03.ACTIVIDADE OPERACIONAL



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Transcrição:

NÚMERO DE QUILÓMETROS PERCORRIDOS EM 2004 COMBOIOS DE PORTUGAL PRÓXIMA PARAGEM: MUDAR A SUA VIDA. INFORMAÇÕES ÚTEIS Foram percorridos, em 2004, 28.442 milhões de quilómetros. O serviço internacional de passageiros da CP percorreu 704.000 Km. 03.ACTIVIDADE OPERACIONAL

3. ACTIVIDADE OPERACIONAL 3.1 CP LISBOA 3.1.1 Síntese de Actividade O ano de 2004 foi um ano em que a actividade da CP Lisboa ficou marcada pelo encerramento do Túnel do Rossio, no dia 22 de Outubro, com a consequente amputação da rede ferroviária de uma das suas mais históricas e importantes ligações à zona da baixa de Lisboa. Este factor afectou significativamente o desempenho desta Unidade de Negócios, em especial da Linha de Sintra nos últimos 2 meses do ano, registando-se uma forte degradação dos índices de qualidade do serviço em virtude da excessiva ocupação da Linha de Cintura. A interrupção da circulação no Túnel do Rossio obrigou ao lançamento de um vasto plano informativo relativo às novas condições de transporte. Para além das acções de informação, destacam-se ainda a extensão da validade dos títulos da Linha de Sintra à estação do Oriente e o estudo de um novo horário a implementar no primeiro trimestre de 2005. Apesar da conjuntura negativa, o Resultado Operacional da CP Lisboa registou uma melhoria de 21% face ao ano anterior enquanto que o Cash-Flow Operacional cresceu 26%, essencialmente devido a um crescimento dos Proveitos Operacionais. A procura (passageiros transportados) decresceu apenas 0,8%, apesar do mau desempenho a que foi obrigada a Linha de Sintra nos últimos dois meses do ano, e susteve a quebra significativa verificada em 2003, -3%. O ano de 2004 foi positivamente marcado pela realização de eventos como o EURO 2004 e o Rock in Rio, que se traduziram num acréscimo significativo da procura e para os quais a Unidade implementou planos de oferta especiais em articulação com as respectivas entidades organizadoras, bem como os restantes operadores de transporte. Concluiu-se o processo de centralização dos sistemas da vídeo-vigilância nas estações das Linhas de Cascais e da Azambuja. Em 2005 será concluído, pela REFER, idêntico processo para as Linhas de Sintra e do Sado. Desenvolveram-se ainda os trabalhos de elaboração de cadernos de encargos com vista à implementação de um sistema de Bilhética Sem Contacto e de Acesso Controlado às Estações. Este processo, a implementar nos próximos dois anos, traduzir-se-á numa forte reestruturação de todos os processos da CP Lisboa em especial do processo de venda. O ano 2004 foi um ano de consolidação do Sistema de Gestão de Qualidade da CP Lisboa em preparação para a Auditoria de renovação do mesmo sistema a realizar em 2005. Neste âmbito a principal aposta da Unidade de Negócios para o ano de 2004 foi a comunicação tendo esta desenvolvido diversas acções com enfoque no Cliente interno e externo. 3.1.2 Procura a) Proveitos O valor dos proveitos (líquidos de IVA) por prestação de serviço de tráfego de passageiros em 2004 foi de cerca de 66,5 milhões de euros, sendo a quota da Linha de Sintra de 50%: PROVEITOS DA CP LISBOA POR TIPO DE TÍTULO (mil euros) TIPO DE TÍTULO VARIAÇÃO Bilhetes 28.523 29.775 4% Assinaturas 9.835 10.305 5% Passe Combinado 8.835 9.478 7% Passe Intermodal 16.009 15.536-3% Outras rec. tráfego 1.472 1.379-6% Total 64.674 66.473 3% PROVEITOS DA CP LISBOA POR TÍTULO DE TRANSPORTE - 2004 Em embro de 2004, a CP Lisboa participou no plano de transportes relativo ao Encontro Europeu de Jovens da Comunidade de Taizé, que movimentou mais de 20.000 participantes de toda a Europa. 24% 45% No decurso de 2004, iniciou-se o processo de instalação de vídeo-vigilância no interior dos comboios, tendo ficado concluída a instalação em 12 unidades afectas à Linha de Cascais e 14 unidades afectas à Linha de Sintra. Passe Intermodal - 24% Bilhetes - 45% Assinatura - 16% Passe Combinado - 15% 15% 16%

PROVEITOS DA CP LISBOA POR LINHA (Bilhetes + Assinaturas + Passes) (mil euros) LINHA VARIAÇÃO Sintra 31.756 32.003 1% Cascais 21.993 22.792 4% Azambuja 7.801 8.672 11% Sado 1.652 1.627-1% PROCURA DA CP LISBOA POR LINHA (mil passageiros transportados) LINHA VARIAÇÃO Sintra 52.518 51.164-2,6% Cascais 31.501 31.401-0,3% Azambuja 13.361 14.170 6,1% Sado 3.363 3.156-6,2% Total 100.743 99.891-0,8% ESTRUTURA DOS PROVEITOS POR LINHA - 2004 ESTRUTURA DA PROCURA POR LINHAS - PASSAGEIROS 2004 13% 2 % 45% 14% 3 % Sintra- 50% Cascais - 35% Azambuja 45% - 13% Sado - 2% 35% 50% Sintra - 52% Cascais - 31% Azambuja - 14% Sado - 3% 31% 52% Relativamente ao ano de 2003 os proveitos cresceram cerca de 3%, reflexo dos aumentos tarifários verificados em todos os títulos de transporte nos meses de ereiro e de Outubro, este último em resultado da indexação ao preço dos combustíveis. O crescimento dos proveitos da CP Lisboa foi impulsionado especialmente pelas Linhas de Azambuja e de Cascais, com acréscimos de 11% e 4%, respectivamente. Numa análise por tipo de título é importante destacar que o passe intermodal continua a decrescer, tendo sido o único título que não cresceu em 2004, evidenciando a inadequação deste título na actual realidade tarifária da Área Metropolitana de Lisboa. b) Passageiros A quebra dos passageiros transportados na Linha de Sintra foi essencialmente impulsionada pelo encerramento do Túnel do Rossio em finais de Outubro, enquanto que na Linha do Sado, as obras de modernização do troço Pinhal Novo - Setúbal, penalizaram fortemente a procura no primeiro semestre do ano. Pela positiva, a Linha de Cascais susteve a perda de passageiros que se vem a verificar há vários anos e a Linha da Azambuja continuou a crescer fortemente beneficiando da penetração desta Linha nas Linhas de Sintra e Cintura. c) Avaliação do Serviço Prestado Manteve-se o modelo de avaliação de Qualidade percebida dos nossos serviços através de 2 inquéritos anuais. O Índice Global de Qualidade Percebida evoluiu favoravelmente nas Linhas da CP Lisboa. Em 2004 a procura, medida em passageiros transportados, foi cerca de 100 milhões de passageiros/ano, menos 0,8% do que em 2003, com uma evolução desfavorável nas Linhas de Sintra, Cascais e Sado. 022-023

