VERSÃO 4/Março, 2005. Módulo 5. Fundos de Investimento. Programa Auto-Instrutivo Preparatório ao Exame de Certificação Profissional ANBID Série 10



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Transcrição:

VERSÃO 4/Março, 2005 Módulo 5 Fundos de Investimento Programa Auto-Instrutivo Preparatório ao Exame de Certificação Profissional ANBID Série 10

Programa Auto-Instrutivo Preparatório ao Exame de Certificação Profissional ANBID Série 10 Copyright 2004 by Febraban Fator Humano Todos os direitos reservados conforme contrato entre Febraban e Fator Humano. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou parte do mesmo, sob qualquer meio, sem autorização expressa das empresas envolvidas. Desenvolvimento Francisco José Becker Dias Supervisão Técnica e Homologação Eduardo Fortuna Edição Luis Camilo Jouclas Banco de Questões Antonio Saporito Tecnologia JDM Learning Solutions Projeto José Maria de Aguiar Urbano Fone (11) 3045.6580 Fax (11) 3045.6580 www.fatorhumano.net fatorhumano@fatorhumano.net - 2 -

Índice 5. Fundos de Investimento... 6 5.1. Definições Legais... 6 5.1.1. Fundo de Investimento...6 5.1.2. Condomínio...7 5.1.3. Cota...8 5.1.4. Propriedade dos Ativos de Fundos de Investimentos excluindo fundos imobiliários... 11 5.1.5. Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros... 11 5.1.6. Observação às normas (compliance)... 13 5.1.7. Direitos e obrigações dos Condôminos... 14 5.1.8. Informações Relevantes (disclaimers)... 17 5.1.9. Segregação de funções e responsabilidades:... 18 Administrador... 19 Gestor... 19 Distribuidor... 19 Custodiante... 20 5.1.10. Clube de Investimentos... 23 5.1.11. Fundos de Investimentos Abertos... 23 5.1.12. Fundos de Investimentos Fechados... 23 5.1.13. Fundos de Investimentos Exclusivos... 24 5.1.14. Fundos de Investimento com Carência... 24 5.1.15. Fundos de Investimento sem Carência... 24 5.2. Dinâmica de Aplicação e Resgate... 25 Conversão de Cotas... 25 Emissão de Cotas de Fundos de Ações... 28 Emissão da cota de Fundo Aberto de Ações... 28 Resgate de cota de Fundo Aberto de Ações... 28 Utilização da cota de fechamento... 28 5.2.1. Entendimento da Dinâmica de Aplicação de Recursos e Compra de ativos por parte dos gestores... 28 Aplicação de Recursos... 28 Principais Estratégias de Gestão... 29 Fundos Indexados... 29 Fundos Referenciados... 30 Conclusão Sobre os Fundos Indexados... 31 Fundos Ativos... 33 5.2.2. Entendimento da Dinâmica de Resgate de Recursos e venda de ativos por parte dos gestores... 36 Fundos de Renda Fixa... 36 Fundos de Renda Variável... 37 Fundos Fechados... 38 5.2.3. Prazo de Cotização versus Prazo de Liquidação:... 39 Conceito... 39 5.3. Principais Características... 41 5.3.1. Acessibilidade ao Mercado Financeiro... 41 5.3.2. Diversificação... 41 5.3.3. Liquidez... 41 5.4. Política de Investimento... 44-3 -

Política de Investimento... 44 5.4.1. Objetivo... 44 Objetivos de Investimento... 44 5.4.2. Fundos Ativos e Passivos:... 46 Definição... 46 Instrumentos de Divulgação das Políticas de Investimento... 47 Prospecto... 47 Regulamento... 48 Carteira de Investimentos... 49 5.4.3. Principais Mercados... 49 Fundo DI ou Referenciados ao DI... 49 Fundo Cambial ou Referenciados ao Câmbio... 50 Fundos de Renda Fixa... 50 Fundos de Ações... 50 Fundos com Derivativos e Fundos Alavancados... 50 5.4.4. Riscos individuais versus risco da carteira... 52 5.4.5. Alavancagem: conceito, vantagens e desvantagens... 54 Conceito de Alavancagem... 54 Qual a vantagem da alavancagem?... 55 Qual a desvantagem da alavancagem?... 55 5.4.6. Dificuldades de Replicação dos Índices de Referência (benchmarks) e suas principais causas: custos, impostos, dinâmica de cálculo da rentabilidade do fundo e contabilização a mercado... 57 Replicação dos Índices de Referência Benchmark... 57 Custos... 58 Impostos... 58 Dinâmica de cálculo da rentabilidade... 58 Contabilização a mercado... 58 5.4.7. Impacto de variações nas taxas de juros, câmbio e inflação sobre as famílias de fundos: conseqüências... 59 Taxa de Juros... 59 Taxa de Câmbio... 59 Inflação... 59 5.4.8. Rentabilidade esperada versus rentabilidade observada... 61 5.5. Taxas de Administração e Outras Despesas... 62 Taxa de Administração... 62 5.5.1. Tipos de Taxa: fixa e variável taxa de performance... 62 Taxa de Administração Fixa... 62 Taxa Variável ou de Performance... 62 Despesas... 63 5.5.2. Formas de cobrança (ajuste no valor da cota)... 64 5.6. Estrutura Legal e Ativos Elegíveis para a Composição de Cada Fundo... 65 5.6.1. Classificação CVM... 65 Fundo de Curto Prazo... 65 Fundo Referenciado... 65 Fundo de Renda Fixa... 66 Fundo Cambial... 66 Fundo de Ações... 66 FIQ FA Fundos de Investimento em Quotas de Fundo de Ações... 66 FMP Fundo Mútuo de Privatização FGTS... 67 FAPI Fundo de Aposentadoria Programada Individual... 68-4 -

