Descartes. Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31)

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1 Descartes

2 René Descartes ou Cartesius ( ) Naceu em La Haye, França Estudou no colégio jesuíta de La Flèche Ingressa na carreira militar Estabeleceu contato com Blayse Pascal

3 Pai da filosofia moderna Obras principais: >Discurso do método >Meditações metafísicas

4 Método Cartesiano Busca uma verdade primeira indubitável. Converta a dúvida em método - ceticismo metodológico: começa duvidando de tudo.

5 Instituição da dúvida 1º meditação Percebe que tudo que conheceu até então, era duvidoso. Se desfaz de todas as opiniões que dera crédito até então.

6 Destruição da opiniões O menor motivo de dúvida que encontrar em qualquer de suas opiniões, basta para derrubálas. Destruirá as bases do edifício sobre o qual todas as suas antigas opiniões estavam apoiadas.

7 Sentidos enganam Percebe que tudo o tem como verdadeiro e seguro até então, conheceu pelos sentidos. Ele então conclui que não deve confiar em quem já o enganou uma vez..

8 Duvida se está dormindo ou acordado. Diz que o que representamos no sono são como quadros da realidade, é semelhante ao real e verdadeiro.

9 Matemática e geometria Conclui que a matemática e geometria são ciências indubitáveis. Enquanto as outras estão em constante mudança.

10 Quer eu esteja acordado quer esteja dormindo, dois mais três formarão sempre o número cinco e o quadrado nunca terá mais do que quatro lados.

11 Deus enganador Supõe que o deus que o criou, o engane o tempo todo, o faz ter todas as ideias. Esse deus não quer decepcioná-lo então o engana. Conclui que não deve confiar em nada do que sabe.

12 Gênio maligno A dúvida é universalizada. Supões que existe é um gênio maligno que o engana, e não um Deus. Que tudo que existe, tudo que ele vê e sente é enganação trazida por esse gênio maligno.

13 Essa meditação liberta o pensamento do senso comum.

14 2º meditação Quer continuar duvidando até que encontre pelo menos uma coisa certa e indubitável. Supõe que tudo que conhece através dos sentidos é falso. Supõe que não possui um corpo.

15 Pensa na possibilidade de haver um deus que impõe a ele tais pensamentos. Mas esse deus enganador não pode enganá-lo de que é. Pois se ele pensa, então é. Duvida de todas as coisas do corpo. Até concluir que Eu sou, eu existo. cogito, ergo sun.

16 Penso, logo existo. Descartes só interrompe a cadeia de dúvidas diante do seu próprio ser que duvida. Chega a sua primeira certeza universal e indubitável. Se duvido, penso; se penso, existo. Eis o fundamento para a construção de toda sua filosofia.

17 Eu penso Este eu cartesiano é puro pensamento= res congitans (ser pensante). A realidade do corpo (= res extensa, coisa material) foi colocada em questão. A partir dessa intuição primeira, Descartes distingue ideias confusas e duvidosas, das claras e distintas.

18 Ideias claras e distintas Ideias gerais que já se encontram no espírito como fundamentação para a apreensão de outras verdades. Ideias inatas, verdadeiras, não sujeitas a erro, pois vêm da razão. > Inatas porque inerentes a nossa capacidade de pensar.

19 A primeira ideia inata - clara e distinta é o cogito. Agora necessitamos da garantia de que as ideias pensadas existem fora da realidade de nossos pensamentos. É necessário sair do próprio pensamento e recuperar o mundo no qual tínhamos dúvida.

20 Então surge a prova ontológica da existência de Deus. O pensamento deste objeto Deus- é a ideia de um ser perfeito.

21 A existência de Deus é a garantia de que outros objeto pensados por ideias claras e distintas são reais. O mundo tem realidade e dentro desta meu corpo existe.

22 se temos a idéia de um ser perfeito, a perfeição absoluta existe, logo o ser perfeito existe. Se Ele existe e é infinitamente perfeito, então ele não me engana.

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