ÍNDICE GLOBAL DE QUALIDADE DA CP LISBOA - ANO 2004/2003 7,20 7,00 6,80 6,60 6,40 6,20 6,00 5,80 6,70 6,18 6,19 6,35 6,79 6,76 7,14 6,85 6,39 6,62 7,01 6,86 6,28 1º Bar. 2003 2º Bar. 2003 1º Bar. 2004 2º Bar. 2004 6,42 6,24 6,07 5,60 5,40 Sintra Cascais Azambuja Sado Os índices de satisfação com o Atendimento e Apoio Prestado e com a Oferta de Comboios, continuaram em 2004 a ser os mais favoravelmente percepcionados pelos nossos Clientes. No sentido contrário, e apesar de alguma melhoria face ao anterior, os índices de satisfação com a ligação com outros meios de transporte e com a Segurança de Pessoas e Bens foram os percepcionados de uma forma menos favorável. 3.1.3 Oferta A actividade produtiva da CP Lisboa foi, conforme referido anteriormente, fortemente abalada em 2004 com o encerramento do Túnel do Rossio, originando fortes alterações nos horários das Linhas de Sintra e Azambuja, com impacto negativo nos índices de qualidade do serviço nos últimos dois meses do ano. OUTROS. VARIAÇÃO SINTRA CASCAIS AZAMBUJA SADO PERC. OPERAC. TOTAL 2004/03 N.º Comboios / hora ponta / sentido 14 12 6 3 35-2 N.º Circulações / Dia 344 279 163 62 848-10 N.º Circulações / Ano - em 10 3 101 86 53 18 258-0,7% Lugares Km oferecidos* - em 10 3 2.528 1.579 1.686 252 6.045-2,0% Comboios Km - em 10 3 2.235 1.855 2.142 559 218 7.010-1,1% ESTRUTURA DA OFERTA CK s 2004 8% * lugares sentados + 3 passageiros por m 2 NOTA: Antes do encerramento do Túnel do Rossio efectuavam-se 354 comboios por dia útil na Linha de Sintra. 32% 33% Sintra - 33% Cascais - 27% Azambuja - 32% Sado - 8% 27%

Os Índices de Pontualidade Diária continuaram a registar um desempenho muito positivo nas 3 principais Linhas da CP Lisboa e com o final das obras de modernização da infra-estrutura na Linha do Sado, no final do 1º semestre, também a Linha do Sado registou um melhoria significativa do seu índice de Pontualidade Diária. ÍNDICE DE PONTUALIDADE DIÁRIA DA CP LISBOA (<3M)* *Média anual SINTRA CASCAIS AZAMBUJA SADO Ano 2003 97% 98% 93% 57% Ano 2004 96% 97% 95% 81% Analisando a evolução deste índice ao longo do ano de 2004 podemos verificar o forte efeito do final da modernização do troço Pinhal Novo - Setúbal na Linha do Sado e do encerramento do Túnel do Rossio nas Linhas de Sintra e Azambuja. EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE PONTUALIDADE DA CP LISBOA - 2004 100% 95% 90% 85% 80% 75% 70% 65% 60% 55% 50% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Sintra Cascais Azambuja Sado O Índice de Regularidade Diária das 4 Linhas da CP Lisboa atingiu aproximadamente os 100%. Tal facto reflecte o excelente desempenho produtivo e a capacidade de cumprir com as expectativas do Cliente. ÍNDICE DE REGULARIDADE DIÁRIA DA CP LISBOA* *Média anual SINTRA CASCAIS AZAMBUJA SADO Ano 2003 100% 99% 100% 99% Ano 2004 100% 100% 100% 100% 3.1.4 Meios a) Frota A 31 de embro de 2004 o parque de material circulante em serviço comercial era constituído por 100 automotoras eléctricas totalmente equipadas com ar condicionado e informação a bordo e 7 unidades triplas diesel que efectuam serviço na Linha do Sado. NÚMERO DE UNIDADES MOTORAS POR SÉRIE A 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Linha de Sintra 50 UQE s Série 2300/2400 50 un. eléctricas Linha de Cascais 34 UME s Série 3150/3250 34 un. eléctricas Linha da Azambuja 4 UQE s Série 2300/2400 16 un. eléctricas 12 UQE s Série 3500 Linha do Sado 7 UTD s Série 600 7 un. diesel 024-025

b) Recursos Humanos A CP Lisboa terminou o ano de 2004 com 909 Colaboradores, mais 23 Colaboradores que no final do ano anterior em virtude de a CP Lisboa ter recebido 37 Colaboradores referentes à estrutura funcional da Tracção da Linha do Sado. EVOLUÇÃO DO EFECTIVO A CARGO DA CP LISBOA - 2004 960 940 920 900 880 860 840 820 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov A Taxa de Trabalho Suplementar decresceu 0,5% passando de 8,4% para 7,9% em resultado do esforço de contenção e monitorização constante deste indicador. No que se refere à taxa de absentismo verificou-se uma ligeira diminuição de 9,7% em 2003 para 9,6% em 2004. TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR CP LISBOA - 2004 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% TAXA DE ABSENTISMO CP LISBOA - 2004 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov c) Investimentos No exercício de 2004 os investimentos em material circulante passaram a ser realizados pela Unidade de Gestão de Frota reduzindo-se significativamente os montantes dos investimentos a cargo da CP Lisboa, dos quais se destacam:

Beneficiação de Instalações reforço e centralização dos sistemas de vídeo-vigilância nas estações e melhoria dos equipamentos de informação aos passageiros; Aquisição de Equipamentos Comerciais início do Projecto Bilhética Sem Contacto e Acesso Controlado às Estações. NATUREZA DO INVESTIMENTO - 2004 (em euros) LINHA 2004 PESO (%) Beneficiação de Instalações 278.873 113% Equipamento Infor. e Adm. 207.016 84% Equipamentos Comerciais -258.989 * -105% Informatização de Processos 20.139 8% Total 247.039 100% * inclui regularizações de exercícios anteriores. 3.2 CP PORTO 3.2.1 Síntese de Actividade O ano de 2004 foi um ano de consolidação e expansão da oferta da CP Porto. A implementação dos novos comboios e novos serviços bem como o empenhamento das diversas equipas com vista a alcançar os objectivos traçados para 2004, foram passos fundamentais que muito contribuíram para a percepção que hoje o mercado tem da CP Porto. Foi um ano de melhoria sustentada do desempenho Económico Financeiro. Os Proveitos Operacionais foram 19% superiores aos obtidos em 2003 enquanto os Custos Operacionais apenas cresceram 9% em relação ao ano anterior. Obteve-se assim um Resultado Operacional inferior ao de 2003 em apenas 2% e o EBITDA (Cash Flow Operacional) melhorou em 16% em relação ao mesmo ano. Dos projectos realizados durante o ano de 2004 destacam-se os seguintes: Recepção das últimas 7 Unidades Múltiplas Eléctricas, completando-se o Parque de 34 unidades; Relançamento do serviço ferroviário no eixo Porto Guimarães, após intervenção de modernização e reconversão, com uma oferta que entrou em vigor no dia 19 de eiro e se traduziu em 21 novos comboios aos dias úteis e 17 aos fins-de-semana na família Porto Guimarães e no redimensionamento das famílias Porto S. Romão e Porto Sto Tirso ; Relançamento do serviço ferroviário no troço Nine Braga, um ano e sete meses após a suspensão da circulação para intervenção de modernização e reconversão. Com a reabertura em 22 de il de 2004 do troço Famalicão Braga, entrou em vigor a nova oferta neste eixo, com exploração eléctrica o que permitiu libertar 3 das 6 UDD s 450 que estavam a operar nesta UN; Nova oferta comercial na Linha do Norte. Com o evoluir das obras no troço Quintans Ovar, foi implementada a partir de 6 de Junho de 2004 uma nova oferta comercial até Aveiro. O lançamento dos novos comboios urbanos nos eixos de Guimarães, Braga e Aveiro foi acompanhado de fortes campanhas promocionais com o objectivo de fidelizar e captar novos Clientes. Estas campanhas englobaram acções diversificadas, que proporcionaram a um conjunto de potenciais Clientes a possibilidade de experimentarem / confirmarem in loco a existência de um serviço urbano mais cómodo e rápido. A realização do EURO 2004, no período de 12 de Junho a 4 de Julho, foi um enorme desafio para a CP Porto, tendo contribuído de forma positiva para a notoriedade do serviço urbano. A Unidade implementou para o efeito um plano de ofertas especiais. Com a entrada do Horário de Verão em 06 de Junho 2004, a CP Porto deixou de prestar serviço no troço Caíde co, passando este serviço a ser assegurado pela CP Longo Curso e Regional. Foi assim, possível dispensar o restante material diesel afecto à CP Porto 3 UDD s 450. A CP Porto aderiu em 6 de Junho ao Sistema de Transportes Intermodais do Porto (TIP), na qualidade de operador, podendo os Clientes, desde essa data, utilizar os títulos de transporte Andante nos comboios urbanos no percurso Valongo / Porto / Coimbrões, no metro, STCP e nos operadores rodoviários privados mais representativos em toda a região. Relativamente à implementação do Sistema de Gestão da Qualidade na CP Porto, o ano de 2004 foi caracterizado pela realização de diversas actividades que promoveram a Melhoria 026-027

Contínua do próprio sistema. O resultado e a prova mais significativa foi alcançado na Auditoria de Acompanhamento realizada pela APCER, na qual foi evidenciado e reconhecido o bom nível de implementação. 3.2.2 Procura a) Proveitos Em 2004 os Proveitos de Tráfego da CP Porto cresceram cerca de 21% em relação ao ano transacto com especial incidência nos Bilhetes para o qual o EURO 2004 teve o seu contributo. O acréscimo dos combinados deve-se à adesão ao Andante. PROVEITOS TRÁFEGO DA CP PORTO POR TIPO DE TÍTULO (sem IVA) (mil euros) 2004 2003 VARIAÇÃO Bilhetes 7.860 6.197 27% Assinaturas 3.931 3.544 11% Combinados 59 9 532% Outras Rec. Tráfego 678 620 9% Total 12.528 10.369 21% Fonte: SAP PROVEITOS DA CP PORTO POR EIXO (Assinaturas+Bilhetes) (sem IVA) (mil euros) 2004 2003 VARIAÇÃO Aveiro 5.380 4.606 17% Braga 3.140 2.513 25% co 2.854 2.435 17% Guimarães 418 187 124% Total 11.792 9.741 21% Fonte: SAP A repartição por títulos de transporte continua a evidenciar um domínio dos bilhetes (67%) sobre as assinaturas (33%) em todos os eixos, mas com especial incidência no eixo de Aveiro. Os bilhetes vendidos a bordo continuam a ter um peso significativo sendo cerca de 13% dos títulos vendidos e apurando cerca de 13% do total da receita. Os restantes títulos são adquiridos nos pontos de venda (30%) e nas Máquinas de Venda Automática (57%). b) Passageiros A avaliação total de passageiros de 2004 é de 15,7 milhões de passageiros (P s) com a seguinte distribuição por eixos: PROCURA DE CP PORTO POR EIXO (miil passageiros) 2004 2003 VARIAÇÃO Aveiro 6.329 6.065 4% Braga 4.634 4.315 7% co 3.945 3.674 7% Guimarães 773 267 189% Total 15.682 14.321 10% ESTRUTURA DA PROCURA POR EIXOS - 2004 25% 5% 40% ESTRUTURA DE PROVEITOS POR EIXO - 2004 4 % 24% Aveiro - 45% Braga - 27% 27% co 45% - 24% Guimarães - 4% 45% Aveiro - 40% Braga - 30% co 45% - 25% Guimarães - 5% 30% Em relação a 2003 verificou-se um crescimento de 10%, com variações positivas em todos os eixos apesar de, no 2º semestre / 04, a oferta do eixo do Douro se fazer apenas até Caíde e não até ao co. O eixo de Guimarães, foi o que teve maior crescimento, devido à sua reabertura com exploração ferroviária. O Percurso Médio neste eixo cresceu significativamente.