5.7. Tributação... 68 5.7.1. IOF... 69 Fato gerador... 69 5.7.2. Imposto de Renda (IR): fato gerador, alíquotas, bases de cálculo e responsabilidade de recolhimento... 70 O que é fato gerador?... 70 O que é alíquota?... 70 Base de Cálculo... 71 Quem arrecada o imposto?... 71 Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras em Fundos de Investimento Exceto Fundos de Ações... 71 Fator Gerador... 71 Alíquota... 72 Base de Cálculo... 72 Agente Arrecadador... 72 Isenção e Não Incidência... 73 Come-Cotas... 73 Imposto de Renda sobre Aplicações em Fundos de Ações... 75 Fato Gerador... 75 Alíquota e Base de Cálculo... 76 Agente Arrecadador... 77 Come-Cotas... 77 Retenção na Fonte... 77 Isenção e não Incidência... 77 5.7.3. Compensação de Prejuízo no Pagamento de IR... 78 Compensação de Perdas em fundos de investimento... 78 5.7.4. CPMF... 78 Fato Gerador... 78 Alíquota... 78 Base de Cálculo... 79 Agente Arrecadador... 79 5.7.5. Conta Investimento... 79 Conta de Investimento... 79 Operacionalização da Conta Investimento... 80 Abertura da Conta Investimento... 81 Limitações de uso da Conta Investimento... 82 Outras características da Conta Investimento... 82 O que ocorre com investimentos feitos antes de 1 o de outubro de 2004... 82 Gabarito dos Exercícios... 84 Gabarito das Questões... 92 Gabarito dos espaços a serem preenchidos... 94-5 -

5. Fundos de Investimento A Indústria de fundos de investimento representa um segmento muito importante do mercado financeiro. São mais de 4.500 fundos de investimento de diversos tipos geridos por mais de 300 gestores profissionais, que administram mais R$ 500 bilhões de recursos de terceiros. Esses números, que deverão continuar crescendo nos próximos anos, dão uma idéia da importância do segmento para investidores, gestores, administradores e distribuidores desse produto. Vejamos algumas das muitas questões que serão abordadas neste módulo.. Mas o que são esses fundos de investimento?. Porque os fundos têm tido tanto apelo junto aos investidores?. Como um investidor deve escolher entre tantos fundos? 5.1. Definições Legais Os Conceitos Gerais de Fundos de Investimento 5.1.1. Fundo de Investimento O que é um fundo de investimento? Um fundo de investimento, do ponto de vista jurídico, é simplesmente um condomínio de investidores, denominados cotistas, que reúnem seus recursos com o objetivo de investir no mercado financeiro. Os fundos convertem estes recursos em cotas de participação, daí a denominação cotistas. Segundo a Instrução CVM 409, o fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais. Resumindo e completando o conceito, os Fundos de Investimento são ( 1 ) de pessoas físicas e jurídicas que buscam, através da comunhão de recursos, investir em carteiras diversificadas de ativos financeiros. O pool de recursos dos condôminos A organização do pool de recursos através de um fundo de investimento permite a diversificação de risco, principalmente para os pequenos investidores, bem como a obtenção de ganhos de escala, minimizando custos e, ainda, elevando a expertise na gestão dos investimentos, muitas vezes não acessível aos investidores quando atuam isoladamente. - 6 -

Personalidade Jurídica Os fundos de investimento não são empresas, pois, como vimos, em termos legais estão organizados como condomínios, e embora não tenham personalidade jurídica, devem possuir CNPJ e publicar balanço. A quem se destinam os Fundos de Investimento? Os fundos de investimento podem acolher aplicações de pessoas físicas, jurídicas e de outros fundos, e caso sejam abertos, não há um limite de participantes. A gestão dos recursos dos fundos é feita por profissionais, os administradores 1, que investem os recursos de terceiros a eles confiados, no mercado financeiro, buscando obter o retorno desejado para o capital dos cotistas. Os fundos devem ter um regulamento que discipline as relações entre cotistas e administradores, bem como seus direitos e obrigações. As alterações no regulamento devem ser aprovadas em assembléia de cotistas. 5.1.2. Condomínio Qual é a base legal dos fundos de investimento? A base legal dos fundos de investimento é o condomínio, e é desta base que emerge o seu sucesso, pois, o capital investido por cada um dos investidores cotistas, é somado aos recursos de outros cotistas para, em conjunto e coletivamente, ser investido no mercado, com todos os benefícios dos ganhos de escala, da diversificação de risco e da liquidez das aplicações. Veja o esquema da Figura 1. A soma dos investimentos de todos os condôminos no fundo constitui o patrimônio e a cada um cabe uma participação que é proporcional a sua contribuição para a formação deste patrimônio. Para facilitar o controle destas participações os fundos adotam o sistema de cotas. Antes de vermos como funciona o sistema de cotas, vejamos o que constitui o Patrimônio Líquido de um Fundo de Investimento. Investidores Fundo de Investimento I 1 I 2 I 3 I n Pool de Recursos Administrador Aplicação FIGURA 1 ESQUEMA DO CONDOMÍNIO E POOL DE RECURSOS Carteira De Ativos 1 Podem ser administradores de fundo de investimento as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM para o exercício profissional de administração de carteira. - 7 -

Patrimônio Líquido O patrimônio líquido (PL) do fundo é o valor total dos recursos ingressados acrescido dos resultados acumulados das aplicações. A valorização ou desvalorização dos títulos que compõem a carteira do fundo, bem como as receitas e despesas, as taxas de administração, afetam o seu patrimônio. Os títulos componentes da carteira do fundo que poderão ser de renda fixa ou de renda variável têm os seus valores atualizados a preços de mercado diariamente. Mas, como se calcula o Patrimônio Líquido? Vejamos como o Patrimônio de um fundo de Investimento é calculado. Inicialmente se obtém o valor da carteira de títulos a preços de mercado. Ao valor da carteira são adicionados o caixa e os valores a receber e são subtraídos os valores a pagar. O resultado assim obtido é o Patrimônio Líquido. O Quadro 1 mostra, de forma esquemática, os componentes e o procedimento de cálculo do Patrimônio Líquido de um Fundo de Investimento. PATRIMÔNIO LÍQUIDO PL = CARTEIRA DE TÍTULOS + DISPONIBILIDADES + VALORES A (RECEBER PAGAR) CARTEIRA DE TÍTULOS: CAIXA OU DISPONIBILIDADE: VALORES A RECEBER E A PAGAR: Conjunto de títulos adquiridos pelo fundo, tais como: Títulos Públicos Federais (LTN, LFT, NTN), CDB (Certificado de Depósito Bancário), Ações, etc. A composição da carteira de cada fundo varia em função de seu objetivo e da política de investimento, bem como das exigências e limites de diversificação estabelecidos pelos órgãos reguladores. O saldo de caixa do fundo é o saldo de recursos que ingressaram e não foram utilizados na aquisição de novos títulos ou estão disponíveis para fazer frente a pagamentos de resgates. A existência de valores a receber e a pagar resulta da compra e venda de títulos de renda fixa variável e de derivativos, pois estas têm prazos de liquidação de D+1 na BM&F e D+3 na Bovespa. Os Fundos adotam o princípio de competência, contabilizando as despesas incorridas, embora não pagas. Por exemplo: as despesas com auditoria, custódia, taxa de administração etc. QUADRO 1 5.1.3. Cota Agora que já sabemos como apurar o Patrimônio Líquido de um Fundo de Investimento vejamos como obter o valor da cota. Mas o que é a cota? As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, e sempre são escriturais e nominativas. A cota, portanto, é menor fração do Patrimônio Líquido do fundo. Os fundos são constituídos, como sabemos, na forma de condomínio, o que caracteriza a co-propriedade dos bens. Os bens, portanto, pertencem aos condôminos, que recebem a denominação de cotistas. Os cotistas, por sua vez, são proprietários de partes ideais, representadas por cotas proporcionais aos valores investidos por cada um destes. - 8 -

