Racionalismo Capítulo XXXIII

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1 Racionalismo Capítulo XXXIII Renè Descartes (ou Catesio, ) Doutrina: I) Método: Meta ou Finalidade: Estabelecer uma ciência geral que permaneça a mesma aplicada a vários sujeitos. Para obtê-la, é necessário que o método seja único, com deduções rigorosamente lógicas e que dê um lugar a cada disciplina e até a cada proposição. II) Fontes do Método: Lógica Tradicional: que contribui com o silogismo, com método indutivo e dedutivo... A Geometria: que precisa mas é limitada pelos corpos físicos; A Álgebra: que supera a aritmética, alcançando o abstrato. Destas três fontes, tem que surgir o método único que a Geometria Analítica (Criada por Renè Descartes), pois esta permite Resolver os problemas mais complexos em problemas mais gerais e determinar os elementos que compõem um problema. III) Pressupostos do Método: Nas coisas, são compostas de natureza simples, conhecidas por dados e entes irredutíveis e que são inteligíveis em si e nas suas conecções; Na mente, nossa matéria tem a capacidade de captar as evidências destes dados das naturezas simples, que as conta diretamente ou as deduz comparando os dados e as suas conecções. IV) A Essência do Método:

2 Evidência (quando as proposições são as mais simples): Acolhe-se como verdadeiro apenas o que é evidente. Neste caso, ordenam-se os conceitos segundo a sua complexidade e as suas conecções; Análise (quando as questões são perfeitamente determinadas): Que são simples e contém em si a solução. Neste caso, decompõe-se os problemas em seus elementos últimos; Síntese (Quando as questões têm enunciados incompletos e permitem soluções só em parte determinadas: neste caso, remonta-se os objetos mais simples e fáceis aos mais complexos, recorrendo aos sentidos de três modos: Intuindo a Natureza Simples/ Experimentando cientificamente as coisas/ Fazendo hipóteses Científicas. Controle ou Desdobramento: Enunciam-se todos os elementos, analisando e se revisam todas operações sintéticas. Daqui, sai uma regra aplicada: No exame dos Princípios do saber Tradicional, é preciso rejeitar como falso tudo aquilo que se possa duvidar, para chegar algo absolutamente indubitável. V) Nova Filosofia Primeira: a) A filosofia até agora não faz uma ordenada redução à simplicidades absolutas. Por isso, necessita-se de uma nova filosofia que leve a esta e a novas evidências. b) Ponto de partida da nova filosofia é a Dúvida Metódica, respondida só por enunciados evidentes. Esta dúvida tem que ser real e universal, de tal modo que aprioristicamente nenhuma verdade ou enunciado escape ao seu exame; c) Desta dúvida Metódica, nasce a primeira, absoluta e indubitável verdade (É duvidando que se pensa que se julga e é julgando que nós conhecemos algo como existente): Cogito, Ego Sum ; d) Partindo desta verdade, pode-se chegar ao critério de verdade: Tudo aquilo que clara e distintamente é pensado é necessariamente verdadeiro ; e) Noções fundamentais da Nova Filosofia Primeira: Definição de verdade: verdade é a conformidade do intelecto com a coisa (como na Tradição Realística) (mas o intelecto é visto por Descartes como uma faculdade passiva receptiva e finita, que exitada pela reminiscência para intuir as noções. È a vontade que faz o juízo pelo qual se obtém a verdade. Ela é infinita superior ao intelecto e capaz de ver a possibilidade de erro;

3 Faculdades da Alma: Cognitiva (com três operações): Sensibilidade (idéias inatas); Imaginação (idéias adventícias, vindas de fora); Intelecto (idéias factícias, criadas pela alma). Electiva: vontade ou livre-arbítrio. Conceito de Reflexão:É uma atividade imanente (sem transcender a coisa conhecida), onde sujeito e objeto têm uma relação puramente intra-subjetiva. Ordem Metafísica: Constituída por três elementos: Substância: Somente o que existe pode ser de substância. Qualidades da Substância: Coincide com a natureza simples das coisas (simplicidade). Não necessita de outro para existir (irressolubilidade). Não sofre composição natural com outra (unidade); Modos: São as propriedades da Substância que são ao mesmo tempo: O sujeito ao qual os modos se referem; Algo analógico que, nos modos, e sobre eles deve ser pensado e concluído. ( A Substância fica reduzida a um conceito subjetivo e indeterminado). Atributos: São os modos primários e fundamentais pelos quais várias substâncias podem se extinguir e especificar, de tal forma que, ressalvada a substância, tais propriedades não podem ser tiradas. Obs: Nesta Ordem Metafísica, distinguem-se dois elementos importantes: a substância congitante (que é a alma) e a substância extensa (que é o corpo). Teologia Natural I) Existência de Deus: Demonstração ontológica: A demonstração pelos efeitos pressupõe idéias pré-existentes, que têm a sua causa na própria realidade. Entre essas idéias, está a do ente absolutamente perfeito, que tem que ter como causa o ser simplesmente perfeito existente em si mesmo. Isso prova que Deus existe: Temos a idéia do ente absolutamente perfeito. Ora a essência da perfeição simplesmente absoluta tem também sua existência; logo, o ente absolutamente perfeito existe; Atributos de Deus: 1º) Cartesio aceita os atributos divinos da Escolástica, mas cria dificuldades no relacionamento entre eles (pela sua Metafísica defeituosa). Pois acredita porque pensamos algo existente; 2º) A idéia de Deus como substância infinita e eterna, como ser Perfeito é o fundamento último de todo ser e de toda essência (de fato, as verdades eternas na origem primária da