c) Avaliação do Serviço Prestado Semestralmente, a CP Porto realiza um Barómetro para avaliar a evolução da qualidade percebida dos seus serviços. O Índice Global de Qualidade Percebida, apresentou os seguintes valores por eixo: EVOLUÇÃO DO BARÓMETRO SEMESTRAL DE QUALIDADE PERCEBIDA 10 8 6 Em obras 1º Bar. 2003 2º Bar. 2003 1º Bar. 2004 2º Bar. 2004 6,2 6,4 6,7 7,4 7,3 7,4 7,2 7,2 7,4 7,5 6,9 7,2 4 2 0 Aveiro Braga co Guimarães O 2º barómetro de 2004 é o primeiro a realizar-se com os novos comboios em circulação em todos os eixos da CP Porto. É igualmente, o primeiro a avaliar o serviço da CP Porto sem a existência de obras com perturbações fortes na circulação. O eixo de Guimarães, após as obras de remodelação, é avaliado pela segunda vez sendo possível aferir já uma tendência. De um modo geral, a percepção da qualidade do serviço varia entre 7,2 e 7,5 tendo aumentado em todos os eixos comparativamente com o primeiro barómetro de 2004. Constata-se, também que foi no eixo de Aveiro que houve uma maior subida do valor do Índice Global de Qualidade. 3.2.3 Oferta Durante este ano realizaram-se 67.485 circulações verificando-se, comparativamente a 2003, um acréscimo devido à reabertura dos eixos já mencionados. OUTROS PERC. VARIAÇÃO POR EIXO AVEIRO MARCO BRAGA GUIMARÃES OPERACIONAIS TOTAL 2004/03 Nº Circulações 22.084 22.656 12.441 10.304 67.485 12% Nº Circulações por dia útil 78 66 48 35 227 19% CK 10 3 1.057 943 639 514 168 3.320 28% Lugares Km Oferecidos* 10 3 469 443 258 234 5 1.409 36% * Lugares sentados + 3 pessoas por m 2 028-029

Estes aumentos verificaram-se, essencialmente, em il, com a abertura do Ramal de Braga, e em Junho com o prolongamento dos comboios da Linha do Norte no troço Ovar-Aveiro. A distribuição de comboios km por eixo é a seguinte: ESTRUTURA DA OFERTA - CK s 2004 16% 34% Aveiro - 34% Braga - 20% co 45% - 30% Guimarães - 16% 30% 20% O valor médio do Índice de Regularidade foi de 99,7% e do Índice de Pontualidade de 92,6% (comboios chegados ao destino com atraso igual ou inferior a 3 minutos). ÍNDICE PONTUALIDADE DIÁRIA* AVEIRO BRAGA MARCO GUIMARÃES TOTAL Ano 2003 76,9% 87,0% 92,5% 96,7% 87,2% Ano 2004 87,7% 94,2% 97,0% 92,3% 92,6% ÍNDICE REGULARIDADE DIÁRIA* AVEIRO BRAGA MARCO GUIMARÃES TOTAL Ano 2003 98,4% 99,6% 99,5% 99,6% 99,2% Ano 2004 99,4% 99,9% 99,8% 99,6% 99,7% * Média Anual As quebras na Pontualidade devem-se essencialmente às obras de renovação que provocaram afrouxamentos e avarias na sinalização e grandes troços de via única. EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE PONTUALIDADE - 2004 100% 90% 80% 70% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Aveiro Braga co Guimarães

3.2.4 Meios a) Frota O Parque de Material Circulante afecto à CP Porto em 31 de embro de 2004, era constituído por 34 UME s 3400 (unidades eléctricas). Durante o ano de 2004 foram dispensadas 6 UDD s 450 tendo este material sido libertado à medida que a exploração se passou a realizar exclusivamente em troços electrificados. b) Recursos Humanos A CP Porto terminou o ano com 291 pessoas, representando um efectivo médio de 289 Colaboradores, 6% inferior a 2003. Esta evolução deveu-se principalmente às cessações / revogações verificadas. É de registar que, muito embora, tenha havido forte aumento de oferta, a racionalização de meios efectuada evitou a necessidade de admissões. EVOLUÇÃO DO EFECTIVO A CARGO DA CP PORTO - 2004 330 320 310 300 290 280 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Em termos de Taxa de Trabalho Suplementar verificou-se um acréscimo em relação a 2003 (média de 2004 13,8%; média de 2003 11,5%) enquanto a Taxa de Absentismo apresentou valores melhores que em 2003 (média de 2004 6,5%; média de 2003 7,4%). 030-031

TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR CP PORTO - 2004 TAXA DE ABSENTISMO CP PORTO - 2004 20% 20% 15% 15% 10% 10% 5% 5% 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov c) Investimentos No exercício de 2004 os investimentos em material circulante, que nos anos anteriores representavam cerca de 98% do total dos investimentos desta Unidade, passaram a ser realizados pela Unidade de Gestão de Frota. NATUREZA DO INVESTIMENTO - 2004 (em euros) LINHA 2004 PESO (%) Beneficiação de Instalações 168.982 17% Equip. Informático e Administrativo 77.278 8% Equipamentos Comerciais 712.427 71% Informatização de Processos 48.430 5% Total 1.007.117 100% O montante de investimentos a cargo da CP Porto foi de cerca de 1 milhão de euros, dos quais se destacam: Beneficiação de Instalações Fixas instalação de CCTV s e equipamento de informação audiovisual em S. Bento; Aquisição de Equipamentos Comerciais realizaram-se os pagamentos previstos para o 2º, 3º e 4º lote de MVA s. 3.3 CP LONGO CURSO E REGIONAL 3.3.1 Síntese de Actividade Em 2004, a CP Longo Curso e Regional obteve uma boa performance registando taxas de crescimento face ao ano anterior de 1% em termos de procura e de 16% nos proveitos de tráfego. O ligeiro aumento global da procura de 1%, foi acompanhado de uma alteração estrutural positiva. O acontecimento mais marcante e determinante dos bons resultados da Unidade foi a boa resposta da procura face à reestruturação do modelo de oferta, implementada a 6 de Junho. As alterações foram caracterizadas por uma grande segmentação dos serviços e materializadas da seguinte forma: Serviços de qualidade AP s e IC s reorganização e aumento da oferta na Linha do Norte e extensão do serviço AP a Braga e Faro e do Serviço IC a Guimarães. Eliminação do transbordo fluvial no Barreiro com a transferência para Lisboa Oriente da origem / terminus de todos os comboios de qualidade nas ligações ao Algarve e Alentejo. Serviços de carácter regional (IR, R e Urbano de Coimbra) reestruturação / racionalização integrada destes serviços caracterizada por uma redução de oferta e de meios de produção, com destaque para os eixos Coimbra / Porto, Figueira da Foz / Coimbra e Litoral do Algarve. Nas ligações Coimbra / Figueira da Foz e Coimbra / Porto foi criado o produto Regional Expresso, feito com material modernizado e proporcionando menores tempos de trajecto. A reestruturação realizada contribuiu, do ponto de vista económico-financeiro, para uma melhoria dos resultados operacionais da Unidade em 10%, conseguida através da rentabilização dos serviços AP e IC e da redução de custos nos serviços de carácter Regional.

