Physico and chemical characterization of cherry tomato fruits

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Caracterização física e química de frutos de tomate cereja Angislene de Fátima Ferreira Andrade 1 ; Anunciene Barbosa Duarte 1 ; Lucas Borges Ferreira 1 ; Joelma Carvalho Martins 1 ; Edson Fagne Santos 1 ; Edcássio Dias Araújo 1. 1 UNIMONTES Departamento de Ciências Agrárias. Avenida Reinaldo Viana, 2630, 39440-000 Bico da Pedra Janaúba MG, estudante de Agronomia-cieneduarte@ live.com RESUMO O tomate cereja é uma das variedades de tomate de maior popularidade em todo o mundo. Variedades de tomate cereja como a Carolina se mostram promissoras comercialmente, com uma boa média de produção de frutos comerciais e disponibilidade de fornecedores de sementes. Em praticamente todas as regiões do Brasil, esse fruto é cultivado sob diferentes sistemas de manejo e em diferentes épocas do ano, sua produção em 2010 atingiu 145,6 milhões de toneladas. Objetivou-se com o presente estudo, avaliar as características físicas e químicas de frutos de tomate cereja cultivados em Janaúba MG. As variáveis avaliadas foram: comprimento, diâmetro, peso do fruto, sólidos solúveis, acidez titulável, ph, luminosidade, cromaticidade e ângulo hue. Os frutos de tomate cereja avaliados no presente estudos apresentam características que lhes conferem bom potencial para o mercado consumidor local. PALAVRAS-CHAVE: Solanum lycopersicum; conservação; consumidor. ABSTRACT Physico and chemical characterization of cherry tomato fruits The cherry tomato is one of the varieties greatest popularity in all the world. Varieties of cherry tomato such as Carolina are shown commercially promising, with a good average commercial fruit production and availability of seed suppliers. In almost all regions of Brazil, this fruit is cultivated under different management systems and in different seasons, its production in 2010 reached 145.6 million of tons. The objective of this study was evaluate the physical and chemical characteristics of cherry tomato fruits cultivated in Janaúba - MG. The evaluated variables were: length, diameter, fruit weight, soluble solids, titratable acidity, ph, luminosity, chroma and hue angle. The fruits of tomato evaluated in the present study have characteristics which give them good potential for the local consumer market. Keywords: Solanum lycopersicum; conservation; consumer.

35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 INTRODUÇÃO O tomate cereja é uma das variedades de tomate de maior popularidade em todo o mundo. No Brasil sua produção e comercialização têm sido impulsionadas nos últimos anos, pois esse fruto de sabor adocicado e tamanho reduzido é um ingrediente versátil da gastronomia moderna (Lennucci et al., 2006). O tomate apresenta propriedades fitoquímicas importantes, como o alto teor de antioxidantes (Lenucci et al., 2006). Variedades de tomate cereja como a Carolina se mostram promissoras comercialmente, com uma boa média de produção de frutos comerciais e disponibilidade de fornecedores de sementes (Pinho et al., 2011). Segundo dados de 2012, o tomate para consumo in natura é a segunda principal hortaliça produzida no mundo (Fao, 2014). Em praticamente todas as regiões do Brasil, esse fruto é cultivado sob diferentes sistemas de manejo e em diferentes épocas do ano, e sua produção em 2010 atingiu 145,6 milhões de toneladas (IBGE, 2011). Objetivou-se com o presente estudo, avaliar as características físicas e químicas de frutos de tomate cereja cultivados em Janaúba MG. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Laboratório de Fisiologia Pós-Colheita da Universidade Estadual de Montes Claros, campus Janaúba, MG. Foram utilizados frutos maduros de tomate cereja de um plantio comercial localizado na cidade de Janaúba, MG. Os frutos foram selecionados, descartando-se os danificados e os manchados. Estes, após serem separados, foram lavados em água corrente, secados ao ar e colocados em bandejas plásticas etiquetadas para a determinação das características físicas e químicas. A firmeza (Newton) de frutos com casca foi determinada através do texturômetro digital Brookfield CT3 Texture. A coloração externa dos frutos foi avaliada através do colorímetro Color Flex 45/0(2200), stdzmode:45/0, que é expressa segundo o sistema CIE (Commision Internacional de L Eclairaige) em L* a* b*, que permite calcular o Hue (b/a), a luminosidade (L*) e a cromaticidade (C*) va 2 +b 2. Os sólidos solúveis ( Brix) foram determinados por leitura em refratômetro de bancada da marca ATAGO (modelo N1). O ph segundo a técnica da AOAC (1992), a leitura realizada em phmetro

