VEÍCULO: PORTAL NO AR DATA: 01.01.16 Em 1 de janeiro de 2016 às 07:02 Economia Fecomércio prevê queda de 4% na economia potiguar em 2016 Presidente da entidade, Marcelo Queiroz, comentou sobre o 2015 difícil para a economia potiguar e apontou o turismo como tábua de salvação Por Virgínia França O horizonte de retomada está cada vez mais distante, declarou Queiroz sobre as perspectivas para 2016 (Foto: Alberto Leandro/Portal No Ar) O ano de 2015 foi um ano complicado para a economia brasileira. Aumento da inflação, retração do PIB, aumento das taxas de desempregos e queda no comércio brasileiro foram alguns dos efeitos da crise econômica no Brasil. No Rio Grande do Norte também não foi diferente. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, comentou os dados nacionais e locais, apontando que o cenário pode se complicar com a instabilidade do setor político. O horizonte de retomada está cada vez mais distante, declarou Queiroz sobre as perspectivas para 2016.
No RN, as vendas em setembro, último mês com balanço do IBGE, com uma queda de 11,1% em relação ao mesmo mês em 2014. No acumulado dos nove meses, a retração foi de 3,6%, o que representou a perda de R$ 600 milhões no faturamento do varejo potiguar. Se antes esperávamos um crescimento zero, agora não há como falarmos em nada diferente de uma queda próxima dos 4%, estimou. Para salvar os setores, Marcelo Queiroz aponta o turismo como o segmento que pode salvar a economia potiguar. Segundo o presidente da Fecomércio RN, o turismo vive um momento positivo, que ajuda o comércio. Veja a entrevista completa: Portal No Ar: Qual a avaliação que o senhor faz de 2015? Marcelo Queiroz: O ano de 2015 foi complexo, delicado e nebuloso. No final do primeiro trimestre, tínhamos um cenário que apontava para um 2015 ruim, mas com crescimento de 0,5% do PIB e uma expectativa de retomada do ritmo econômico em 2016, com crescimento entre 1% e 1,5%. Chegamos ao final do ano com uma expectativa de retração próxima dos 3% em 2015 e projeção de queda de 1% no PIB em 2016. O horizonte de retomada está cada vez mais distante. Isso é muito preocupante e para completar, ainda temos esta instabilidade cada vez maior no cenário político. Portal No Ar: Quais os números do RN? Presidente da Fecomércio detalhou as quedas no segmentos econômicos (Foto: Alberto Leandro/Portal No Ar) MQ: O país inteiro vive um momento delicado e o Rio Grande do Norte não é uma ilha. Até setembro, de acordo com dados do IBGE, as vendas caíram em comparação a setembro de 2014, nada menos que 11,1%. Foi a maior retração para um único mês
da série histórica, iniciada em 2009. Com isso, o acumulado do ano, até setembro, indicava retração de 3,6%. Para efeito de comparação, de janeiro a setembro de 2014 o varejo do estado havia registrado aumento de 3,1% nas vendas. A queda de 3,6% no acumulado deste ano representa uma perda de cerca de R$ 600 milhões em faturamento para o nosso varejo. Foram números surpreendentes, negativamente, mesmo para o atual cenário econômico que vivemos. Tínhamos uma esperança de que o movimento do setor turístico já começasse a influenciar as vendas em setembro e, por isso, esperávamos uma queda de 2% ou 3%, no máximo. Estes números nos fazem rever, drasticamente, as estimativas para o fechamento do ano. Se antes esperávamos um crescimento zero, agora não há como falarmos em nada diferente de uma queda próxima dos 4%. O setor de Serviços também perdeu receita no estado este ano, uma queda de 4,8%. Com o resultado de setembro, o volume de serviços prestados acumula queda de 2,8% no ano. Os Serviços Prestados às Famílias, por exemplo, recuaram 6,7% sobre o mesmo mês de 2014; os Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares tiveram retração de 8,1%. Tudo isso nos preocupa bastante, devido aos impactos desse cenário na economia potiguar, que tem no Comércio e nos Serviços a sua base. Portal No Ar: E essa situação impacta na geração de emprego. MQ: Isso. Segundo dados do Caged, até outubro deste ano, o Rio Grande do Norte perdeu 8.301 empregos formais. No mesmo período do ano passado, este saldo era positivo, de 11.749 vagas. O setor de Comércio, sozinho, de janeiro a outubro deste ano fechou 2.355 vagas. Felizmente, no acumulado do ano, o setor de Serviços ainda emplaca um saldo positivo, de 1.942 