A cota é negociável? A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência e a cota de fundo fechado pode ser transferida, mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, ou através de bolsa de valores ou entidade de balcão organizado em que as cotas do fundo sejam admitidas à negociação. Como o valor da cota é calculado O valor da cota, que é uma fração do patrimônio do fundo, é calculado diariamente, dividindo-se o valor do patrimônio atualizado pelo número de cotas emitidas, apurados, ambos, no encerramento do dia, isto é no horário de fechamento dos mercados em que o fundo atue. As cotas são sempre emitidas na forma nominal e escritural. O Quadro 2 apresenta a fórmula de cálculo do valor da cota. VALOR DA COTA = PATRIMÔNIO LÍQUIDO NÚMERO DE COTAS EMITIDAS QUADRO 2 Exemplo Um determinado fundo de investimento, tem uma carteira de ativos com valor de mercado de R$ 2.400,000,00 e disponibilidade de R$ 40.000,00. Na mesma data o Fundo de investimento tem valores a receber de operações na BM&F R$ 70.000,00 e valores a pagar por serviços de terceiros de R$10.000,00. O fundo tem 50.000.000 (cinqüenta milhões) de cotas emitidas. Qual é o valor do Patrimônio Líquido? O Patrimônio Líquido é calculado pela equação: PL = Carteira de Títulos + Disponibilidades + Valores a (receber pagar) (+) Carteira de Ativos 2.400.000,00 (+) Disponibilidades 40.000,00 (+) Valores a Receber 70.000,00 ( ) Valores a Pagar 10.000,00 Patrimônio Líquido 2.500.000,00 Qual é o valor da cota? O valor da cota é calculado pela equação: Valor da Cota = Patrimônio Líquido Número de Cotas Emitidas Patrimônio Líquido 2.500.000,00 Número de Cotas Emitidas 50.000.000 Valor da cota = R$2.500.000,00/50.000.000 = R$ 0,05-9 -

Ativos = Carteira de títulos e valores mobiliários + valores a receber + caixa disponível menos Valores a pagar igual Patrimônio Líquido A Figura 2 apresenta, de forma esquemática, o que compõe o Patrimônio Líquido do Fundo de Investimento e como a Cota é calculada diariamente. dividido Número de cotas igual FIGURA 2 ESQUEMA DO CÁLCULO DO VALOR DA COTA DE UM FUNDO DE INVESTIMENTO Valor da cotas Resumindo Os ( 2 ) do fundo são constituídos pela Carteira de Títulos e Valores Mobiliários que é o total das aplicações líquidas, atualizadas diariamente pelo método da marcação a mercado de cada papel da carteira, acrescidos dos Valores a Receber e do Caixa Disponível. Do total de Ativos são subtraídos os Valores a ( 3 ) e obtém-se o Patrimônio Líquido. O Patrimônio Líquido atualizado é dividido pelo número de ( 4 ) para encontrar-se o Valor da ( 5 ). A Quantidade de Cotas de um fundo varia de acordo com aplicações e resgate do fundo.! QUESTÃO 1 O valor da cota de um fundo de investimento é calculado através da divisão: a) Do valor de mercado da carteira de investimentos pelo número de cotas emitidas. b) Do patrimônio líquido pelo número de cotas emitidas. - 10 -

5.1.4. Propriedade dos Ativos de Fundos de Investimentos excluindo fundos imobiliários A propriedade dos ( 6 ) de um fundo de investimento é do condomínio e a cada um cabe a fração ideal representada pelas ( 7 ). Portanto não há individualização dos ativos por cotistas. Na verdade, o cotista tem uma participação no ( 8 ) que detém a carteira de ativos. 5.1.5. Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros A separação da propriedade dos recursos dos cotistas da gestão dos ativos do fundo, que é feita por terceiros, envolve uma situação de potencial conflito de interesses. Para superar esta importante questão foi criado o conceito de Chinese Wall que estabelece a segregação das funções das diversas áreas integrantes da instituição gestora dos recursos. Com isso, pretende-se evitar o conflito de interesses, bem como criar meios de minimizar e monitorar adequadamente áreas com potencial conflito dessa espécie. Separação Gestão de Recursos Próprios da Tesouraria da Administradora do Fundo Gestão de Recursos de Terceiros (cotistas) Potencial de Conflito de Interesses FIGURA 3 ESQUEMA DO CHINESE WALL A regulamentação das atividades de gestão de carteiras por parte de instituições financeiras estabelece a obrigatoriedade da implantação do conceito do chamado, ( 9 ), que é a ( 10 ) clara entre a administração dos recursos da tesouraria da instituição financeira e a gestão dos recursos de ( 11 ). Visando minimizar conflitos de interesses os órgãos reguladores BACEN e CVM estabeleceram regras, a serem seguidas pelos gestores dos fundos. Estas regras objetivam impor limites às negociações com títulos de emissão da instituição gestora e de coligadas. As regras também se aplicam às operações intermediadas pela instituição gestora, visando à impedir a negociação de ativos fora do preço de mercado, ou em condições desfavoráveis para o fundo. - 11 -

