Rodada #1 Contabilidade Geral 2

Documentos relacionados
CPC 46 MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO. Prof. Mauricio Pocopetz

Rodada #1 Contabilidade Avançada

CPC 46 MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO. Prof. Mauricio Pocopetz

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 46 Mensuração do Valor Justo

Valor Justo NBC TG 46

Fair Value Measurement

CPC 12 - AJUSTE A VALOR PRESENTE

TEMA 2.1. Aspectos Contábeis Mensuração de IF: Valor Justo e Custo Amortizado pela Taxa Interna de Retorno

Uma das mais relevantes alterações no processo de mensuração contábil refere-se ao valor justo como métrica de avaliação.

Estabelecer o tratamento contábil de receitas provenientes de certos tipos de transações e eventos.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 42 CONTABILIDADE EM ECONOMIA HIPERINFLACIONÁRIA

SUMÁRIO. 1. Atos e fatos administrativos Fatos permutativos ou compensativos Fatos modificativos Fatos mistos...

FACULDADE AÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALINE WANZUITA GIOSELE CRISTIANI NUNES ALBERTON RICARDO LUIS CECHET

VALOR PRESENTE BR GAAP CPC

Palestra. expert PDF. Trial. Contabilização e Avaliação de Instrumentos Financeiros. Agosto Elaborado por:

Mensuração do Valor Justo

CONTABILIDADE GERAL PARA AUDITOR-FISCAL DA RFB. Prof. Marcondes Fortaleza

Prof. Dr. Fernando Galdi

Sumário. 1. Atos e fatos administrativos Fatos permutativos ou compensativos Fatos modificativos Fatos mistos...

Contabilidade ESTRUTURA PATRIMONIAL SITUAÇÃO LÍQUIDA (PATRIMÔNIO LÍQUIDO) FLUXO DE RECURSOS. Fluxo dos recursos SÍNTESE DO FUNCIONAMENTO DAS CONTAS

Valor Justo. Antecedentes. Terminologias. Preço do ouro... Profa. Paula Nardi. Antes: Custo Histórico como base de Valor. Agora: Valor Justo

Prof. Esp. Salomão Soares

10.5 PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS DA CONTROLADORA E SUAS CONTROLADAS

SUMÁRIO. Capítulo 1 Objetivos e características da informação contábil-financeira. Capítulo 2 Balanço patrimonial

Disciplina: Contabilidade Geral Receita Federal Prof.ª Camila Gomes Aprova Concursos

Contabilidade Geral. Estoques. Professor Rodrigo Machado.

Painel. Alterações na Legislação das Sociedades por Ações e no Mercado de Valores Mobiliários Lei Federal nº /2007 TAX

RFB Auditor - ESAF Análise do Edital - CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Demonstração do Fluxo de Caixa Parte 2. Prof. Cláudio Alves

CPC 15 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS. Prof. Mauricio Pocopetz

1. Balanço patrimonial

NBC TG 48- INSTRUMENTOS FINANCEIRO

TCU - Aula 03 C. Geral III

CPC 32 TRIBUTOS SOBRE O LUCRO

Ativo Não Circulante Mantido para Venda (CPC 31 / IFRS 5). Por Ivandro Oliveira [1]

NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS REVISÃO DE PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS N.º 10/2016

Módulo Extra Egbert 1

SUMÁRIO. 3 PRINCIPAIS GRUPOS DE CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO, 37 1 Introdução, 37

Mensuração do Valor Justo CPC 46 IFRS 13

Maratona de Revisão Curso Ninjas do CFC Prof. Osvaldo Marques

FCC CONTABILIDADE GERAL AULA Nº 1. Instrumentos Financeiros e CPC 16. Professor Igor Cintra PDF PDF VÍDEO.

O CPC 31 não se aplica:

Conteúdo: Critérios de classificação dos elementos patrimoniais. Critérios de avaliação.

OBJETIVOS. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS REVISÃO DE PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS Nº 06/2014

CPC 27 - IMOBILIZADO A Lei nº 6.404/76, mediante seu art. 179, inciso IV,conceitua como contas a serem classificadas no Ativo Imobilizado:

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 14. Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentos Similares

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

Sumário Capítulo 1 Escrituração contábil

Seção 27 Redução ao Valor Recuperável de Ativos

TEORIA DA CONTABILIDADE QUESTIONÁRIO 6

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial Parte 1. Prof. Cláudio Alves

Aula 07 Análise TCU III

CPC 23 - POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇAS DE ESTIMATIVAS E RETIFICAÇÃO DE ERROS

CPC 27 - IMOBILIZADO. Prof. Ms. Maurício F. Pocopetz

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS CPC. CPC 27 Ativo Imobilizado e Depreciação. Principais Considerações no Pronunciamento Técnico CPC 27

CPC 02 EFEITO DAS MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DAS DF S. Prof. Mauricio Pocopetz

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 14. Valter Ferreira

Contabilidade Societária

Contabilidade Avançada. Prof. Me. Geovane Camilo dos Santos Mestre em Ciências Contábeis

Nº 21, quarta-feira, 30 de janeiro de ISSN

CPC 06 LEASING. Prof. Mauricio Pocopetz

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 12. Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares

CPC 06 LEASING. Prof. Mauricio Pocopetz

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas

AGENDA 1-COMPARAÇÃO NBCTG/CPC COM LEI /14; 2- APROPRIAÇÃO DE RECEITAS PRINCIPAIS ASPECTOS INCLUÍDOS NO IFRS 15;

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2017 (Valores expressos em reais)

I Seminário de Empresas de Serviços Contábeis do Espírito Santo

Contabilidade Avançada. Apostila I. Prof. Marcelo Evandro Alves

Bicicletas Monark S.A.

Demonstrações Contábeis. Osni Moura Ribeiro ; Contabilidade Fundamental 1, Editora Saraiva- ISBN

Fundamentos de Contabilidade para Técnico do Banco Central Teoria e Exercícios Professor Marcelo Seco. Vamos lá, preclaros alunos!!!

Ajuste a Valor Presente. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

sumário Apresentação, xvii Introdução, 1

Oficina Técnica. Demonstrações dos Fluxos de Caixa. O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

LEASING CPC 06 IAS 17

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Divulgações de acordo com o CPC 47 (IFRS 15) Setembro

Dessa forma, os investimentos podem ser classificados de caráter temporários ou permanentes, como define Viceconti e Neves (2013).

SUMÁRIO. Prefácio, xv 1 Panorama geral da contabilidade no mundo e no Brasil, 1

NBC TG 32 (R4) IAS 12 CPC 32 NBC TG 32 (R4)

SUMÁRIO. Capítulo 1 Conceito de contabilidade e patrimônio... 17

TEORIA DA CONTABILIDADE. Michael Dias Corrêa

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS REVISÃO DE PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS Nº 06/2014

CPC 23 Manual de Contabilidade Societária - Capítulo 26 POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVAS E RETIFICAÇÃO DE ERRO

Abaixo, o gabarito extraoficial da prova de contabilidade do TCE PE.

