COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - Considerações Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 27/11/2012. Sumário: 1 - Introdução 2 - Acidente de Trabalho 2.1 - Doença Profissional ou do Trabalho - Nexo Técnico Previdenciário 2.1.1 - Contestação e Recurso 2.1.2 - Doenças Não Consideradas 2.2 - Situações Equiparadas ao Acidente de Trabalho 2.2.1 - Acidente de Trajeto 2.2.2 - Boletim de Ocorrência 2.3 - Classificação 3 - Comunicação de Acidente do Trabalho 3.1 - Acidente com Óbito 3.2 - Ocorrências de CAT 3.3 - Registro da CAT 3.4 - Preenchimento da CAT 3.4.1 - Destinação da CAT 3.4.2 - Cadastramento da CAT - Quadro Atestado Médico sem Preenchimento 3.4.3 - CAT de Reabertura 3.4.4 - Óbito Após Emissão da CAT Inicial ou de Reabertura 3.5 - Responsáveis pelo Preenchimento e Encaminhamento da CAT 3.5.1 - Segurados com Atividades Concomitantes - Acidente de Trajeto 3.5.2 - Agravamento do Acidente 3.6 - Prazo 3.6.1 - Ausência de Comunicação 3.7 - Acidente Ocorrido com Aposentado 4 - Dia do Acidente 5 - CAT de Reabertura 6 - Segurança e Saúde do Trabalho 6.1 - Análise do Ambiente de Trabalho 6.2 - Fiscalização e Promoção de Atividades de Prevenção de Acidentes 7 - Repasse dos Dados Estatísticos 8 - Penalidades 1 - INTRODUÇÃO A comunicação de acidente do trabalho passou a ser exigida das empresas com a Lei nº 5.316/67 (Art. 11). Atualmente a Lei nº 8.213/91, estabelece em seu artigo 22, que todo acidente do trabalho ou doença profissional ocorrido com o segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso deverá ser comunicado à Previdência Social até o 1º dia útil à sua ocorrência. Nesse comentário analisaremos as regras e os procedimentos para as empresas cumprirem com essa obrigação. È importante destacar que a comunicação do acidente seja feita de forma exata e completa, pois esta tem fins estatístico e epidemiológico, não só na esfera previdenciária, mas, também na trabalhista, objetivando propiciar a elaboração de políticas mais eficazes para as áreas de segurança e saúde no trabalho. 2 - ACIDENTE DE TRABALHO Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal (acidente típico) ou
perturbação funcional (doença profissional ou doença do trabalho) que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (Art. 19 da Lei nº 8.213/91). 2.1 - DOENÇA PROFISSIONAL OU DO TRABALHO - NEXO TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO A legislação previdenciária tem considerado como acidente do trabalho, na forma do art. 20 da Lei nº 8.213/91 e art. 347 da IN/INSS nº 45/10, a doença profissional ou a doença do trabalho. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o disposto no artigo 21A da Lei nº 8.213/91, com redação dada pela Lei nº 11.430/06. A perícia médica do INSS deixará de aplicar o acima disposto quando demonstrada a inexistência do nexo entre o trabalho e o agravo. A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao CRPS. Para o empregado, o nexo técnico só será estabelecido se a previsão de afastamento for superior a 15 dias consecutivos. Já o segurado especial e o trabalhador avulso serão encaminhados à perícia médica para avaliação do grau de incapacidade e o estabelecimento do nexo técnico logo após o acidente, sem necessidade de aguardar os 15 dias consecutivos de afastamento. Para a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo, que caracteriza o acidente do trabalho, a perícia médica do INSS, se necessário, poderá ouvir testemunhas, efetuar pesquisa ou realizar vistoria do local de trabalho ou solicitar o PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário diretamente ao empregador para o esclarecimento dos fatos (Art. 350 da IN/INSS nº 45/10). A Instrução Normativa/INSS nº 31/08, dispõe sobre procedimentos e rotinas referentes ao Nexo Técnico Previdenciário, determinando a existência de três espécies, a saber: I. Nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas associações entre patologias e exposições constantes das listas A e B do Anexo II do RPS - Decreto nº 3.048/99; II. Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual, decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91; III. Nexo técnico epidemiológico previdenciário, aplicável quando houver significância estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de Doenças - CID, e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica - CNAE, na parte inserida pelo Decreto nº 6.042/07, na lista B do anexo II do Decreto nº 3.048/99. NOTA ITC: Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista no Anexo II do RPS, resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deverá considerá-la acidente do trabalho (Art. 347, 2º, da IN/INSS nº 45/10). 2.1.1 - Contestação e Recurso A empresa poderá interpor recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS até 30 dias após a data em que tomar conhecimento da concessão do benefício em espécie acidentária por nexo técnico previdenciário em face das situações apresentadas nos itens I e II do subitem 2.1, retro, conforme art. 126 da Lei nº 8.213/91, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não possuem nexo técnico com o trabalho
exercido pelo trabalhador. Esse recurso interposto contra o estabelecimento de nexo técnico não terá efeito suspensivo. A empresa poderá requerer ao INSS, até 15 dias após a data para a entrega da GFIP, a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, ao caso concreto, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não possuem nexo técnico com o trabalho exercido pelo trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa, caso não protocolize o requerimento tempestivamente, quando se tratar de casos citados no item III do subitem 2.1. Da decisão do requerimento cabe recurso com efeito suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado, ao CRPS. Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto acima, motivada pelo não conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento poderá ser apresentado no prazo de 15 dias da data em que a empresa tomar ciência da decisão da perícia médica do INSS, que passará a ser disponibilizada no site do Ministério da Previdência Social (www.mpas.gov.br). Juntamente com o requerimento, a empresa formulará as alegações que entender necessárias e apresentará as provas que possuir demonstrando a inexistência de nexo causal entre o trabalho e o agravo. A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências técnicas circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no âmbito de programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável técnico legalmente habilitado. O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa para que este, querendo, possa impugná-la, obedecendo, quanto à produção de provas, ao disposto acima, sempre que a instrução do pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo entre o trabalho e o agravo. 2.1.2 - Doenças Não Consideradas Não são consideradas como doença do trabalho, conforme 1º do art. 347 da IN/INSS nº 45/10: a doença degenerativa; a inerente a grupo etário; a que não produza incapacidade laborativa; e a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 2.2 - SITUAÇÕES EQUIPARADAS AO ACIDENTE DE TRABALHO Equiparam-se também ao acidente do trabalho, as seguintes situações (Art. 21 da Lei nº 8.213/91): I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2.2.1 - Acidente de Trajeto Considera-se acidente de trajeto o acidente sofrido pelo segurado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. O acidente de trajeto é uma das situações equiparadas ao acidente de trabalho mais comum. Não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo segurado que, por interesse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso habitual (Art. 348, 5º, da IN/INSS nº 45/10). Se o acidente do trabalhador avulso ocorrer no trajeto do órgão gestor de mão-de-obra ou sindicato para a residência, é indispensável para caracterização do acidente o registro de comparecimento ao órgão gestor de mão-de-obra ou ao sindicato. 2.2.2 - Boletim de Ocorrência Quando houver registro policial da ocorrência do acidente, será exigido pelo INSS a apresentação do respectivo boletim. 2.3 - CLASSIFICAÇÃO Os acidentes do trabalho são classificados em três tipos (Artigos 19 a 21 da Lei nº 8.213/91): a) acidente típico (tipo 1), é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa; b) doença profissional ou do trabalho (tipo 2); c) acidente de trajeto (tipo 3), é aquele que ocorre no percurso do local de residência para o de trabalho, desse para aquele, ou de um para outro local de trabalho habitual, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis com o percurso do referido trajeto.