RESUMO Chinese Wall é a separação clara entre a administração de recursos e a administração de recursos da tesouraria das instituições financeiras.! QUESTÃO 2 Qual a função do Chinese Wall na administração de recurso? a) Saber quem faz o que e para quem. b) Impedir que custos da estrutura da instituição sejam alocados aos fundos. c) Evitar o conflito de interesses. " EXERCÍCIO 1 Associe os elementos da coluna à direita ELEMENTOS aos conceitos da coluna à esquerda CONCEITOS marcando o número correspondente nos boxes. ELEMENTOS BOXES CONCEITOS a) Condomínio A fração do patrimônio do fundo, cujo valor é calculado diariamente, dividindo-se o valor do patrimônio liquido atualizado pelo número de cotas emitidas. b) Patrimônio Líquido c) Cota d) Chinese Wall A clara separação entre a administração dos recursos próprios e a administração dos recursos de terceiros. O valor de mercado da carteira de investimento mais o caixa, mais os valores a receber e menos os valores a pagar. Base legal que permite agregar os recursos de investidores cotistas para em conjunto e coletivamente ser investido no mercado. - 12 -

5.1.6. Observação às normas (compliance) Compliance é um termo inglês que foi adotado, no Brasil, pelos órgãos de fiscalização e pelas instituições do mercado financeiro. O termo tem o significado de aderência às normas ou obediência ao estabelecido. A administração e a gestão dos fundos de investimento devem ( 12 ) as normas vigentes estabelecidas pelo Banco Central, CVM, e Código de Auto-Regulação da ANBID, assim como as ( 13 ) internas de cada instituição. A instituição contratada para ( 14 ) o fundo deve, obrigatoriamente, designar um membro da diretoria ou sócio gerente, que não poderá atuar em nenhuma outra área da instituição, para responder civil, criminal e administrativamente pela gestão e pela supervisão de recursos de ( 15 ). Esta exigência é uma decorrência do princípio da segregação de funções. O detalhamento das exigências legais sobre segregação de ( 16 ) na gestão de recursos de ( 17 ) está na Circular número 2.554 do Banco Central, mais especificamente no artigo 2 inciso II. Esta Circular dispõe que: as responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização devem prever a segregação das atividades atribuídas aos integrantes de instituição de forma que seja evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de potencial conflito da espécie. Dentre as exigências dos órgãos reguladores temos que os ( 18 ) de renda fixa devem fornecer aos ( 19 ) uma descrição detalhada da ( 20 ) de Investimento adotada, caracterizando seu segmento principal de atuação e sua estratégia de atuação com derivativos. Devem, também, ser separadas as contas de custódia entre papéis dos fundos e os papéis da carteira própria da instituição administradora. Trimestralmente, por exigência legal, deve ser disponibilizado aos cotistas um relatório discriminando todas as operações entre o fundo e os administradores. Este relatório deve ser aprovado por auditor independente. O objetivo do relatório é coibir operações entre o administrador e os fundos por ele administrados, com títulos de sua emissão ou de terceiros, com remuneração inferior as de mercado.! QUESTÃO 3 O Princípio da Segregação de Função contido nas regras de compliance está fundamentado na: a) Otimização da rotina de trabalho. b) Otimização dos processos operacionais. c) Separação das atividades de execução e fiscalização. - 13 -

5.1.7. Direitos e obrigações dos Condôminos Ao ingressar em um fundo de investimento, o cotista ou condômino, deve tomar ciência de seus direitos e de suas obrigações como participante do fundo. O cotista precisa estar ciente de que é um participante de um sistema de investimento, que tem a finalidade de agregar investidores como objetivo de buscar o melhor retorno frente ao risco característico do fundo. O importante é deixar o cotista plenamente consciente do investimento que ele está realizando e de todas obrigações e riscos decorrentes que ele passa a assumir. As cotas do fundo conferem iguais direitos e obrigações aos cotistas e os cotistas responderão por eventual patrimônio líquido negativo do fundo 2. Informação ao Cotista Objetivo de Informar Deixar o cotista plenamente consciente dos riscos envolvidos em sua aplicação num fundo de investimento.! QUESTÃO 4 Qual o principal objetivo das informações aos cotistas? a) Alertá-los dos riscos envolvidos. b) Orientá-los sobre as formas de movimentação. c) Fornecer informações para a declaração do seu imposto de renda. 2 O administrador e o gestor são responsáveis perante os cotistas pela inobservância da política de investimento ou dos limites de concentração previstos em regulamento. O administrador e o gestor não estão sujeitos às penalidades aplicáveis pelo descumprimento dos limites de concentração e diversificação de carteira, e concentração de risco, definidos no regulamento de investimento e na legislação vigente, quando o descumprimento for causado por desenquadramento passivo, decorrente de fatos exógenos e alheios à sua vontade, desde que tal desenquadramento não ultrapasse o prazo máximo de 15 (quinze) dias consecutivos e não implique alteração do tratamento tributário conferido ao fundo ou aos cotistas do fundo. - 14 -

A Tabela 1 resume os direitos e obrigações dos cotistas. DIREITOS DOS COTISTAS O cotista deve ser informado: # Do objetivo do fundo. # Da política de investimento do fundo e dos riscos associados a essa política de investimentos. # Das taxas de administração e de desempenho cobradas, ou critérios para sua fixação, bem como das demais taxas e despesas cobradas. # Das condições de emissão e resgate de cotas do fundo e quando for o caso, da referência de prazo de carência ou de atualização da cota. # Dos critérios de divulgação de informação e em qual jornal são divulgadas as informações do fundo. # Quando for o caso, da referência a contratação de terceiros como gestor dos recursos. # De que as aplicações realizadas no fundo não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Credito. O cotista deve ter acesso: # Ao Regulamento e ao prospecto do fundo. # Ao valor do patrimônio líquido, valor da cota e a rentabilidade no mês e no ano civil. # A composição da carteira do fundo (o administrador deve coloca-la à disposição dos cotistas). O cotista deve receber: # Mensalmente extrato dos investimentos. # Anualmente demonstrativo para Imposto de Renda com os rendimentos obtidos no ano civil, número de cotas possuídas e o valor da cota. TABELA 1 OBRIGAÇÕES DOS COTISTAS O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigações, tais como: # O cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas situações em que o PL do fundo se tornar negativo. # O cotista pagará taxa de administração, de acordo com o percentual e critério do fundo. # Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos que o fundo pode incorrer. O cotista deve: # Verificar, por meio da leitura do regulamento e do prospecto, se o objetivo e a política de investimentos do fundo estão de acordo com suas expectativas de risco e retorno. O cotista deve: # Comparecer nas assembléias gerais. # Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador possa lhe enviar os documentos. - 15 -