Pronunciamentos do CPC

Instrumentos Financeiros Derivativos

Caderno de Prova A01, Tipo 005

CPC 31 ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA. Prof. Mauricio Pocopetz

A seguir a correção da prova de contabilidade geral, aplicada pela FCC, neste final de semana passado.

Prof. Julio Cardozo Página 1 de 6

A Geradora Aluguel de Máquinas S.A.

AFRFB 2014 Contabilidade Resolução da Prova

Transcrição:

Rodada #1 Contabilidade Geral 2 Professor Marcelo Seco Assuntos da Rodada Mensuração a valor justo e apuração dos ativos líquidos: conceitos, cálculos, apuração e tratamento contábil. CPC 12 Ajuste a valor presente. CPC 46 Valor Justo. Ativos: estrutura, grupamentos e classificações, conceitos, processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações. Passivos: conceitos, estrutura e classificação, conteúdo das contas, processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações. Mensuração, registro contábil, reversão. CPC 01 - Redução do valor recuperável de ativos. Operações com mercadorias, fatores que alteram valores de compra e venda, forma de registro e apuração do custo das mercadorias ou dos serviços vendidos. Estoques, inventários. CPC 16 Estoques - CFC 1273/10. Tratamento contábil dos tributos recuperáveis. Provisões Ativas e Passivas, tratamento das Contingências Ativas e Passivas. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Folha de pagamentos. CPC 23 Omissões e erros. Tratamento das Participações Societárias, conceito de coligadas e controladas, definição de influência significativa, métodos de avaliação. Tratamento das Participações Societárias, cálculos, apuração do resultado de equivalência patrimonial, tratamento dos lucros não realizados, recebimento de lucros ou dividendos de coligadas e controladas, contabilização. Apuração e tratamento contábil da mais valia, do goodwill e do deságio: cálculos, amortizações e forma de evidenciação. Tratamento das Participações Societárias Consolidação das demonstrações. Tributos recuperáveis. PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e nãocumulativo. Operações financeiras: debêntures, partes beneficiárias, custos de transação, ações em tesouraria.

Recados importantes! A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até três mil vezes o valor do curso, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e à persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Você poderá fazer mais questões sobre os assuntos desta rodada no teste semanal, liberado ao final da rodada. As metas devem ser cumpridas na ordem determinada. Isso é fundamental para o perfeito aproveitamento do treinamento. Se tiver qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial da Turma Elite (35) 9106 5456. 2

a. Teoria em Tópicos 1 - CPC 12 Ajuste a Valor Presente - CFC 1151/09 O ajuste a valor presente (AVP) foi introduzido nas normas contábeis brasileiras em virtude do processo de convergência às normas internacionais. Está previsto no artigo 183 da Lei 6404/76 e regulamentado no CPC 12, e deve ser aplicado aos itens do ativo decorrentes de operações longo prazo, podendo também ser aplicado aos decorrentes de curto prazo. 6404 - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 6404 as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. No que diz respeito a AVP, para ativo e passivo, as contas de longo prazo sempre serão trazidas a valor presente. As de curto prazo deverão ser ajustadas apenas se houver efeito relevante. Segundo o CPC e a 6404: Ativo e Passivo de longo prazo serão sempre ajustados a valor presente. Os de curto prazo, somente quando houver efeito relevante. Durante a aula vamos utilizar algumas siglas: AC Ativo Circulante (bens e direitos de curto prazo) ANC Ativo Não Circulante (bens e direitos de longo prazo) PC Passivo Circulante (obrigações de curto prazo) PNC Passivo Não Circulante (obrigações de longo prazo) 1.1 Objetivo do CPC 12 O objetivo do CPC 12 é estabelecer os requisitos básicos na apuração do Ajuste a Valor Presente de elementos do ativo e do passivo, dirimindo algumas questões controversas advindas de tal procedimento, do tipo: 3

se o AVP é aplicável tão-somente a fluxos de caixa contratados ou se porventura seria também para fluxos de caixa estimados ou esperados; em que situações é requerido o AVP, se no momento de registro inicial de ativos e passivos, se na mudança da base de avaliação de ativos e passivos, ou se em ambos os momentos; se passivos não contratuais, como aqueles decorrentes de obrigações não formalizadas ou legais, são alcançados pelo AVP; qual a taxa apropriada de desconto; qual o método de alocação de juros recomendado; se o AVP deve ser efetivado líquido de efeitos fiscais. O AVP deve ser aplicado no reconhecimento inicial de ativos e passivos. Apenas em situações excepcionais, como numa renegociação de dívida em que novos termos são estabelecidos, o AVP deve ser aplicado como se fosse nova medição de ativos e passivos. A aplicação do AVP nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presente e valor justo não são sinônimos. 1.2 Quando fazer o AVP? O ajuste a valor presente deve ser feito nas seguintes situações: transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa ou outra mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira em data diferente da data do reconhecimento desses elementos; reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos similares; conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a um passivo; Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado em contrapartida a conta de receita, despesa ou outra conforme a situação. Uma vez ajustado o item não monetário, não deve mais ser submetido a ajustes subsequentes no que respeita à figura de juros embutidos. 4

Nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito ao efeito do ajuste a valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, não está sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para recebimento ou pagamento em bens e serviços. No AVP deve ser utilizada para desconto a taxa contratual ou implícita (a implícita para o caso de fluxos de caixa não contratuais) e, uma vez aplicada, deve ser adotada consistentemente até a realização do ativo ou liquidação do passivo. Os ativos e passivos decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado. As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não ser que a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, quando então as reversões serão apropriadas como receita operacional. O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais, quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto necessariamente deve considerar o risco de crédito da entidade. Para fins de desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser aplicada não deve ser líquida de efeitos fiscais, e, sim, antes dos impostos 1.3 - Qual a diferença entre AVP e valor justo? Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Valor presente (present value) - é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. Com base nessas definições, devemos distinguir AVP de valor justo da seguinte forma: 5

AVP: tem como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro. Esse fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos. Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três informações são requeridas: valor do fluxo futuro, data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto aplicável. Valor justo: tem como primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de determinado ativo ou passivo; na impossibilidade disso, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por comparação a outros ativos ou passivos que tenham valor de mercado; na impossibilidade também dessa alternativa, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por utilização do ajuste a valor presente dos valores estimados futuros de fluxos de caixa vinculados a esse ativo ou passivo; finalmente, na impossibilidade dessas alternativas todas, demonstrar o valor do item pela utilização de fórmulas econométricas reconhecidas pelo mercado. Nesta última hipótese o Valor justo seria igual ao valor obtido por AVP. 1.4 - Calculando Ajuste a Valor Presente no Ativo Vejamos um exemplo. A entidade efetuou uma venda a prazo no valor de 121, classificada como recebível no longo prazo em duas parcelas anuais. O valor da venda à vista seria de 100. Nesse caso, temos receita de vendas de 100 e receita financeira de 21. Não podemos reconhecer o total como receita de vendas, pois a parte referente ao financiamento só vai ser auferida como receita com o passar do tempo. Suponha que o cliente resolva antecipar o pagamento, o que aconteceria? Você teria que dar um desconto e aí, cadê a receita? Não é mesmo? Vamos começar a ver alguns lançamentos. Não se assustem com isso por enquanto, e nem com alguns conceitos novos que vamos ver. Nas aulas de contabilidade geral vamos aprender o que é um lançamento e as coisas vão se encaixar. Existem duas maneiras de se contabilizar. 6

