8 º p eríodo e 4 5% do 4 º p eríodo. D as 17 p es s oas entrevis tadas 15 s ã o m ulh eres e 2 s ã o h om ens. D ois terç os das m ulh eres es tã o na faixa etá ria entre 19 e 25 anos de idade, enq uanto os h om ens s e dividem em faixas etá rias iguais, entre 19 a 26 e 26 a 3 6 anos de idade. N a q ues tã o relacionada ao p adrã o de dom ínio da língua p ortugues a no nível form al o res ultado foi o s eguinte: 15% res p onderam m uito b om, 6 0 % b om, 10 % raz oá vel e ningué m as s inalou a op ç ã o ins atis fató rio. O fato ob s ervado m os tra q ue, de m odo geral, os acadê m icos dos dois p eríodos ap res entam um b om nível de conh ecim ento em relaç ã o ao tip o de linguagem q ue deve s er em p regado em um a redaç ã o oficial. A p ergunta de nú m ero cinco indagou q uanto à exis tê ncia de algum tip o de m aterial de ins truç ã o s ob re com o redigir um a corres p ondê ncia oficial no local de trab alh o. O res ultado m os trou q ue a m aior p arte das organiz aç õ es nã o dis p onib iliz am m aterial de cons ulta p ara auxiliar na elab oraç ã o de um a redaç ã o oficial, p ois 55% dos entrevis tados res p onderam nã o, des tes 3 5% es tã o curs ando o 4 º p eríodo; enq uanto os 3 0 % res tantes res p onderam s im, s endo q ue des tes 20 % es tã o m atriculados no 8 º p eríodo; is s o evidencia m aior exp eriê ncia e contato dos acadê m icos q ue es tã o concluindo o curs o com o as s unto ab ordado em relaç ã o à q ueles q ue ainda es tã o na m etade do curs o. A p artir des te q ues tionam ento, s olicitou-s e o relato do tip o de m aterial dis p onib iliz ado p ela em p res a. D as 6 p es s oas q ue res p onderam s im na q ues tã o anterior, duas tinh am aces s o ap enas à ap os tilas ; um a p odia cons ultar ap os tilas e m anuais ; um a as s inalou todas as op ç õ es : livros, ap os tilas m anuais e outros, ap ontando nes te ú ltim o item, a internet com o ferram enta de cons ulta; outra p es s oa m arcou livros e m anuais e um a ú ltim a op tou p ela op ç ã o outros e ap ontou, tam b é m, a internet com ins trum ento de cons ulta. C ontudo, nã o s e p ode afirm ar q ue exis ta um a norm a cons tante nas organiz aç õ es q uanto ao tip o de m aterial dis p onib iliz ado p ara cons ulta na elab oraç ã o de um a redaç ã o oficial. A s é tim a e ú ltim a q ues tã o fech ada levantou a q ues tã o do conh ecer ou nã o o M anual de R edaç ã o da P res idê ncia da R ep ú b lica. 10 % dos acadê m icos res p onderam q ue nã o conh ecem o m anual, 15% já ouviram falar, m as nã o conh ecem e a grande m aioria, 6 0 % conh ece o m anual. D es tes, 4 0 % es tã o concluindo o curs o, o q ue rep res enta 10 0 % dos entrevis tados no 8 º p eríodo; com p rovando um m aior conh ecim ento dos form ando do curs o de Secretariado Executivo Bilíngüe, no q ue diz res p eito aos as p ectos es s enciais à redaç ã o oficial. A s trê s ú ltim as q ues tõ es do levantam ento de dados eram ab ertas e indagavam, res p ectivam ente, h á q uanto tem p o o entrevis tado trab alh a na organiz aç ã o; no q ue cons is tia a s ua p rá tica; com o o univers itá rio avaliava o p roces s o e os trab alh os de exp ediç ã o de corres p ondê ncias no contexto ins tituiç ã o na q ual trab alh a, em es p ecial no q ue s e refere à p roduç ã o textual neces s á ria ao am b iente em p res arial em relaç ã o à corres p ondê ncia oficial; e p or ú ltim o, a ap res entaç ã o de algum as cons ideraç õ es s ob re a corres p ondê ncia oficial. Infeliz m ente no 4 º p eríodo ap enas trê s p es s oas com p letaram o q ues tioná rio até fim, os dem ais alunos res p onderam ap enas à s q ues tõ es fech adas. A s eguir é p os s ível acom p anh ar o dep oim ento de cada um a delas : A luna do 4 º p eríodo q ue atua h á 14 anos na elab oraç ã o de corres p ondê ncias oficiais p ara fornecedores avaliou o p roces s o com o b om. " P oré m ex istem vá rias pessoas