" EXERCÍCIO 2 Classifique os itens abaixo como Direitos(DR) ou Obrigações(OB) dos cotistas de um fundo de investimento: DIREITO OU OBRIGAÇÃO ITENS A CLASSIFICAR a) Saber sobre a contratação de terceiros como gestor. b) Conhecer as taxas de administração e de desempenho cobradas, ou critérios para sua fixação. c) Ter ciência de que o cotista irá pagar taxa de administração, de acordo com o percentual e critério do fundo. d) Conhecer as condições de emissão e resgate de cotas do fundo. e) Saber a referência de prazo de carência ou de atualização da cota. f) Conhecer os critérios de divulgação de informações do fundo. g) Ter ciência da inexistência de proteção do Fundo Garantidor de Crédito. h) Ter ciência de que o cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas situações em que o PL do fundo se tornar negativo. i) Pagar taxa de performance, dependendo do critério do fundo. j) Conhecer o objetivo do fundo. - 16 -

5.1.8. Informações Relevantes (disclaimers) Os disclaimers são as informações relevantes contendo alertas sobre o desempenho, as garantias, os riscos, entre outras mais, que o Prospecto do Fundo de Investimento deve explicitar, de modo a que o investidor não possa negar o seu conhecimento caso situações adversas venham a ocorrer. Visando alertar o investidor, o Prospecto do Fundo de Investimento deve divulgar as informações consideradas relevantes, em linguagem clara e acessível ao público alvo do fundo. A divulgação dessas informações são disclaimers exigidos pela legislação e pelo código de auto-regulação da ANBID. Essas informações são: # A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. # O fundo de investimento de que trata esse prospecto não conta com a garantia de seu administrador, gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). # As informações contidas nesse prospecto estão em consonância com o regulamento do fundo de investimento, porém, não o substitui. Recomendase a leitura cuidadosa, tanto desse prospecto, quanto do regulamento, com especial atenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de investimentos do fundo, bem como às disposições do prospecto que tratam dos fatores de risco a que este está exposto. # O investimento nesse fundo apresenta riscos. Ainda que seu gestor de carteira mantenha sistema de gerenciamento de riscos, não há garantia de completa eliminação de perdas, para o fundo de investimento ou para o investidor. # Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável uma análise de período de, no mínimo, 12 meses. Adicionalmente às informações acima, que devem constar do ( 21 ), em caso de fundos de investimento que usam derivativos como estratégias para ( 22 ) seus resultados, o prospecto do fundo deve, ainda, conter informações sobre o risco com dizeres do tipo: ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIA COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS. ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIA COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQUENTE OBRIGAÇÃO DO COTISTA DE APORTAR RECURSOS ADICIONAIS PARA COBRIR PREJUÍZO DO FUNDO. - 17 -

Além das informações que devem constar do prospecto, ou seja, os disclaimers, os Fundos de Investimento são ( 23 ) a prestar informações aos ( 24 ). Entre as obrigatoriedades estão a Divulgação da Cota Diária e da Rentabilidade Diária e, periodicamente, os Balanços e Demonstrações Contábeis, bem como as atas com deliberações das ( 25 ) Gerais. As Instituições Administradoras de Fundos devem elaborar demonstrativos trimestrais evidenciando que as operações praticadas pelo fundo estão em ( 26 ) com a política de investimento prevista em seu regulamento e com limites de composição e de diversificação estabelecidos na ( 27 ) em vigor. Devem, também, informar que as negociações foram realizadas a taxas de ( 28 ). O Administrador deve, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o encerramento de cada mês, colocar à disposição dos ( 29 ), em sua sede e agências dos Distribuidores das cotas do fundo, as informações sobre o número de cotas de propriedade de cada um e o respectivo valor, além da rentabilidade do fundo, com base nos dados relativos ao último dia do mês a que se referem. 5.1.9. Segregação de funções e responsabilidades: Na atividade de administração dos fundos de investimento estão envolvidos vários agentes: o Administrador, o Gestor, o Custodiante e o Distribuidor. Cada um é responsável por uma atividade específica. As funções podem estar agrupadas na mesma instituição, ou serem executadas por diferentes empresas. Administrador Gestor Fundo de Investimento FIGURA 4 SEGREGAÇÃO DAS FUNÇÕES Distribuidor Custodiante - 18 -

Detalhamento das funções ADMINISTRADOR A função de administrador é, normalmente, desempenhada por um Banco ou Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. Para ser Administrador é necessário ter autorização prévia da CVM - Comissão de Valores Mobiliários. O Diretor responsável pela ( 30 ) de recursos de terceiros tem que atender a certos requisitos determinados pelos órgãos reguladores, bem como ter conhecimento e experiência no mercado de capitais. A Instituição administradora controla os ativos do fundo (títulos e valores mobiliários) e o passivo do ( 31 ) (os valores detidos por cada cotista), apura o valor de ( 32 ) dos títulos, elabora cálculo de ( 33 ), recolhe os impostos, emite extratos aos cotistas, divulga o valor das cotas nos jornais, produz os regulamentos e prospectos, elabora os balanços e envia informações ao Banco Central e CVM. O administrador do Fundo de Investimento é o responsável legal do fundo, é ele que responde perante os órgãos de fiscalização e controle. Cabe ao ( 34 ) garantir o fiel cumprimento do regulamento do fundo e todas as normas de regulação e auto-regulação cabíveis. GESTOR O Gestor do Fundo de Investimento é o responsável pelos investimentos, é ele quem toma as decisões de que ativos comprar ou vender, é quem executa as estratégias de investimentos, balizadas pela política estabelecida para o fundo. O gestor pode ser um Banco, Distribuidora de Valores ou até uma pessoa física autorizada pelo Banco Central e CVM. A função do gestor é elaborar a estratégia de investimentos do fundo, ( 35 ) e vender títulos, controlar o caixa, analisar o ( 36 ) e retorno das operações. Cabe, também, ao gestor selecionar as melhores ( 37 ) de investimento que estejam de acordo com o regulamento e o prospecto do ( 38 ). O gestor é o responsável pela rentabilidade do fundo. O gestor não é necessariamente o administrador. Com o crescimento da indústria de fundos, surgiram muitos ( 39 ) independentes que concentram suas atividades na gestão profissional dos recursos, deixando a administração a cargo de ( 40 ) financeiras especializadas neste tipo de prestação de serviço. DISTRIBUIDOR O distribuidor do Fundo de Investimento é o responsável pela venda ou distribuição das cotas para o mercado investidor. O Distribuidor é quem entra em contato com os ( 41 ) para assessorar na escolha dos melhores fundos e realizar a ( 42 ). Recebe uma parte da taxa de ( 43 ) cobrada pelos fundos, com base no volume de recursos que consegue captar. Esta atividade pode ser exercida pelo gestor ou pelo administrador, ou ainda por terceiros contratados com este propósito específico. O ( 44 ) de fundos pode ser uma Distribuidora de Valores, um agente autônomo de investimento ou um portal que distribuem fundos através da Internet. - 19 -

