Estado: Rio de Janeiro Municípios limítrofes: Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Tanguá, Maricá e São Gonçalo. Distância até a capital: 39 km



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Transcrição:

Histórico e dados Município: Itaboraí Localização Estado: Rio de Janeiro Municípios limítrofes: Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Tanguá, Maricá e São Gonçalo. Distância até a capital: 39 km Características Geográficas Área: 424,219 km² População: 225.309 PIB: R$ 1.246.066 mil PIB per capita: R$ 5,77,00 IDH :0,737 Fundação : 16 de Agosto de 1696 Prefeito: Sergio Soares Histórico da ocupação O desbravamento histórico da região remonta a época da fundação de São Sebastião do Rio de Janeiro, quando foram doadas nas circunvizinhanças, sesmarias, onde se instalaram lavouras de cana-de-açúcar e aguardente. João Vaz Pereira edificou uma capela e em 1742 ela foi substituída por uma igreja, a qual assistiu o desenvolvimento do futuro município nas suas adjacências. Tendo o seu povoamento iniciado por fidalgos portugueses, quando D. João VI chegou ao Brasil já se encontrava uma elite formada e a freguesia crescia pelos progressos materiais e culturais de seu povo, chegando a competir com Niterói o direito de ser a capital da Província do Rio de Janeiro, perdendo honrosamente por um voto. O futuro município teve o seu auge de prosperidade econômica no segundo reinado, pois até 1860, Itaboraí era uma das mais prósperas regiões fluminenses, donde escoava pelo seu porto fluvial toda a produção local e de regiões vizinhas. Ele era o empório comercial da Província. A inauguração da estrada de ferro de Cantagalo, seguida da promulgação da Lei Áurea e febres palustres, foram fatores determinantes da decadência da região. Significado do Nome O nome Itaboraí tem origem tupi: ita = pedra e boraí = bonita. Aniversário da Cidade 22 de Maio

GEOGRAFIA O Município de Itaboraí possui clima tropical quente e semi-úmido, chuvoso no verão e seco no inverno. Sua temperatura anual é de 23º Celsius. Vegetação A vegetação anual do município é composta em maior parte por pastagens,mata de encosta, mangues e brejos. Os remanescentes de matas são observados nos setores mais ingremes e elevados nas Serras do Barbosão e do Lagarto.São matas tipicamente secundárias resultantes da regeneração natural, pois concentraram muita exploração de madeira para a obtenção de carvão e lenha no passado. No restante do município, as matas encontram-se muito fragmentadas e aparecem em locais isolados. Os manguezais ocupam grande parte da desembocadura dos rios que desaguam na Baía de Guanabara em áreas de pouco declive cortado pelos rios Macacu e Guaxindiba. Relevo As características do relevo do município são bem peculiares entre si.as maiores altitudes da cidade são encontradas na Serra do Barbosão e e a leste na divisa com Tanguá,e nas Serras do Lagarto e Cassorotiba do Sul,na divisa com o município de Maricá.Nas demais localidades,no Norte e Oeste do município,predominam as planícies,onde estão concentrados os rios que convergem para a Baía de Guanabara. Entre as planícies e as serras,observa-se um relevo suavemente ondulado, com morros que raramente ultrapassam os 50 metros. ECONOMIA As principais atividades econômicas do município são: Manufatura cerâmica (decorativa e utilitária) Fruticultura Agricultura de subsistência Apicultura Pecuária extensiva Extrativismo mineral Setor terciário (comércio e serviços). TURISMO Principais Pontos Turísticos: Rio Macacú Sua nascente está no município de Cachoeiras de Macacú e faz limite entre os municípios de Magé e Itaboraí, à oeste e Cachoeiras de Macacú e Itaboraí, à leste. É o principal rio da região e tem como afluentes mais expressivos os rios Guapi-açú, à direita e Casseribú, Aldeia e Imbú, à esquerda. Corta, ao longo de seu curso, as terras da Fazenda Macacú, onde predominam em torno as áreas de pastagem e em outro trecho as ruínas do Convento de São Boa Ventura de Macacú. Suas águas são barrentas e frias. Extensão navegável apenas para barcos de pequeno calado, destinados à pesca. Não possui praias, nem locais propícios para banhos. Fonte Carioca End: Av 22 de Maio - Centro

