Pág. 1 de 8 DIRETRIZES DE MÍNIMO IMPACTO PARA DEDO DE DEUS. Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro - FEMERJ

Documentos relacionados
FEDERAÇÃO DE MONTANHISMO DO ESTADO DE SÃO PAULO - FEMESP

O Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA

Curso de Formação em Licenciamento e Fiscalização Ambiental. Marconi Vieira da Silva Engenheiro Ambiental Hybsen Silva Pinheiro Engenheiro Agrônomo

Apresentação dos Requisitos Do Edital Inmetro nº 01/2011

Dimensão Adequação e Conforto das Instalações

REGULAMENTO DA GINCANA RELACIONAMENTO UNIFEOB 2016

Regulamento Interno Férias Desportivas Verão 15

EDITAL PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS NO III CURSO DE EXTENSÃO SOBRE O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO DO IFMG

GUIA SOBRE A APLICAÇÃO DOS ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA CARTILHA DE ADESÃO À AGENCE UNIVERSITAIRE DE LA FRANCOPHONIE

S i s t e m a N o r m a t i vo Corporativo

CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

Os Registros na Pesquisa. Christiane Zubler

4) Declaração de Cessão de Uso de Imagem devidamente preenchida (Anexo 2).

FICHA PROJETO - nº 226-MA

IMPACTO DA ATIVIDADE FISCALIZATÓRIA SOBRE A MELHORIA DA QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE DRENAGEM URBANA NO DISTRITO FEDERAL

Manutenção volante. A DDS SERVIÇOS possui muita experiência com este modelo de manutenção com resultados altamente satisfatórios.

COP- Arrow Serviços de Tecnologia Ltda.

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Pato Branco Departamento de Projetos e Obras MEMORIAL DESCRITIVO

Dimensão Adequação e Conforto das Instalações

RESOLUÇÃO Nº 469 DE 11 DE DEZEMBRO DE 2013.

Adotada Total / Parcial. Fundamento da não adoção. Recomendação. Não adotada. 1. Princípios Gerais

LEI N 2908 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2001.

Minuta Circular Normativa

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Estado do Rio de Janeiro Prefeitura Municipal de Mangaratiba Gabinete do Prefeito

GOVERNANÇA NA FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL 1. INTRODUÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 02/2014

Projeto Movimento ODM Brasil 2015 Título do Projeto

電 動 車 輛 充 電 設 施 安 全 技 術 指 引

RESOLUÇÃO SESA nº 0318, DE 31 DE JULHO DE 2002

Esta política abrange a todos os departamentos da Instituição.

Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA)

EDITAL DE SELEÇÃO PARA MESTRADO 2016 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (UNIFEI)

Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná HEMEPAR Farm. Elvira Rosa Folda DVGQB Jul/2012

Política de Responsabilidade Socioambiental da PREVI

Cronograma - Seguindo o plano de metas da USP para 2015

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 12

TERMO DE REFERÊNCIA. Projeto de Reflorestamento com Espécies Nativas no Bioma Mata Atlântica São Paulo Brasil

Plano de Manejo Parque Natural Municipal Doutor Tancredo de Almeida Neves. Encarte 6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO. IVB-2012 Página 1

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DA AMAZÔNIA

Certificação e Auditoria Ambiental

Regulamento do Núcleo de Apoio à Pesquisa do Curso de Medicina da UNIFENAS-BH

LOCAL DE RESIDÊNCIA Teresópolis

Contrata Consultor na modalidade Produto

Política de Responsabilidade Socioambiental Sulcredi São Miguel

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS NS020 LAVAGEM DE REDES DE ÁGUA Revisão: 02 Abr.

ANEXO II PROJETO DE MELHORIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO REGULAMENTO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

PROPOSTA DE PROJETO MANUAL DE PREENCHIMENTO

SOCIEDADE EDUCACIONAL DA PARAÍBA SEDUP FACULDADES DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA FESP

CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S.A. CERON PREGÃO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA ANEXO XIII DO EDITAL

POLÍTICA ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS ÍNDICE. 1. Objetivo Abrangência Definições Diretrizes Materialidade...

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - PRSA

ENERGIA EM SUA CASA CONHEÇA AS NORMAS E FAÇA UMA INSTALAÇÃO CORRETA E 100% SEGURA.