3 - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO Na ocorrência de acidente do trabalho ou da verificação da doença profissional, independente do empregado afastar-se do trabalho, a empresa deverá fazer a comunicação do acidente do trabalho dentro do prazo legal, na forma do art. 22 da Lei nº 8.213/91. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. 3.1 - ACIDENTE COM ÓBITO Quando do acidente resultar a morte imediata do segurado, deverá ser exigido o boletim de registro policial da ocorrência ou, se necessário, cópia do inquérito policial; o laudo de exame cadavérico, se houver; e a Certidão de Óbito (Artigo 352 da IN/INSS nº 45/10). 3.2 - OCORRÊNCIAS DE CAT O acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT e deve se referir às seguintes ocorrências: CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença ocupacional ou óbito imediato; CAT reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho; CAT comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial. 3.3 - REGISTRO DA CAT A CAT poderá ser registrada em uma APS - Agência da Previdência Social ou pela Internet, no sítio eletrônico www.previdencia.gov.br, conforme art. 356 da IN/INSS nº 45/10. A CAT registrada pela Internet é válida para todos os fins perante o INSS. No ato do cadastramento da CAT por meio da Internet, o emissor deverá transcrever as informações constantes no atestado médico para o respectivo campo da CAT, sendo obrigatória a apresentação do atestado médico original por ocasião do requerimento de benefício e da avaliação médico-pericial. A CAT registrada por meio da Internet deverá ser impressa, constar assinatura e carimbo de identificação do emitente e médico assistente, a qual será apresentada pelo segurado ao médico perito do INSS por ocasião da avaliação médico-pericial. 3.4 - PREENCHIMENTO DA CAT A empresa poderá se utilizar do formulário a seguir, para fazer o cadastramento da CAT: PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 1- Emitente 1- Empregador 2- Sindicato 3- Médico 4- Segurado ou dependente 5- Autoridade pública COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT 2- Tipo de CAT 1- Inicial 2- Reabertura 3-
Comunicação de Óbito em: Empregador I - EMITENTE 3- Razão Social /Nome 4- Tipo 1- CGC/CNPJ 2- CEI 3- CPF 4- NIT 5- CNAE 6- Endereço - Rua/Av. Complemento (continuação) Bairro CEP 7- Município 8-UF 9- Telefone Acidentado 10- Nome 11- Nome da mãe 12- Data de nasc. 13- Sexo 1- Masc. 3- Fem. 14- Estado civil 1- Solteiro 2- Casado 3- Viúvo 4- Sep. judic. 5- Outro 6 - Ignorado 15- CTPS- Nº /Série/ Data de emissão 16- UF 17- Remuneração Mensal 18- Carteira de Identidade Data de emissão Òrgão Expedidor 19- UF 20- PIS/PASEP/NIT 21- Endereço - Rua/Av./ Bairro CEP 22- Município 23- UF 24- Telefone 25- Nome da ocupação 26- CBO 27- Filiação à Previdência Social 1- Empregado 2- Tra. avulso 7- Seg. especial 8- Médico residente 28- Aposentado? 1- sim 2- não 29-Áreas 1- Urbana 2- Rural Acidente ou Doença 30- Data do acidente 31- Hora do acidente 32-Após quantas horas de trabalho? 33- tipo 1-Típico 2- Doença 3- Trajeto 34- Houve afastamento? 1-sim 2-não 35- Último dia trabalhado 36- Local do acidente 37 - Especificação do local do acidente 38- CGC/CNPJ 39- UF
40- Município do local do acidente 41-Parte(s) do corpo atingida(s) 42- Agente causador 43- Descrição da situação geradora do acidente ou doença 44- Houve registro policial? 1- sim 2- não 45- Houve morte? 1- sim 2- não Testemunhas 46- Nome 47- Endereço - Rua/Av./nº/comp. Bairro CEP 48- Município 49- UF Telefone 50- Nome 51- Endereço - Rua/Av./nº/comp. Bairro CEP 52- Município 53- UF Telefone Atendimento Local e data II - ATESTADO MÉDICO Deve ser preenchido por profissional médico. Assinatura e carimbo do emitente 54- Unidade de atendimento médico 55-Data 56- Hora 57- Houve internação 1-sim 2- não 58- Duração provável do tratamento dias 59- Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento? 1-sim 2-não Lesão 60- Descrição e natureza da lesão
Diagnóstico 61- Diagnóstico provável 62- CID-10 63- Observações: Local e data Assinatura e carimbo do médico com CRM III - INSS 64- Recebida em 65- Código da Unidade 66-Número do CAT 67- Matrícula do servidor Notas: 1- A inexatidão das declarações desta comunicação implicará nas sanções previstas nos artigos. 