PREVIDENCIÁRIO DR. MÁRCIO OTÁVIO DE MORAES HATZ
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1 PREVIDENCIÁRIO PONTO 1: BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE PONTO 2: AUXÍLIO DOENÇA; APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PONTO 3: AUXÍLIO ACIDENTE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE: _ AUXÍLIO DOENÇA: vulgo encostar-se. Requisitos para concessão do benefício: incapacidade para o trabalho habitual, por MAIS DE 15 dias e carência de 12 contribuições mensais. EX: pedreiro que desenvolve uma hérnia de disco, que o incapacita para a atividade. Doença # incapacidade doença, não necessariamente irá incapacitar o agente. Art. 25, inc. I 1, Lei 8213/91 regra. ** exceção: - quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa - doença ocupacional - doença grave contagiosa incurável na forma do regulamento Nos casos excepcionais não há necessidade de carência. Mesmo que a doença seja préexistente (antes do ingresso ou reingresso no regime previdenciário), mas se a incapacidade é posterior é garantido o benefício. Titular: pode ser concedido o benefício a qualquer segurado. Será pago quando? Depende do segurado. _segurado empregado: o pagamento será a partir do 16 dias de afastamento, desde que requeira até 30 dias do afastamento, inc. I 2, art. 11, Lei (D.E.R data de entrada do 1 Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; 2Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior; d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. (Incluída pela Lei nº 8.647, de 1993)
2 requerimento administrativo). Se deixar passar o prazo, receberá somente a partir da D.E.R, não havendo retroatividade. _ demais segurados o pagamento será desde a data de afastamento ou início da incapacidade, precisa fazer o requerimento até 30 dias do afastamento, se perder o prazo é a partir da D.E.R. Cálculo auxílio doença: art. 29, inc. II 3, LEI 8213 (fator previdenciário NÃO INCIDE NO AUXÍLIO DOENÇA). Renda mensal 91% do salário base. Quando cessa o benefício? = termo final = óbito. =Recuperação da capacidade (impõe ao segurado que se submeta às perícias marcadas pelo INSS, que normalmente é de 6 em 6 meses; se for muito grave 1 vez por ano; se é muito idoso de 2 em 2 anos, para saber se está vivo; não é possível marcar data de cessação sem prévia perícia. = aposentadoria por invalidez (proveniente de outro benefício) conclusão que exige certa sensibilidade do INSS. Na perícia o INSS entende que diante das circunstâncias particulares do indivíduo, sem instrução, com idade avançada é dado o benefício. = auxílio acidente (proveniente de outro benefício) - originado por acidente. A perícia entende que pode voltar, mas a lesão curada gerou sequela que reduz capacidade para o trabalho. Pode o segurado receber o auxílio, mesmo quando reabilitado para outra função, mas o acidente deve ser decorrente do trabalho. O contribuinte individual não teria direito a este auxílio (há bastante controvérsia na jurisprudência) (ação civil pública discute a contagem como carência para concessão de benefício de que não seria razoável). Os processos estão sobrestados, pois há pendência de julgamento. Carência art. 24 4, único da lei h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997) i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.876, de ) j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº , de 2004) 3 II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo. (Incluído pela Lei nº 9.876, de ) 4 Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005)
3 _ APOSENTADORIA POR INVALIDEZ: pressupõe incapacidade total e ao mesmo tempo definitiva, permanente. Não tendo possibilidade de recuperação para qualquer atividade laboral. (total e definitiva) Pode gerar uma das exceções ao teto do regime geral (1 salário maternidade da empregada e trabalhadora avulsa, que equivalerá a última remuneração está a 100% a última remuneração). Grande invalidez: incapacidade total, definitiva e que demande permanente auxílio de terceiros. +25% sobre o salário de benefício. Valor pago superior ao teto. Qualquer segurado faz jus a este direito. Termo inicial: se for concessão direta (mesma regra do auxílio doença). Se for de transformação será a partir da perícia que constatar a transformação. Ex: João ganha auxílio doença por 5 anos, e após esse período o INSS passa a auxílio invalidez passando o benefício de 91% para 100%, é possível cobrar retroativo esse período já que o invalidez seguiu de forma estável durante todo esse período? É possível pedir judicialmente. Ex: prefeito recebendo auxílio invalidez caso concreto. Perdeu o benefício. Prefeito recorre e pede danos morais. Processo ainda não foi decidido. Termo final: Mensalidades para recuperação: perícia médica constatada que sujeito está apto para as atividades. Prazo 5 anos. 1) recuperação completa dentro desse prazo. Empregado com direito ao retorno ao trabalho, o benefício cessa imediatamente. Ou, segurado empregado sem direito ou qualquer outro nesse caso receberá por tantos meses quantos anos que ficou parado (ex: 4 anos em benefício, recebe 4 meses). 2) Recuperação parcial ou fora do prazo de 5 anos (além): _ 1ºs 6 meses recebe 100% _ 6 a 12 meses recebe 50% _ entre 12 e 18 recebe 25% _ AUXÍLIO ACIDENTE: pressupõe um acidente ou algo que o valha, não precisa acidente do trabalho. arts lei Ex: acidente de trajeto, doenças ocupacionais etc. 5 Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa;
4 Não há exigência de carência. Deve haver acidente e este acidente ser posterior à contribuição. Lesão/causada por acidente/consolidada/que gerou sequela que não impeça o retorno à atividade, mas uma lesão que consolidada reduza a capacidade para o trabalho. Quando tenha que exercer a atividade com maior esforço ou ser reabilitado. TITULAR: empregado, avulso, segurado especial (desde que contribua). Salário de benefício, que deu origem, aplicando alíquota de _ 50%. Exceção ao pagamento de valor mínimo: por ter caráter indenizatório e não previdenciário, não substitui o salário do empregado. Sb é que não pode ser inferior ao salário mínimo. L 9032/95 (lei que aumentou para 50% quando era 20% - (as revisionais referentes a benefícios anteriores cobrando retroativo estão sendo julgadas improcedentes.) Cessação do benefício: art recebido até a aposentadoria do contribuinte. Lei 9528/97 trouxe essa possibilidade, antes era possível cumular os benefícios. STJ entende de que não é possível cumular quando posterior à lei. Mas ainda há julgados pendentes no STF. d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior. 6 Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.
5 BENEFÍCIOS Auxílio doença Aposentadoria invalidez Auxílio acidente REQ. INCAPACIDADE Parcial (pode referir-se para a atividade habitual)/temporária Total (para toda atividade)/permanente Redução de capacidade/permanente REQUISITO CARÊNCIA TITULARES RENDA MENSAL INICIAL 12 meses Segurados 91% sb 12 Segurados 100% sb zero Empregado, avulso, segurado especial (desde que contribua) 50% sb 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de casualidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 5º (VETADO)
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