Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur no Adulto

Documentos relacionados
Fratura Supracondiliana do Fêmur em Adultos

Fraturas subtrocantéricas do fêmur tratadas com placa condilar 95 AO

Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica

Fratura-Luxação Tarsometatarsiana (Lisfranc)

Tratamento das fraturas de fêmur com haste intramedular retrógrada não fresada

FRATURAS TROCANTÉRICAS ESTADO DA ARTE

Fraturas subtrocantéricas

Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

Fratura Diafisária Fechada de Tíbia no Adulto

Tratamento das fraturas femorais subtrocantéricas com placas de bloqueio lateral da parte proximal do fêmur

Desmontagem de DHS nas fraturas transtrocantéricas do fémur

Fratura Diafisária Isolada do Fêmur na Criança: Tratamento

Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

TÚLIO CESAR DE BARROS FIXAÇÃO HÍBRIDA DAS FRATURAS BICONDILARES DO PLANALTO TIBIAL

Técnica de redução aberta minimamente invasiva e fixação da fratura transtrocantérica

Escoliose Idiopática no Adolescente: Utilização de Auto-enxerto e Homoenxerto no Tratamento Cirúrgico Posterior

Lesões Traumáticas do Membro Superior. Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão

Fratura transtrocantérica

SISTEMA TRIGEN DE HASTE SEMIRRIGIDA COM BLOQUEIO MISTO, PARAFUSOS E PINO DESLIZANTE OU LÂMINA ESPIRAL APLICAÇÃO FEMORAL.

Fratura transtrocantérica

Fraturas diafisárias do fêmur por projetil de arma de fogo tratamento imediato utilizando a técnica da placa em ponte relato de dois casos

AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DA FIXAÇÃO DA FRATURA SUPRACONDILIANA DO FÊMUR COMPARANDO PLACA-LÂMINA 95 o COM DCS

Dispositivo de tração do membro superior para osteossínteses intramedulares bloqueadas anterógradas de fraturas diafisárias de úmero

Prof André Montillo

Fixação intramedular nas fraturas do colo dos metacarpianos *

GUIA TÉCNICO FIXADORES EXTERNOS

Fratura diafisária de tíbia: osteossíntese intramedular com haste de Lottes *

Existem indicações para utilização do fixador occipi,0to-cervical em detrimento de outras técnicas de artrodese posterior?

ARTIGO ORIGINAL RESUMO ABSTRACT GILBERTO JOSÉ CAÇÃO PEREIRA 1, HAMILTON DA ROSA PEREIRA 1, CARLOS ROBERTO PADOVANI 2

Laparoscopia e Litíase Urinária

TÉCNICA PERCUTÂNEA PARA ALINHAMENTO DE CAVILHA ENDOMEDULAR NA CORREÇÃO DE DEFORMIDADES ANGULARES DO FÉMUR

Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

Ortopediatria SOLUÇÕES PARA

Lesões Traumáticas do Membro Superior. Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão

ESPONDILOLISTESE TRAUMÁTICA DO AXIS FRATURA DO ENFORCADO

Fraturas transtrocanterianas *

ANÁLISE CLÍNICA E RADIOLÓGICA DE PACIENTES EM PÓS OPERATÓRIO DE FRATURA DE TERÇO DISTAL DA TÍBIA: HASTE INTRAMEDULAR X PLACA

M a n u a l d e F i x a d o r e s

Haste flexível de titânio na fratura de fêmur na criança *

Fraturas Expostas de Diáfise de Fêmur em Paciente Adulto Jovem

O uso da Placa em Ponte Lateral nas fraturas diafisárias do terço médio e distal do Úmero

Tratamento das lesões em martelo ósseo pela técnica do bloqueio da extensão com fio de Kirschner

Haste intramedular bloqueada da tíbia *

TÍTULO: NÃO HÁ APLICABILIDADE PARA A HASTE DE POLIAMIDA PARA CORREÇÃO DE FRATURAS EM AVES?

Curso AOTrauma Avanços no Tratamento de Fracturas

Aesculap Coluna MACS TL

Atualização no tratamento cirúrgico das fraturas do maléolo lateral do tipo B de Weber

Fraturas exposta de diáfise de fêmur em paciente adulto jovem

Programa de Especialização em Reconstrução e. Alongamento Ósseo - ASAMI (R4)

HASTE INTRAMEDULAR BLOQUEÁVEL - SUPRACONDILAR. Técnica Cirúrgica

Técnicas em Ortopedia Fixação das fraturas do planalto tibial com parafusos canulados

Revisão de artroplastia total do quadril com prótese modular não-cimentada de fixação distal tipo ZMR. Análise clínica e radiográfica de 30 casos.