171 e 299 do Código Penal. Matricula Assinatura do servidor 2- A comunicação de acidente do trabalho deverá ser feita até o 1 dia útil após o acidente, sob pena de multa, na forma prevista no art. 22 da Lei nº 8.213/91. A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE É OBRIGATÓRIA, MESMO NO CASO EM QUE NÃO HAJA AFASTAMENTO DO TRABALHO Instruções de Preenchimento Quadro I - EMITENTE I.1 - Informações relativas ao EMITENTE Campo 1 - Emitente - informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela emissão da CAT, sendo: empregador; sindicato; médico; segurado ou seus dependentes; autoridade pública. Campo 2 - Tipo de CAT - informar no campo demarcado o dígito que especifica o tipo de CAT, sendo: inicial - refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do trabalho; reabertura - quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento da lesão (acidente ou doença comunicado anteriormente ao INSS); comunicação de óbito - refere-se à comunicação do óbito, em decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial. Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando houver, do laudo de necropsia. Obs.: Os acidentes com morte imediata deverão ser comunicados por CAT inicial. Campo 3 - Razão Social/Nome - informar a denominação da empresa empregadora. Obs.: Informar o nome do acidentado, quando este for segurado especial. Campo 4 - Tipo e número do documento - informar o código que especifica o tipo de documento, sendo: CGC/CNPJ - informar o número ou matrícula no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ da empresa empregadora; CEI - informar o número de inscrição no Cadastro Específico do INSS - CEI, quando o empregador for pessoa jurídica desobrigada de inscrição no CGC/CNPJ; CPF - informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF, quando o empregador for pessoa física; NIT - informar o Número de Identificação do Trabalhador no INSS - NIT, quando for segurado especial. Campo 5 - CNAE - informar o código relativo à atividade principal do estabelecimento, em conformidade com aquela que determina o Grau de Risco para fins de contribuição para os benefícios concedidos em razão do grau de incidência da incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho. O código CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) encontra-se no documento/cartão do CNPJ da empresa Obs.: No caso de segurado especial, o campo poderá ficar em branco. Campo 6 - Endereço - informar o endereço completo da empresa empregadora. Informar o endereço do acidentado, quando tratar-se de segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código de área e do DDD do município. Campo 7 - Município - informar o município de localização da empresa empregadora. Informar o município de residência do acidentado, quando segurado especial. Campo 8 - UF - informar a Unidade da Federação de localização da empresa empregadora. Informar a Unidade da Federação de residência do acidentado, quando este for segurado especial. Campo 9 - Telefone - informar o telefone da empresa empregadora. Informar o telefone do acidentado, quando segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código da área e do DDD do município. I.2 - Informações relativas ao ACIDENTADO Campo 10 - Nome - informar o nome completo do acidentado, sem abreviaturas. Campo 11 - Nome da mãe - informar o nome completo da mãe do acidentado, sem abreviaturas. Campo 12 - Data de nascimento - informar a data completa de nascimento do acidentado, utilizando a forma (DD/MM/AAAA). Campo 13 - Sexo - informar o sexo do acidentado usando 1 para sexo masculino e 3 para o sexo feminino. Campo 14 - Estado civil - Informar o código que especifica o estado civil do acidentado, sendo: Solteiro; Casado; Viúvo; Separado judicialmente; Outros; Ignorado (quando o estado civil for desconhecido). Campo 15 - CTPS - informar o número, a série e a data de emissão da Carteira Profissional - CP ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS. Obs.: No caso de segurado empregado, é obrigatória a especificação do número da CP ou da CTPS. Campo 16 - UF - informar a Unidade da Federação de emissão da CP ou da CTPS. Campo 17 - Remuneração mensal - informar a remuneração mensal do acidentado em moeda corrente na data do acidente. Campo 18 - Carteira de identidade - informar o número do documento, a data de emissão e o órgão expedidor. Campo 19 - UF - informar a Unidade da Federação de emissão da Carteira de Identidade. Campo 20 - PIS/PASEP - informar o número de inscrição no Programa de Integração Social - PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, conforme o caso. Obs.: No caso de segurado especial e de médico residente, o campo poderá ficar em branco. Campo 21 - Endereço do acidentado - informar o endereço completo do acidentado. Campo 22 - Município - informar o município de residência do acidentado. Campo 23 - UF - informar a Unidade da Federação de residência do acidentado. Campo 24 - Telefone - informar o telefone do acidentado. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código de área e do DDD do município. Campo 25 - Nome da ocupação - informar o nome da ocupação exercida pelo acidentado à época do acidente ou da doença. Campo 26 - CBO - informar o código da ocupação do Campo 25 do Código Brasileiro de Ocupação - CBO. Consulte o código CBO no site do Ministério do Trabalho e Emprego. Campo 27 - Filiação à Previdência Social - informar o tipo de filiação do segurado, sendo: 1. Empregado; 2. Trabalhador Avulso; 7. Segurado Especial; 8. Médico residente (conforme a Lei nº 8.138/90). Campo 28 - Aposentado? - informar "sim" exclusivamente quando tratar-se de aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS. Campo 29 - Área - informar a natureza da prestação de serviço, se urbana ou rural.