67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 digital (Digimed modelo DM20). A acidez titulável (g ác. cítrico por 100g de amostra) foi determinada por titulação com solução de NaOH 0,01N e os resultados expressos em percentagem. Também avaliado o peso total dos frutos, obtidos em balança semi- analitica; comprimento e diâmetro que foram obtidos por meio de um paquímetro digital. Para todos os dados obtidos foram determinados à média, o valor mínimo e máximo, coeficiente de variação e o desvio padrão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados das análises físicas e químicas dos frutos de tomate estão dispostos na Tabela 1. Para a variável peso dos frutos foi encontrado o valor de 8,37g. O peso dos frutos de tomate é uma característica fundamental para indústria por estar relacionado com o rendimento de produção, assim como, o teor de sólidos solúveis do fruto. Os frutos de tomate cereja avaliados neste estudos apresentaram comprimento de 27,45, e diâmetro de 21,52 mm. O ph verificado foi de 4,12. As médias de ph estão dentro dos valores considerados ideais para tomates de qualidade e próximos aos valores encontrados por Costa et al. (2006), que mediu valores de ph inferiores a 4,5 em vários genótipos de tomate cereja. Embora valores de ph mais baixos confiram um sabor mais ácido ao fruto, sendo que a característica ácida promove a conservação do fruto após a colheita (Nascimento et al., 2013). Segundo Gould (1974), para um fruto de tomate ser considerado ácido a sua acidez deve ser inferior a 4,5. Giordano et al., (2000) relata que um fruto de qualidade é aquele cujo o ph desejável é inferior a 4,5 e superior a 3,7 para ter acidez elevada. O valor do ph torna-se muito importante quando o fruto é destinado ao processamento, pois um ph inferior a 4,5 é desejável para impedir a proliferação de microorganismos e valores superiores ao ph 4,5, requerem períodos mais longos de esterilização da matéria prima em um processamento térmico, ocasionando maior consumo de energia e maior custo de processamento (Monteiro et al., 2008). De modo geral, tomates excessivamente ácidos são rejeitados pelo consumidor (Borguini; Silva 2007). Para a variável acidez titulável o valor encontrado foi de 0,19, corroborando aos resultados aos encontrados por Charlo et al. (2009). No entanto, estes valores apresentam-se inferiores aos encontrados por Wills e Ku (2002) que variaram de 0,97 a 1,1% de ácido cítrico. Valores bem superiores aos valores médios foram detectados por

99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 Carvalho et al. (2005) e Castro (2003), 0,4 % de ácido cítrico. A acidez total no tomate indica a quantidade de ácidos orgânicos presentes e a adstringência do produto e é a principal influência no sabor dos frutos (Nascimento et al., 2013). No comércio de alimentos in natura, as preferências pelas cultivares mais doces ou mais ácidas dependem do hábito alimentar dos consumidores e dos padrões culturais da região (Nascimento et al., 2013). Com relação a firmeza o valor encontrado foi de 4, 85N. De acordo com Brummell et al. (1999), a perda de firmeza de polpa em tomates está relacionada à perda de turgor, mas, principalmente, ao metabolismo da parede celular, ocorrendo uma extensiva despolimerização da pectina e hemicelulose e uma fraca despolimerização da celulose. Para a comercialização, a firmeza também é importante, uma vez que é uma característica bastante exigida pelos consumidores, influenciando diretamente na opção de compra (Andreuccetti et al., 2007). Os valores de sólidos solúveis foram de 5,98%, estando dentro da faixa observada por vários autores Sampaio, 1996; Fontes et al., 2000; Sampaio & Fontes, 2000. Quanto a luminosidade verificou-se um valor de 34,72 nos frutos de tomate cereja avaliados. Em geral, o valor de L reduz com o aparecimento da cor vermelha no tomate, à medida que os frutos amadurecem, representando a perda de brilho dos frutos, devido à síntese de carotenóides e à diminuição da coloração verde (Carvalho et al., 2005). De acordo com Chitarra e Chitarra (2005), as mudanças de coloração durante o amadurecimento são correlacionadas, pelo consumidor, com o aumento da doçura e com o desenvolvimento de outros atributos desejáveis. Dessa forma, a escolha, no ato da compra, recai sempre nos produtos mais coloridos e, portanto, com menor brilho. Entretanto, nem sempre há uma correlação direta entre cor e qualidade. Para ângulo hue e cromaticidade os valores encontrados no presente trabalho foram de 89,03 e 34,72, respectivamente. CONCLUSÕES Os frutos de tomate cereja avaliados no presente estudo apresentam características que lhes conferem bom potencial para o mercado consumidor local.

