Oficina Técnica. Demonstrações dos Fluxos de Caixa. O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).
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- Vanessa Madeira Antas
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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) desenvolvimento@crcsp.org.br web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão Oficina Técnica Demonstrações dos Fluxos de Caixa A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). Setembro 2015
2 BASE LEGAL NBC TG 03 E NBC TG (SEÇÃO 07) Objetivo A demonstração dos fluxos de caixa fornece informações acerca das alterações no caixa e equivalentes de caixa da entidade para um período contábil, evidenciando separadamente as mudanças nas atividades operacionais, nas atividades de investimento e nas atividades de financiamento. Caixa e Equivalentes de Caixa Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são mantidas com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins. Um investimento normalmente qualifica-se como equivalente de caixa apenas quando possui vencimento de curto prazo, de cerca de três meses ou menos da data de aquisição.
3 Atividades Operacionais São as principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais geralmente derivam de transações e de outros eventos e condições que entram na apuração do resultado. Atividades Operacionais São exemplos de movimentações das atividades operacionais: recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; pagamentos de caixa a empregados e em conexão com a relação empregatícia; pagamentos ou restituição de tributos sobre o lucro, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; recebimentos e pagamentos de investimento, empréstimos e outros contratos mantidos com a finalidade de negociação, que são similares aos estoques adquiridos especificamente para revenda.
4 Atividades Operacionais Observação importante: Algumas transações, como a venda de item do ativo imobilizado por entidade industrial, podem resultar em ganho ou perda que é incluído na apuração do resultado. Entretanto, os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Atividades de Investimentos Representam a aquisição ou alienação de ativos de longo prazo e outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa.
5 Atividades de Investimentos São exemplos de movimentações das atividades de investimentos: pagamentos de caixa para aquisição de ativo imobilizado (incluindo os ativos imobilizados construídos internamente), ativos intangíveis e outros ativos de longo prazo; recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo; pagamentos para aquisição de instrumentos de dívida ou patrimoniais de outras entidades e participações societárias em empreendimentos controlados em conjunto (exceto desembolsos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação ou venda); recebimentos de caixa resultantes da venda de instrumentos de dívida ou patrimoniais de outras entidades e participações societárias em empreendimentos controlados em conjunto (exceto recebimentos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação ou venda); Atividades de Investimentos São exemplos de movimentações das atividades de investimentos: adiantamentos de caixa e empréstimos concedidos a terceiros; recebimentos de caixa por liquidação de adiantamentos e amortização de empréstimos concedidos a terceiros; pagamentos de caixa por contratos futuros, contratos a termo, contratos de opção e contratos de swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação ou venda, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; recebimentos de caixa derivados de contratos futuros, contratos a termo, contratos de opção e contratos de swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação ou venda, ou os recebimentos forem classificados como atividades de financiamento.
6 Atividades de Financiamentos São as atividades que resultam das alterações no tamanho e na composição do patrimônio líquido e dos empréstimos da entidade. Atividades de Financiamentos São exemplos de movimentações das atividades de financiamentos: caixa recebido pela emissão de ações ou quotas ou outros instrumentos patrimoniais; pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações ou quotas da entidade; caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; pagamentos para amortização de empréstimo; pagamentos de caixa por um arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil (leasing) financeiro.
7 Caixa Métodos de apresentação da DFC Demonstração de Fluxo de o método indireto, segundo o qual o resultado é ajustado pelos efeitos das transações que não envolvem caixa, quaisquer diferimentos ou outros ajustes por competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros, e itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento; ou o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos de caixa e pagamentos brutos de caixa são divulgadas. Caixa Métodos de apresentação da DFC Demonstração de Fluxo de A metodologia do método indireto, consiste em determinar o fluxo de caixa ajustando-se o resultado do exercício quanto aos efeitos de: mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar durante o período; itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, receitas (despesas) contabilizadas pela competência, mas ainda não recebidas (pagas), ganhos e perdas de variações cambiais não realizadas, lucros de coligadas e controladas não distribuídos, participação de não controladores; e todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam decorrentes das atividades de investimento ou de financiamento.
8 Caixa Métodos de apresentação da DFC Demonstração de Fluxo de A metodologia do método direto, consiste em determinar o fluxo de caixa com base nas principais classes de recebimentos e pagamentos brutos de caixa. As movimentações de caixa e equivalentes de caixa poderão ser obtidas por intermédio dos registros contábeis da entidade, ajustando-se as vendas, os custos dos produtos e serviços vendidos e outros itens da demonstração do resultado e do resultado abrangente referentes a: mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar durante o período; outros itens que não envolvem caixa; e outros itens cujos efeitos no caixa sejam decorrentes dos fluxos de caixa de financiamento ou investimento. Roteiro resumido para desenvolvimento da DFC 1-) Análise das CONTAS ECONÔMICAS OU CONTÁBEIS Depreciação Amortização Exaustão Equivalência Patrimonial Ganho ou Perda de Capital Estimativas de perdas incobráveis Impairment Perdas de Recuperabilidade Impostos Diferidos Obs.: deverão ser excluídas do fluxo de caixa no método direto e ajustadas no método indireto. Atenção: 1- Despesas econômicas ou contábeis; 2- Despesas antecipadas; 3- Despesas incorridas e não pagas.