I.3 - Informações relativas ao ACIDENTE OU DOENÇA Campo 30 - Data do acidente - informar a data em que o acidente ocorreu. No caso de doença, informar como data do acidente a da conclusão do diagnóstico ou a do início da incapacidade laborativa, devendo ser consignada aquela que ocorrer primeiro. A data deverá ser completa, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo: 26/11/2012. Campo 31 - Hora do acidente - informar a hora da ocorrência do acidente, utilizando quatro dígitos (Exemplo: 10:45). No caso de doença, o campo deverá ficar em branco. Campo 32 - Após quantas horas de trabalho? - informar o número de horas decorridas desde o início da jornada de trabalho até o momento do acidente. No caso de doença, o campo deverá ficar em branco. Campo 33 - Tipo - informar tipo de acidente, 1 para típico, 2 para doença e 3 para trajeto. Campo 34 - Houve afastamento? - informar se houve ou não afastamento do trabalho. Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados ao trabalho, ainda que não haja afastamento ou incapacidade. Campo 35 - Último dia trabalhado - informar a data do último dia em que efetivamente houve trabalho do acidentado, ainda que a jornada não tenha sido completa. Exemplo: 25/11/2012. Obs.: Só preencher no caso de constar 1 (SIM) no Campo 33. Campo 36 - Local do acidente - informar o local onde ocorreu o acidente, sendo: em estabelecimento da empregadora; em empresa onde a empregadora presta serviço; em via pública; em área rural; outros. Obs.: No caso 2, informar o nome e o CGC/CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença. Campo 37 - Especificação do local do acidente - informar de maneira clara e precisa o local onde ocorreu o acidente (Exemplo: pátio, rampa de acesso, posto de trabalho, nome da rua, etc.). Campo 38 - CGC/CNPJ - este campo deverá ser preenchido quando o acidente, ou doença ocupacional, ocorrer em empresa onde a empregadora presta serviço, devendo ser informado o CGC/CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença (no caso de constar no Campo 35 a opção 2. Campo 39 - UF - informar a Unidade da Federação onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional. Campo 40 - Município do local do acidente - informar o nome do município onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional. Campo 41 - Parte(s) do corpo atingida(s) - para acidente do trabalho deverá ser informada a parte do corpo diretamente atingida pelo agente causador, seja externa ou internamente; para doenças profissionais, do trabalho, ou equiparadas informar o órgão ou sistema lesionado. Obs.: Deverá ser especificado o lado atingido (direito ou esquerdo), quando se tratar de parte do corpo que seja bilateral. Campo 42 - Agente causador - informar o agente diretamente relacionado ao acidente, podendo ser máquina, equipamento ou ferramenta, como uma prensa ou uma injetora de plásticos; ou produtos químicos, agentes físicos ou biológicos como benzeno, sílica, ruído ou salmonela. Pode ainda ser consignada uma situação específica como queda, choque elétrico, atropelamento. Campo 43 - Descrição da situação geradora do acidente ou doença - descrever a situação ou a atividade de trabalho desenvolvida pelo acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. Tratando-se de acidente de trajeto, especificar o deslocamento e informar se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho. No caso de doença, descrever a atividade de trabalho, o ambiente ou as condições em que o trabalho era realizado. Obs.: Evitar consignar neste campo o diagnóstico da doença ou lesão (Exemplo: indicar a exposição continuada a níveis acentuados de benzeno em função da atividade de pintar motores com tintas contendo solventes orgânicos, e não benzenismo). Campo 44 - Houve registro policial? - informar se houve ou não registro policial. No caso de constar 1 (SIM), deverá ser encaminhada cópia do documento ao INSS, oportunamente. Campo 45 - Houve morte? - o campo deverá constar SIM sempre que tenha havido morte em tempo anterior ao do preenchimento da CAT, independentemente de ter ocorrido na hora ou após o acidente.