Evolução do Orçamento Público

Por uma prática promotora de saúde em Orientação Vocacional (Ana Bock e Wanda Aguiar)

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE RELACIONAMENTO REDE SCB REDE DOS SERVIÇOS DE CRÉDITO DO BRASIL LTDA. PROGRAMA "De Olho no Ponto"

Ficha de Recomendação - APCN

CAMPEONATO REGIONAL SUL DE BOCHA ADAPTADA 2016 BLUMENAU-SC 19 A 22 DE MAIO DE 2016

Oficina dos Sentidos

3 Metodologia de pesquisa

Edital Concurso Cultural de Pintura em Tela 7º Festival Regional do Umbu

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO

Índice. Caderno de Exercícios. Modelo GCVC Gestão do Ciclo de Vida dos Contratos Caderno de Exercícios 3ª Edição 2016

I TORNEIO DE INTEGRAÇÃO CIENTÍFICA TIC

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO

Manual do Revisor Oficial de Contas. Recomendação Técnica n.º 5

Curso de Engenharia de Produção. Organização do Trabalho na Produção

OPAS/OMS Representação do Brasil Programa de Cooperação Internacional em Saúde - TC 41 Resumo Executivo de Projeto

ESTADO DE GOIÁS CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO CEE PLENO N. 3, DE 3 DE JULHO DE 2006.

Política de Responsabilidade Socioambiental - (PRSA) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA).

Nota Técnica sobre centrais de GLP, com operação de sistema Pit Stop

2.2 Estruturar ação de oficina de integração com gestores, trabalhadores, usuários e familiares da RAPS, redes de saúde e rede intersetorial.

LEI MUNICIPAL Nº. 679/ DE NOVEMBRO 2013

Dos Serviços de Obras, Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Sanitária.

Processo de Gerenciamento do Catálogo de Serviços de TIC

Manual. Empresas de perfuração de poços tubulares para captação de água subterrânea. A Engenharia nos Empreendimentos. Anexo IV

Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira Coordenação de Pesquisa e Coordenação de Extensão

Prof. José Maurício S. Pinheiro - UGB

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CREDITÁ S.A. Crédito, Financiamento e Investimento

PLANOS DE CONTINGÊNCIA, PROGRAMA DE ALERTA E PREPARAÇÃO DE COMUNIDADES PARA EMERGÊNCIAS LOCAIS

Transplante capilar Introdução

CONCURSO ESCOLAS SUSTENTÁVEIS TEMA

O DIRIGENTE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA CONAE 2014 E DO PNE. Célia Maria Vilela Tavares

SUMÁRIO I ITENS GERAIS DO PLANO DE SEGURANÇA RELACIONADOS AO CONTROLE/FISCALIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS E SEUS ACESSÓRIOS

A empresa quantifica aspectos socioambientais nas projeções financeiras de:

CBME CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE MONTANHISMO E ESCALADA GUIA DE MONTANHA VOLUNTÁRIO PADRÃO CBME

Relatório elaborado pela. ONG Sustentabilidade e Participação

Experiência: Gestão Estratégica de compras: otimização do Pregão Presencial

EVENTOS NACIONAIS: Equipamentos: Eventos onde as regras serão observadas: Responsabilidade: Patch: PATCH COSTURADO Patch COSTURADO costura

Impresso em 26/08/ :39:41 (Sem título)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA AS EMPRESAS DISTRIBUIDORAS DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) SUMÁRIO & '!

DECRETO nº 2.303/2012

GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (COEMA) RESOLUÇÃO COEMA Nº 016/09

CHAMADA MCT / FINEP ENERGIA DE PRODUTOS E SERVIÇOS COM TECNOLOGIA INOVADORA NA ÁREA DE

Transcrição:

DIRETRIZES DE MÍNIMO IMPACTO PARA DEDO DE DEUS Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro - FEMERJ Documento: Tipo: Autor: Local: FEMERJ: Nº DMI-2016/01 Diretrizes de Mínimo Impacto Data criação: 19 de março de 2016 Revisão: - Nº da revisão: 0 Nº Páginas: 8 Data da revisão: - Nota: Entidades filiadas: Filiada a: FEMERJ Encontro sobre Vias Ferratas: Cabos do Dedo de Deus Via de acesso ao Dedo de Deus, Parque Nacional da Serra dos Órgãos/RJ Sujeito a atualizações periódicas Associação de Guias e Profissionais de Escalada do Estado do Rio de Janeiro (AGUIPERJ), Centro Excursionista Brasileiro (), Centro Excursionista Friburguense (CEF), Centro Excursionista Guanabara (CEG), Centro Excursionista Petropolitano (CEP), Centro Excursionista Rio de Janeiro (CERJ), Centro Excursionista Teresopolitano (CET), Clube Excursionista Carioca (CEC), Clube Excursionista Light (CEL), Clube de Montanhismo de Niterói (CMN) e Grupo Excursionista Agulhas Negras (GEAN) Sumário Prefácio 1. Introdução 2. Diretrizes Gerais 3. Diretrizes Específicas 4. Informações Complementares Pág. 1 de 8