Lagoa São José End: Estrada São José, s/n Reserva Ecológica do Manguezal A Reserva Ecológica do Manguezal é um rico ecossistema pelo qual o visitante pode navegar e apreciar algumas das 170 espécies de aves catalogadas num passeio maravilhoso. Ruina do Convento de São Boa Ventura End: Fazenda Macacu (cerca de 5 km de Porto de Caxias). Serra do Lagarto A Serra do Lagarto é cortada pela RJ 114, principal via de acesso de Itaboraí para o município de Maricá. Faz divisa entre os dois municípios abrangendo uma pequena região de Saquarema. Se identifica pela predominância de pequenas altitudes, onde destaca-se laranjais, paisagens típicas da região, que fazem parte de grandes plantações, em áreas particulares. De fácil acesso da Serra do Lagarto se avista o recorte da Serra do Mar, ao fundo além de Maricá e um trecho de Saquarema. Capela da Fazenda Itapacoará A capela situa-se numa pequena elevação das terras da Fazenda Itapacoará numa posição de dominância dentro da região. A sua silhueta compacta e a chaminé de tijolos do antigo alambique são avistados de longe, ressaltados pela planície que os circunda. A casa de fazenda é uma construção recente, tendo por trás um lago e na lateral um grande depósito de armazenamento de cachaça, atualmente provinda de outros locais. A capela data da 2ª metade do século XIX, não tendo sido encontrado registro do ano de construção. Construído pelos donos da fazenda na época, para atender aos moradores e colonos. O programa da Capela de Itapacoará apresenta certas evidências de que teria sido originalmente construída por nave, capela-mor e campanário. A cobertura foi substituída por telhas francesas e o frontispício aparenta ter sido reformado já no século XX, tendo sido preservados os vãos das janelas, a porta principal e o sino. Foi o local utilizado pela TV Globo para as gravações da série Padre Cícero. Atualmente fechada, não sendo utilizada pelos atuais donos da Fazenda. Capela São Tomé Horário: Através de solicitação prévia no escritório, sede da fazenda pelo telefone (021) 735-2613. A Capela de São Tomé e o prédio do engenho, bastante modificado, é o que restou da antiga fazenda, atualmente construída por edificações novas, galpões, terras bem cuidadas produção diversificada, entre elas a leiteira. A localização da capela é de dominância dentro da paisagem, sendo avistada à distância, apesar das interferências visuais das novas construções. À sua frente, mais abaixo, situa-se o antigo engenho marcado pela chaminé. A data de construção não é conhecida, constando apenas a época - século XIX. De arquitetura compacta, planta regular, com nave, capela mor (pequeno altar), sacristia, coro e torre única encimada por cúpula. Internamente é bastante despojada, possuindo um púlpito de madeira de desenho simples à sua esquerda. A fachada principal tem o vão de acesso com molduras de madeira e verda de arco abatido e é marcada na lateral pela presença da torre (com duas aberturas, ainda existindo um de seus sinos originais). Recentemente foram pintadas de amarelo a porta principal e as janelas laterais. Também foi colocado um sino para substituir o original que faltava em uma das aberturas da torre. A capela é utilizada apenas uma vez por ano, no Natal, em missa de confraternização dos funcionários e trabalhadores locais. Não foi possível obter referências históricas ou cronológicas a respeito do atrativo.