Obs.: Quando houver morte decorrente do acidente ou doença, após a emissão da CAT inicial, a empresa deverá emitir CAT para a comunicação de óbito. Neste caso, deverá ser anexada cópia da certidão de óbito. I.4 - Informações relativas às TESTEMUNHAS Campo 46 - Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas. Campo 47 - Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 48 - Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 49 - UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Campo 50 - Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas. Campo 51 - Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 52 - Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 53 - UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Fechamento do Quadro I: Local e data - informar o local e a data da emissão da CAT. Assinatura e carimbo do emitente - no caso da emissão pelo próprio segurado ou por seus dependentes, fica dispensado o carimbo, devendo ser consignado o nome legível do emitente ao lado ou abaixo de sua assinatura. Quadro II - ATESTADO MÉDICO Deverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com morte, o preenchimento é dispensável, devendo ser apresentada a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia. Campo 54 - Unidade de atendimento médico - informar o nome do local onde foi prestado o atendimento médico. Campo 55 - Data - informar a data do atendimento. A data deverá ser completa, utilizando-se quatro dígitos para o ano. Exemplo: 27/11/2012. Campo 56 - Hora - Informar a hora do atendimento utilizando quatro dígitos. Exemplo: 15:10. Campo 57 - Houve internação? - informar se ocorreu internação do acidentado, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não". Campo 58 - Duração provável do tratamento - informar o período provável do tratamento, mesmo que superior a quinze dias. Campo 59 - Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento? - informar a necessidade do afastamento do acidentado de suas atividades laborais, durante o tratamento, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não". Campo 60 - Descrição e natureza da lesão - fazer relato claro e suscinto, informando a natureza, tipo da lesão e/ou quadro clínico da doença, citando a parte do corpo atingida, sistemas ou aparelhos. Exemplos: a) edema, equimose e limitação dos movimentos na articulação tíbio társica direita; b) sinais flogísticos, edema no antebraço esquerdo e dor à movimentação da flexão do punho esquerdo.