CUSTODIANTE O custodiante do Fundo de Investimento é quem executa os serviços fiduciários. Ele é o responsável pelo controle dos ativos e passivos do fundo e pela sua liquidação financeira. O custodiante, além de contabilizar a carteira do fundo, faz a marcação a ( 45 ) dos investimentos e controla a aderência das atividades do ( 46 ) em relação ao regulamento e normas legais. O custodiante, normalmente, é responsável pela liquidação financeira das ( 47 ) do fundo. Essa atividade é executada por grandes bancos a qual exige sofisticados sistemas de controle para possibilitar total segurança na guarda dos títulos e valores mobiliários. Para exercer a função de custodiante é necessária a aprovação da CVM. Os investidores institucionais (fundos de pensão) contratam ( 48 ) globais para os ativos da carteira própria e para os seus fundos de investimento exclusivos, facilitando a elaboração de informações à Superintendência Nacional de Previdência Complementar PREVIC 3 (ex SPC - Secretaria de Previdência Complementar). Conforme disposto no artigo 13 da circular. 2.616 do BACEN, os ativos e as modalidades operacionais devem estar devidamente custodiados, bem como registrados e mantidos em conta de depósitos diretamente em nome do fundo, em contas especificas abertas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo BACEN ou em instituições ou entidades autorizadas à prestação desses serviços pelo BACEN ou pela CVM.! QUESTÃO 5 O responsável legal de um fundo de investimento é: a) o gestor b) o cotista c) o custodiante d) o administrador e) o distribuidor 3 A MP 233 de 30 de dezembro de 2004 Cria a Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC. - 20 -

! QUESTÃO 6 O gestor do fundo de investimento é: a) o responsável pelo controle dos ativos e passivos do fundo e pela liquidação financeira. b) quem executa as estratégias de investimentos. c) o responsável pela venda ou distribuição das cotas para o mercado investidor. quem responde perante os órgãos de fiscalização e controle. - 21 -

" EXERCÍCIO 3 Classifique na tabela as atividades desempenhadas por cada participante do negócio do fundo de investimento, colocando no espaço vazio a letra relativa a cada participante: PARTICIPANTE 1) ADMINISTRADOR 2) GESTOR 3) DISTRIBUIDOR 4) CUSTODIANTE MARQUE AQUI A ALTERNATIVA CORRETA ATIVIDADE Controla a aderência das atividades do fundo em relação ao regulamento e normas legais. Recolhe os impostos, emite extratos aos cotistas, divulga o valor das cotas nos jornais, produz os regulamentos e prospectos, elabora os balanços e envia informações ao Banco Central e CVM. Executa os serviços fiduciários. É o responsável pelo controle, pela contabilização das contas do fundo e pela liquidação financeira. Recebe uma parte da taxa de administração cobrada pelos fundos baseada no volume de recursos que consegue captar. Seleciona as melhores alternativas de investimento que estejam de acordo com o regulamento e o prospecto do fundo. É o responsável pela venda ou distribuição das cotas para o mercado investidor. Elabora a estratégia de investimentos do fundo, compra e vende títulos, controla o caixa, analisa o risco e retorno das operações. Executa as estratégias de investimentos, balizadas pela política estabelecida para o fundo. Controla os ativos do fundo e o passivo do fundo, apura o valor de mercado dos títulos e elabora o cálculo de cotas. É o responsável pela rentabilidade do fundo. É quem entra em contato com os investidores para assessorar na escolha dos melhores fundos, e realizar a venda. É o responsável pelos investimentos, é quem toma as decisões de que ativos comprar ou vender. - 22 -

5.1.10. Clube de Investimentos O que é um Clube de Investimento? O Clube de Investimento é um instrumento legal que viabiliza a formação de um pool de investidores para investir no mercado acionário. Em outras palavras, trata-se de uma aplicação ( 49 ) criada por um grupo de pessoas que desejam investir seu dinheiro em ações. Neste sentido, o Clube de ( 50 ) se assemelha aos Fundos de Investimento em Ações, com a diferença entre eles baseada no fato de que devem atender a determinados requisitos específicos. O Clube de Investimento pode ser criado por qualquer grupo de ( 51 ) que têm objetivos de ( 52 ) em comum. A criação de um Clube de Investimento exige um administrador profissional que pode, por exemplo, ser uma Corretora. O Clube de Investimento não tem data específica para encerrar, mas pode, se assim desejarem os ( 53 ), fixar um prazo para a sua extinção. De modo similar aos Fundos de Investimento, eles têm uma política de ( 54 ) que norteia a escolha dos ativos. As condições de ( 55 ) e saída de participantes é regulada no estatuto do Clube de Investimento, cujo registro é feito na BOVESPA. Há limites de participantes (máximo de 150) e de concentração (máximo de 40% das cotas). O número máximo de participantes pode ser ultrapassado se o clube for destinado aos funcionários de uma mesma empresa. A carteira de um fundo deve ter no mínimo 51% de ações, e o restante pode ser aplicado em renda fixa, havendo restrições para operações complexas e com futuros. As alterações no estatuto são feitas mediante ( 56 ) Geral dos participantes. O clube de investimento pode ser transformado em fundo, aberto ou fechado, e para tanto deve enviar a CVM os documentos necessários a autorização competente. 5.1.11. Fundos de Investimentos Abertos Fundos abertos são todos aqueles que permitem a movimentação de cotistas com novos aportes ou resgates. Nestes fundos é livre o ( 57 ) de novos cotistas e também a retirada através de saques. A esmagadora maioria de fundos do ( 58 ) é do tipo aberto. 5.1.12. Fundos de Investimentos Fechados Fundos fechados como o próprio tipo define, são aqueles que não permitem o ingresso de novos ( 59 ), havendo, de acordo com o estatuto, datas próprias ou prazo determinado para resgate e aportes de novos investimentos, normalmente ocorre em fundos de ações de baixa liquidez. Os fundos fechados destinam-se a atender nichos específicos de mercado, tanto do ponto de vista do administrador quanto do cotista. É opção para o investidor que quer sacrificar liquidez, em troca de maior perspectiva de rentabilidade indireta. Pelos estatutos destes fundos, o cotista investe por um prazo determinado, e só pode resgatar a aplicação ao final do período. A única alternativa possível para dar liquidez às cotas é vendendo para outro ( 60 ), via bolsas de valores ou mercado de balcão organizado. - 23 -