Igreja de Nosso Senhor do Bonfim A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim situa-se dentro do setor mais antigo de Itaboraí, numa das ladeiras que descem da praça principal. No seu entorno, um casario baixo de arquitetura simples, que acompanha a Rua Bonfim, tendo de interessante, quase à sua frente, o prédio da maçonaria. A igreja foi implantada na parte mais alta do terreno, criando um aspecto de imponência e verticalidade em relação às casas da localidade. Sua ambiência e proporcionalidade em relação a rua ficou prejudicada pela retirada da escadaria frontal, tendo atualmente um acesso lateral e um muro de arrimo quase à porta da igreja. Construída no século XVIII, a igreja possui um belo tratamento da fachada, típico das igrejas Jesuítas, onde se destaca o frontão triangular. Em 1742, havia junto a igreja uma capela da Irmandade do Santíssimo, onde se instituiu uma Ordem Terceira denominada Nossa Senhora do Monte Carmo, extinta em 1753. Em 1790-1800, João Bento Vasques restaurou e ampliou a capela e colocou sob a devoção do Senhor do Bonfim. Entre 1981 e 1982, a comunidade local, sob a coordenação da paróquia de Itaboraí, decide realizar reformas na igreja, que encontrava-se praticamente abandonada. Sua fachada principal foi restaurada, procurando-se preservar sua característica arquitetônica, mas, de resto, foram feitas muitas modificações. O altar-mor que se encontrava destruído foi totalmente substituído. Igreja de São Barnabé Horário: Aos domingos, às 17:00h no horário da missa. A Igreja de São Barnabé situa-se na localidade de Itambi, antigo núcleo originário de aldeamento jesuítico. No alto de uma pequena colina, numa área de topografia plana, a igreja domina à distância a paisagem da região. A cidade desenvolve-se ao longo de uma rua principal que passa defronte da praça da igreja, onde se localiza o casario mais antigo. Algumas edificações do final do século XIX e início do século XX, ainda guardam suas características originais, com, pequenas reformas ou em estado precário de conservação. No terreno da igreja, de chão de terra batida, existe um coreto; nas laterais, o cemitério, a escola e um galpão para festas. A igreja foi construída em 1705, recebendo o nome de Paróquia em 15 de novembro de 1759. Em 1950 a igreja sofreu reformas, sendo desfigurada internamente. Externamente a igreja apresenta características do comportamento sóbrio das obras jesuíticas, comum as paróquias despretensiosas do começo do século XVIII. Arquitetura de estilo jesuítico com partido de planta retangular, nave, capela mor, sacristia coro e torre única com cúpula em meia laranja. O frontispício é composto de frontão triangular marcado por um óculo e encimado por uma cruz, 4 janelas ao nível do coro e porta principal de madeira trabalhada com moldura em cantaria de pedra. O altar-mor e os altares laterais foram reconstruídos, seguindo as características anteriores. Destacam-se as imagens de Nossa Senhora, São José e o menino Jesus com características barrocas. Igreja Nossa Senhora da Conceição Horário: Diariamente, das 09:00h as 16:00h. A Igreja Nossa Senhora da Conceição situa-se num alargamento da rua principal de Porto de Caxias, onde desenvolve-se um casario baixo, que ainda guarda um pouco da aparência antiga do centro histórico. Essa paisagem é marcada atualmente por um comércio intenso de objetos religiosos, feito em barraquinhas que ocupam a praça da igreja, constituindo-se a principal atividade econômica do vilarejo. No terreno da igreja foram construídos grandes galpões onde funcionam serviços de bar, restaurantes, banheiros e livrarias, que refletem o grau de transformações que o antigo conjunto histórico de Porto das Caxias vem assumindo com a nova junção de local de romarias em torno do culto da imagem