Campo 61 - Diagnóstico provável - informar, objetivamente, o diagnóstico. Exemplos: a) entorse tornozelo direito; b) tendinite dos flexores do carpo. Campo 62 - CID - 10 - Classificar conforme a Classificação Internacional de Doenças - CID - 10. Exemplos: a) S93.4 - entorse e distensão do tornozelo; b) M65.9 - sinovite ou tendinite não especificada. Campo 63 - Observações - citar qualquer tipo de informação médica adicional, como condições patológicas pré-existentes, concausas, se há compatibilidade entre o estágio evolutivo das lesões e a data do acidente declarada, se há recomendação especial para permanência no trabalho, etc. Obs.: Havendo recomendação especial para a permanência no trabalho, justificar. Fechamento do Quadro II Local e data - informar o local e a data do atendimento médico. Assinatura e carimbo do médico com CRM - deverá ser consignada a assinatura do médico atendente e aposto o seu carimbo com o número de registro junto ao Conselho Regional de Medicina - CRM. Quadro III - INSS - Campos de uso exclusivo do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. NOTA ITC: O formulário da CAT poderá ser substituído por impresso da própria empresa, desde que contenha todos os campos do modelo oficial do INSS. 3.4.1 - Destinação da CAT A CAT deve ser preenchida com todos os dados informados nos seus respectivos campos, em 4 vias, com a seguinte destinação: 1º via: ao INSS; 2º via: ao segurado ou dependente; 3º via: ao sindicato dos trabalhadores; e 4º via: à empresa. Compete ao emitente da CAT a responsabilidade pelo envio das vias dessa Comunicação às pessoas e às entidades indicadas acima. 3.4.2 - Cadastramento da CAT - Quadro Atestado Médico sem Preenchimento Para fins de cadastramento da CAT, caso o campo atestado médico do formulário desta não esteja preenchido e assinado pelo médico assistente, deverá ser apresentado atestado médico original, desde que nele conste a devida descrição do atendimento realizado ao acidentado do trabalho, inclusive o diagnóstico com o CID, e o período provável para o tratamento, contendo assinatura, o número do Conselho Regional de Medicina, data e carimbo do profissional médico, seja particular, de convênio ou do SUS. 3.4.3 - CAT de Reabertura Na CAT de reabertura de acidente do trabalho, deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura. Não serão consideradas CAT de reabertura para as situações de simples assistência médica ou de afastamento com menos de 15 dias consecutivos.
3.4.4 - Óbito Após Emissão da CAT Inicial ou de Reabertura O óbito decorrente de acidente ou de doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial ou de reabertura, será comunicado ao INSS, por CAT de comunicação de óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial. 3.5 - RESPONSÁVEIS PELO PREENCHIMENTO E ENCAMINHAMENTO DA CAT São responsáveis pelo preenchimento e encaminhamento da CAT: No caso de segurado empregado: a empresa empregadora; Para o segurado especial: o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical da categoria, o médico assistente ou qualquer autoridade pública; No caso do trabalhador avulso: a empresa tomadora de serviço e, na falta dela, o sindicato da categoria ou o órgão gestor de mão de obra; e No caso de segurado desempregado, nas situações em que a doença profissional ou do trabalho manifestou-se ou foi diagnosticada após a demissão: o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. 3.5.1 - Segurados com Atividades Concomitantes - Acidente de Trajeto No caso do segurado empregado e trabalhador avulso exercerem atividades concomitantes e vierem a sofrer acidente de trajeto entre uma e outra empresa na qual trabalhe, será obrigatória a emissão da CAT pelas duas empresas. 3.5.2 - Agravamento do Acidente É considerado como agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade da Reabilitação Profissional, neste caso, caberá ao técnico da Reabilitação Profissional comunicar à perícia médica o ocorrido. 3.6 - PRAZO A empresa deverá comunicar o acidente ocorrido com o segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa. A multa não será aplicável nas hipóteses de nexo técnico previdenciário e de denúncia espontânea (entregue fora do prazo e anteriormente ao início de medida de fiscalização). 3.6.1 - Ausência de Comunicação Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto no caput. Para efeito do disposto acima, consideram-se autoridades públicas reconhecidas para tal finalidade os magistrados em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos estados, os comandantes de unidades militares do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e das Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), prefeitos, delegados de polícia, diretores de hospitais e de asilos oficiais e servidores da administração direta e indireta federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, quando investidos de função. A comunicação feita na forma desse item, não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento.
