1.2.1. Origem do conhecimento
ORIGEM DO CONHECIMENTO RACIONALISMO (Racionalismo do século XVII) EMPIRISMO (Empirismo inglês do século XVIII) Filósofos: René Descartes (1596-1650) Gottfried Leibniz (1646-1716) Bento de Espinosa (1632-1677) Nicolas Malebranche (1638-1715) Será que todo o nosso conhecimento provém da experiência? Ou será que provém também da razão? Ou procederá de ambas estas fontes, mas tem maior importância quando provém de uma do que de outra? Filósofos: John Locke (1632-1704) George Berkeley (1685-1753) David Hume (1711-1776)
RACIONALISMO Ideias inatas: As ideias fundamentais já nascem connosco. Intuição e dedução: As ideias fundamentais descobrem-se por intuição intelectual. O conhecimento constrói-se de forma dedutiva. A razão (entendimento) é a fonte principal do conhecimento. A razão é fonte de um conhecimento totalmente independente da experiência sensível a priori, necessário e universal. A matemática constitui o modelo do conhecimento. O sujeito impõe-se ao objeto através das noções e princípios evidentes que traz em si. Desconfiança dos sentidos: Eles são fonte de crenças confusas e, muitas vezes, incertas. Otimismo racionalista: Há uma correspondência entre pensamento e realidade. Toda a realidade pode ser conhecida.
Rejeição do inatismo: Não existem ideias, conhecimentos ou princípios inatos. O entendimento assemelha-se a uma página em branco. Significado da experiência: É nela que o conhecimento tem o seu fundamento e os seus limites. EMPIRISMO A experiência é a fonte principal do conhecimento. Todas as ideias têm uma base empírica, até as mais complexas. O conhecimento do mundo obtém-se através de impressões sensoriais. O objeto impõe-se ao sujeito. John Locke: O conhecimento encontra-se limitado pela experiência (externa ou interna), ao nível da sua: Extensão: o entendimento é incapaz de ultrapassar os limites impostos pela experiência. Certeza: as certezas de que dispomos referem-se apenas àquilo que se encontra dentro dos limites da experiência.
Todo o conhecimento começa com a experiência, mas nem todo deriva da experiência, segundo Kant. PARA KANT CONHECIMENTO RESULTA DA SÍNTESE ENTRE MATÉRIA A POSTERIORI FORMA A PRIORI DADA PELOS SENTIDOS E PELA EXPERIÊNCIA ESTRUTURA DA MENTE Combinação da RAZÃO e da EXPERIÊNCIA
Todo o conhecimento começa com a experiência, mas nem todo deriva da experiência, segundo Kant. PARA KANT HÁ DUAS FACULDADES QUE PERMITEM CONHECER SENSIBILIDADE ENTENDIMENTO Sem a sensibilidade nenhum objeto nos seria dado e sem o entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições sem conceitos são cegos. APRIORISMO
APRIORISMO Superação do Racionalismo e do Empirismo PARA KANT O CONHECIMENTO DEPENDE DE DUAS FACULDADES SENSIBILIDADE ENTENDIMENTO Recebe as impressões sensíveis dos objetos, as sensações (matéria), que são ordenadas pelas suas formas puras a priori (as intuições puras: espaço e tempo), originado intuições sensíveis ou representações. Origina o conhecimento do fenómeno (a realidade tal como a vemos, o nosso modo de perceber os objetos) ou conhecimento a posteriori/empírico Pensa o objeto da intuição sensível. Possui formas puras a priori (conceitos ou categorias), que interpretam as intuições sensíveis (matéria) e formula juízos O fenómeno só pode ser conhecido objetivamente pelo entendimento, que produz o conhecimento a priori/racional/científico ( nenhum conhecimento a priori nos é possível a não ser de objetos de uma experiência possível, Kant) Segundo Kant, só podemos conhecer dentro dos limites da experiência.
Utilizando como critério a inclusão (implícita) ou não do predicado no conceito relativo ao sujeito, Kant dividiu os juízos em: Analíticos Sintéticos Sintéticos a priori São aqueles cujo predicado está implícito no conceito do sujeito, encontrando-se pela simples análise e explicação desse conceito. São universais e necessários. São aqueles cujo predicado não está implícito no conceito do sujeito. Não são estritamente universais e são contingentes. São juízos independentes da experiência, tendo uma origem racional (a priori), mas cujo predicado não está implícito ou incluído no conceito do sujeito (sintéticos). São universais e necessários e extensivos.
JUÍZOS Analíticos Exemplos: - O todo é maior do que cada uma das suas partes. - O solteiro é não casado. Sintéticos Exemplos: - A minha escola tem muitos alunos. - As ovelhas descansam à sombra das árvores. Sintéticos a priori Exemplos: - 20 x 5 = 100. - Num triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Explicativos. Não contribuem para aumentar o nosso conhecimento. São extensivos, isto é, ampliam o nosso conhecimento. São extensivos, isto é, ampliam o nosso conhecimento e universais e necessários.
FUNDACIONALISMO O conhecimento deve ser concebido como uma estrutura que se ergue e se desenvolve a partir de fundamentos certos, seguros e indubitáveis. RAZÃO EXPERIÊNCIA RACIONALISMO EMPIRISMO Valorização do conhecimento a priori (mas não se nega a existência do conhecimento a posteriori). Valorização do conhecimento a posteriori (mas não se nega a existência do conhecimento a priori).
FUNDACIONALISMO De acordo com a definição tradicional de conhecimento, uma crença encontra-se justificada se tivermos razões para pensar que ela é verdadeira. Uma crença é justificada por outra, a qual por sua vez é justificada por outra e assim sucessivamente. A justificação é inferencial: a crença justificada inferese daquela que a justifica. Corre-se o risco da regressão infinita da justificação. permitem evitar a crenças básicas ou fundacionais