Vendas do comércio em Maio registra maior queda dos últimos doze meses

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1 Vendas do comércio em Maio registra maior queda dos últimos doze meses O IBGE divulgou os dados do comércio varejista referente ao mês de Maio de 28. O resultado da PMC do mês de Maio conforme esperado aponta queda em praticamente todos os setores da economia em relação ao mês anterior, nesse caso Abril. O grande algoz dessa queda foi o que foi conhecido como Greve dos Caminhoneiros, que durou certa de dias e dificultou o abastecimento de toda a cadeia de suprimentos, começando pela dificuldade na obtenção de gasolina e afetando até as gôndolas dos supermercados. Por incrível que pareça os supermercados foram os menos afetados pela Greve, Isabella Nunes disse ao Estadão que Embora o setor tenha sentido o desabastecimento de alimentos in natura, os estoques de não perecíveis permaneceram preservados. (Produtos de) supermercados são itens de primeira necessidade.. Índice de volume de vendas no comércio varejista (%),4 Variação mês / mês anterior com ajuste sazonal,2,8,2,8,6,4,2,5,7 -,2 -,2 -,4 -,6 -,8 -,4 -,5 -,6 -,6 Brasil O índice apontou uma queda de,6% nas vendas do varejo em relação a Abril. Após atualizações do IBGE referente aos meses anteriores, o mês de Maio registrou a primeira queda do ano de 28. O último recuo foi em Dezembro de 27.

2 O varejo demonstra nos últimos doze meses uma certa estabilidade, uma vez que alterna entre recuos e avanços nos números do volume de vendas do comércio varejista quando comparados ao mês imediatamente anterior. A maior alta neste índice, nos últimos doze meses, foi em Junho de 27, com aumento de,2%, a maior queda foi registrada em Dezembro de 27 e neste mês de Maio de 26, com -,6%. No índice de volume de vendas do comércio varejista, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, o IBGE registrou um aumento de 2,7%, dando continuidade a sequência dos últimos doze meses de registros positivos. Contudo, o mês de Maio registrou o quarto menor crescimento dos últimos doze meses Índice de volume de vendas no comércio varejista (%) Variação mensal (base: igual mês do ano anterior) , ,9 3, 3,6 2,6 4 3, 2,7,5,6 Brasil A maior alta no último ano foi em Março de 28, com 8% de crescimento do varejo, a menor alta foi no mês seguinte, em Abril de 28, com,6% de crescimento. Todos os dados do IBGE são revisados na última publicação. Os números destes índices mostram mais uma vez que o varejo está em constante crescimento quando comparado ao mesmo momento do ano anterior, o ano de 27 foi um ano em que o

3 comércio começou a se recuperar e iniciou uma sequência positiva após as quedas acumuladas em 25 e em 26. O ano de 28 confirma a nítida recuperação das vendas, muito por conta da lenta recuperação econômica nos últimos meses. Apesar da greve dos caminhoneiros, que causou reflexo nas principais atividades econômicas, o Varejo teve um melhor comportamento quando comparado a Maio de 27. Já em relação ao volume de vendas do varejo separados por atividade, apenas quatro dos doze setores utilizados pelo IBGE apresentaram alta quando comparados a Maio de 27. Índice de volume de vendas no comércio varejista (%) por atividade Variação mensal (base: igual mês do ano anterior) Hipermercados e supermercados Hipermercados, supermercados, produtos Outros artigos de uso pessoal e doméstico Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, Eletrodomésticos Tecidos, vestuário e calçados Móveis e eletrodomésticos Equipamentos e materiais para escritório, Combustíveis e lubrificantes Móveis Livros, jornais, revistas e papelaria -3,3-3,6-6, -7,9-7,9 -,6-4 4,5 8 6,9 8, A maior queda foi registrada no setor de Livros, jornais, revistas e papelaria, que apresentou um recuo de 4% em relação a Maio de 27, seguido do setor de Móveis que registrou queda de,6%. O setor de Hipermercado e supermercados registrou aumento de 8,5%. Os setores de Eletrodomésticos e Moveis e eletrodomésticos registraram queda neste mês de Maio, apesar do crescimento registrado nos últimos meses.

4 São Paulo Seguindo um comportamento diferente do cenário nacional, o varejo paulista registrou estabilidade com variação de,% de aumento em relação ao mês do Abril. Os dados serão revisados no próximo mês, portanto este registro poderá sofrer alterações. O mês de Maio registrou a menor alta dos últimos doze meses, quando comparado ao mês imediatamente anterior com ajuste sazonal. A maior alta foi registrada em Abril de 28, com crescimento de 3,5% no varejo, a maior queda foi registrada em Agosto de 27, com recuo de,5%. Índice de volume de vendas no comércio varejista (%) 4 Variação mês / mês anterior com ajuste sazonal 3,5 3 2,7,4 -,2 -,5 -,8,5 -,2 -,5 -,2 -,3, -2 São Paulo No índice de volume de vendas do varejo paulista quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, foi registrado um aumento de 3%. O maior aumento foi em Março de 28, com registro de 9,6% em relação a Março de 27. Neste índice, apenas foram registrados duas quedas, nos meses de Fevereiro de 28 e em Abril de 28, ambas não ultrapassaram uma variação maior que %.

5 No índice de volume de vendas por atividade, assim como no cenário nacional, apenas quatro dos doze setores registraram alta em relação ao mesmo mês do ano Volume de vendas no comércio varejista (%) por atividade - São Paulo Variação mensal (base: igual mês do ano anterior) Hipermercados, supermercados, produtos Hipermercados e supermercados Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, Outros artigos de uso pessoal e doméstico Combustíveis e lubrificantes Eletrodomésticos Tecidos, vestuário e calçados Móveis e eletrodomésticos Equipamentos e materiais para escritório, Livros, jornais, revistas e papelaria Móveis -23,8-7,6-4,5 - -5,4-3 -3,5,7 8,4 8,2 7, anterior. Cujo os quatro setores são os mesmos que também cresceram no varejo nacional como um todo. A maior alta foi do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 8,4%, a maior queda foi no setor de Moveis com queda de 23,8%, seguido do setor de Livros, jornais, revistas e papelaria com queda de 7,6%. Por conta da greve dos caminhoneiros, houve uma drástica redução na produção por conta da falta de logística para os produtos, levando a perdas maiores em áreas do comércio de animais para o abate e agricultura. Outra área que teve muitas perdas foi a automobilística como um todo, pois com a falta de combustível nos postos, os carros circularão de forma bastante reduzida, assim como a compra de seus acessórios e afins. Durante a crise, segundo o sindicato do comércio varejista do DF a queda no faturamento das 3 mil lojas de rua e de shopping chegou a 2% entre os dias 2/5 e 29/5. Em São Paulo mesmo com a esta paralisação e a baixa confiança do consumidor as vendas do comércio foram positivas. Em relação a Maio, varejo cresceu em favorecimento também do dia útil a mais, 4,6%. Destaque para venda de televisores por conta da chegada da copa do mundo. O primeiro semestre fechou

6 positivo com alta média de 2,9% em relação ao igual período do ano passado. Em que houve um recuo de 2,7% nos seis primeiros meses de 27.

7 Responsável pela publicação Bruno de Santana Ribeiro Daniel do Espirito Santo Lima Henrique Trevisan Alunos Coordenadores Allan Silva de Carvalho Professor Coordenador Juliana Inhasz Professora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Conjuntura Econômica Equipe Pesquisa Mensal de Comércio NECON Bruno de Santana Ribeiro Daniel do Espirito Santo Lima Henrique Trevisan