Fratura Intra-articular do Calcâneo

Técnica de Instrumentação - Sp2 FÊMUR Técnica de Instrumentação - Sp2 FÊMUR

Fraturas Proximais Do fêmur. Isaac Rotbande

Uso de placas em fraturas multifragmentadas do tálus

Projeto Diretrizes. Elaboração Final: de Julho Maio de

Implantes Implants. Índice Index

Fratura da Diáfise do Úmero no Adulto

Fratura Transtrocanteriana

Fratura do Colo Cirúrgico de Úmero em Adultos: Tratamento

Fratura Diafisária do Terço Médio da Clavícula no Adulto: Tratamento

Vacina Tríplice (DTP Acelular) Contra - Difteria/Tétano/Coqueluche

Proposta de tratamento com enxerto ósseo cortical homólogo para a fratura distal do fêmur pós-artroplastia total do joelho

Síntese de 25 Anos de Experiência com Hastes Retas Cuneiformes

Fracturas do Rádio distal

INSTRUÇÃO DE USO. Atenção: Apenas médicos e pessoal treinado em procedimentos ortopédicos devem utilizar esses dispositivos.

Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores

Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 023/05 Tema: Parafuso de interferência bioabsorvível GTAS

Prof André Montillo

TÉCNICA CIRÚRGICA FIXADORES EXTERNOS GRANDE E MÉDIO.

Análise do emprego do parafuso antirrotacional nos dispositivos cefalomedulares nas fraturas do fêmur proximal

HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL

ALOENXERTO CIRCUNFERENCIAL DE FÊMUR PROXIMAL EM CIRURGIA DE REVISÃO DE ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL: RELATO DE CASOS COM SEGUIMENTO MÍNIMO DE 20 ANOS

Avaliação do emprego da haste femoral curta na fratura trocantérica instável do fêmur *

TÉCNICA CIRÚRGICA. Contours PHP Placa para terço proximal do úmero

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

FRATURAS DO FÊMUR EM PACIENTES IDOSOS

FIXAÇÃO INTRAMEDULAR ELÁSTICA DAS FRACTURAS DA DIÁFISE DO FÉMUR EM CRIANÇAS. 23 ANOS DE EXPERIÊNCIA.

LOCKING NAIL FEMORAL. Técnica Cirúrgica Haste Femoral Intramedular

Fixação com parafuso canulado em epifisiólise femoral proximal estável

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS FRATURAS DO FÊMUR PROXIMAL NO PACIENTE IDOSO

OSTEOSSÍNTESE FEMORAL MODIFICADA ASSOCIADA À COLOCEFALECTOMIA NO TRATAMENTO DE LUXAÇÃO COXOFEMORAL E FRATURA COMINUTIVA RELATO DE CASO

FRATURAS AO NÍVEL DO JOELHO

Pseudartrose traumática do colo femoral em crianças e adolescentes: análise de sete casos *

PALAVRAS-CHAVE: Fratura-luxação de Monteggia; Classificação de Bado; Complicações.

Baumer. Líder no Brasil. Forte no mundo.

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 2018/2019 CATÁLOGO GERAL DE PRODUTOS

SIMPÓSIO DE CIRURGIA GERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIRURGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA ESPORTIVA E ARTROSCOPIA

utilizadas, são as do grupo AO ASIF (Arbeitsgemeinschaft fur Osteosynthesefragen Association for Study of Internal Fixation) -(Associação Suíça para

OSTEOMIELITE FRACTURÁRIA DO ÚMERO TRATADA COM FIXADOR EXTERNO DE ILIZAROV

Artroplastia de Ombro TRATAMENTO POR ARTROPLASTIA NAS FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL INDICAÇÃO. partes? rachadura da

Uso de placa bloqueada na Osteossíntese de Rádio e Ulna: relato de caso. Raquel Baroni. Universidade Metodista de São Paulo

Fraturas diafisárias do fêmur

Análise crítica de possíveis falhas em osteossíntese de fraturas transtrocanterianas

Estudo transversal das fraturas diafisárias da tíbia tratadas cirurgicamente no Hospital Independência de Porto Alegre

Fratura do acetábulo que acomete a coluna anterior: alternativa na osteossíntese *

Transcrição:

Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur no Adulto Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Elaboração Final: 22 de agosto de 2008 Participantes: Guerra MTE, Schwartsmann C O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente. 1

DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA: Realizada pesquisa na base MEDLINE, pela interface MeSH (Medical Subject Heading). Os descritores utilizados foram: subtrochanteric fractures OR hip fracture. Quando das pesquisas das diversas perguntas foram selecionados limitadores específicos. GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência. B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência. C: Relatos de casos (estudos não controlados). D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. OBJETIVO: Estabelecer orientação, com aplicabilidade para a realidade brasileira, em pontos controversos relacionados à fratura subtrocanteriana do fêmur no adulto. CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum conflito de interesse declarado. 2 Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur no Adulto

INTRODUÇÃO De todas as fraturas da extremidade proximal do fêmur, as fraturas subtrocanterianas são as mais difíceis de tratar 1 (D). Desde 1949, com a descrição realizada por Boyd e Griffin, o trauma ortopédico passou a observar este tipo de fratura da extremidade proximal do fêmur com muita cautela. Os estudos constantemente mostram um elevado índice de complicações na evolução destas fraturas. Epidemiologicamente, estas fraturas têm curvas bimodais. Um pico observa-se entre os adultos jovens e são, predominantemente, fraturas de alta energia cinética. A segunda incidência ocorre nos idosos com fraturas de baixa energia. Existe uma grande variedade de formas de tratamento das fraturas subtrocanterianas do fêmur no adulto 2 (D). Elas vão desde o tratamento conservador até a fixação intramedular a foco fechado. O objetivo deste estudo é mostrar as melhores evidências na escolha do tratamento a ser seguido. Também passamos pela classificação da fraturas subtrocanteriana para avaliar qual, se alguma, classificação preenche os critérios de organizar, auxiliar no método de tratamento e capacidade da classificação em oferecer subsídios prognósticos. O foco de nosso estudo foi o tratamento cirúrgico das fraturas subtrocanterianas fechadas e traumáticas nos adultos entre 18 e 65 anos. Portanto, as fraturas nas crianças, fraturas patológicas e fraturas nos idosos devem merecer outras diretrizes. Por outro lado, alguns trabalhos coletavam dados de fraturas trocanterianas e de fraturas subtrocanterinas na mesma pesquisa. Por considerarmos que este tipo de desenho pode apresentar viés intransponível, nós excluímos estas publicações. Os trabalhos de laboratório, tanto para estudos biomecânicos quanto para avaliações anatômicas, não são objeto de avaliação do Projeto Diretrizes. Apenas trabalhos clínicos foram recuperados. QUAL A CLASSIFICAÇÃO QUE MELHOR PREENCHE OS QUESITOS DE PLANEJAMENTO, ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA E AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA DAS FRATURAS SUBTROCANTERIANAS DO ADULTO? As classificações de Waddell e a de Sensheimer não ofereceram subsídios para a avaliação prognóstica destas lesões 3 (B). A classificação de Seinsheimer apresentou o índice de Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur no Adulto 3

reprodutibilidade 4 (C). A classificação de Fielding mostrou uma relação prognóstica: quanto maior o grau, pior o prognóstico, e maiores as probabilidades de complicação 5 (D). Em resumo, não existe uma classificação que preencha os quesitos de orientar tratamento ou estabelecer prognóstico 6 (D). O USO DE ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO É OBRIGATÓRIO NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DESTAS FRATURAS? O uso profilático de antibiótico reduz muito a incidência de infecções pós-operatórias e deve ser utilizado 7 (B). QUAL É A MELHOR POSIÇÃO E A MELHOR PORTA DE ENTRADA PARA A COLOCAÇÃO DE HASTES ANTERÓGRADAS PARA O TRATAMENTO DAS FRATURAS SUBTROCANTERIANAS DO FÊMUR? O paciente pode ser posicionado em decúbito lateral ou supino na mesa de tração para a colocação de haste anterógrada. A porta de entrada pode ser trocanteriana, na fossa piriforme ou na porta medial modificada. A escolha da posição e da porta de entrada depende do tipo de fratura, do tipo de paciente e do treinamento do cirurgião 8 (D). QUAL É O PAPEL DA REDUÇÃO ABERTA E FIXAÇÃO INTERNA COM ESTABILIDADE ABSOLUTA NO TRATAMENTO DAS FRATURAS SUBTROCANTERIANAS? O método de estabilidade absoluta pode ser utilizado no tratamento das fraturas subtrocanterianas não cominutivas; porém este é um método que não admite falhas sob pena de resultados insatisfatórios 9 (C). Algumas vezes, em certas fraturas cominutivas, é possível obter bons resultados com estabilidade absoluta 10 (C). EXISTE DIFERENÇA ENTRE A UTILIZAÇÃO DA HASTE DE ZICKEL E A PLACA/PREGO? O uso de placa/prego foi associado a um número significativo de falhas mecânicas do implante; o que não ocorreu com a haste de Zickel 11 (B). EXISTE ESPAÇO PARA O TRATAMENTO CONSERVADOR DESTAS FRATURAS? Não existe evidência que sustente o uso rotineiro do tratamento conservador nestas fraturas. QUAL É A MELHOR EVIDÊNCIA COM RELAÇÃO AO USO DA PLACA DCS NO TRATAMENTO DAS FRATURAS SUBTROCANTERIANAS DO FÊMUR DO ADULTO? A combinação de técnicas biológicas (sem desvitalização das partes moles) e do emprego de enxerto ósseo, quando necessário com o parafuso bloqueado em placa tubo de 95 graus (DCS), resulta em porcentuais elevados de bons e excelentes resultados 12 (C). A alternativa do uso de placa-tubo com 140 ou 150 graus é uma boa opção para uma grande variedade de fraturas 13 (C). QUAL É O RESULTADO DO TRATAMENTO DAS FRATURAS TROCANTERIANAS COM A PLACA ANGULADA 95 GRAUS? O uso de placa angulada 95 graus associado à técnica minimamente invasiva leva a índices elevados de consolidação 7 (B). 4 Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur do Adulto