Do ponto de vista do mercado, assistiu-se a uma melhoria da qualidade dos serviços e a referida alteração estrutural da procura foi o resultado de um aumento significativo dos Clientes dos serviços AP e IC (+16% de Clientes e +30% de proveitos). A vertente comercial da Unidade ganhou uma nova dimensão e os produtos passaram a ter maior visibilidade. Outro acontecimento importante para a Unidade foi o EURO 2004, responsável por cerca de 47,5 mil passageiros e 750 mil euros de receitas. Este evento representa um marco histórico uma vez que, não só se deu início à venda de bilhetes pela internet, numa 1ª fase só para os comboios especiais, como também agilizou o processo produtivo possibilitando uma adaptação em tempo imediato do modelo de oferta previamente definido. Importa salientar, pela negativa, os baixos índices de pontualidade dos comboios, os quais afectaram significativamente a performance da actividade e a imagem perante o Cliente, com destaque para os comboios de qualidade. Os trabalhos de modernização da infra-estrutura, designadamente nas Linhas do Norte e do Sul, levados a cabo pela REFER, constituíram o principal motivo dos atrasos registados nos comboios. 3.3.2 Procura Em 2004 registou-se uma alteração estrutural da procura no sentido positivo face a 2003, uma vez que a acréscimos globais de receitas e de tráfego de 16% e 1%, respectivamente, se verificou um acréscimo de Clientes AP e IC, mais 16% na procura e mais 30% nos proveitos, e uma redução de Clientes Regional e IR (incluindo serviço charter), menos 2,5% na procura e mais 1,5% nos proveitos. O montante de proveitos ascendeu a 82,7 milhões de euros e o total de passageiros transportados foi 18 milhões. A distribuição dos proveitos e dos passageiros pelos serviços foi a seguinte: PROVEITOS DA CP LONGO CURSO E REGIONAL POR SERVIÇO (mil euros) SERVIÇO 2004 2003 VARIAÇÃO Alfa Pendular 25.137 18.202 38% Intercidades 21.475 17.727 21% Internacional 6.306 5.796 9% Interregional * 12.753 12.912-1% Regional 16.153 15.567 4% Urbano de Coimbra 883 903-2% Total 82.707 71.106 16% * Inclui serviços Charter PROCURA DA CP LONGO CURSO E REGIONAL POR SERVIÇO (mil passageiros) SERVIÇO 2004 2003 VARIAÇÃO Alfa Pendular 1.647 1.286 28% Intercidades 2.456 2.238 10% Internacional 218 246-11% Interregional * 2.809 2.939-4% Regional 9.473 9.580-1% Urbano de Coimbra 1.098 1.193-8% Outros 283 300-6% Total 17.983 17.781 1% * Inclui serviços Charter Os serviços de qualidade (AP s e IC s) representaram 56% em termos dos proveitos e 23% em termos de passageiros. Em 2004 melhoraram os níveis de Qualidade dos serviços percebida pelos Clientes, tal como o demonstram os resultados dos barómetros realizados no 1º semestre de 2004 face aos realizados no 2º semestre de 2003. ÍNDICE DA QUALIDADE PERCEBIDA PELO CLIENTE 7.5 7.0 6.5 6,8 6,5 7,2 6,8 7 6,6 2004 2003 6,7 6,4 6.0 5.5 5,8 5,4 5.0 Estações Atendimento Situações de Perturbação Comboios Global CPLCR 032-033

Serviço Alfa Pendular O serviço premium da Unidade registou um grande desenvolvimento em 2004, com crescimentos da ordem dos 38% nas receitas e 28% no tráfego, face ao ano anterior. O montante de receitas ascendeu a 25 milhões de euros e foram transportados 1,6 milhões de passageiros, 23% dos quais viajaram na Classe Conforto. Este desenvolvimento ficou a dever-se à boa resposta do mercado à implementação do novo modelo de oferta em Junho de 2004 que consistiu essencialmente na reformulação da oferta no eixo Atlântico (Braga Faro), com o lançamento de mais comboios e horários e lei de paragens mais ajustados às necessidades dos Clientes, e no surgimento de novas ligações: Lisboa Oriente / Faro e Lisboa Porto / Braga. Este novo modelo de oferta levou a um aumento de 25% nos ck s de 2004 face ao ano anterior. Em Julho de 2004 este serviço fez 5 anos, tendo esta data sido festejada com os nossos Clientes com o slogan 5 anos 5 Milhões de Clientes. Serviço Intercidades No ano de 2004 este serviço cresceu cerca de 21% nas receitas e 10% no tráfego, face ao ano anterior. O montante de receitas ascendeu a 21,5 milhões euros e foram transportados 2,5 milhões de passageiros. A implementação de um novo modelo de oferta em Junho de 2004, que correspondeu às necessidades do mercado, foi o factor decisivo para a boa performance alcançada. Este modelo consistiu essencialmente no ajustamento do modelo de oferta da Linha do Norte, no surgimento de uma nova ligação: Lisboa Oriente / Guimarães e numa primeira reformulação do IC do Douro. Este novo modelo de oferta levou a um aumento de 5,5% nos ck s face a 2003. Em termos de pontualidade, a situação não se compadece com o segmento de mercado alvo, ficando muito aquém do que seria desejável e aceitável para um serviço desta natureza, devido essencialmente aos trabalhos de modernização da infra-estrutura. 50% 40% 47,1% PESO RELATIVO DA PROCURA POR EIXO Em termos geográficos, as Linhas do Norte, Beira Alta e Algarve são as que mais têm contribuído para o aumento do tráfego Intercidades, enquanto as Linhas da Beira Baixa e Alentejo apresentam uma tendência para a descida. 30% 20% 23,8% 10% 0% Lx-Por-Bra-Guim-Régua Lisboa-Guarda 9,1% Lisboa-Covilhã 13,6% Lisboa-Algarve 6,2% Lisboa-Beja 0,3% Lisboa-Leiria