131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 REFERÊNCIAS ANDREUCCETTI, C.; FERREIRA, M.D.; MORETTI, C.L.; HONÓRIO, S.L. Qualidade pós-colheita de frutos de tomate cv. Andréa tratados com etileno. Horticultura Brasileira, Brasília, DF, v.25, n.1, p.122-126, jan./mar. 2007. BORGUINI R. G.; SILVA M. V. O conteúdo nutricional de tomates obtidos por cultivo orgânico e convencional. Revista Higiene Alimentar. 45: 41-46. 2007. BRUMMELL, D.A. et al. Modification of expansin protein abundance in tomato fruit alters softening and cell wall polymer metabolism during ripening. Plant Cell, Rockville, v.11, n.11, p.2203-2216, 1999. CARVALHO, W.; FONSECA, M. E. N.; SILVA, H. R.; BOITEUX, L. S.; GIORDANO, L. B. Estimativa indireta de teores de licopeno em frutos de genótipos de tomateiro via análise colorimétrica. Horticultura Brasileira, Brasília, DF, v. 232, n. 3, p. 819-825, 2005. COSTA, C. A. et al. Produção orgânica de linhagens de tomate cereja tolerantes ao calor. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 46., 2006 Anais... Goiânia: Horticultura Brasileira, 2006. 1 CD -ROM. CHARLO, H. C. O. et al.desempenho e qualidade de frutos de tomateiro em cultivo rotegido com difere ntes números de hastes. Horticultura Brasileira, 27: 144-149, 2009 CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. Lavras: UFLA, 2005. 785 p. FONTES, P. C. R.; SAMPAIO, R. A.; FINGER, F.L. Fruit size, mineral co mposition and quality of trickle-irrigated tomatoes as affected by potassium rates. Pesquisa Agropec uári a Brasileira, Brasília, DF, v. 35, n.1, p. 21-25, 2000. FAO - FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. FAOSTAT. Disponível em: <http://faostat.fao.org/site/567/default.aspx#ancor>. Acesso em 10 jan. 2014. IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Levantamento sistemático da produção agrícola. 2011. Disponível em: <http ://www.ib ge.go v.b r/ho me/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/lspa_201111.pdf > LENUCCI, M. et al. Antioxidant composition incherry and high-pigment tomato cultivars. Journal Agriculture and Food Chemistry, v. 54, n. 7, p. 2606-2613, 2006.

162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 PINHO, L. et al. Nutritional properties of cherry tomatoes harvested at different times and grown in an organic cropping. Horticultura Brasileira, Brasília, DF, v. 29, n. 2, p. 205-211, 2011. GOULD, W. A. Tomato production, processing and quality evaluation. Westport: The AVI. 1974. 445p GIORDANO, L. B.; RIBEIRO CS da. Origem botânica e composição química do fruto. In: SILVA J. B. C. da; GIORDANO L. B. (Orgs.) Tomate para o processamento industrial. Brasília DF: Embrapa Comunicação para transferência de Tecnologia/ Embrapa Hortaliças. 2000. p. 36-59 GUILHERME, D. O. Produção e qualidade de frutos de tomateiro cereja cultivados em diferentes espaçamentos em sistema orgânico.2007. 63 f. (Tese Mestrado) - Universidade Federa l de Minas Gerais, Montes Claros. NASCIMENTO, A. R. et al. Qualidade de tomates de mesa cultivados em sistema orgânico e convencional no estado de Goiás. Horticultura Brasileira, v. 31, n. 4, p. 628-635, 2013. MONTEIRO, C. S.et AL. Qualidade nutricional e antioxidante do tomate tipo italiano. Alim. Nutr., v.19, n.1, p. 25-31, 2008. SAMPAIO RA; FONTES PCR. 2000. Composição química e qualidade de frutos do tomateiro em função da adubação potássica. Ciência Agrícola. 5: 65-73. WILLS, R. B. H.; KU, V. V. V. Use of 1-MCP to extend the time to ripen of green to tomatoes and postharvest life of ripe tomatoes. Postharvest Biology and Technology, v. 26, p. 85-90, 2002.

200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 Tabela 1 : Valores médios, mínimos, máximos, desvio padrão e coeficiente de variação (CV) das características peso total, comprimento, diâmetro, ph, acidez titulável, sólidos solúveis, firmeza, luminosidade, ângulo hue e cromaticidade de frutos de tomate cereja em Janaúba-MG. (Mean values, minimum, maximum, standard deviation and coefficient of variation (CV) of the characteristics total weight, length, diameter, ph, titratable acid, soluble solids acidity, firmness, luminosity, hue angle and chroma of cherry to mato fruits in Janaúba-MG.) Variável Média CV (%) Min Max DP Peso do fruto (g) 8,37 7,76 7,68 9,56 0,65 Co mprimento (g) 27,45 2,7 26,48 28,535 0,74 Diâmetro (mm) 21,52 4,14 20,76 23,3 0,89 Sólidos solúveis ( Brix) 5,98 14,22 4,1 6,9 0,85 ph 4,12 2,06 4 4,27 0,08 Acidez titulável 0,19 9,87 0,17 0,22 0,02 Firmeza (N) 4,85 7,68 4,26 5,29 0,37 Lu minosidade 34,72 5,36 31,78 38,25 1,86 Ângulo hue 89,03 0,05 88,96 89,10 0,05 Cro mat icidade 30,13 12,76 26,15 37,50 3,85 CV: coeficiente de variação; DP: desvio padrão.