FEDERAÇÃO DE ESPORTES DE MONTANHAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - FEMERJ A Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ) tem por missão organizar e difundir o montanhismo e a escalada e promover sua prática responsável e sustentável no Estado do Rio de Janeiro. Conscientes de seu papel não só na organização do esporte, mas também como entidade envolvida na busca de um meio ambiente ecologicamente equilibrado e na manutenção do patrimônio cênico natural fluminense, a FEMERJ tem empreendido esforços de conservação, mínimo impacto ambiental e manejo da visitação em áreas naturais. Criada em 2000, a FEMERJ é composta por onze entidades, é membro fundador e participa ativamente da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME), que por sua vez é registrada no Ministério dos Esportes e é filiada à União Internacional de Associações de Alpinismo (UIAA 1 ), que é a entidade de promoção das práticas de montanhismo internacional. 1 Union Internationale des Associations d' Alpinisme Pág. 2 de 8

1. Introdução O estabelecimento de Diretrizes de Mínimo Impacto se constitui em uma poderosa estratégia de manejo da visitação em áreas naturais ao permitir comunicar aos visitantes sobre as melhores práticas e condutas em determinados locais, de forma a reduzir os impactos da visitação e contribuir para a conservação do ambiente natural. A FEMERJ se utiliza dessa estratégia para o manejo das atividades de montanhismo (caminhada e escalada) em áreas naturais com visitação moderada à intensa ou em áreas protegidas (como as Unidades de Conservação) que demandem um melhor manejo dessa atividade. Todavia, a FEMERJ entende que esta estratégia alcança melhores resultados quando realizada de forma participativa, com espaço para a colaboração de toda a comunidade de montanhistas e em parceria com os responsáveis pela gestão das áreas naturais. De maneira, a criar Diretrizes pactuadas entre os diferentes atores. A FEMERJ estabeleceu um procedimento para elaboração das Diretrizes de Mínimo Impacto, com base em uma experiência de auto-regulamentação iniciada em 2001, de forma proativa por montanhistas na área da Urca, que resultou na realização do Seminário de Mínimo Impacto da Urca, no início de 2002. Nesse documento são apresentadas as Diretrizes de Mínimo Impacto para a via ferrata, de acesso, às escaladas do Dedo de Deus. O Dedo de Deus, montanha símbolo do montanhismo nacional, foi conquistado em 1912 pela via Teixeira, existindo hoje várias outras vias de escalada. O caminho de acesso às vias de escalada em rocha percorre uma canaleta de vegetação bastante íngreme. Devido à declividade e características do solo e vegetação, essa trilha é considerada frágil. Ao longo das décadas, os montanhistas adicionaram cabos de aço em determinados trechos com erosão do solo para a proteção da vegetação marginal e do próprio solo. Na década de 90, o trecho conhecido como Chaminé das Pedras Soltas sofreu um desabamento. Como alternativa para evitar esse trecho, permitindo a recuperação da vegetação nessa canaleta, a comunidade de montanhistas, liderada pela Interclubes (que integrava, na época, os clubes de montanhismo), instalou uma série de cabos de aço em trecho sobre rocha, que poderiam ser considerados uma via ferrata. No dia 09/01/2016, foi constatada a retirada dos primeiros trechos de cabos de aço do Dedo de Deus, totalizando cerca de 70 metros, por um ato anônimo de vandalismo. No dia 02/02/2016, foi feita uma vistoria conjunta do PARNASO e FEMERJ. Nesse momento, foi escalado o trecho chamado chaminé das pedras soltas, para avaliar a situação dos cabos, grampos e cordas ao longo da subida. Os cabos foram medidos e avaliados quanto à instalação e o grau de deterioração. O trecho com cabo de aço do Dedo de Deus possui cerca de 220 metros de cabos e cordas fixas até a base da Via Teixeira, sendo cerca de 145 m até a bifurcação para a via Leste e cerca de 172 m até a bifurcação para os Dedinhos. Da bifurcação em direção para a Leste, são mais cerca de 38 metros de cabos e cordas fixas. Pág. 3 de 8