Serviço Internacional Nos últimos anos, o tráfego internacional de passageiros, tem vindo a registar decréscimos, acompanhando o que se tem verificado em termos europeus. Esta situação permaneceu em 2004, ainda que ligeiramente atenuada pelo impacto do Euro. Em 2004 foram transportados cerca de 218 mil passageiros, ou seja, menos 11% do que no ano anterior. Todos os eixos registaram perdas de Clientes, sendo que foi no Sud Expresso que se registou a maior quebra. Os níveis de pontualidade recuperaram ligeiramente face ao ano anterior. Serviços Interregional e Regional Atendendo à complementaridade destes dois serviços, os mesmos irão ser abordados numa visão de conjunto. No total do Interregional (sem serviço charter) e Regional, registaram-se decréscimos de receitas e de passageiros de 1% e 2%, respectivamente, face ao ano anterior. Os indicadores espelham a forte racionalização levada a cabo em Junho de 2004, com a entrada em vigor do novo horário, onde a quebra de receitas foi mais que compensada pela redução de custos operacionais nalgumas Linhas. As grandes alterações implementadas em Junho 04 consistiram, de uma forma geral, no ajustamento de horários um pouco por toda a rede, na supressão de comboios, na redução de composições e na automotorização. Neste âmbito, o acontecimento mais marcante foi a criação do produto Regional Expresso entre Coimbra e Figueira da Foz e entre Coimbra e Porto, com características que o diferenciam do serviço regional clássico, a saber: menores tempos de trajecto, utiliza material automotor modernizado e proporciona melhores condições de segurança, conforto e informação ao Cliente. No conjunto os ck s destes serviços, em 2004, reduziram-se em cerca de 7,6% face ao ano anterior. Serviço Urbano de Coimbra Em resultado da reestruturação operada neste serviço em 2004 registaram-se decréscimos de 2% nas receitas e de 8% nos passageiros transportados. Contudo, o saldo final considera-se positivo porque a referida reestruturação originou uma forte redução de custos operacionais que mais que compensaram a quebra das receitas. Em 2004 o montante de receitas deste serviço foi de 883 mil euros e o número de passageiros transportados foi de 1,1 milhões. A oferta medida em ck s registou uma quebra de 14%. Serviços Charter Os serviços charter tiveram um grande incremento em 2004, tanto em termos de passageiros como de receitas, respectivamente, 43% e 51%. O volume de negócios foi de cerca de 2 milhões de euros. Há que salientar dois eventos importantes que contribuíram para a boa performance alcançada: O lançamento dos Comboios Turísticos na Linha do Douro em Maio de 2004 Estes comboios efectuados com carruagens Shindler modernizadas de tipo panorâmico, em apenas 5 meses geraram uma receita de cerca de 313 mil euros e transportaram 30 mil passageiros; O EURO 2004 Organizaram-se cerca de 80 comboios especiais exclusivamente para o efeito. Foram transportados neste evento cerca de 47,5 mil passageiros que geraram receitas no montante de 750 mil euros (inclui também passageiros transportados nos comboios regulares AP e IC). 3.3.3 Oferta Em 2004 produziram-se cerca de 18,9 milhões de ck s, isto é, menos 3% do que no ano anterior: OFERTA POR SERVIÇO (mil ck s) SERVIÇO 2004 2003 VARIAÇÃO Internacional 703,7 695,1 1% Alfa Pendular 2.212,7 1.764,1 25% Intercidades 3.122,6 2.959,7 6% Interregionais 1.770,1 2.220,4-20% Regionais 10.029,5 10.551,3-5% Charter 50,7 25,4 99% Urbano de Coimbra 516,0 602,0-14% Outros Perc. Operac. 479,5 692,7-31% Total 18.885,0 19.510,8-3% Não obstante ter havido uma forte redução da oferta nos serviços de carácter regional estes representam 65,5% do total de ck s que foram produzidos pela Unidade. 034-035

ESTRUTURA DA OFERTA - CK s 2004 2,7% 0,3% 2,5% 3,7% Internacional 35% - 3,7% Alfas - 11,7% Intercidades 45% - 16,5% Interregionais - 9,4% Regionais - 53,1% "Charter" - 0,3% Urbano 45% Coimbra - 2,7% Out. Perc. Operac. - 2,5% 53,1% 11,7% 16,5% 9,4% De uma forma geral, os índices médios de pontualidade de 2004 registaram algumas melhorias, comparativamente com os do ano anterior. As principais causas de atraso ficaram a dever-se em especial aos trabalhos de modernização da infra-estrutura nas Linhas do Norte e do Sul. ÍNDICE MÉDIO DE PONTUALIDADE POR SERVIÇO 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 70 68 65 52 Alfa Pendular Intercidades 75 79 Internacional 83 79 77 64 Interregional Regional 61 91 Urbano Coimbra Os índices de regularidade apresentam-se bastante elevados. Nos comboios de qualidade foram quase 100%. ÍNDICE MÉDIO DE REGULARIDADE POR SERVIÇO 100% 80% 60% 99,3 99,8 99,8 89,8 89,5 96,5 98,5 99,4 98,8 98,4 99,6 82,4 40% 20% 0% Alfa Pendular Intercidades Internacional Interregional Regional Urbano Coimbra

3.3.4 Meios a) Frota O parque da CPLCR no fim do ano de 2004 era constituído por 202 unidades de material motor e automotor: PARQUE DE MATERIAL MOTOR/AUTOMOTOR 80 70 60 91 unidades eléctricas 111 unidades diesel 67 63 50 40 30 20 24 29 10 0 Loc. Eléctricas Aut. Eléctricas Loc. Diesel V.L. Aut. Diesel V.L. 6 Locotractores 1 Loc. Diesel V.E. 12 Aut. Diesel V.E. e por 281 unidades de material rebocado (incluindo material histórico): PARQUE DE MATERIAL REBOCADO 200 150 103 unidades climatizadas 144 178 unidades sem climatização 100 103 50 0 Corail/Modern. Sorefame 13 12 4 5 Schindler Camas Furg./Vag. G. Históricas Ao longo do ano a Unidade libertou, por obsolescência comercial, 50 unidades de material motor e automotor e 38 carruagens. Foram modernizadas 24 UTE s 2240 e duas Allans 350, para o serviço regional. b) Recursos Humanos O efectivo da Unidade evidenciou, tal como no ano transacto, uma tendência decrescente ao longo do ano 2004, conforme gráfico na página seguinte. 036-037

EVOLUÇÃO DO EFECTIVO 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Em embro de 2004, o número de efectivos correspondia a 1.933 comparado com 2.289 no mês homólogo do ano anterior, o que traduz uma redução de 356 trabalhadores. A média da taxa de trabalho suplementar evidenciou uma tendência crescente na ordem dos 2,5%, explicada pelo grande volume de formação na área da tracção, pela entrada de novo material circulante, e pelo aumento da oferta decorrente de eventos como o Rock in Rio ou o EURO 2004. A média da taxa de absentismo evidenciou uma tendência decrescente de 0,9%. TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR 20% 15% c) Investimentos 10% 5% 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Em 2004 a despesa realizada no âmbito do orçamento de investimentos totalizou 1,7 milhões euros. No exercício de 2004, os investimentos em material circulante passaram a ser realizados pela Unidade de Gestão de Frota. TAXA DE ABSENTISMO 20% 15% 10% (milhares de euros) RUBRICAS DE INVESTIMENTOS REAL PESO % Instalações Fixas 253,74 15% Móveis, Equipamentos e Viaturas 239,41 14% Equipamentos Comerciais 805,51 48% Estudos e Projectos 21,0 1% Informatização 341,41 21% Total 1.661,074 100% 5% 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov A aquisição de Equipamentos Comerciais representou 48% do total do investimento. A acção que mais contribuiu para esta despesa foi a substituição dos equipamentos comerciais de venda e de reserva instalados nas estações.