milagrosa de Jesus Crucificado. A data de construção da igreja é desconhecida. Admite-se no entanto que ela tenha sido edificada na mesma época do convento de São Boaventura do Macacu. Consta como data de inauguração, 17/07/1718. Em 1747 só restava a capela-mor, quando Francisco Pinto Cardoso construiu a atual nave e a torre sineira, restando até hoje algumas paredes da antiga nave principal. Em 1901 e depois1947 a igreja sofreu reformas, onde foram substituídos o madeiramento e a escada do coro e o forro da capela lateral. Em 1969 e 1978, novas reformas substituem o piso e constroem anexos ao lado da capela-mor. A atual Matriz de Porto das Caxias apresenta uma superposição de duas igrejas de partidos arquitetônicos idênticos. A primeira, de 1718, tinha proporções maiores e dela só restou a capela mor e as ruínas das paredes externas laterais. A segunda, versão mais modesta, construção da nave principal e torre sineira, aproveitando a antiga capela-mor. A porta principal e as laterais da igreja são ainda autênticas, inclusive suas ferragens. A igreja possui peças que merecem destaque como as imagens de São Francisco de Assis, a de Jesus Cristo e a de Nossa Senhora da Conceição que datam do século XVIII. Acredita-se que pertenciam ao Convento Boaventura de Macacu e foram para a igreja quando este foi desativado. Matriz de São João Batista Horário: No horário das missas de 2ª a 6ª feira às 08:00 e 09:00h, sábados às 19:00h e Domingo às 07:00 e 18. Tombada como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1970, tem a sua origem em 1672, com a construção de uma capela por João Vaz Pereira sob a invocação de São João. Reconstruída entre 1725 e 1742, passa por nova reforma no período de 1767 a 1782, quando se estabelece o atual conjunto arquitetônico no ponto mais alto da colina, onde se implantou a Vila de Itaboraí. A torre Matriz é avistada de longe, marcando sua presença na região. O paisagismo atual da praça, à sua frente, é resultado de um projeto de reurbanização de 1953. Com o crescimento das árvores, necessários ao clima da região, árido e quente, criou-se uma concentração de verde no interior da praça, que quebra um pouco a harmonia original do antigo conjunto urbano. A igreja está situada na extremidade norte da praça, isolada do casario baixo e circundante. A Igreja Matriz é uma construção solidamente erigida de pedra e cal, de grossos muros e equilibrada concepção arquitetônica. Conserva características oitocentistas de uma só porta de entrada. Na fachada, duas janelas no coro. A torre única, ainda mantém o corpo inteiramente maciço. A Matriz de São João Batista, de propriedade da Diocese de Niterói. Alguns pertences internos merecem destaque, como as conversadeiras com assento de granito nas janelas da sacristia, o arcaz da sacristia ainda intacto, algumas peças da estatuária (originais do século XVIII), castiças e pratarias e o retábulo do altar-mor, com talha do século XVIII. Estação Ferroviária E. F. Cantagalo (1860-1887) E. F. Leopoldina (1887-1975) RFFSA (1975-1996) PORTO DAS CAIXAS Município de Itaboraí, RJ Linha do Litoral - km 75,577 (1960) RJ-1932 Inauguração: 23.04.1860 Uso atual: demolida sem trilhos Data de construção do prédio atual: n/d Histórico da Linha: O que mais tarde foi chamada linha do litoral foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a

primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A Estação: A antiga E. F. Cantagalo começava mesmo em Porto das Caixas, localidade situada às margens do rio Macacu, no fundo da baía da Guanabara. Dali, barcaças transportavam as mercadorias até a cidade do Rio de Janeiro. No início dos anos 1950, ainda se podia ver algumas delas afundadas ao lado da ponte ferroviária, então de madeira. A estação de Porto das Caixas, construída originalmente para saída da linha do Cantagalo, somente mais tarde, em 1874, passou a ser também entrocamento com a que viria a ser a Linha do Litoral, construída na época pela Cia. Ferreo Carril Niteroiense. foi um ponto de baldeação muito movimentado e rico, tendo entrado em decadência com a inauguração do trecho de linha até Niterói, ainda no século XIX. De Porto das Caixas saía também a linha do litoral, que seguia até Campos. Com a extinção da linha do Cantagalo, Porto das Caixas deixou de ser entroncamento. (Fonte: Délio Araújo, Informativo Centro-Oeste, 7/4/1989) A estação foi demolida, não sobrou nada, a não ser duas escadas feitas com dormentes que servem para os raros passageiros do trem suburbano que liga Itaboraí a Niterói. Distritos e os Bairros 1º Distrito - Centro - sede Centro Ampliação Areal Badureco Bela Vista Bonfim Caluge Calundu City Areal Colônia Engenho Velho Esperança Iguá Itaville Jardim Ferma Jardim Imperial Joaquim de Oliveira Nancilândia Nova Cidade