No dia 19 de março de 2016, no Auditório do Parque Nacional da Serra dos órgãos (Parnaso), o resultado dessa vistoria foi apresentado à comunidade de montanhistas para embasar os debates sobre as alternativas de manejo da via de acesso à base das vias de escalada em rocha do Dedo de Deus, considerando as questões técnicas, éticas e de mínimo impacto. O Encontrou contou com a participação de 38 montanhistas, com a representação de diversas instituições, como: Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), 11º Batalhão de Montanha do Exército Brasileiro, Federação de Esportes de Montanhas do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ), Centro Excursionista Brasileiro (), Centro Excursionista Carioca (CEC), Centro Excursionista Guanabara (CEG), Centro Excursionista Petropolitano (CEP), Centro Excursionista Teresopolitano (CET), a Associação de Guias e Profissionais de Escalada do Estado do Rio de Janeiro (AGUIPERJ) e condutores locais do PARNASO. O Encontro ocorreu entre as 13:00h e 17:00h do dia 19 de março de 2016 e se organizou da seguinte forma: a) Abertura, com Gabriel Catan do PARNASO que expos as visões e expectativas do Parque em relação aos cabos do Dedo de Deus e a vistoria conjunta com a FEMERJ, realizada na área. b) Contextualização da situação dos cabos do Dedo de Deus e suas funções, por Kika Bradford Presidente FEMERJ, considerando as questões éticas e de mínimo impacto, com base nos seguintes pontos do Código de Ética da FEMERJ: 1. Zelar pelas montanhas e seus acessos, promover o mínimo impacto ambiental, escalar e caminhar com responsabilidade. 2. Seguir as recomendações de mínimo impacto ambiental, incluindo as discutidas e acordadas em Seminários de Mínimo Impacto promovidos pela FEMERJ. 6. Durante a escalada ou o rapel, fazer o possível para reduzir os danos sobre a vegetação. 7. Respeitar o Direito Autoral, assim a adição ou a retirada de pontos de segurança em escaladas já conquistadas devem ser somente realizadas com a autorização dos conquistadores e/ou clube responsável. Respeitar a pluralidade de estilos. 12. A rocha natural já nos oferece desafios suficientes. Não colocar agarras artificiais, quebrar propositalmente ou cavar agarras. c) Apresentação de aspectos técnicos sobre ascensão, construção e manutenção de vias ferratas por Delson de Queiroz - Diretor Técnico da FEMERJ, abordando técnicas de segurança, tipos de construção, equipamentos, montagens e manutenção de vias ferratas. d) Apresentação do levantamento da situação dos cabos de aço, com debate e definições de diretrizes gerais e para cada trecho. Pág. 4 de 8

Definições do Encontro (19/03/2016) 2. Diretrizes Gerais 1. Deve ser realizada a reforma em toda a extensão da via de acesso às escaladas do Dedo de Deus, priorizando as ações nos locais onde os cabos de aço estão em estado mais crítico. 2. Esta via será mantida como uma via ferrata, ou seja uma via de escalada, predominantemente equipada com um cabo de aço fixo, em toda a sua extensão, que serve para apoio para a ascensão em artificial e para proteger o escalador em caso de queda. Exige a utilização de equipamento apropriado - EAS, como o indicado pela norma EN 958 cabo solteira com dissipador de energia e/ou equipamentos de proteção de escalada em livre (corda, costuras e freios). 3. As estruturas artificiais instaladas nas vias terão como objetivo principal a proteção da vegetação, observando os preceitos estabelecidos no Código de Ética da FEMERJ, apresentados durante o Encontro. 4. A reforma da via observará as recomendações técnicas apresentadas no Encontro, em relação aos materiais, equipamentos e montagem de vias ferratas constantes nos documentos (i) FEMERJ-STE Documento FEMERJ Nº STE-2016/01: Via Ferrata Técnicas de Ascensão e (ii) FEMERJ Nº STE-2016/02: Via Ferrata Técnicas de Construção. 5. A reforma da via deverá ser realizada considerando as seguintes técnicas de ascensão: (a) nos trechos verticais em rocha ascensão com corda, costurando as proteções fixas paralelas ao cabo de aço; (b) nos trechos menos verticais, onde o cabo é utilizado em substituição ao apoio à vegetação, não será necessário proteções fixas para costura da corda. 6. Devem ser instaladas proteções para rapel independentes das ancoragens utilizadas para a fixação do cabo de aço. Da mesma forma, as proteções fixas para a costura da corda devem ser independentes das ancoragens do cabo de aço. 7. As cordas fixas devem ser eliminadas como estruturas de apoio permanente. 8. A reforma que será executada a partir do presente Encontro se constituirá como um marco de referência para as manutenções futuras, sendo preparado um croqui que será divulgado pela FEMERJ. O Centro Excursionista Teresopolitano (CET), como clube montanhista local, ficará encarregado pelas questões envolvendo as manutenções ou de direito autoral em relação à essa via de acesso às escaladas do Dedo. 9. Para detalhar o planejamento da reforma e as ações necessárias, um grupo de voluntários irá realizar uma ou mais vistorias no local. Pág. 5 de 8

