www.arfa.cv Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares RELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL RMMI Nº 60 - MENSAL - Maio de Produção mundial do arroz deverá atingir novo recorde em /16 Cereais e Oleaginosas O mercado global dos cereais e oleaginosas continua influenciado pela ampla disponibilidade. Apesar da adversidade climática em algumas regiões, a colheita global em /16 continua amplamente satisfatória. O Índice de da Internacional Grains Council para os cereais e oleaginosas (IGC GOI 0 ) registou em Maio uma redução de 4% em relação ao mês anterior. O preço médio do trigo e do arroz registaram em Maio uma queda de 2.5% e 2.0%, respectivamente, em relação ao mês anterior. O preço do arroz apresentou no período ligeiro aumento (+0.2%). A desaceleração do ritmo da procura e a projecção de oferta mundial abundante no ano agrícola que se avizinha, /16, determinaram o comportamento do mercado global do trigo, mantendo em queda os preços mundiais dessa commodity. Entretanto, estes também foram pressionados pela preocupação com a adversidade climática, especialmente nos Estados Unidos, onde os preços registaram aumento no início do mês. Apesar da pressão de ampla disponibilidade, os preços mundiais do milho apresentaram ligeiro aumento, com a queda dos preços nos Estados Unidos, equilibrada pelo aumento na Argentina. O mercado global do arroz em Maio continua marcado por poucos movimentos, com os preços a manter-se em queda. Na Ásia, a baixa dos preços continua pressionada pela fraca procura, enquanto que nos Estados Unidos a redução se Fonte: IGC Açúcar A ampla disponibilidade global, com previsão de mais um ano de excedente de produção, continua a influenciar o comportamento do mercado. Entretanto, os preços mundiais dessa commodity foram muito influenciados pela oscilação do real (moeda local do Brasil) em relação ao dólar. Após oscilar entre perdas e ganhos, o preço médio de exportação do açúcar apresentou em Maio pouca alteração (-0.2%) em relação à média do mês anterior. Trigo: Evolução de preços - Variedades 290 Milho: Evolução de preços - Variedades 650 Arroz: Evolução de preços - Variedades 270 0 550 210 190 450 170 130 Argentina Wheat - Up River Germany Grade B Wheat - Hamburg US SRW Wheat - Gulf France Grade 1 Wheat - Rouen US HRW Wheat - Gulf Milho Argentina Milho USA Milho Brasil Arroz Thai 100% Arroz Viet 5% Arroz US Nº 2, 4% IGC International Grains Council
9 M a io- TRIGO Trigo: Evolução e de preços 100 OBS: Média Trigo: Argentina-Up River, Alemanha- Hamburg, Françe Grade 1-Rouen, US HRW e SRW-Gulf (/Mai.14) /14 Em relação ao mês homólogo de, o preço médio do trigo em Maio corresponde a uma redução de 32.2%. de exportação do trigo permaneceram em queda, com o preço médio de Maio cerca de 2.5% abaixo da média do mês anterior. A nível de variedades, verifica-se uma redução de 7.8% para o trigo Soft Red Winter (SRW), 3.0% para o Hard Red Winter (HRW) e francês. O preço do trigo alemão manteve o mesmo valor registado em Abril, enquanto o preço do argentino apresentou no período um aumento de 1.2%. Trigo /13 /14 /15 Previsão campanha agrícola /15 Milhões de Toneladas /16 Proj. Produção 655 713 721 705 715 Consumo 677 696 710 711 715 Comércio 142 156 153 151 149 Stock 171 189 194 Previsão para a produção global permanece inalterada em relação à previsão de Abril, representando nível recorde, 721 MT. A União Europeia, Rússia, Ucrânia, Argentina, Brasil, China e Índia, respondem por grande parte desse aumento da produção. O consumo global excede em 2% a estimativa de /14, refletindo maior consumo para alimentação humana (especialmente nos países em desenvolvimento na Ásia e África) e animal. O aumento do consumo neste último deverá ser impulsionado pela grande oferta, a preços competitivos. O comércio global para o ano /15 foi ligeiramente elevado, entretanto ficando cerca de 1.9% aquém da estimativa do ano passado. Face a maior reservas