Outeiro das Pedras Picos Quissamã Retiro Retiro São Joaquim Rio Várzea Santo Expedito Sapê Sossego Três Pontes Venda das Pedras Vila Rica 2º Distrito - Porto das Caixas Porto das Caixas Nossa Senhora da Conceição 3º Distrito - Itambi Itambi Gebara Grande Rio Jardim Itambi João Caetano Morada do Sol I Morada do Sol II Parque Aurora 4º Distrito - Sambaetiba Sambaetiba Agro Brasil Alto do Jacu Chácaras Bela Vista Parque Nova Friburgo Quinta dos Colibris 5º Distrito - Visconde de Itaboraí Visconde de Itaboraí Itamarati Maravilha Vila Visconde Vilage do Sol 6º Distrito - Cabuçu Cabuçu Curuzu Pitanga Recanto dos Magalhães São José

São Sebastião Vila Verde 7º Distrito - Manilha Manilha Aldeia da Prata Apolo II Granjas Cabuçu Marambaia Monte Verde Novo Horizonte Santo Antônio São Miguel Vila Brasil Vila Gabriela 8º Distrito - Pachecos Pachecos Granjas Mirassol Perobas Aspectos Ambientais Parte do território municipal é voltado para a Baía de Guanabara, compondo com os Municípios de Magé e Guapimirim a APA de Guapimirim, unidade de conservação de uso sustentável. Essa unidade tem por finalidade a preservação e conservação de remanescentes essenciais dos manguezais que cobriam a Baía de Guanabara. Esses manguezais são estratégicos para o equilíbrio da vida na Baía de Guanabara, tanto por seus aspectos biológicos quanto sociais. A APA de Guapimirim é produto de um movimento iniciado em 1978 por pesquisadores universitários e técnicos do órgão de controle ambiental do Estado do Rio de Janeiro, a FEEMA, apoiados pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e movimentos ambientalistas, então embrionários. O fato gerador de tão extensa parceria foi um projeto do então Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), para o saneamento da área, ao molde de ações já executadas na porção ocidental da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro e Baixada Fluminense), seguidas por idêntico processo na porção oriental (Niterói e São Gonçalo), que retificaram rios e aterraram brejos, lagunas, pântanos, várzeas e manguezais para ocupação das terras pela especulação imobiliária. Tal projeto somente foi definitivamente arquivado com a criação, seis anos depois, da primeira unidade de conservação ambiental brasileira resultante de ação comunitária, e a primeira reserva específica de manguezais. A criação da APA de Guapimirim foi também um marco da resistência de um segmento da sociedade civil à degradação, até então inconteste. Apesar disso, segue sendo ameaçada por várias atividades impactantes, como turismo predatório, aterros, vazadouros de lixo, poluição industrial, desmatamento, queimadas e construções irregulares. O saneamento básico é um dos grandes problemas ambientais que ameaça o ambiente e a saúde dos habitantes de Itaboraí. Nesse sentido, a desativação do vazadouro de lixo, localizado no Jardim Ferma é uma prioridade para o município, sendo desenvolvido pelo poder público com recursos da multa