3. Diretrizes Específicas 1. Trecho 1 - até a primeira bifurcação para a direita: Manter os cabos de aço nos trechos onde a dificuldade técnica pode induzir as pessoas a buscar a passagem ou apoio na vegetação. Os cabos de aço que funcionam apenas como facilitadores deverão ser suprimidos. Recolocar o cabo de aço até a primeira canaleta, com exceção do trecho da horizontal, onde não há necessidade de cabo. Após esse segmento, manter os cabos de aço nas passagens mais verticais. Nas demais passagens, instalar proteções para escalada em livre, tendo como parâmetro o grau de exposição E1 ou artificial fixo. 2. Trecho 2 Canaletas, até a bifurcação do Dedinho: Retirar os cabos de aço ou cordas nos segmentos onde não haja riscos evidentes de comprometimento da vegetação. Nos segmentos onde foram retirados cabos de aço ou corda devem ser instaladas proteções fixas, considerando um grau de exposição E1. Avaliar a necessidade de instalação de artificial fixo ou degraus metálicos em alguns pontos desse trecho. 3. Trecho 3 Bifurcação para a Leste Estudar alternativas de solução de passagem, além da colocação do cabo de aço, para minimizar o impacto sobre a vegetação, principalmente nos segmentos horizontais com solos instáveis. Estudar alternativas de traçado como forma de minimizar o impacto descrito acima. Nos segmentos onde foram retirados cabos de aço ou corda devem ser instaladas proteções fixas, considerando um grau de exposição E1. Avaliar a necessidade de instalação de artificial fixo ou degraus metálicos em alguns pontos desse trecho. 4. Trecho 4 Bifurcação do Dedinho até a base da Teixeira: Nos segmentos onde foram retirados cabos de aço ou corda devem ser instaladas proteções fixas, considerando um grau de exposição E1. Avaliar a necessidade de remanejar os cabos para evitar que as pessoas usem as trilhas laterais. 5. Trecho 5 - Teixeira Retirar o cabo de aço, para o lance ser realizado em A0. Pág. 6 de 8

4. Informações Complementares 4.1. Relação de voluntários inscritos durante o encontro: Arthur Esteves Diogo Maraci Felipe Lucena Gabriel Cattan Guilherme Carvalho Guilherme Mendes Guilherme Roberto Henri Sidney Leonardo Rodrigues Luiz Alberto (CEG) Maicon Rocha (CET) Marcel Pacheco Marcelo de Figueiredo Ramon Pazio Renan Mendes Ricardo Barros Romulo Miranda Ronny Nascimento Tallita Oliveira Wellington Corrêa 4.2. Indicação de apoio: Material e pessoal: 11º Batalhão de Montanha do Exército Brasileiro Material e informações técnicas: FEMERJ Programa de Incentivo ao Manejo de Trilhas e Vias de Escalada Material (degraus metálicos em AISI 316L): Felipe Lucena 4.3. Participantes: Nome Alex Torres Alexsandro Correa da Silva Aline de Almeida Arthur Estevez Carla Caroline Carla Milioni Delson de Queiroz Denise O. Da Silva Diogo Marani Felipe Edney Martins Entidade CEG AGUIPERJ CEC / FEMERJ FEMERJ AGUIPERJ Pág. 7 de 8

Nome Felipe Lucena Gabriel Cattan Guilherme Mendes Pereira Guilherme Roberto Slongo Henri Nolone Ivo Jr José Guilherme C. Da Costa Kika Bradford Leonardo Carvalho Licinio da Rosa Luiz Aurélio Leite Maicon Gonçalves Marcel Leoni Pacheco Marcelo de Figueiredo Maria Fernanda May Marilei Carmos Natania Kronemberger Pheterson de Oliveira Ramon da Silva Rennan Mendes Ricardo Barros Romulo Miranda Ronny Alex Nascimento Simone de Oliveira Tallita O. Garcia Virginia Santos Vitor de Souza Wellington C. Correa Entidade APER/UFRJ PARNASO CEL Serra dos Órgãos Expedições FEMERJ CEP CET APER Condutor Aguiperj - PARNASO Condutor Aguiperj - PARNASO CEP CET 11 O Batalhão de Montanha do Exército Estagiaria PARNASO Condutor PARNASO Pág. 8 de 8