Modo 1, lançando a receita total e jogando os juros para despesa com AVP: D Contas a receber longo prazo (ANC) C Receita de vendas 121 D Despesas com AVP C AVP retificadora de contas a receber (ANC) 21 Dessa forma, o ativo aumentou em 100, e o resultado aumentou em 100. Atenção: a conta de despesa não pode se chamar despesa financeira, tem que ser despesa com AVP. E também fiquem atentos a contas de ajuste de avaliação patrimonial, que nada têm a ver com esse caso, mas a banca vai procurar confundi-los. Modo 2, lançando apenas a receita de vendas, não há despesa envolvida: D Contas a receber longo prazo (ANC) 121 C Receita de vendas 100 C AVP retificadora de contas a receber (ANC) 21 Também aqui, o ativo aumentou em 100, e o resultado aumentou em 100. Essa é a forma clássica e mais adotada de se fazer registro. O funcionamento é semelhante ao da conta de juros ativos a transcorrer. Nos dois casos, com o passar do tempo, a receita vai sendo apropriada e a conta de AVP vai sendo estornada em contrapartida de receita de juros. Reconhecimento no primeiro ano: D AVP retificadora de contas a receber C Receita financeira 11 1.5 - Calculando Ajuste a Valor Presente no Passivo No passivo temos apenas uma forma de reconhecer o evento, e não existe contrapartida no resultado. O ativo é reconhecido pelo seu valor à vista e diferença fica em uma retificadora do passivo e só vai para o resultado na apropriação. O funcionamento é semelhante ao da conta de juros passivos a transcorrer. Vamos ver um exemplo. 7

A sociedade comprou no longo prazo um equipamento por 121. O valor à vista seria de 100, então temos 21 de juros na operação. Vamos ao lançamento: D Equipamento 100 D AVP retificadora Contas a pagar 21 C Contas a Pagar PNC 121 Qual o fundamento disso? Ora, o equipamento que eu comprei na verdade só vale 100, não posso registrálo por mais do que isso. O restante do que eu paguei deveu-se a encargos de financiamento por ter comprado a prazo. Reconhecimento das despesas de juros no primeiro ano: D Despesas financeiras C AVP retificadora Contas a pagar 11 Meus caros, em alguns casos os valores não serão dados, e teremos que usar um pouco de matemática financeira para chegar ao valor presente. No mais das vezes, são contas simples. Veremos isso durante a resolução dos exercícios. 2 CPC 46 Valor Justo - CFC 1428/13 São objetivos do CPC 46: definir valor justo; estabelecer a mensuração do valor justo estabelecer divulgações sobre mensurações do valor justo. 2.1 - Definição de termos Mercado ativo Mercado no qual transações para o ativo ou passivo ocorrem com frequência e volume suficientes para fornecer informações de precificação de forma contínua. Notem que essa definição é diferente da que consta, por exemplo, no CPC dos intangíveis. 8

Abordagem de custo Técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente para substituir a capacidade de serviço de um ativo (normalmente referido como o custo de substituição ou reposição). Preço de entrada Preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um passivo em uma transação de troca. Preço de saída Preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um passivo. Fluxo de caixa esperado Média ponderada por probabilidade (ou seja, a média da distribuição) de possíveis fluxos de caixa futuros. Valor justo - nova definição Preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. Melhor uso Uso de um ativo não financeiro por participantes do mercado que maximizaria o valor do ativo ou o grupo de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria utilizado. Abordagem de receita Técnicas de avaliação que convertem valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). A mensuração do valor justo é determinada com base no valor indicado pelas expectativas de mercado atuais em relação a esses valores futuros. 9

Informações (inputs) Informações podem ser observáveis ou não observáveis. Premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco, como, por exemplo: risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (por exemplo, um modelo de precificação); e risco inerente às informações da técnica de avaliação. Informações de Nível 1 Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração. Informações de Nível 2 Informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. Informações de Nível 3 Dados não observáveis para o ativo ou passivo. Abordagem de mercado Técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações relevantes geradas por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos idênticos ou comparáveis (ou seja, similares), como, por exemplo, um negócio. Informações corroboradas pelo mercado Informações que são obtidas principalmente a partir de (ou corroboradas por) dados de mercado observáveis por meio de correlação ou por outros meios. Participantes do mercado Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir: 10

são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, conforme definido no Pronunciamento CPC 05, embora o preço em uma transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação (input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada em condições de mercado; são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de todas as informações disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e habituais com a devida diligência; são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados ou obrigados a fazê-lo. Mercado mais vantajoso Mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender o ativo ou que minimiza o valor que seria pago para transferir o passivo, após levar em consideração os custos de transação e os custos de transporte. Risco de descumprimento Risco de que a entidade não cumprirá uma obrigação. O risco de descumprimento (non-performance) inclui, entre outros, o risco de crédito próprio da entidade. Dados observáveis Informações (inputs) que são desenvolvidas utilizando-se dados de mercado, tais como informações disponíveis publicamente sobre eventos ou transações reais, e que refletem as premissas que participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo. Transação não forçada Transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos; não se trata de uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em situação adversa). 11

Mercado principal Mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou passivo. Prêmio de risco Compensação buscada por participantes do mercado avessos ao risco por suportar a incerteza inerente ao fluxo de caixa de um ativo ou passivo. Denominada também como ajuste de risco. Custo de transação Custos para vender um ativo ou transferir um passivo no mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo que sejam diretamente atribuíveis à venda do ativo ou à transferência do passivo e que atendam ambos os seguintes critérios: resultem diretamente da transação e sejam essenciais para ela; não teriam sido incorridos pela entidade se a decisão de vender o ativo ou de transferir o passivo não tivesse sido tomada (similares aos custos para vender, conforme definido no Pronunciamento CPC 31). Custos de transporte Custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local atual para o seu mercado principal (ou mais vantajoso). Unidade de contabilização Nível no qual um ativo ou passivo é agregado ou desagregado para fins de reconhecimento. Dados não observáveis Informações em relação às quais não há dados de mercado disponíveis e as quais são desenvolvidas utilizando-se as melhores informações disponíveis sobre as premissas que seriam utilizadas pelos participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo. 12