3.4 CP CARGA 3.4.1 Síntese de Actividade A CP Carga, atingiu em 2004 o melhor desempenho desde a sua constituição, ao transportar 9,6 milhões de toneladas, o que corresponde a mais 10% do volume transportado em 2003. Em valor, esta actividade gerou receitas operacionais na ordem dos 65,5 milhões de euros, mais 6% do que no ano anterior. Este crescimento teve por origem diversos factores, entre os quais importa destacar uma revisão da política de preços em alguns produtos importantes, caso dos tráfegos da madeira, contentores e cereais, por forma a aumentar a competitividade da Unidade, e ainda uma postura comercial mais próxima dos Clientes e de aposta no reforço da qualidade / credibilidade das soluções de transporte oferecidas. A actividade produtiva subjacente foi realizada num contexto de racionalização de meios, materiais e humanos, balanceada com um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e optimização da capacidade instalada. Para tal foi implementado em ço de 2004 um novo plano produtivo para transporte das cargas Multiproduto, que visou apresentar ao mercado uma oferta fixa de comboios-quilómetro de elevada qualidade e competitividade. Em consequência, e em termos globais, a actividade produtiva, face a 2003, foi concretizada com mais 1% de quilómetros (kms) e comboios-quilómetro (ck s) realizados, e mais 9% de toneladas-quilómetro (tk s) e toneladas-quilómetro-brutas- -rebocadas (tkbr s). A preocupação na racionalização de meios teve a sua maior expressão na área do pessoal, ao registar uma diminuição do efectivo de 87 Colaboradores, mas também no parque de material circulante, tendo-se desafectado 9 locomotivas diesel e 205 unidades rebocadas (vagões). 3.4.2 Procura A evolução da generalidade dos tráfegos foi muito positiva, tendo o resultado global sido fortemente influenciado pelo comportamento dos tráfegos de Contentores (+30,7%), Madeira e Pasta de Papel (+22,7%), Produtos Siderúrgicos (+37,2%) e Cereais e Farinhas (+39,1%). PROVEITOS DA CP CARGA POR PRODUTO PRODUTO 2004 2003 VARIAÇÃO Carvão e Cinzas 16.739.027 16.450.579 1,8% Cimento 12.708.444 12.495.275 1,7% Contentores 7.868.560 6.021.879 30,7% Madeira e Pasta 4.941.988 4.028.690 22,7% Balastro e Britas 3.819.862 5.086.274-24,9% Produtos Siderúrgicos 3.610.753 2.632.394 37,2% Areia 3.411.875 3.324.331 2,6% Diversos 2.151.126 2.053.474 4,8% Minérios 2.407.825 2.178.382 10,5% Cereais e Farinhas 2.042.520 1.468.716 39,1% Veículos e Peças Auto 1.950.946 1.797.765 8,5% Fuelóleo Pesado 1.298.693 1.288.412 0,8% Produtos Químicos 1.044.389 1.047.420-0,3% Adubos 616.127 661.284-6,8% Carril 467.875 969.490-51,7% Vagões Part. Vazios 458.594 454.119 1,0% Total 65.538.605 61.958.485 5,8% Em tonelagem transportada o resultado foi igualmente positivo, donde destacamos mais uma vez a evolução dos tráfegos de Contentores (+29,8%), Madeira e Pasta de Papel (+40,6%), Produtos Siderúrgicos (+47,8%) e Cereais e Farinhas (+62,9%). TONELAGEM TRANSPORTADA DA CP CARGA POR PRODUTO PRODUTO 2004 2003 VARIAÇÃO Carvão e Cinzas 1.762.549 1.799.257-2,0% Cimento 2.165.505 2.045.589 5,9% Contentores 1.032.081 795.318 29,8% Madeira e Pasta 907.701 645.792 40,6% Balastro e Britas 478.587 737.495-35,1% Produtos Siderúrgicos 392.277 265.423 47,8% Areia 1.003.024 844.940 18,7% Diversos 274.869 192.544 42,8% Minérios 364.256 340.358 7,0% Cereais e Farinhas 506.016 310.723 62,9% Veículos e Peças Auto 193.677 200.319-3,3% Fuelóleo Pesado 256.141 261.742-2,1% Produtos Químicos 110.058 109.747 0,3% Adubos 78.186 89.542-12,7% Carril 30.982 54.766-43,4% Total 9.555.908 8.693.554 9,9% Ao nível da carteira dos tráfegos da Unidade, não se registam alterações de relevo. Apenas o tráfego de Balastro e Britas, 038-039

muito dependentes das obras na via, perde quota para o da Madeira e Pasta, enquanto que o tráfego da Areia, ultrapassado pelo tráfego dos Produtos Siderúrgicos, passa a ser o sétimo produto mais importante da Unidade. Os restantes produtos, face a 2003, mantém os seus pesos relativos. 25,5% 19,4% 30,7% 12% 22,7% 7,5% 5,8% 37,2% 5,5% 5,2% 10,5% 4,0% 39,1% 8,5% 2% 1,6% 0,9% 0,7% 1,8% 1,7% 2,6% 4,1% 3,7% 3,1% 3% 0,8% -0,3% -6,8% -24,9% Peso Relativo Taxa de Variação 2004/2003-51,7% Carvão e Cinzas Cimento Contentores Madeira e Pasta Noutra perspectiva, numa análise temporal mensal, é visível ao longo do ano a dinâmica de crescimento relativo, com destaque especial para o mês de ço que com 881 mil toneladas, se tornou o melhor mês de sempre da Unidade. Balastro e Britas Prod. Siderúrgicos Areia Diversos Minérios Cereais e Farinhas Veículos e Peças Auto Fuelóleo Pesado Produtos Químicos Adubos Carril (milhares de toneladas) 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 2004 748 721 881 838 855 732 764 808 820 793 838 758 2003 707 703 773 707 733 648 814 688 752 810 717 641