QUAL É O MELHOR MÉTODO DE FIXAÇÃO ENTRE PLACA ANGULADA 95 GRAUS E HASTE INTRAMEDULAR? O uso de placa angulada de 95 graus está relacionado com aumento da falência do implante e aumento da taxa de revisão quando comparado às estabilizações com haste intramedular 14 (A). QUAL É A INDICAÇÃO PARA A PLACA DE MEDOFF? Quando a placa de Medoff no modo de dinamização biaxial foi comparada com a Gamma nail, houve alta taxa de falhas entre os pacientes fixados com placa de Medoff 15 (C). Não existem recomendações para o uso de dinamização uni ou biaxial com a placa de Medoff 16 (C). EXISTE ESPAÇO PARA AS HASTES DE ENDER NO TRATAMENTO DAS FRATURAS SUBTROCANTERIANAS? As hastes flexíveis de Ender para o tratamento de fraturas subtrocanterianas têm a tendência de levarem a encurtamento e a deformidades rotacionais. Para evitar este tipo de complicação elas necessitam de fixação complementar com cerclagem ou placas 17 (C). DEVEMOS USAR ROTINEIRAMENTE ENXERTO ÓSSEO? Quando se opta por redução aberta, e existe cominuição medial, a colocação de enxerto ósseo autólogo leva a rápida consolidação da fratura 1 (C). QUAL É O MELHOR MÉTODO DE FIXAÇÃO ENTRE DCS E HASTE INTRAMEDULAR? A haste intramedular bloqueada é considerada o método de escolha para o tratamento das fraturas subtrocanterianas do fêmur do adulto 18 (A) 19 (C), com bons índices de consolidação e baixa íncidência de complicações 20 (C); porém, quando comparada ao DCS com técnica biológica, elas apresentam o mesmo resultado final 21 (A). No entanto, em algumas fraturas cominutivas, o índice de falha com o DCS foi maior do que com a haste 22 (C). QUAL É O MELHOR MÉTODO DE FIXAÇÃO ENTRE GAMMA NAIL LONGA E HASTE FEMORAL? Não existe evidência que comprove o melhor resultado entre estes dois métodos de tratamento 23 (C). QUANTOS PARAFUSOS SÃO NECESSÁRIOS NO BLOQUEIO DISTAL DAS HASTES INTRAMEDULARES BLOQUEADAS? Quando a haste Gama AP longa foi usada, o resultado foi bom e apenas um parafuso distal foi suficiente 24 (C). EXISTE EVIDÊNCIA PARA A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS BLOQUEADAS NO TRATAMENTO DAS FRATURAS SUBTROCANTERIANAS DO FÊMUR NO ADULTO? O uso de placas bloqueadas para o tratamento das fraturas subtrocanterianas é recente e ainda não existe evidência clara para o seu uso. No entanto, as vantagens teóricas são importantes e devem ser consideradas 25 (D). Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur do Adulto 5