2.2 O Valor Justo (fair value) O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração específica da entidade. Essa informação é muito importante: Valor justo é do mercado Valor presente é da entidade Com ou sem preços observáveis para comparação, o objetivo da mensuração do valor justo é sempre estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para vender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado. A definição de valor justo se concentra em ativos e passivos porque eles são o objeto primário da mensuração contábil. Pessoal, a definição literal de valor justo foi alterada. No fundo, o conceito é o mesmo, mas as palavras utilizadas são outras. Vamos ficar atentos para essa definição. E mais, temos duas novas definições!!! 2.2.1 - Primeira nova definição de valor justo Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. 2.2.2 - Segunda nova definição de valor justo (fair value) Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. 13

2.2.3 - Definição antiga de valor justo (só para comparar) Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Existem ainda os conceitos de valor justo definidos na 6404, que veremos na aula seguinte. 2.3 - Mensuração A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo que os demais participantes do mercado também consideram. Exemplo disso são a condição e a localização do ativo e restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo. O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos seguintes: ativo individual passivo individual grupo de ativos grupo de passivos grupo de ativos e passivos (uma unidade geradora de caixa ou um negócio). A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: no mercado principal para o ativo ou passivo; ou na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso. A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os possíveis mercados. Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. 14

A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu melhor interesse econômico. Na mensuração devem ser considerados os seguintes itens: o ativo ou passivo; o mercado principal (ou mais vantajoso) os participantes do mercado com os quais a entidade realizaria uma transação Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. Os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a localização for uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu local atual para esse mercado. A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em consideração a capacidade do participante do mercado de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível ou vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso. Vamos esclarecer a questão dos custos de transação? Custos de transação São custos atribuíveis à transferência do ativo ou do passivo que: resultam diretamente da transação não ocorreriam se a transação não existisse Custos de transporte São custos incorridos para transportar o ativo até o seu mercado principal. 15

São dois conceitos diferentes, logo, um não pode estar dentro do outro. Por isso o CPC estabelece expressamente que custos de transação não incluem custos de transporte. Com isso, o que ocorre? Desconsideramos os custos de transporte? Não. No momento de estabelecer o valor justo você considera os dois custos: transporte e transação. Contudo, não inclui custo de transporte dentro do custo de transação. Existe outra observação feita pelo CPC: Se a localização for uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu local atual para esse mercado. Nessa situação, o custo de transporte não é tratado como custo de transporte. Ele é incorporado no próprio preço do ativo. Pense bem: ninguém vai para o MS produzir soja achando que vai vender tudo lá mesmo. Ninguém vem à BM&F comprar soja produzida no MS sem saber de que o custo do transporte está incluído no preço. Esse é um exemplo típico em que a localização do ativo é uma característica determinante de seu preço. Resumindo: De uma forma ou de outra, o custo de transporte vai ser considerado. Ele apenas não pode ser incluído nos custos de transação. Ou é tratado como custo de transporte ou faz parte do preço (se o local de produção for característica típica do ativo). 2.4 - Melhor Uso (Highest and best use) O melhor uso possível de um ativo não financeiro leva em conta o uso do ativo que seja fisicamente possível, legalmente permitido e financeiramente viável. 16

O melhor uso possível é determinado do ponto de vista dos participantes do mercado, ainda que a entidade pretenda um uso diferente. O melhor uso possível de um ativo não financeiro estabelece a premissa de avaliação utilizada para mensurar o valor justo do ativo. O melhor uso possível de um ativo não financeiro pode oferecer o valor máximo aos participantes do mercado por meio de seu uso em combinação com outros ativos como um grupo (conforme instalados ou, de outro modo, configurados para uso) ou em combinação com outros ativos e passivos (por exemplo, um negócio). O melhor uso possível de um ativo não financeiro poderia fornecer o valor máximo para os participantes do mercado de forma individual. Se o melhor uso possível do ativo for utilizá-lo de forma individual, o seu valor justo deve ser o preço que seria recebido em uma transação atual pela venda do ativo a participantes do mercado que o utilizariam de forma individual. Melhor uso de ativo não financeiro leva em conta, do ponto de vista do mercado, o uso: fisicamente possível legalmente permitido financeiramente viável 2.5 Mensuração do passivo A mensuração do valor justo presume que um passivo financeiro ou não financeiro ou o instrumento patrimonial próprio da entidade (por exemplo, participações patrimoniais emitidas como contraprestação em combinação de negócios) seja transferido a um participante do mercado na data de mensuração, e que: o passivo permaneceria em aberto e o cessionário participante do mercado ficaria obrigado a satisfazer a obrigação. O passivo não seria liquidado com a contraparte nem seria, de outro modo, extinto na data de mensuração; o instrumento patrimonial próprio da entidade permaneceria em aberto e o cessionário participante do mercado assumiria os direitos e as responsabilidades a ele associados. O instrumento não seria cancelado nem, de outro modo, extinto na data de mensuração. 17

2.6 Dados observáveis e não observáveis na mensuração de passivo A entidade deve maximizar o uso de dados observáveis relevantes e deve minimizar o uso de dados não observáveis para atingir o objetivo da mensuração do valor justo. O objetivo da mensuração é estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para a transferência do passivo ou instrumento patrimonial ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração nas condições atuais de mercado. Quando um preço cotado para um passivo ou instrumento patrimonial próprio da entidade idêntico ou similar não está disponível, e o item idêntico é mantido por outra parte como um ativo, a entidade deve mensurar o valor justo do ponto de vista de um participante do mercado que detenha o item idêntico como ativo na data de mensuração. Nesses casos, a entidade deve mensurar o valor justo do passivo ou instrumento patrimonial da seguinte forma: utilizando o preço cotado em mercado ativo para o item idêntico mantido por outra parte como um ativo, se esse preço estiver disponível; se esse preço não estiver disponível, utilizando outros dados observáveis, tais como o preço cotado em mercado que não seja ativo para o item idêntico mantido por outra parte como um ativo; se os preços observáveis acima não estiverem disponíveis, utilizando outra técnica de avaliação, como, por exemplo abordagem de receita ou abordagem de mercado. Quando um preço cotado para a transferência de um passivo ou instrumento patrimonial próprio da entidade idêntico ou similar não está disponível, e o item idêntico não é mantido por outra parte como um ativo, a entidade deve mensurar o valor justo do passivo ou instrumento patrimonial utilizando uma técnica de avaliação do ponto de vista de um participante do mercado que deva o passivo ou tenha exercido o direito sobre o patrimônio. 18