4 ordem essencial dos possíveis teria uma necessidade relativa, dependendo de uma livre decisão divina. Por isso, é que essas verdades seriam para nós revelações divinas. Cosmologia I) Substâncias Absolutas : São tr~es as substâncias que só necessitam do concurso conservador: a) O Ser absolutamente perfeito; b) A Substância Cogitativa (a alma); c) A Substância Extensa. As substâncias cogitativa e extensa: São irredutivelmente distintas, porque podemos ter o conceito claro e distinto de uma coisa sem ter o conceito claro e distinto de outra. Não podem unir-se para formar uma unidade substancial, porque ambas são completas (daí, que existe um dualismo metafísico). A substância extensa é aquela que cogitada é clara e distintamente com o corpo implica divisibilidade, figura, movimento... II) A Física, então, é constituída por causas meramente mecânicas que nos levam a deduzir todos os fenômenos da natureza. III)As proposições fundamentais do mundo corpóreo são: A realidade material e espacial coincidem, porque a essência da substância corpórea é a sua extensão tridimensional: comprimento, largura e profundidade. A matéria está dividida em suas partes e pode se mover localmente, porque o movimento é a passagem de uma parte da matéria para outra, em razão de as partes vizinhas a empurrarem para lá. IV) O movimento e a estática são modos dos corpos. O corpo tem um movimento próprio, mesmo que seja concebido como compostos por muitos outros. As causas dos movimentos são duas: Universal e Original: Deus que, criando o corpo quantificado dá o movimento; Derivada e Particular: As leis da natureza fixas que têm suas raízes na imutabilidade de Deus. V) Leis do Movimento:

5 Lei da Conservação: A imutabilidade de Deus exige que permaneça imutável aquela quantidade de movimento que originariamente foi colocada no mundo pelo Criador; de tal modo que nem aumente, nem diminua nos vários processos; Lei da Inércia: Repugna que uma coisa espontaneamente, sem intervenção de uma causa extrínseca, passe de um estado para outro. Conseqüências: Toda realidade se move segundo um modo mecânico; Na matéria bruta, este movimento é puramente físico-mecânico ( a matéria bruta são matérias primas); Os animais são autômatos: os seus movimentos ou são fixos ou são reflexos de algum princípio vital; Não existe, portanto, qualquer causa final interna. Psicologia: Unidade do Homem: O homem não é uno em si mesmo (Dualismo alma-corpo). Tem uma unidade meramente dinâmica, que dificilmente pode ser explicada pela Filosofia; A Sede da Alma: É o cérebro (Glândula Pineal). Que interage em todo o corpo através das sultilíssimas partes do sangue (Mecanicismo); Origem das Idéias: As idéias elementares vêm originariamente com a alma ( inatas ), como virtuais disposições. Estas idéias inatas se aplicam pelo inativismo, uma vez que isso não pode ser explicado pela percepção sensitiva; As idéias advintícias vêm de fora; As idéias facticías são idéias criadas pela alma. Gnosiologia: Como se conhece: a mente dotada de idéias elementares, inteligíveis e inatas (não impressas) e necessariamente imperfeitas e confusas é excitada pelas coisas para uma apreensão mais clara; Conhecimento Falível: O conhecimento humano é precário e falível, porque:

6 a.a matéria evolui; b..a vontade que influencia a mente e é totalmente livre nos seus julgamentos, nem sempre opta pela verdade e pelo bem criado. O conhecimento Dual: Uma característica fundamental do conhecimento é o Dualismo (em Descartes), existente em qualquer operação humana, que põe em movimento Operações Espirituais (intelecto, memória espiritual e apetite volitivo) e operações corporais (recepção do estímulo, movimento reflexo provocado por ele, memória material e imaginação). Crítica: I)A Filosofia Original em vários aspectos; II)A sua visão unilateral matemática deturpa e desfigura muitas soluções; III)Com a sua dúvida metódica ajudou a restaurar a Filosofia, chamando a atenção da evidência como critério de verdade. Abriu horizontes novos à investigação filosófica; IV)Pontos Falhos: a)para ele, o fundamento lógico de toda certeza é a existência de Deus.Mas, ao tentar provar essa existência, pressupõe a veracidade das faculdades humanas, que, por sua vez, é provada pela bondade divina. Desta forma, cai num círculo vicioso; b)na Psicologia: 1º) Exagera no espiritualismo, pois, para ele, toda atividade consciente, fundamenta-se na substância cogitante e só nela existe. Menosvaloriza (menospreza) com isso, o influxo nela do mundo material; 2º) Conduz a um materialismo, pois considera as manifestações do mundo animal como simples fenômenos mecânicos.

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