9 Roteiro resumido para desenvolvimento da DFC 2-) Análise das ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS Aquisições ou vendas de investimentos, imobilizados e intangíveis que afetem o caixa ou equivalentes da empresa; Empréstimos concedidos para controladas e coligadas, considerando a saída e a entrada do caixa ou equivalente; Adiantamentos concedidos para controladas e coligadas que afetem o caixa ou equivalente. Roteiro resumido para desenvolvimento da DFC 3-) Análise das ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS Integralização/aumento de capital social em moeda corrente; Integralização de moeda corrente para compensação de prejuízos por parte dos sócios ou acionistas; Empréstimos obtidos juntos às controladas e coligadas, considerando a entrada e a saída do caixa ou equivalente; Empréstimos obtidos junto a instituições financeiras, considerando a entrada e o pagamento; Pagamentos e amortizações de financiamentos; Pagamentos de distribuição de lucros aos sócios;
10 Divulgação (Notas Explicativas) da DFC A entidade deve apresentar separadamente as principais classes de recebimentos brutos e de pagamentos brutos decorrentes das atividades de investimento e de financiamento. Os fluxos de caixa agregados derivados da aquisição ou alienação de controladas ou outras unidades de negócios devem ser apresentados separadamente e classificados como atividades de investimento. Observações importantes DFC Distribuição de Lucros A entidade pode classificar os juros pagos e os juros e dividendos e outras distribuições de lucro recebidos como fluxos de caixa operacionais porque eles estão incluídos no resultado. Alternativamente, a entidade pode classificar os juros pagos e os juros e dividendos e outras distribuições de lucro recebidos como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento respectivamente, porque são custos de obtenção de recursos financeiros ou retorno sobre investimentos. Ressalta-se que o usual é a apresentação nas atividades de financiamentos.
11 Observações importantes DFC Tributos sobre o lucro A entidade deve apresentar separadamente os fluxos de caixa derivados dos tributos sobre o lucro e deve classificá-los como fluxos de caixa das atividades operacionais a não ser que eles possam ser especificamente identificados com as atividades de investimento e financiamento. Quando os fluxos de caixa derivados dos tributos forem alocados para mais de uma classe de atividade, a entidade deve evidenciar o valor total de tributos pagos. Ressalta-se que não é comum a segregação dos tributos em mais de uma classe de atividade em virtude do excesso de controle que demanda a destinação detalhada dos respectivos tributos. Observações importantes DFC Caixa e Equivalente de Caixa não disponível A entidade deve divulgar, juntamente com um comentário da administração, os valores dos saldos relevantes de caixa e equivalentes de caixa mantidos pela entidade que não estejam disponíveis para uso da entidade. Caixa e equivalentes de caixa mantidos pela entidade podem não estar disponíveis para uso da entidade em razão, entre outras, de controles cambiais ou restrições legais.
12 Observações importantes DFC Caixa e Equivalente de Caixa em moeda estrangeira A entidade deve registrar os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estrangeira na moeda funcional da entidade, convertendo o montante em moeda estrangeira para a moeda funcional utilizando a taxa cambial na data do fluxo de caixa. A entidade deve converter os fluxos de caixa da controlada no exterior para sua moeda funcional, utilizando a taxa cambial na data dos fluxos de caixa. Observações importantes DFC Empréstimos Bancários Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de financiamentos. Entretanto, saldos bancários a descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos como cheques especiais ou contas correntes garantidas que são liquidados em curto lapso temporal compõem parte integral da gestão de caixa da entidade. Nessas circunstâncias, saldos bancários a descoberto são incluídos como componente de caixa e equivalentes de caixa. Uma característica desses arranjos oferecidos pelos bancos é que frequentemente os saldos flutuam de devedor para credor.
13 Glossário de apoio DFC - Resumo Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento. Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade. Exemplos Ilustrativos DFC Eventos ilustrativos são apresentados na NBC TG 03 a partir da página 16. São apresentados modelos de DFC direto e indireto, além de notas explicativas que poderão apoiar a elaboração e o desenvolvimento do tema.
14 Bibliografia DFC Os conceitos utilizados para o desenvolvimento do material da Oficina Técnica foram totalmente embasados nas normas citadas abaixo: - NBC TG 03/CPC 03 - NBC TG 1.000/CPC PME, SEÇÃO 07 Os exercícios utilizados para o desenvolvimento do material da Oficina Técnica foram embasados em casos práticos vivenciados pelos instrutores, além de adaptações de questões do Exame de Suficiência do CFC CRC. CONTATO: desenvolvimento@crcsp.org.br
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