Por exemplo, ao aplicar a técnica de valor presente, a entidade pode levar em conta qualquer dos seguintes parâmetros: as saídas de caixa futuras em que um participante do mercado esperaria incorrer ao satisfazer a obrigação, incluindo a compensação que um participante do mercado exigiria por assumir a obrigação. o valor que um participante do mercado receberia para celebrar ou emitir um passivo ou instrumento patrimonial idêntico, utilizando as premissas que participantes do mercado utilizariam ao precificar o item idêntico (por exemplo, que tenha as mesmas características de crédito) no mercado principal (ou mais vantajoso) para a emissão de um passivo ou instrumento patrimonial com os mesmos termos contratuais. 2.7 - Risco de descumprimento O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento (nonperformance). O risco de descumprimento inclui, entre outros, o risco de crédito próprio da entidade. Presume-se que o risco de descumprimento seja o mesmo antes e depois da transferência do passivo. O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento com base em sua unidade de contabilização. O emitente de um passivo emitido para um instrumento de melhoria de crédito de terceiros indissociável que seja contabilizado separadamente do passivo, não deve incluir o efeito da melhoria de crédito (por exemplo, garantia de dívida de terceiro) na mensuração do valor justo do passivo. Se a melhoria de crédito for contabilizada separadamente do passivo, o emitente deve levar em conta sua própria situação de crédito, e não a do terceiro avalista, ao mensurar o valor justo do passivo. Vamos entender alguns conceitos: Instrumento de melhoria de crédito de terceiros Trata-se de contratos de fiança ou aval. A entidade emite instrumentos de dívida para captar valores no mercado, como uma debênture, por exemplo. Para aumentar a garantia dessas debêntures, pode contratar um aval com instituição bancária. 19

Também pode ser um banco dando aval para a empresa obter crédito em outro banco. Então temos: Debêntures: título de crédito, passivo para a entidade que os emitiu Instrumento de melhoria de crédito: para a entidade que emitiu os debêntures o aval emitido pelo banco melhora a qualidade do seu crédito, diminui o risco para quem vai comprar os títulos da empresa; para o banco, é um passivo, que está garantindo o passivo da entidade (os debêntures). Por que a norma fala em indissociável? No nosso exemplo o instrumento de melhoria de crédito é o aval do banco. Ele será considerado indissociável se existir e for válido apenas para determinada emissão de debêntures. Isso vale se a garantia for dada para um contrato específico, correto? Esse é o caso mais usual, mas podem ocorrer situações em que o aval não esteja ligado a debêntures específicos. Melhoria de crédito contabilizada separadamente por passivo Seguindo no nosso exemplo, as debêntures serão contabilizadas no passivo da empresa emitente. Ao avaliar o valor justo de seu passivo, a entidade deve levar em conta os seus riscos no seu mercado, sem considerar a melhoria de crédito proporcionada pelo aval do banco, por maior que seja. O aval será contabilizado no passivo do banco que o emitiu. Ao contabilizar esse passivo o banco não vai considerar, por óbvio, a melhoria que ele mesmo proporcionou. Vai buscar o valor justo no mercado e descontar os efeitos da melhoria. Além disso, o banco vai utilizar seu próprio risco para mensurar o valor justo. Temos ainda que considerar que, para quem comprou as debêntures, a avaliação será feita em conjunto, considerando o risco do emissor dos títulos de crédito, melhorado pelo aval do banco. 20

2.8 - Restrição que impede a transferência Ao mensurar o valor justo de um passivo ou de um instrumento patrimonial próprio, a entidade não deve incluir uma informação separada ou um ajuste a outras informações relativas à existência de restrição que impeça a transferência do item. Por exemplo, na data da transação, tanto o credor quanto o avalista aceitaram o preço da transação para o passivo com pleno conhecimento de que a obrigação inclui uma restrição que impede a sua transferência. Como resultado da inclusão da restrição no preço da transação, não se exige uma informação separada ou um ajuste a uma informação existente na data da transação para refletir o efeito da restrição sobre a transferência. 2.9 - Passivo financeiro com elemento à vista O valor justo de um passivo financeiro com elemento à vista (por exemplo, depósito à vista) não é menor que o valor a pagar à vista, descontado desde a primeira data em que o pagamento desse valor poderia ser exigido. Trata-se de passivos em que uma parcela pode ser exigida de imediato, em qualquer momento a partir de uma data específica. Nessa situação, o valor justo não poderá ser menor do que o valor descontado (ou trazido a valor presente), desde a primeira data possível para vencimento. Não há desconto algum nesse cálculo, pois nada foi pago ainda. 2.10 - Exceção na aplicação A entidade que detém um grupo de ativos financeiros e passivos financeiros está exposta a risco de mercado e a risco de crédito de cada uma das contrapartes. Se a entidade gerencia esse grupo de ativos financeiros e passivos financeiros com base em sua exposição líquida a risco de mercado ou a risco de crédito, ela pode aplicar uma exceção a este Pronunciamento para a mensuração do valor justo. Essa exceção permite que a entidade mensure o valor justo de um grupo de ativos financeiros e passivos financeiros com base no preço que seria recebido pela venda de posição comprada líquida (ou seja, um ativo) para uma específica exposição a risco ou pago pela transferência de posição vendida líquida (ou seja, um passivo) para uma específica exposição a risco em uma 21

transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração nas condições de mercado atuais. Consequentemente, a entidade deve mensurar o valor justo do grupo de ativos financeiros e passivos financeiros consistentemente com a forma pela qual os participantes do mercado precificariam a exposição a risco líquida na data de mensuração. 2.11 - Técnicas de avaliação A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis. Três técnicas de avaliação amplamente utilizadas são: abordagem de mercado abordagem de custo abordagem de receita Em alguns casos, uma única técnica de avaliação é apropriada (por exemplo, ao avaliar um ativo ou um passivo utilizando preços cotados em mercado ativo para ativos ou passivos idênticos). Em outros casos, múltiplas técnicas de avaliação são apropriadas (esse pode ser o caso, por exemplo, ao avaliar uma unidade geradora de caixa). Se múltiplas técnicas de avaliação forem utilizadas para mensurar o valor justo, os resultados (ou seja, as respectivas indicações do valor justo) serão avaliados considerando-se a razoabilidade da faixa de valores por eles indicada. A mensuração do valor justo é o ponto dentro dessa faixa que melhor represente o valor justo nas circunstâncias. Se o preço da transação for o valor justo no reconhecimento inicial, e uma técnica de avaliação que utilizar dados não observáveis for utilizada para mensurar o valor justo em períodos subsequentes, a técnica de avaliação deve ser calibrada de modo que, no reconhecimento inicial, o resultado da técnica de avaliação seja igual ao preço da transação. Revisões decorrentes de mudança na técnica de avaliação ou em sua aplicação devem ser contabilizadas como mudança na estimativa contábil 22

2.12 Informações (inputs) Princípios gerais As técnicas de avaliação utilizadas para mensurar o valor justo devem maximizar o uso de dados observáveis relevantes e minimizar o uso de dados não observáveis. A entidade deve selecionar informações que sejam consistentes com as características do ativo ou passivo, as quais seriam levadas em conta por participantes do mercado em transação com o ativo ou passivo. Informações baseadas em preços de compra e de venda O CPC 46 não impede o uso de precificação média de mercado ou outras convenções de precificação que sejam utilizadas por participantes do mercado como expediente prático para mensurações do valor justo dentro do spread entre os preços de compra e de venda. 2.12.1 - Hierarquia de valor justo Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas mensurações do valor justo e nas divulgações correspondentes, este Pronunciamento estabelece uma hierarquia de valor justo que classifica em três níveis as informações aplicadas nas técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do valor justo. A hierarquia de valor justo dá a mais alta prioridade a preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos (informações de Nível 1) e a mais baixa prioridade a dados não observáveis (informações de Nível 3). 2.12.2 - Informações de Nível 1 Informações de Nível 1 são preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração. 2.12.3 - Informações de Nível 2 Informações de Nível 2 são informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. 23

Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (contratual), a informação de Nível 2 deve ser observável substancialmente pelo prazo integral do ativo ou passivo. 2.12.4 - Informações de Nível 3 Informações de Nível 3 são dados não observáveis para o ativo ou passivo. Dados não observáveis devem ser utilizados para mensurar o valor justo na medida em que dados observáveis relevantes não estejam disponíveis, admitindo assim situações em que há pouca ou nenhuma atividade de mercado para o ativo ou passivo na data de mensuração. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo permanece o mesmo, ou seja, um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de um participante do mercado que detém o ativo ou deve o passivo. Portanto, dados não observáveis refletem as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. Premissas sobre risco incluem o risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (como, por exemplo, um modelo de precificação) e o risco inerente às informações utilizadas na técnica de avaliação. Uma mensuração que não incluísse um ajuste para refletir o risco não representaria uma mensuração do valor justo se, ao precificar o ativo ou o passivo, os participantes do mercado incluíssem um ajuste. Por exemplo, pode ser necessário incluir ajuste de risco quando houver incerteza significativa na mensuração. Por exemplo, quando tiver havido diminuição significativa no volume ou nível de atividade em comparação à atividade normal do mercado para o ativo ou passivo, ou para ativos ou passivos similares, e a entidade tiver determinado que o preço da transação ou o preço cotado não representa o valor justo. 2.13 - Divulgação A entidade deve divulgar informações que auxiliem os usuários de suas demonstrações contábeis a avaliar ambas as seguintes opções: para ativos e passivos que sejam mensurados ao valor justo de forma recorrente ou não recorrente no balanço patrimonial após o reconhecimento inicial, as técnicas de avaliação e informações utilizadas para desenvolver essas mensurações; 24

para mensurações do valor justo recorrentes que utilizem dados não observáveis significativos (Nível 3), o efeito das mensurações sobre o resultado do período ou outros resultados abrangentes para o período. A entidade deve considerar todos os itens seguintes: o nível de detalhamento necessário para atender aos requisitos de divulgação; quanta ênfase se deve dar a cada um dos diversos requisitos; quanta agregação ou desagregação se deve efetuar; e se os usuários de demonstrações contábeis necessitam de informações adicionais para avaliar as informações quantitativas divulgadas. A entidade deve divulgar informações detalhadas para cada classe de ativos e passivos mensurados ao valor no balanço patrimonial após o reconhecimento inicial. A entidade deve determinar classes apropriadas de ativos e passivos com base no seguinte: natureza, características e riscos do ativo ou passivo; e nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração do valor justo está classificada. O número de classes pode precisar ser maior para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma vez que essas mensurações têm grau maior de incerteza e subjetividade. Uma classe de ativos e passivos frequentemente exige uma desagregação maior que as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. Contudo, a entidade deve fornecer informações suficientes para permitir a conciliação com as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. Vamos treinar? Turma, para a aula de hoje temos poucas questões da Esaf, pois a banca ainda não explorou muito esse tema. Existem algumas questões envolvendo valor justo combinadas com outros assuntos, que serão resolvidas na rodada oportuna. Fiquem tranquilos, pois é compromisso deste Professor resolver todas as questões relevantes da banca. 25

b. Mapas Mentais 26

27

c. Revisão 1 Questão 1 - Esaf 2016 Anac - Define-se como "Valor Justo" o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação forçada. Em relação ao denominado "Valor Justo", indique a opção incorreta. a) É o mesmo que "Ajuste a Valor Presente". b) É afetado por variáveis de mercado. c) Utiliza-se para avaliar direitos destinados à negociação, ou marcados a mercado. d) Aplica-se a derivativos. e) Pode ser aplicado a ativos não financeiros. Questão 2 - Esaf 2010 CVM - Assinale a opção que não corresponde à verdade. Entre as definições contidas nas resoluções do Conselho Federal de Contabilidade para o correto reconhecimento e mensuração de estoques encontramos a seguinte: a) Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. b) Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. c) O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. d) O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso. e) O valor justo é um valor específico para a entidade, ao passo que o valor realizável líquido não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda. 28

Questão 3 Cesgranrio 2011 BNDES - O item VII do artigo 183 da Lei das Sociedades Anônimas, atualizada até 2011, determina que os elementos do Ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados somente quando houver a) provisão para perdas b) redução ao valor justo c) efeito relevante d) perdas imprevistas e) vencimento antecipado Questão 4 Cesgranrio 2011 Petrobras - Os itens monetários classificados no Ativo, decorrentes de operações prefixadas, com taxas de juros explícitas, devem ser expressos a valor presente nas demonstrações contábeis. No cálculo deste valor presente deve ser utilizada a taxa de juros vigente na data da(o) a) competência do ativo b) origem da transação c) elaboração das demonstrações contábeis d) vencimento do ativo e) término da transação Bem, já sabemos que deve ser feito o ajuste a VP. Contudo, que taxa usar? Normalmente utilizamos a taxa de desconto considerada para as operações da entidade. 29

Questão 5 Cesgranrio 2011 Petrobras - A Companhia Máquinas Pesadas Supimpa S/A vendeu um equipamento pesado nas seguintes condições: Considerando-se o disposto no CPC 12 Ajuste a Valor Presente, o valor da receita da Companhia Supimpa, apurado no mesmo dia da venda desse equipamento, em reais, é a) 4.090.905,00 b) 4.500.000,00 c) 19.421.100,00 d) 20.454.525,00 e) 22.500.000,00 Questão 6 Cespe 2014 Anatel - Acerca da mensuração pelo valor justo, julgue os itens subsecutivos. Para mensurar o valor justo de determinado item do imobilizado, é necessário considerar o melhor uso possível desse ativo, para a entidade ou para eventual comprador, pressupondo que esse uso seja legalmente permitido, financeiramente estável e fisicamente possível. Questão 7 Cespe 2014 Anatel - Se um passivo for avaliado pelo valor justo, então o valor desse passivo será igual ao valor que seria pago pela sua transferência em uma transação não forçada entre participantes do mercado, na data da liquidação. 30