dos grandes exportadores, o stock no ano /15 foi ligeiramente elevada, MT, representando maior nível dos últimos 13 anos. Projecção para o ano /16 A produção global foi elevada em 10 MT, impulsionada pela revisão em alta para a colheita na União Europeia, países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), China e Marrocos. Projectada em 715 MT, a produção global está ligeiramente abaixo da estimativa de /15, mas 4% acima da média dos últimos 5 anos. O consumo global também foi revisto em alta, com a previsão do aumento do consumo para alimentação humana e no setor industrial, a compensar a redução da procura no setor forrageiro. Projectada em 715 MT, o consumo global excede em 4 MT, a estimativa do ano passado, com a União Europeia e alguns países asiáticos a responder por grande desse aumento. Projectado em 149 MT, o comércio mundial, se encontra cerca de 2.6% aquém do volume alcançado no ano /15. O stock global foi elevado para MT, com a revisão em baixa na União Europeia, Rússia e Índia equilibrada pelo aumento na China Estados Unidos e Ucrânia. 2
9 M a io - MILHO O preço médio do milho voltou a subir, apresentando em Maio um ligeiro aumento (0.2%) em relação à média do mês anterior. A nível de variedades, regista-se aumento no milho do Brasil (+4.1%) e da Argentina (+0.4%). O milho americano permaneceu em baixa, com o preço médio de Maio cerca de 3.4% abaixo da cotação do mês anterior. Milho: Evolução e de preços (/Mai.14) (/14) 100 OBS: Média Milho: Argentina, USA e Brasil 50 Relativamente ao período homólogo de, o preço médio do mês de Maio representa uma redução de 25.5%. Milho /13 /14 /15 Previsão campanha agrícola /15 /16 Proj. Produção 866 993 997 951 961 Consumo 863 947 973 969 974 Comércio 100 122 119 119 120 Stock 131 177 201 181 187 Produção global foi elevada em 3 MT, situando-se em 997 MT, representando assim novo recorde. O impacto da contracção da área de plantio será equilibrada pela previsão de rendimentos recordes. Face a preços baixo e maior procura por carnes, amido e etanol, o consumo mundial também será histórico, 973 MT. O comércio global estará ligeiramente abaixo do recorde de /14, com a União Europeia a responder por maior parte dessa baixa, devido a grande reserva do milho para alimentação animal. Previsto em 201 MT, o stock global representa maior nível alcançado em quase 3 décadas. Projecção para o ano /16 Face a revisão em alta da colheita nos Estados Unidos, Brasil China e Índia, a Produção global foi elevada em 10 MT, pelo 2º mês consecutivo. Entretanto, projectada em 961 MT, representa uma queda de 3.6% abaixo do ano /15. Consumo global foi elevado para 974 MT, excedendo ligeiramente a estimativa do ano passado. Face perspectiva de que os preços deverão manter-se em queda, é esperado maior consumo no setor forrageiro, especialmente no México, China, Brasil. Comércio global deverá aumentar pelo 3º ano consecutivo, com a previsão de Maio a situar o comércio de /16 em 120 MT. Devido a previsão de redução das reservas nos maiores exportadores, projecta-se uma queda de 7.0% no stock mundial, situando-se em 187 MT. A revisão em alta de 6 MT em Maio, foi impulsionada pela melhoria das perspectivas para a colheita em vários países. 3
9 M a io - ARROZ O preço médio do arroz permaneceu em baixa, registando em Maio uma queda de 2.0% em relação à média do mês anterior. Em termos de variedades, verifica-se uma queda de 3.3%, para o arroz Thai 100% Grade B, 1.3% para o Viet 5% broken e 1.4% para o USA Nº 2, 4%. Arroz: Evolução e de preços 550 450 (/Mai.14) /14 OBS: Média Arroz: Thai 100%, Viet 5% e USA Nº 2, 4% Relativamente ao mês homólogo de, o preço médio de Maio representa uma redução de 2.0%. Arroz /13 /14 /15 Previsão campanha agrícola /15 /16 Proj. Produção 473 477 476 482 Consumo 469 479 484 489 Comércio 38 43 42 42 Stock 113 112 103 97 Produção global permaneceu inalterada, 476 MT, com a previsão de menor colheita na Índia, equilibrada