5.1.13. Fundos de Investimentos Exclusivos Fundos de Investimento Exclusivos são aqueles constituídos para receber aplicações exclusivamente de um único cotista. De acordo com a legislação vigente, ou seja a Instrução CVM 409, somente investidores qualificados podem ser cotista de fundos exclusivos. Os fundos exclusivos são muito utilizados pelos fundos de pensão. 5.1.14. Fundos de Investimento com Carência O regulamento do fundo pode estabelecer prazo de carência para resgate, com ou sem rendimento. Os fundos com Carência têm resgate após o término da carência. Caso o regulamento estabeleça prazo de carência para o resgate, essa condição deve estar incluída com destaque na capa do prospecto e em todo o material de divulgação, de forma clara e legível. 5.1.15. Fundos de Investimento sem Carência Sem carência: resgates a qualquer momento, isto é, liquidez diária.! QUESTÃO 7 O Fundo de Investimento em Ações que permite a livre movimentação de aplicações e resgates por parte dos cotistas é considerado: a) Fundo de Investimento Fechado. b) Fundo de Investimento Aberto. c) Fundo de Investimento Exclusivo.! QUESTÃO 8 O Fundo de Investimento em Ações que estabelece um prazo mínimo para que o cotista possa realizar o resgate de cotas sem perder rentabilidade é considerado um: a) Fundo de Investimento Fechado. b) Fundo de Investimento Exclusivo. c) Fundo de Investimento sem carência. d) Fundo de Investimento com carência. - 24 -

5.2. Dinâmica de Aplicação e Resgate Na aplicação dos recursos pelo investidor o gestor imediatamente adquire os ativos financeiros que irão compor a carteira do fundo e que vão gerar os rendimentos auferidos pelos cotistas. Quando há o resgate de recursos, o gestor vende ativos financeiros da carteira do fundo no mercado secundário de títulos, para disponibilizar os recursos aos investidores mediante o crédito em conta corrente ou conta investimento 4. CONVERSÃO DE COTAS A Conversão de recursos monetários em cotas e de cotas em recursos monetários se dá nos momentos das aplicações e dos resgates. No momento da aplicação, o investidor entrega recursos monetários para o fundo e este emite cotas em número equivalente ao valor da aplicação, conforme ilustrado na Figura 5. Procedimento similar ocorre quando o cotista solicita o resgate, isto é, o fundo resgata as cotas e credita recursos monetários em valor equivalente as cotas resgatadas pelo cotista. Conversão de recursos monetários em cotas em uma aplicação Recursos Monetários Investidor Conversão dos Recursos em Cotas Valor da cota Fundo de Investimento Número de cotas emitidas FIGURA 5 ESQUEMA DA CONVERSÃO DE RECURSOS EM COTAS A conversão de recursos monetários em cotas e de cotas em recursos monetários se dá: respectivamente, no momento da ( 61 ) e do ( 62 ). Cota de abertura e fechamento Quando os condôminos investem ou solicitam o resgate no fundo, torna-se necessário quantificar o número de ( 63 ) que os mesmos estão adquirindo ou resgatando. A ( 64 ) dos valores em cotas e vice versa deve atender os critérios específicos previstos no ( 65 ) e no prospecto do fundo. Entre as especificações estão a forma e a data de conversão, bem como o prazo do resgate com rendimentos, que são função da modalidade e o tipo de fundo de investimento. No que tange ao ( 66 ) da cota a ser considerado na conversão, conforme previsão no regulamento do fundo, as cotas podem ser calculadas como cotas de abertura ou de fechamento. 4 No resgate a destinação do recurso dependerá da utilização que o investidor (cotista) der ao dinheiro. Veja Conta Investimento para melhor entendimento. - 25 -