aplicada à Petrobrás e repassados pelo IBAMA. Esse projeto implica uma série de atividades paralelas que dizem respeito a reformulação da frota e do sistema de coleta e transporte do lixo no Município, que hoje é inadequado. Além disso, é essencial o desenvolvimento de programas sociais voltados às famílias que vivem no lixão. Esses aspectos são condicionantes para mudança no tratamento da questão dos resíduos em Itaboraí e, na visão de seus administradores, é histórico, pois marca a entrada do município na Agenda 21 e no exercício do desenvolvimento sustentável. Nesse sentido caminha também, outro projeto municipal que é a construção do Portal de Itambi que consiste na instalação de um entreposto de pesca que revitalizará o porto fluvial de Itambi e promoverá a recuperação da atividade produtiva tradicional dessa localidade. Outros focos de conflitos ambientais são as indústrias de cerâmica instaladas no município. Trata-se da fonte de maior arrecadação municipal e de geração de empregos locais, ao mesmo tempo em que é responsável por um enorme passivo ambiental ligado a degradação dos solos em locais onde existem jazidas de argila, o assoreamento dos rios e a poluição atmosférica provocada pela fumaça lançadas pelas chaminés. A criação da APA impôs limites à extração ilegal de madeira de mangue para lenha e atualmente a percepção sobre esse problema é de que, a despeito de alguma atividade clandestina ainda persistir, ele pode ser considerado superado. Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ Complexo será um dos maiores empreendimentos petroquímicos do mundo, com investimentos no total de 8,3 bilhões de dólares, terá refinaria, central petroquímica e plantas industriais de segunda geração numa mesma área industrial. A importância fundamental da iniciativa vai além do interesse comercial da Petrobrás, pois também é um estímulo à sustentabilidade e ao crescimento contínuo do país e principalmente o Rio de Janeiro. A localização do Município favoreceu a escolha por estar próximo à fonte de matéria-prima (petróleo Marlim) e inserido no mercado consumidor dos produtos de segunda geração, conferindo uma importante vantagem logística para a região. Esse ganho será obtido pela substituição da exportação de petróleo pesado, de menor valor no mercado, pela exportação de produtos de maior valor agregado a serem produzidos no complexo. O petróleo pesado, produzido pela Petrobrás no Brasil será utilizado como insumo para gerar produtos petroquímicos, em substituição à nafta que ainda é em parte importada. A escolha do Município de Itaboraí aconteceu com base em estudos técnicos, de caráter multidisciplinar, conduzidos por empresas e universidades. Além dos vetores econômicos, dos aspectos logísticos e de infra-estrutura, a área escolhida tem que dispor de espaço no tamanho de no mínimo 20 milhões de metros quadrados. Quanto aos aspectos de Responsabilidade Social do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro começam pela escolha do local de sua instalação. A área selecionada consiste em uma estrutura fundiária composta de fazendas e sítios. A presença de núcleos urbanos distantes cerca de 15 km do local do empreendimento, assegura uma localização próxima, porém segura. Além disso, o aproveitamento da mão de obra qualificada e existente no entorno do Complexo, oferecendo oportunidades que podem atingir os 1,3 milhões de habitantes estabelecidos na zona de influência, motivo de grandes discussões no inicio do projeto Comperj.

A consciência social se estende com a instalação do Centro de Integração de São Gonçalo, com o objetivo de capacitar a população circunvizinha para o desenvolvimento industrial e empresarial em bases competitivas e sustentáveis, na implantação do Complexo Petroquímico. O complexo também viabilizará a implantação de empresas de terceira geração, as quais utilizam os produtos petroquímicos na produção de itens para os mais diversos segmentos de consumo, desde utensílios plásticos, tintas, embalagens e tecidos, até componentes para computadores, veículos, navios e aviões. Ou seja, tudo aquilo que está presente na vida de todos no dia-a-dia. Segundo a própria Petrobrás, a implantação do complexo vai incrementar ainda mais o nível dos investimentos, a geração de empregos e a arrecadação de impostos na região.