q u e por nã o colocar em prá tica as té cnicas, enfrentam dificu ldades." A s s is tente de adm inis traç ã o na p refeitura m unicip al de U b erab a h á 4 anos, afirm ou q ue o p roces s o " deix a a desejar na maioria das correspondê ncias". Ela afirm a ainda q ue a corres p ondê ncia oficial " deve ser clara, objetiva e bem constru ída." A cadê m ica q ue atua na conferê ncia (es crituraç ã o), trans ferê ncias e cadas tram ento de docum entos " nã o seg u e a correspondê ncia à risca. G eralmente, o processo é feito da maneira mais á g il e prá tica. C ada empresa deve adeq u ar a correspondê ncia à s su as necessidades internas, nã o fu g indo dos padrõ es corretos da correspondê ncia oficial." N a aná lis e dos dep oim entos p erceb e-s e q ue m es m o os alunos do 4 º p eríodo q ue nã o tiveram contato e conh ecim ento s ob re os as p ectos es s enciais à redaç ã o oficial já es tã o cientes de q ue na p rá tica o p roces s o de exp ediç ã o de docum entos oficiais é falh o, ap es ar de toda a s ua im p ortâ ncia.

16 4 Secretariado Executivo Bilíngüe/ Office administration T odos os acadê m icos entrevis tados no 8 º p eríodo res p onderam a todas as q ues tõ es, inclus ive à s ab ertas, conform e s e p ode ver nos dep oim entos trans critos. A luna q ue trab alh a com o Secretá ria acadê m ica h á 14 anos : " no caso da institu iç ã o em q u e trabalh o por ser federal sã o seg u idas as normas do M anu al da P residê ncia da repú blica, sendo q u e todos os docu mentos sã o formais." A cadê m ica q ue h á 0 3 m es es atua na á rea de s ecretariado, em is s ã o de corres p ondê ncias internas e externas, atendim ento p es s oal e telefô nico, agenda, " as cartas oficiais já estã o elaboradas, sã o feitas adaptaç õ es de acordo com o destinatá rio. A correspondê ncia é mu ito importante e necessá ria. E m g randes empresas h á u m contato maior com produ ç ã o de cartas oficiais." O utra aluna q ue trab alh a com a redaç ã o de textos com o req uerim entos, declaraç õ es, relató rios, s up orte fis cal a todos os dep artam entos da em p res a, atendim ento a clientes e fornecedores e dem ais atividades rotineiras da p arte contá b il h á 9 anos, dis s e q ue " q u anto ao processo e os trabalh os de ex pediç ã o sã o bastante fu ncionais, tê m tido bom resu ltados até ag ora. E m relaç ã o a produ ç ã o tex tu al, acredito q u e u ma padroniz aç ã o, tanto na parte tex tu al como no lay ou t da carta seria bastante prá tico e pecu liar a empresa. T oda correspondê ncia oficial deve ser cu idadosa e cau telosamente elaborada. S eg u ir os padrõ es da escrita, como sau daç õ es, pronomes de tratamento, a maneira de iniciar e terminar o assu nto, enfim, a obediê ncia as normas e reg ras sã o essenciais para se redig ir u ma correspondê ncia oficial em eficiê ncia." U m a acadê m ica, m em b ro da guarda m unicip al h á 6 anos, res p ondeu q ue o p roces s o de exp ediç ã o de corres p ondê ncia oficiais é " raz oá vel". " As pessoas q u e sã o responsá veis por redig ir correspondê ncias da empresa nã o possu em conh ecimento satisfató rio. P ara ser u m bom redator é necessá rio observar cau telosamente as reg ras e constantemente pesq u isar se as mesmas nã o tiveram alteraç õ es, pois, acompanh ar os processos de mu danç a das normas eu diria q u e é obrig ató rio para melh or q u alidade dos tex tos." N um a outra res p os ta, encontra-s e a afirm aç ã o de um a acadê m ica q ue h á 1 ano e 2 m es es trab alh a com o auxiliar adm inis trativa, m as com a funç ã o de s ecretá ria: redige cartas e ofícios e atua no ap oio adm inis trativo. Ela acredita q ue o p roces s o e os trab alh os de exp ediç ã o de corres p ondê ncias na ins tituiç ã o " ainda tende a melh or, para facilitar a vida dos colaboradores, mas os princípios da correspondê ncia oficial devem ser divu lg ados e incentivados." O utra