Sinteticamente, nas evoluções positivas mais significativas, destacam-se: Tráfego de Madeira e Pasta (+41% em toneladas / +23% em proveitos): resultado da implementação de uma nova política de preços indexada aos volumes transportados, bem como à captação de transportes a partir das principais unidades fabris de produção de aglomerado de madeira; Tráfego de Produtos Siderúrgicos (+48% em toneladas / +37% em proveitos): com crescimento acentuado principalmente no segmento internacional, onde foi determinante a criação de uma oferta integrada de serviços adaptada às necessidades deste mercado; Tráfego de Cereais e Farinhas (+63% em toneladas / +39% em proveitos): um bom desempenho que fica a dever-se, por um lado, à consolidação dos projectos a nível nacional em conjugação com uma nova política de preços mais agressiva e, por outro lado, à captação de novos tráfegos através de uma maior articulação com as operações de descarga e distribuição a partir dos portos portugueses; Tráfego de Contentores (+30% em toneladas / +31% em proveitos): crescimento que fica a dever-se à consolidação dos tráfegos já existentes e ao lançamento de um novo tráfego de contentores a partir do Porto de Sines. TEU S TONELADAS RECEITA LÍQUIDA (EUROS) 2004 2003 VARIAÇÕES 2004 2003 VARIAÇÕES 2004 2003 VARIAÇÕES Exportação 10.775 10.567 2% 99.630 91.631 9% 1.048.119 1.351.487-22% Importação 10.006 10.576-5% 149.230 160.528-7% 1.367.974 1.683.909-19% Nacional 88.518 64.526 37% 783.220 543.159 44% 5.452.467 2.986.483 83% Total 109.299 85.669 28% 1.032.081 795.318 30% 7.868.560 6.021.879 31% Vazios 42.504 31.800 34% 94.453 71.022 33% 2.476.539 1.713.470 45% Cheios 66.795 53.869 24% 937.624 724.296 29% 5.392.022 4.308.408 25% Nas evoluções negativas mais significativas, destaca-se o tráfego de Balastro e Britas (-35% em toneladas / -25% em proveitos) e o tráfego de Carril (-43% em toneladas / -52% em proveitos), um desempenho de origens exógenas, dada a sua dependência da evolução das intervenções na infra- -estrutura ferroviária. 040-041

3.4.3 Oferta Apesar do crescimento da actividade, na ordem dos 9% em toneladas-quilómetro a produção foi realizada com apenas mais 0,8% de comboios-quilómetro do que em 2003, o que indica um melhor aproveitamento dos comboios. O número de comboios cresceu 16%, mas tal não significa, de facto, um maior número de circulações, é antes uma consequência da implementação de um novo esquema produtivo para transporte das cargas Multiproduto, que assentou na concentração de meios em estações chave, de onde têm origem / destino vários comboios diários de horário cadenciado. 2004 2003 VARIAÇÃO Nº de Comboios 66.711 57.685 15,6% Comboios Quilómetro 7.248.379 7.188.884 0,8% Comerciais 7.143.134 6.812.921 4,8% Outros Percursos Operacionais 105.245 375.963-72% Toneladas Quilómetro (10 3 ) 2.281.221 2.090.918 9,1% Toneladas Quilómetro Brutas Rebocadas (10 3 ) 4.589.639 4.220.214 8,8% De salientar que a actividade produtiva foi concretizada com menos 6,7% de material motor do que em 2003, representando uma melhoria de 14% no índice de produtividade do material, medido em termos de quilómetros percorridos. 2004 2003 VARIAÇÃO LOC. KM Nº MÉDIO LOC.* KM/LOC. KM Nº MÉDIO LOC.* KM/LOC. KM/LOC. Eléctricas 6.156.144 45 136.803 5.941.275 48 123.777 10,5% Diesel 3.577.715 68 52.613 3.725.491 80 46.569 13,0% Total 9.733.859 113 86.140 9.666.766 128 75.522 14,1% * Locomotivas com registo de quilómetros No que reporta à qualidade do serviço prestado, medido em termos do Índice da Pontualidade, o ano de 2004 foi pior que 2003, com um aumento de 6% de comboios com atraso à chegada superior a 30 minutos, um resultado directo do aumento das manobras nas estações de concentração do novo Plano de Transportes, mas substancialmente agravado ainda pela quantidade de Interdições de Via e da observância da regra das prioridades, fortemente penalizadoras dos comboios de mercadorias em situações de atraso.

PONTUALIDADE Até 30 min. 1/2<hora<1 1<horas<2 horas>2 2004 61% 14% 15% 10% Comboios Bloco 70% 11% 11% 8% Comboios Plano 57% 15% 17% 11% 2003 67% 12% 12% 9% Quanto à regularidade, manteve-se praticamente estável. REGULARIDADE 2004 74% 2003 73% 3.4.4 Meios a) Frota O parque de Material Motor afecto à CP Carga no final do ano contabilizava 125 unidades, das quais 9 locotractores para serviço de manobras. Das restantes, 51 são de tracção eléctrica e 65 de tracção diesel. Comparativamente com o ano anterior a Unidade laborou com menos 9 unidades motoras. 2004 2003 24 24 24 24 19 19 16 16 11 11 12 12 10 13 9 15 5600 2550 2500 1960 1900 1550 1400 1150 No que reporta à disponibilidade deste parque, dada a sua antiguidade, conheceu em 2004 alguma degradação. De destacar a instalação do equipamento Train-Office na totalidade do material motor afecto à Unidade, com excepção das locomotivas série 1400, cujo processo ainda se encontra em fase de conclusão. 042-043

No que respeita ao parque de Material Rebocado, a Unidade contava em embro de 2004 com um universo de 3.308 vagões, dos quais 2.409 activos e 899 não activos. Em relação a 2003, a Unidade libertou 205 vagões, essencialmente do parque não activo. 2409 2414 2004 2003 899 1099 Activos Não Activos O índice de imobilização global de vagões passou de 6,1% em 2003 para 5,0% em 2004. b) Recursos Humanos A CP Carga terminou o ano com 889 trabalhadores, representando um efectivo médio de 938 Colaboradores, 11% inferior a 2003. EVOLUÇÃO DO EFECTIVO 1250 1000 950 800 650 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Ao nível da Taxa de Trabalho Suplementar acumulada verificou-se um agravamento na ordem dos 2,9%, passando de 14,1% em 2003 para 17,0% em 2004, devido às perturbações decorrentes da implementação do Plano de Transportes e ao crescimento da actividade da Unidade.

Por sua vez, a Taxa de Absentismo acumulada apresenta uma melhoria de 1,2%, passando de 8,6% em 2003 para 7,4% em 2004, em resultado do rejuvenescimento do efectivo que ocorreu depois da libertação de 137 efectivos via rescisão por mútuo acordo dos respectivos contratos de trabalho. EVOLUÇÃO DA TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR 25% 20% 15% 10% 5% EVOLUÇÃO DA TAXA DE ABSENTISMO 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 0% Mai Jun Jul Ago Set Out Nov c) Investimentos O investimento realizado ascendeu em 2004 a 0,8 milhões de euros, concentrado principalmente na Informatização dos Processos Técnico-Administrativos, com a conclusão do projecto de Informatização da Gestão de Terminais, e no programa de Aquisição de Outros Equipamentos, com a compra de um empilhador Kalmar para o Terminal de Mercadorias de Leixões. (milhares de euros) PROGRAMAS DE INVESTIMENTO Beneficiação, Aquisição e Construção de Instalações Fixas 166 Beneficiação e Aquisição de Móveis, Equip. e Viaturas 260 Informatização 369 Total 795 044-045