postos. A junção de Comércio e Serviços tem saldo, até outubro, negativo de -670 vagas. Se considerarmos que no ano passado, até outubro, Comércio e Serviços tinham saldo positivo de 11.149 vagas, podemos dizer que apenas o setor representado pela Fecomércio fechou, em um ano, 11.819 empregos com carteira assinada. Portal No Ar: Houve queda na movimentação? Em que setores? MQ: Todas as oito atividades do varejo estratificadas pelo IBGE registraram variações negativas. O principal destaque foi para Móveis e eletrodomésticos, com - 17,9%; seguido por Hipermercados, Supermercados, Produtos alimentícios, Bebidas e fumo (-2,2%); Combustíveis e lubrificantes (-8,7%) e Tecidos, vestuário e calçados (- 12,9%). Nos demais setores, os resultados foram: Livros, jornais, revistas e papelaria (- 14,9%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-9,7%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,0%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,1%); este último com a primeira queda da série histórica para o mês. Isso aumenta ainda mais nossa preocupação porque vemos uma generalização da retração. Se antes verificávamos quedas mais concentradas em segmentos mais dependentes do crédito, agora setores como Hipermercados e Supermercados e Tecidos e Vestuário também aparecem encabeçando o ranking.
Portal No Ar: Quais setores foram na contramão da crise? Marcelo Queiroz: Toda a economia está tendo que se reinventar (Foto: Alberto Leandro/Portal No Ar) MQ: Podemos dizer que o turismo teve esta característica. O nosso setor turístico vive um momento positivo, felizmente. E eu digo felizmente porque como tem grande impacto em diversos setores da economia principalmente no comércio o turismo tem sido, uma espécie de tábua de salvação para muitas empresas e muitos empregos. E este bom momento se deve basicamente a dois fatores: o fato de que o Governo do Estado que promoveu a redução do ICMS sobre o querosene de aviação, algo que a Fecomércio passou o ano de 2014 inteiro pleiteando, defendendo. Além disso, o Governo tem feito uma divulgação maciça do nosso destino interna e externamente. Isso abriu as portas para ampliar a malha aérea e tornar um destino mais acessível, inclusive em termos de preços. Além disso, com o dólar nas alturas, o turismo doméstico naturalmente ganha fôlego e Natal tem despontado como um dos destinos preferidos dos brasileiros. Este conjunto de fatores têm feito com que nosso turismo experimente um crescimento substancial, levando vários setores da economia a reboque. Segundo informações da ABIH RN, na média de janeiro a setembro deste ano, a taxa de ocupação dos nossos 52,5 mil leitos teve alta de 20%, atingindo uma média de 69%. No mês de julho, esta taxa média de ocupação atingiu cerca de 75% e em alguns feriadões, esta taxa atingiu 96%. Para a alta estação que está começando, a ABIH projeta uma taxa média de ocupação na casa dos 92%, que deve se estender até o final de janeiro e ter um novo respiro no Carnaval. Caso se confirme, este dado representará um incremento próximo dos 30% sobre a mesma alta estação do ano passado. Portal No Ar: O que o setor de comércio de bens, serviços e turismo do RN espera de 2016?
Infelizmente, as projeções dos especialistas mostram que o ano também será de dificuldades. Mas esperamos que tenhamos uma definição do quadro político e que isso seja um ponto de partida para começarmos a arrumar a casa do ponto de vista econômico. Portal No Ar: Qual o impacto dos reajustes estaduais que começam a valer em fevereiro do próximo ano? Nós não temos números ainda acerca do impacto real dos aumentos de impostos sobre o mercado, mas é claro que ele existirá e será sentido pelas empresas e pelos consumidores. Teremos custos mais altos de produção e de manutenção das empresas e isso pode, sim, ter reflexos dos mais variados na economia como um todo. Portal No Ar: Como as empresas podem sobreviver nesse cenário? O comércio está tendo que se reinventar. Otimizar gastos, reduzir custos, investir em capacitação e em produtividade. Este é o caminho de curto prazo, já que não vemos saída para o momento turbulento porque passa nossa economia neste horizonte de tempo. Toda a economia está tendo que se reinventar. Atualizado em 1 de janeiro às 07:05
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