Aula 6 14/09/ Microeconomia. Comportamento do Consumidor. PINDYCK (2007) Capítulo 3

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Transcrição:

Aula 6 14/09/2009 - Microeconomia. Comportamento do Consumidor. PINDYCK (2007) Capítulo 3 MAPA DE INDIFERENÇA - Um mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências de uma pessoa com relação a todas as combinações de duas mercadorias. Cada curva de indiferença no mapa mostra as cestas de mercado entre as quais a pessoa é indiferente. Finalmente, as curvas de indiferença não podem se interceptar. Isso violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria é preferida a uma menor. TAXA MARGINAL DE SUBSTUIÇAO A taxa marginal de substituição (TMS) mede a quantidade de uma mercadoria de que o consumidor está disposto a desistir para obter mais de outra. É medida pela inclinação da curva de indiferença. 1

- A taxa marginal de substituição é decrescente ao longo da curva de indiferença. Observe que a TMS para AB era 6, enquanto para DE era 2. Substitutos perfeitos e complementos perfeitos: Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um bem pelo outro é constante. Pessoas que se sentem indiferentes quanto aos sucos de maçã e de laranja. Dois bens são complementos perfeitos quando suas curvas de indiferença têm o formato de ângulos retos. Pés direito de sapato são úteis apenas se a pessoa possui o pé esquerdo. A taxa marginal de substituição será sempre zero quando existirem mais sapatos direitos (ou esquerdos) que esquerdos (ou direitos). Caso exista um sapato direito, o consumidor desiste de todos menos um sapato esquerdo, pois os mesmos não são úteis para ele. Males São coisas que preferimos ter em menor quantidade, em vez de maior quantidade. Por exemplo: Poluição atmosférica. Para usar esse arcabouço teórico, temos que redefinir o conceito do bem. Em vez de preferência por ar poluído, podemos usar preferência por ar puro, que daí será encaixado na teoria. Projeto de um automóvel. Podemos escolher automóveis mais potentes ou com mais espaço interno. Lógico que isso tem um custo. Por exemplo, se a única diferença entre dois carros é um porta mala maior em 2 pés cúbicos (0,05m3), e ele custa 1000 a mais, temos que se atribui um valor de 500 por pé cúbico. 2

Utilidade: Número que representa o nível de satisfação que uma pessoa obtém ao consumir uma determinada cesta de mercado. Se comprar duas cabritas deixa o consumidor mais feliz do que comprar um bode, então dizemos que as cabritas proporcionam mais utilidade a esse consumidor do que o bode. É uma unidade extremamente abstrata. EXEMPLOS EM SALA: HAMBURGUERES E REFRIGERANTES Funções de utilidade: Suponha: Função de utilidade para alimento (A) e vestuário (V) U(A,V) = A + 2V Cestas de mercado: unid.de A unid.de V U(A,V) = A + 2V A 8 3 8 + 2(3) = 14 B 6 4 6 + 2(4) = 14 C 4 4 4 + 2(4) = 12 O consumidor é indiferente entre A & B O consumidor prefere A & B a C Outro Exemplo: 3

Utilidade ordinal versus utilidade cardinal Função de utilidade ordinal: Coloca as cestas de mercado em ordem decrescente de preferência, mas não indica o quanto uma cesta é preferível a outra. Função de utilidade cardinal: Função de utilidade que descreve o quanto uma cesta de mercado é preferível a outra. A utilidade ordinal implica um ordenamento das alternativas que não leva em consideração a intensidade das preferências. Por exemplo, se prefere-se a primeira à segunda escolha do consumidor, então a utilidade da primeira é maior do que a da segunda, mas não importa quanto. Uma função de utilidade ordinal gera uma classificação de cestas e o número de utilidade não ganha nenhum significado. A utilidade cardinal implica que a intensidade das preferências pode ser quantificada e que o número de utilidade tem significado. Uma classificação ordinal é suficiente para ordenar as escolhas do consumidor de acordo com suas preferências. Não é necessário saber quão intensamente um consumidor prefere a cesta A à cesta B; é suficiente saber que prefere A a B. No início achava-se que poderíamos fazer comparações interpessoais entre as utilidades. Não existe, infelizmente como comparar isso. Imagine que se duas pessoas compram um livro, é possível dizer que uma ficou duas vezes mais satisfeita do que a outra? Não é quantificável, na medida em que a unidade é a utilidade, e cada pessoa possui uma unidade diferente. Não é possível também afirmar que uma pessoa fica duas vezes mais contente em comprar um determinado bem do que outro. Nesta teoria portanto, o que importa é ordenar as preferências (funções ordinais), o que nos dá uma idéia a respeito da escolha do consumidor. Caso: Dinheiro compra felicidade? Restrição orçamentária: O comportamento do consumidor não é determinado apenas por suas preferências. As restrições orçamentárias também limitam a capacidade do indivíduo de consumir, tendo em vista os preços que ele deve pagar por diversas mercadorias e serviços. A linha do orçamento indica todas as combinações de duas mercadorias para as quais o total de dinheiro gasto é igual à renda total. 4

Seja A a quantidade adquirida de alimento e V a quantidade adquirida de vestuário. Preço do alimento = PA e o preço do vestuário = Pv Logo, PA.A é a quantidade de dinheiro gasto com alimento e PV.V é a quantidade de dinheiro gasto com vestuário. PA. A + PV.V = I I=Orçamento Se quisermos descobrir quanto desistimos de vestuário para consumir mais de A: V=(I/PV)-(Pa/Pv).A O intercepto vertical (I/PV) indica a quantidade máxima de V que pode ser comprada com a renda I. O intercepto horizontal (I/PA) indica a quantidade máxima de A que pode ser comprada com a renda I. 5

Efeito de modificações na Renda: Um aumento da renda (mantendo-se os preços constantes) causa um deslocamento da reta orçamentária. Efeito de Modificações nos preços 6