pelo aumento em outros grandes produtores, incluindo a China. Consumo global foi elevado para 484 MT, impulsionado por maior consumo para alimentação humana na Ásia. Devido a maiores embarques para a Ásia, o comércio global deverá cair ligeiramente, entretanto previsto em 42 MT, representa o valor mais alto já alcançado. Apesar da revisão em alta, o stock global em /15 representa uma queda de 8.0% face ao ano anterior. Projecção para o ano /16 A primeira projecção do IGC aponta para um novo recorde da produção, 482 MT, reflectindo maior colheita nos principais produtores da Ásia. Devido à maior procura para alimentação humana, também projecta-se um consumo global histórico, 489 MT. O comércio mundial deverá manter-se em linha do ano /15, 42 MT. Estimulada pelos preços baixos, é esperado maiores embarques para Ásia e África. Com o consumo a exceder a produção pelo 3º ano consecutivo e queda das reservas nos grandes exportadores, estima-se uma queda de 5.8% no stock mundial. SOJA O índice de preços de soja caiu 4% em relação ao mês de Abril, atingindo menor valor dos últimos 5 anos. O mercado continua influenciado pela ampla disponibilidade mundial, no meio de expectativa de colheita recorde na colheita na América do Sul. 4
9 abr-14 M a io - Soja /13 /14 /15 Previsão campanha agrícola /15 /16 Proj. Produção 272 5 320 316 Consumo 267 2 303 312 Comércio 99 113 118 1 Stock 31 48 52 Produção global continua recorde, 316 MT, impulsionada ainda pela boa colheita na Argentina e Brasil. Devido a maior procura por derivados de soja, especialmente na Ásia, prevê-se uma expansão de 7.4% no consumo mundial. O comércio mundial em /15 deverá atingir nível histórico, impulsionado pelo aumento das importações pela China, embora a um ritmo mais lento. Face ao aumento das reservas nos grandes exportadores, o stock global continua em nível recorde, 48 MT, excedendo em 58% o nível do ano passado. Projecção para o ano /16 Devido a previsão de menores rendimentos nos principais produtores, projecta-se uma queda de 4 MT na produção global. Face a maior consumo dos derivados da soja, o consumo global deverá aumentar em /16, especialmente nos maiores produtores e na China. As importações pela China, continuam a impulsionar o comércio, resultando em um aumento de 4.2%. Com a produção acima do consumo, o stock global deverá atingir novo recorde. AÇÚCAR O mercado global do açúcar durante o mês de Maio esteve fortemente pressionado pela variação do real (moeda local do Brasil), em relação ao dólar, com os preços globais a oscilar à luz da valorização/desvalorização do real. O enfraquecimento do real leva os produtores a disponibilizar maior quantidade de açúcar para exportação, uma vez que recebem mais reais pelo produto comercializado em dólares. A valorização desta moeda provoca reacção inversa dos produtores. (/Mai.14) (/14) Em Maio, os preços também foram influenciados pela previsão de grande oferta, no meio de alto nível do stock. De acordo com os dados oficiais, a produção mundial em /15 deverá ultrapassar o consumo pelo 5º ano consecutivo, com a International Sugar Organization (ISO) a elevar a sua estimativa para o superávit neste ano. Açúcar: Evolução e de preços 800 O preço médio do açúcar apresentou em Maio pouca alteração em relação à média do mês anterior (-0.2%). 700 Comparado ao mês homólogo de, o preço médio de Maio representa uma redução de 22.6%. OBS: Preço médio do Açúcar Refinado/cristal (com dados da Sugaronline) Relatório do Mercado Internacional - RMMI - é uma publicação editada pela ARFA Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares, entidade que tem por atribuição o seguimento do mercado dos produtos alimentares de primeira necessidade. Trata-se de um Relatório editado desde Janeiro de, com divulgação restrita até Junho de e fornece informações sobre comportamento do Mercado Internacional dos cereais e açúcar, tendo como fontes sites especializados acedidos por assinatura. 5