De acordo com a Instrução 409 da CVM, na emissão das cotas do fundo deve ser utilizado o valor da cota de fechamento do dia ou do dia seguinte ao da efetiva disponibilidade dos recursos investidos para o administrador ou intermediário, conforme dispuser o regulamento. A Instrução 409 da CVM ressalva as hipóteses previstas para os fundos "curto prazo", fundos "referenciados" e fundos "renda fixa", nos quais é aceita a "cota de abertura" conforme disposto no regulamento. Um fundo de investimento pode usar a cota de abertura? Embora a regra para os fundos de investimento seja de utilização da cota de fechamento, existem exceções. A utilização da cota de abertura só é facultada para os fundos de curto prazo, referenciados e de renda fixa 5. Emissão da cota em D+0 Na emissão das cotas poderá ser utilizado valor de cota de abertura para fins de emissão de cotas no mesmo dia da disponibilidade financeira dos recursos, conforme estiver disposto no regulamento. Resgate da cota em D+0 Na conversão de cotas poderá ser utilizado valor de cota de abertura, para fins de resgate no mesmo dia do pedido, segundo dispuser o regulamento. Como se pode integralizar o valor da cota? A integralização do valor das cotas do fundo deve ser realizada em moeda corrente nacional. No caso de fundos exclusivos de investidor qualificados é permitido integralizar e resgatar com títulos e valores mobiliários. Como é feito o resgate das cotas? O resgate de cotas de fundo de investimento deve obedecer às seguintes regras: 1. O prazo entre o pedido de resgate e a data de conversão de cotas deve ser estabelecido no regulamento do fundo. 2. A conversão de cotas deve ser efetivada pelo valor da cota do dia na data da conversão, ressalvadas as exceções permitidas para os fundos de curto prazo, referenciados e de renda fixa. 3. O pagamento do resgate definitivo deve ser efetuado em cheque, crédito em conta corrente ou ordem de pagamento, no prazo estabelecido no regulamento, que não poderá ser superior a 5 (cinco) dias úteis 6. 4. o regulamento poderá estabelecer prazo de carência para resgate, com ou sem rendimento; Cota de abertura A cota de abertura é calculada atualizando os valores dos ( 67 ) componentes da carteira até a data do dia anterior. Portanto, o valor da cota é conhecido na abertura dos negócios do dia, e as aplicações e resgates do dia são convertidos utilizando-se o valor da cota de ( 68 ). A cota de abertura é utilizada na maioria dos fundos de curto prazo, referenciados e de renda fixa, pois estes são pouco voláteis. 5 Instrução CVM 409 6 Resgates com propósito de reinvestimento podem ser creditados na conta investimento quando os recursos provierem de aplicação em conta investimento. - 26 -

Exemplo: Cota de abertura de 20/janeiro reflete a valorização dos títulos e o movimento de mercado do dia 19/janeiro. Cota de fechamento A cota de fechamento é calculada atualizando os valores dos títulos componentes da carteira no próprio dia do cálculo da ( 69 ), sendo esta divulgada após o fechamento do mercado de negociação dos títulos. Os fundos de ações usam a cota de fechamento, pois estes têm volatilidade ( 70 ). Como já vimos, todos os fundos, com as exceções permitidas para os fundos de curto prazo, referenciados e de renda fixa, devem utilizar a cota de fechamento, conforme determinação da Instrução CVM 409.! QUESTÃO 9 Na conversão de recursos monetários em cotas, um Fundo de Investimento em Ações, utiliza a cota calculada: a) No Fechamento b) Na abertura Os fundos de baixa volatilidade, como fundos de Curto Prazo, Referenciados ao DI e Renda Fixa, utilizam, normalmente, cota de ( 71 ) pois a variação de um dia para o outro é pequena e previsível. Os fundos de ação trabalham com cota de ( 72 ) porque o valor da cota pode ter grande variação durante o dia que não seria refletido na cota de abertura 7.! QUESTÃO 10 O cálculo do valor da cota diária é feito através da divisão do: a) Valor da carteira pelo número de cotas. b) Valor da carteira mais valores a receber pelo número de cotas. c) Valor da carteira mais valores a receber menos valores a pagar pelo número de cotas Distribuição de cotas de Fundo Aberto A distribuição de cotas de fundo aberto, independe de prévio registro na CVM, deve ser realizada por instituições intermediárias integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários. 7 Todos fundos de investimento, ressalvadas as exceções permitidas para fundo de Curto Prazo, Referenciados e Renda Fixa, devem utilizar a cota de fechamento conforme determina a Instrução CVM 409. - 27 -

Distribuição de cotas de Fundos Fechados A distribuição de cotas de fundo fechado depende de prévio registro na CVM, e somente pode ser realizada por instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários. O administrador é obrigado a fornecer aos intermediários contratados todo o material de divulgação do fundo exigido pela regulamentação em vigor, respondendo pela exatidão das informações contidas no referido material. EMISSÃO DE COTAS DE FUNDOS DE AÇÕES A CVM, através da Instrução n 409, disciplina a conversão de cotas em ( 73 ) monetários e vice versa. Este normativo estabelece que a integralização do valor das ( 74 ) do fundo, aberto ou fechado deve ser sempre em moeda nacional devendo constar do extrato da aplicação do valor dos recursos investidos 8. EMISSÃO DA COTA DE FUNDO ABERTO DE AÇÕES Em se tratando de fundo aberto, na emissão das cotas deve ser utilizado o valor apurado no fechamento do dia da efetiva disponibilidade dos ( 75 ) confiados pelos investidores ao administrador. RESGATE DE COTA DE FUNDO ABERTO DE AÇÕES O resgate, quando definitivo, deve ser efetuado em cheque, crédito em conta corrente, sem cobrança de qualquer taxa ou despesa, ressalvada a taxa de saída quando estabelecida no regulamento do fundo. Quando o resgate se destinar a outra aplicação financeira, os recursos serão creditados a Conta Investimento 9. O valor da ( 76 ) de resgate deve ser apurado no fechamento do dia seguinte ao do pedido de ( 77 ) e o crédito na conta corrente ou conta investimento do cliente ocorrerá em D+3, D+4 ou conforme dispuser o regulamento e o ( 78 ) do fundo 10. UTILIZAÇÃO DA COTA DE FECHAMENTO A utilização da cota de fechamento do dia da aplicação, bem como a cota de fechamento do dia posterior ao dia do pedido é bastante relevante no caso de movimentações de grandes volumes, que pela sua magnitude podem influenciar os preços ou as condições em que o fundo irá dispor da liquidez necessária decorrente da solicitação de resgate ou da aplicação. 5.2.1. Entendimento da Dinâmica de Aplicação de Recursos e Compra de ativos por parte dos gestores APLICAÇÃO DE RECURSOS As aplicações dos recursos dos Fundos de Investimento, além de atenderem aos objetivos e as políticas de investimento estabelecidas devem, também, atender às 8 O fundo destinado exclusivamente a investidores qualificados, desde que previsto em seu regulamento, pode admitir a utilização de títulos e valores mobiliários na integralização e resgate de cotas. 9 Os recursos investidos através da conta investimento a partir de 1/10/2004, por ocasião do vencimento ou resgate retornam para conta investimento, desde que sejam utilizados para realizar novas aplicações. Caso os recursos do resgate se destinem a outros usos que não aplicações financeiras da conta investimento, estes deverão ser creditados em conta corrente do titular. 10 O prazo para pagamento do resgate não pode ser superior a 5 dias úteis, contados da data da conversão de cotas. - 28 -