3.7 - ACIDENTE OCORRIDO COM APOSENTADO As CAT relativas ao acidente do trabalho ou à doença do trabalho ou à doença profissional ocorridos com o aposentado que permaneceu na atividade como empregado ou a ela retornou, deverão ser registradas e encerradas, observado o disposto no art. 173 do RPS. O segurado aposentado deverá ser cientificado do encerramento da CAT e orientado quanto ao direito à Reabilitação Profissional, desde que atendidos os requisitos legais, em face do disposto no 2º do art. 18 da Lei nº 8.213/91. 4 - DIA DO ACIDENTE Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro (Art. 23 da Lei nº 8.213/91). 5 - CAT DE REABERTURA Para formular pedido de reabertura de auxílio-doença decorrente de acidente de trabalho deve ser apresentada CAT de reabertura. Será devido a reabertura do benefício quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão do acidente ou doença ocupacional que gerar incapacidade laborativa. 6 - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela gerados. Cabe à empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. 6.1 - ANÁLISE DO AMBIENTE DE TRABALHO Os médicos peritos da Previdência Social terão acesso aos ambientes de trabalho e a outros locais onde se encontrem os documentos referentes ao controle médico de saúde ocupacional, e aqueles que digam respeito ao programa de prevenção de riscos ocupacionais, para verificar a eficácia das medidas adotadas pela empresa para a prevenção e controle das doenças ocupacionais. O INSS auditará a regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais, incluindo-se as de monitoramento biológico, e dos controles internos da empresa relativos ao gerenciamento dos riscos ocupacionais, de modo a assegurar a veracidade das informações prestadas pela empresa e constantes do CNIS, bem como o cumprimento das obrigações relativas ao acidente de trabalho. Os médicos peritos da previdência social deverão, sempre que constatarem o descumprimento do disposto neste artigo, comunicar formalmente aos demais órgãos interessados na providência, inclusive para aplicação e cobrança da multa devida. 6.2 - FISCALIZAÇÃO E PROMOÇÃO DE ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES O Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto no item 6 e em seu subitem 6.1.
Por intermédio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos, associações de classe, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, órgãos públicos e outros meios, serão promovidas regularmente instrução e formação com vistas a incrementar costumes e atitudes prevencionistas em matéria de acidentes. 7 - REPASSE DOS DADOS ESTATÍSTICOS Caberá à Previdência Social cooperar na integração interinstitucional, avaliando os dados estatísticos e repassando informações aos outros setores envolvidos na atenção à saúde do trabalhador, como subsídios à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE ou à Vigilância Sanitária do Sistema Único de Saúde - SUS. Nos casos em que entender necessário, a perícia médica acionará os órgãos citados para que determinem a adoção por parte da empresa de medidas de proteção à saúde do segurado, aplicando-se, no que couber, as disposições previstas no art. 251 da IN/INSS nº 45/10, que determina a possibilidade de se fazer representação administrativa para o Ministério Público do Trabalho, representação para fins penais para o Ministério Público Federal, entre outras medidas. 8 - PENALIDADES A empresa que deixa de entregar a Comunicação de Acidente de Trabalho está sujeita a multa variável de no mínimo 1 salário mínimo (R$ 622,00) e de no máximo o teto do salário de contribuição (R$ 3.916,20). A multa será elevada, em duas vezes o seu valor, a cada reincidência. A multa será aplicada no seu grau mínimo na ocorrência da primeira CAT não comunicada. A Previdência Social proporá ação regressiva contra os empregadores ou subempregadores, quando identificar indícios de dolo ou culpa destes, em relação aos acidentes ou às doenças ocupacionais, incluindo o gerenciamento ineficaz dos riscos ambientais, ergonômicos e mecânicos ou outras irregularidades afins. O Ministério do Trabalho e Emprego, com base em informações fornecidas trimestralmente, a partir de 1º de março de 2011, pelo Ministério da Previdência Social relativas aos dados de acidentes e doenças do trabalho constantes das comunicações de acidente de trabalho registradas no período, encaminhará à Previdência Social os respectivos relatórios de análise de acidentes do trabalho com indícios de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho que possam contribuir para a proposição de ações judiciais regressivas. O pagamento pela previdência social das prestações decorrentes do acidente não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros. Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e saúde do trabalho. Fonte: Editorial ITC. Atenção! De acordo com o disposto no caput e inciso XIII do art. 7º, e nos arts. 24, 29 e 101 a 184, da Lei nº 9610/1998 (Direitos Autorais) e no artigo 184 do Decreto-Lei nº 2848/1940 (Código Penal), na redação dada pela Lei nº 10.695/2003, é expressamente proibida, por qualquer meio, a reprodução parcial e/ou total de matérias exclusivas do site: www.itcnet.com.br, exceto a impressão e a citação ou referência bibliográfica de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.