Questão 8 Cespe 2014 Anatel - Se o preço de um ativo avaliado pelo valor justo for obtido no mercado principal, então, na data da mensuração e nas condições atuais de mercado, esse preço deverá ser ajustado para refletir os custos da transação e os custos de transporte, quando existirem. Questão 9 Cespe 2014 Anatel - Abordagem de mercado, abordagem de custo e abordagem de receita são técnicas de avaliação amplamente utilizadas para estimar o valor justo. Questão 10 Cespe 2013 Bacen - O valor justo consiste em uma mensuração a valor de saída, contrariamente ao custo histórico, que se enquadra como uma mensuração a valor de entrada. 31

d. Revisão 2 Questão 11 - Cespe - 2013 - ANP - A legislação societária estabelece que as obrigações classificadas no passivo não circulante devem ser apresentadas no balanço patrimonial pelo seu valor presente, desde que o efeito desse ajuste seja relevante. Questão 12 - Cespe - 2013 - ANP - O saldo positivo apresentado na conta ajustes de avaliação patrimonial, do patrimônio líquido, decorrente da avaliação a valor justo dos títulos classificados na categoria disponíveis para venda, é um item que deve ser apresentado, pelas companhias abertas, na demonstração de resultado abrangente do período. Questão 13 - Cespe - 2011 - FUB - As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor dos títulos que as compõe menos as devidas estimativas de perdas prováveis na realização. Questão 14- Cespe - 2010 - ABIN - O critério para avaliação de elementos do passivo não circulante - obrigações, encargos e riscos - é o método de ajuste ao valor presente, apenas se houver efeito relevante no resultado. Questão 15 - Cespe - 2010 - ABIN - A determinação do custo inicial do direito de uso de uma propriedade, para investimento obtido por meio de um arrendamento financeiro, deve ser feita pelo menor entre o valor justo do direito de uso sobre a propriedade e o valor dos pagamentos mínimos do arrendamento. Questão 16 - Cespe - 2010 - MPU - Alvo de constantes críticas, o custo histórico como base de valor sofreu alterações com a aprovação da Lei n.º 11.638/2007. Questão 17 - Cespe - 2010 - Banco da Amazônia - Acerca dos reflexos da inflação no patrimônio das empresas, julgue o item a seguir. A correção monetária das demonstrações contábeis foi criada para recompor o poder de compra dos ativos das organizações e foi adotada com eficiência ao longo e vários anos. Ao se adotar o método da correção monetária integral, as contas patrimoniais monetárias figuram no balanço pelos valores atualizados pelo indexador médio do período de apuração. 32

Questão 18 FCC Infraero 2011 - Uma empresa varejista de utilidades domésticas, organizada na forma de sociedade por ações, efetuou, na mesma data, várias vendas com prazo de recebimento de 30 dias no valor total de R$ 1.264.725,00. Sabe-se que: I. O valor das vendas é relevante no balanço patrimonial da companhia. II. A taxa de juros ajustada para o risco da carteira de clientes é de 5% ao mês. Em consequência, observando o disposto no Pronunciamento Técnico do CPC 12, a Companhia deverá registrar, nessa data, em sua escrituração contábil, um ajuste a valor presente: A) positivo, no valor de R$ 60.225,00. B) negativo, no valor de R$ 60.225,00. C) positivo, no valor de R$ 60.000,00. D) de nenhum valor, porque esses ajustes somente são aplicados a operações de longo prazo. E) negativo, no valor de R$ 60.000,00. Questão 19 FCC Sabesp 2012 - A Cia. Água Ardente, em 31/12/2010, realizou uma venda de seus produtos no valor de R$ 500.000, para ser recebida em 31/01/2012. Se a venda tivesse sido feita à vista, seu valor seria de R$ 475.000 (valor presente). De acordo com as normas vigentes e considerando o ciclo operacional de 90 dias, a Cia. Água Ardente teve que reconhecer, no momento da venda, receita de vendas de, em reais: A) 500.000. B) 475.000. C) 475.000 e receita financeira de 25.000. D) 500.000 e despesa financeira de 25.000. E) 475.000 e ajuste de avaliação patrimonial de 25.000. 33

Questão 20 Professor 2017 Sobre o valor justo, conceito definido no CPC 46 que busca retratar percepção do mercado em relação aos itens patrimoniais, assinale a opção correta: a) Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. b) Uma transação forçada presume a exposição ao mercado por um período antes da data de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos. c) A entidade que tem obrigação futura de entregar, no Porto de Santos, uma carga de soja produzida no Mato Grosso, não deve incluir na avaliação a valor justo os custos do transporte, pois esses custos serão tratados como custos de transação. d) O melhor uso de um ativo não financeiro por participantes do mercado é o uso que maximizaria o valor do ativo ou o grupo de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria utilizado. Em razão disso, os aspectos financeiros não devem ser considerados ao se estabelecer o melhor uso de um ativo ou grupo de ativos. e) As informações utilizadas por participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo, informações estas que podem ser classificadas em observáveis ou não observáveis, incluem premissas sobre risco. 34

e. Revisão 3 Questão 21 Professor 2017 A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade não deve levar em consideração as características do ativo ou passivo que os demais participantes do mercado consideram. Questão 22 Professor 2017 Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo não precisam entender sobre os ativos e passivos. Apenas se requer que tenham entendimento razoável da transação e das informações disponíveis. Questão 23 Professor 2017 A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os possíveis mercados. Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. Questão 24 Professor 2017 O objetivo da mensuração é estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para a transferência do passivo ou instrumento patrimonial ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração nas condições atuais de mercado. Na busca por essa mensuração a valor justo, a entidade pode usar igualmente dados observáveis e não observáveis. Questão 25 Professor 2017 A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis. Questão 26 Professor 2017 Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas mensurações do valor justo e nas divulgações correspondentes, foi estabelecida uma hierarquia de valor justo que classifica em três níveis as informações aplicadas nas técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do valor justo. 35

Questão 27 Professor 2017 O emitente de um passivo emitido para um instrumento de melhoria de crédito de terceiros indissociável que seja contabilizado separadamente do passivo, não deve incluir o efeito da melhoria de crédito (por exemplo, garantia de dívida de terceiro) na mensuração do valor justo do passivo. Se a melhoria de crédito for contabilizada separadamente do passivo, o emitente deve não levar em conta sua própria situação de crédito, e sim a do terceiro avalista, ao mensurar o valor justo do passivo. Questão 28 FCC Coopergas 2016 Em conformidade com as normas contábeis vigentes, a mensuração a valor justo pode ser feita a) exclusivamente sobre ativos, de forma individual. b) apenas sobre passivos, de forma individual e em grupos. c) sobre ativos e passivos, de forma individual e em grupos. d) somente sobre passivos de forma individual. e) de modo restrito aos ativos de forma individual e em grupos. Questão 29 FCC TRF 3 2016 A empresa Tiro Certo S.A. realizou, no dia 01/12/2013, vendas de mercadorias no valor total de R$ 2.331.000,00, sendo que R$ 1.000.000,00 foram recebidos à vista e o restante para ser recebido integralmente em 01/12/2015. Na data da venda a empresa estava praticando, para as suas vendas a prazo, a taxa de juros de 0,797% ao mês que corresponde a 10% ao ano e a 21% em 2 (dois) anos. Na Demonstração do Resultado do ano de 2013 a empresa reconheceu, exclusivamente em relação às vendas efetuadas em 01/12/2013: a) Receita de Vendas no valor de R$ 2.331.000,00, apenas. b) Receita de Vendas no valor de R$ 2.100.000,00, apenas. c) Receita de Vendas no valor de R$ 2.100.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 16.737,00. d) Receita de Vendas no valor de R$ 2.331.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 18.578,00. e) Receita de Vendas no valor de R$ 2.100.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 8.767,00. 36