entrevis tada coloca q ue " minh a prá tica consiste na elaboraç ã o de cartas e e-mails comerciais; mas ach o o processo de ex pediç ã o de correspondê ncias falh o. A correspondê ncia oficial é u ma espé cie formal de comu nicaç ã o mantida entre org aniz aç õ es. É necessá rio u m amplo conh ecimento de todos os tipos de correspondê ncia para nã o cometer erros ao redig ir a correspondê ncia oficial. É de su a importâ ncia q u e tenh am em mã os o M anu al da P residê ncia da Repú blica para consu lta." O utro dep oim ento coletado ap res enta a vis ã o da redaç ã o oficial relacionada à p rolixidade, as p ecto enfadonh o q ue deve s er evitado, p ois m uitas vez es, é redundante; traz exces s o de inform aç õ es, alé m de ap res entar difícil com p reens ã o. A entrevis tada afirm a q ue " h á trê s anos e sete meses atu o na á rea de Recu rsos H u manos, com prá tica em folh a de pag amento, banco de h oras, benefícios, etc. A maioria dos redatores u tiliz am palavras, ex pressõ es e formataç õ es q u e já caíram em desu so. N ota-se q u e mu itos deles já participaram de cu rsos, mas nã o se atu aliz aram e por isso u tiliz am té cnicas antig as. A correspondê ncia oficial é, g eralmente, mais prolix a e detalh ista q u e a correspondê ncia comercial. M u itos modelos sã o desconh ecidos por g rande parte da popu laç ã o, como por ex emplo a portaria e o decreto. T ambé m h á u tiliz aç ã o de termos té cnicos lig ados à política de difícil compreensã o." O utra res p os ta condiz ente com os tó p icos exp lorados no es tudo é de um a univers itá ria q ue atua h á 5 anos na fab ricaç ã o de p ainé is de aglom erado. " D epois do aprendiz ado no cu rso de secretariado descobri q u e os mé todos u tiliz ados estã o u ltrapassados. C onsidero o estu do das normas como u m procedimento necessá rio para padroniz ar, para facilitar o entendimento das correspondê ncias." N es te cas o, as op iniõ es es tã o divididas, p ois das oito entrevis tadas, trê s avaliaram de form a p os itiva o p roces s o e os trab alh os de exp ediç ã o de corres p ondê ncias nas ins tituiç õ es nas q uais trab alh am ; outras duas conceituaram com o raz oá vel e dis s eram q ue o p roces s o p recis a m elh orar e as trê s ú ltim as declararam q ue o p roces s o é falh o, q ue s ã o us adas p alavras e form as q ue já es tã o ultrap as s adas. O s res ultados ap res entados a p artir do levantam ento de dados nos com p rovam q ue as caracterís ticas es s enciais à elab oraç ã o das corres p ondê ncias oficiais na p rá tica, ainda, nã o s ã o conh ecidas p or todos, e algum as vez es q uem as conh ece nã o coloca em p rá tica no cotidiano. P ara confirm ar e ilus trar tal afirm aç ã o, trê s exp edientes oficiais foram recolh idos em um ó rgã o p ú b lico m unicip al e dis cutidos ao longo da p es q uis a: o ofício, o avis o e o m em orando. CONCLUSÃO N o decorrer da p es q uis a, com p rova-s e q ue em b ora os acadê m icos nã o atuem ou nã o q ueiram atuar no s etor p ú b lico, p or divers os fatores com o rem uneraç ã o, nú m ero de op ortunidades de cres cim ento ou reconh ecim ento. O conh ecim ento e o dom ínio da redaç ã o oficial é de s um a im p ortâ ncia p ara o p rofis s ional do C urs o de Secretariado Executivo Bilíngüe, um a vez q ue tal tip o de com unicaç ã o exige dom ínio e conh ecim ento da língua p ortugues a e de s eus as p ectos es s enciais. A s variaç õ es lingüís ticas ob s ervadas, p oré m, nã o s ã o m ais com p licadas ou difíceis de s erem em p regadas e as norm as s ugeridas p or m anuais, livros ou m es m o nes te es tudo s im p les m ente b us cam ap roxim ar o indivíduo de um a m elh or com p reens ã o da redaç ã o oficial e dos term os