Questão 30 Cespe FUB 2015 Cada um do próximo item apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de acordo com os pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Após cinco anos de uso, foi realizada a venda de determinado bem imobilizado pelo valor de R$ 400.000, para recebimento após um ano da data da venda. A empresa considera que 6,5 % a.a. é uma taxa de juros livre de riscos adequada para mensurar o ajuste em valor presente. Nessa situação, no momento da venda, o ajuste em valor presente é igual a R$ 26.000. 37

f. Normas Comentadas Lei 6404/76, arts 183, 184 e 184ª. Critérios de Avaliação do Ativo Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; O inciso I trata das aplicações em instrumentos financeiros, retratadas no quadro que montamos durante a aula. A lei 6404, praticamente, faz um resumo do que diz o CPC. II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; Inciso II trata das formas de avaliação dos vários tipos de estoque: custo de aquisição, deduzido de provisão. III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; Aqui temos o método do custo para participações societárias não enquadradas no MEP (ressalva). IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior; V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; 38

VII os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; Teremos aula específica sobre imobilizado e intangível. Vocês verão que duas linhas da lei 6404 podem gerar duas aulas de material para estudo. VIII os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado; b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro; c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: 1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; 2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou 3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros. Apesar de existir um CPC apenas para tratar de valor justo, não podemos abandonar as definições de valor justo da 6404, muito pedidas em prova. 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua 39

exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. Regra geral:depreciação para o imobilizado (máquinas, equipamentos, imóveis); Amortização para contratos, direitos e intangíveis; Exaustão para recursos minerais e florestais e seus imobilizados. 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. Teste de recuperabilidade: valor recuperável é o valor líquido de venda ou o valor em uso, dos dois o maior. Teremos rodada específica sobre isso. 4 Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. Critérios de Avaliação do Passivo Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço; II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; III as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. Ajuste a VP: Não circulante: sempre; Circulante: só quando houver efeito relevante Critérios de Avaliação em Operações Societárias Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na competência conferida pelo 3o do art. 177 desta Lei, normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou negócios. 40

g. Gabarito 1 2 3 4 5 A E C B C 6 7 8 9 10 C E E C C 11 12 13 14 15 E E C E E 16 17 18 19 20 C E B B E 21 22 23 24 25 E E C E C 26 27 28 29 30 C E C E E 41

h. Breves comentários sobre as questões Questão 1 - Esaf 2016 Anac - Define-se como "Valor Justo" o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação forçada. Em relação ao denominado "Valor Justo", indique a opção incorreta. a) É o mesmo que "Ajuste a Valor Presente". b) É afetado por variáveis de mercado. c) Utiliza-se para avaliar direitos destinados à negociação, ou marcados a mercado. d) Aplica-se a derivativos. e) Pode ser aplicado a ativos não financeiros. Letra A, errada. A aplicação do AVP nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presente e valor justo não são sinônimos. AVP: tem como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro. Esse fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos. Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três informações são requeridas: valor do fluxo futuro, data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto aplicável. Valor justo: tem como primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de determinado ativo ou passivo; na impossibilidade disso, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por comparação a outros ativos ou passivos que tenham valor de mercado; na impossibilidade também dessa alternativa, demonstrar o provável valor que seria o de mercado por utilização do ajuste a valor presente dos valores estimados futuros de fluxos de caixa vinculados a esse ativo ou passivo; finalmente, na impossibilidade dessas alternativas todas, demonstrar o valor do item pela utilização de fórmulas econométricas reconhecidas pelo mercado. Apenas nesta última hipótese o valor justo poderia ser igual ao valor obtido por AVP (a depender das fórmulas). 42

Letra B, correta. Valor justo é um valor do mercado, portanto depende de suas variáveis. Valor justo pode ser aplicado a quase todos os itens do ativo. Não se aplica, por exemplo, a valores em caixa. Letras C, D e E, corretas. O item mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos seguintes: ativo individual passivo individual grupo de ativos grupo de passivos grupo de ativos e passivos (uma unidade geradora de caixa ou um negócio). Gabarito: A Questão 2 - Esaf 2010 CVM - Assinale a opção que não corresponde à verdade. Entre as definições contidas nas resoluções do Conselho Federal de Contabilidade para o correto reconhecimento e mensuração de estoques encontramos a seguinte: a) Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. b) Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. c) O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. d) O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso. e) O valor justo é um valor específico para a entidade, ao passo que o valor realizável líquido não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda. 43

Muito bem, como podem ver, a questão é de 2010, mas versa sobre valor justo. Mesmo com a alteração da definição literal, os conceitos das letras B e D continuam válidos. Os conceitos de valor realizável líquido também se encontram corretos. O problema está na letra E, que está incorreta e é o nosso gabarito. O valor justo não é específico para a entidade, ele é um valor para o mercado. O valor realizável líquido, esse sim, é específico para a entidade. Por isso, o valor justo dos estoques pode não ser (e normalmente não é) equivalente ao valor realizável líquido deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda. Gabarito: E Questão 3 Cesgranrio 2011 BNDES - O item VII do artigo 183 da Lei das Sociedades Anônimas, atualizada até 2011, determina que os elementos do Ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados somente quando houver a) provisão para perdas b) redução ao valor justo c) efeito relevante d) perdas imprevistas e) vencimento antecipado 6404 - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 6404 as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. CPC Ativo e Passivo de longo prazo serão sempre ajustados a valor presente. Os de curto prazo, somente quando houver efeito relevante. Gabarito: C 44

Questão 4 Cesgranrio 2011 Petrobras - Os itens monetários classificados no Ativo, decorrentes de operações prefixadas, com taxas de juros explícitas, devem ser expressos a valor presente nas demonstrações contábeis. No cálculo deste valor presente deve ser utilizada a taxa de juros vigente na data da(o) a) competência do ativo b) origem da transação c) elaboração das demonstrações contábeis d) vencimento do ativo e) término da transação Bem, já sabemos que deve ser feito o ajuste a VP. Contudo, que taxa usar? Normalmente utilizamos a taxa de desconto considerada para as operações da entidade. No caso da questão, notem que foi informado, de forma expressa, que se tratava de uma operação pré-fixada. Nesse tipo de operação, vale a taxa contratada na realização da operação (origem da transação). Se estivéssemos falando de uma operação pós-fixada, teríamos que utilizar a taxa do vencimento da operação. Por óbvio, se estamos fazendo ajuste a VP, é porque estamos em um momento anterior ao do vencimento do ativo e, nesse caso, não temos a taxa final. Teria que ser feita uma estimativa. Gabarito: B Questão 5 Cesgranrio 2011 Petrobras - A Companhia Máquinas Pesadas Supimpa S/A vendeu um equipamento pesado nas seguintes condições: 45