Secretariado Executivo Bilíngüe/ Office administration 16 5 em p regados, de m odo a es tab elecer m elh ores relaç õ es no m eio p rofis s ional em q ue des envolve s uas atividades. O utra cons ideraç ã o é q ue nos dias de h oje q ualq uer concurs o, s eja ela p ú b lico ou nã o, ou até m es m o em um s im p les p roces s o de s eleç ã o s ã o ap licados tes tes e entre eles encontram os a p roduç ã o textual, q ue na m aioria da vez es p os s ui com o tem a as s untos da atualidade ou s olicitaç õ es p ara exp lanaç ã o de s ua p ers onalidade, com p ortam ento e s ob re os conh ecim entos adq uiridos. Es crever b em s ignifica cois a m uito divers a p ara diferentes p ers onagens, p oré m todos b us cam es p ecialm ente s er com p reendidos. D e acordo com G rion (20 0 3, p. 15): P ara a m aioria das atividades h um anas, es crever b em é reunir idé ias, em oç õ es, argum entos, organiz á -los em fras es b em ordenadas q ue p os s am s er com p reendidas de form a im ediata p elos leitores aos q uais a m ens agem é dirigida. M ens agens m al elab oradas dificultam a com p reens ã o e dã o a im p res s ã o de q ue o redator nã o s ab e m uito b em s ob re o q ue es tá falando e, cons eq üentem ente, ele nã o trans m ite a m ens agem p retendida. O redator deve organiz ar as idé ias antes de com eç ar a es crever p ara nã o deixar trans p arecer a idé ia de q ue cab e ao leitor a tarefa de des cob rir a m ens agem q ue em is s or des eja trans m itir, já q ue a eficá cia de um a com unicaç ã o dep ende da ob tenç ã o da res p os ta correta, ou s eja, o recep tor deve decodificar a m ens agem e em itir a res p os ta es p erada p elo em itente. P or is s o, s endo a corres p ondê ncia um a form a de com unicaç ã o es crita em q ue s e es tab elece entre p es s oas s ejam elas fís icas ou jurídicas relaç õ es p ara tratar de as s untos de m ú tuo interes s e é p recis o q ue as p ectos es s enciais com o originalidade, es tilo, correç ã o, p recis ã o, coerê ncia, form alidade, im p es s oalidade, clarez a, s ejam cons iderados e utiliz ados na elab oraç ã o de um a corres p ondê ncia com ercial ou oficial. Enfim, elas tê m com o finalidade es clarecer as s untos divers os, convencendo com ob jetividade e denotaç ã o. U m texto, m es m o q ue b em es crito, p ode s er arruinado p or um erro gram atical. C artas oficiais, im p res s as em p ap el, b em p roduz idas, com vis ual agradá vel nã o p odem conter erros, p ois p odem p rejudicar a im agem do autor, o q ue confirm a p ontos evidenciados p elas entrevis tas com o o fato de q ue p ara redigir b em é p recis o organiz ar o q ue s e q uer trans m itir ao recep tor e a redaç ã o s erá tanto m ais eficiente, q uanto m ais original for o redator. P or es s a raz ã o, h ab ilidades de com unicaç ã o com o es cutar, falar, es crever, exp res s ã o nã o-verb al s ã o p articularidades q ue certam ente faz em a diferenç a no p erfil de um a s ecretá ria executiva m oderna. C ontudo, es te es tudo nã o deve p arar p or aq ui. F oram ab ertas dis cus s õ es s ob re o tem a e, cab e a b us car p or m ais dados e inform aç õ es q ue contrib uam ainda m ais p ara a confirm aç ã o e concretiz aç ã o de q ue o conh ecim ento das caracterís ticas es s enciais à redaç ã o oficial é im p res cindível no contexto p rofis s ional do Secretariado Executivo Bilíngüe ou m es m o p ara q ualq uer outro p rofis s ional m oderno q ue atue ou nã o em um ó rgã o p ú b lico. REFERÊ NCIAS A R R U D Ã O, B. Ca m p a n h a d a Asso c ia ç ã o d o s M a g istr a d o s p a r a sim p lific a r a lin g u a g e m ju r íd ic a r e a c e n d e o d e b a te so b r e a p r á tic a d a J u stiç a n o p a ís. R evis ta L íngua P ortugues a, Sã o P aulo. out. 20 0 5. D is p onível em : < h ttp :w w w.revis talingua.com.b r/textos.as p? codigo= 10 951>. A ces s o em : 18 nov. 20 0 5. BEL T R Ã O, O. Co r r e sp o n d ê n c ia : linguagem e com unicaç ã o oficial, com ercial, b ancá ria, p articular. 22 ed. rev. e atual. 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