REFERÊNCIAS 1. Malkawi H. Bone grafting in subtrochanteric fractures. Clin Orthop Relat Res 1982;168:69-72. 2. Craig NJ, Sivaji C, Maffuli N. Subtrochanteric fractures. A review of treatment options. Bull Hosp Jt Dis 2001;60:35-46. 3. Senter B, Kendig R, Savoie FH. Operative stabilization of subtrochanteric fractures of the femur. J Orthop Trauma 1990;4:399-405. 4. Gehrchen PM, Nielsen JO, Olesen B, Andresen BK. Seinsheimer s classification of subtrochanteric fractures. Poor reproducibility of 4 observers evaluation of 50 cases. Acta Orthop Scand 1997;68:524-6. 5. Fielding JW. Subtrochanteric fractures. Clin Orthop Relat Res 1973;92:86-99. 6. Damany DS, Parker JM, Gurusamy K. Classification of subtrochanteric fractures. Which method if any? J Bone Joint Surg Br 2006;88B (Supp I):167. 7. Kinast C, Bolhofner BR, Mast JW, Ganz R. Subtrochanteric fractures of the femur: results of the treatment with the 95 degrees condylar blade-plate. Clin Orthop Relat Res 1989;(238):122-30. 8. Jahangir AA, Perez EA, Russel TA. Intramedullary nailing of suntrochanteric fracture relevant anatomy and entral portals, supine or lateral positioning. Tech Orthop 2008;23:113-7. 9. Asher MA, Tippett JW, Rockwood CA, Zilber S. Compression fixation of subtrochanteric fractures. Clin Orthop Relat Res 1976;(117):202-8. 10. Lechner JD, Rao JP, Stashak G, Adibe SO. Subtrochanteric fractures: a retrospective analysis. Clin Orthop Relat Res 1990;(259):140-5. 11. Thomas WG, Villar RN. Subtrochanteric fractures: Zickel nail or nail-plate? J Bone Joint Surg Br 1986;68:255-9. 12. Halwai MA, Dhar SA, Wani MI, Butt MF, Mir BA, Ali MF, et al. The dynamic condylar screw in the management of subtrochanteric fractures: does judicious use of biological fixation enhance overall results? Strategies Trauma Limb Reconstr 2007;2:77-81. 13. Wile PB, Panjabi MM, Southwick WO. Treatment of subtrochanteric fractures with a high-angle compression hip screw. Clin Orthop Relat Res 1983;(175):72-8. 14. Harris I, Rahme D. A prospective randomized controlled trial of subtrochanteric femur fractures treated with a proximal femoral nail compared to a 95- degree blade plate. J Bone Joint Surg Br 2005,87B:(Supp III)310-1. 15. Miedel R, Ponzer S, Törnkvist H, Söderqvist A, Tidermark J. The standard Gamma nail or the Medoff sliding plate for unstable trochanteric and subtrochanteric fractures: a randomised, controlled trial. J Bone Joint Surg Br 2005;87B:68-75. 6 Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur do Adulto

16. Ceder L, Lunsjö K, Olsson O, Stigsson L, Hauggaard A. Different ways to treat subtrochanteric fractures with the Medoff sliding plate. Clin Orthop Relat Res 1998;(348):101-6. 17. Dobozi WR, Larson BJ, Zindrick M, Davenport K, Hall RF, Withlaw G, et al. Flexible intramedullary nailing of subtrochanteric fractures of the femur. A multicenter analysis. Clin Orthop 1984;212:68-78. 18. Damany DS, Parker MJ, Gurusamy K, Upadhyay P. Complications of subtrochanteric fractures. A meta-analysis of 39 studies involving 1835 fractures. J Bone Joint Surg Br 2006;88B(Supp I):167. 19. Wiss DA, Brien WW. Subtrochanteric fractures of the femur. Results of treatment by interlocking nailing. Clin Orthop Rel Res 1992;(283):231-6. 20. Nicholson P, Kiely P, O Byrne J, Mahalingham K, McGuinness A, Cashman W. Russell Taylor reconstruction nail in traumatic subtrochanteric fractures of the femur: a 5 year experience. J Bone Joint Surg 1997;80B(Supp I)70. 21. Lee PC, Hsieh PH, Yu SW, Shiao CW, Kao HK, Wu CC. Biologic plating versus intramedullary nailing for comminuted subtrochanteric fractures in young adults: a prospective, randomized study of 66 cases. J Trauma 2007;63:1283-91. 22. Saarenpää I, Heikkinen T, Jalovaara P. Treatment of subtrochanteric fractures. A comparison of the Gamma nail and the dynamic hip screw: short-term outcome in 58 patients. Int Orthop 2007;31:65-70. 23. Jiang LS, Shen L, Dai LY. Intramedullary fixation of subtrochanteric fractures with long proximal femoral nail or long gamma nail: technical notes and preliminary results. Ann Acad Med Singapore 2007; 36:821-6. 24. Cheng MT, Chiu FY, Chuang TY, Chen CM, Chen TH, Lee PC. Treatment of complex subtrochanteric fracture with the long gamma AP locking nail: a prospective evaluation of 64 cases. J Trauma 2005; 58:304-11. 25. Schmidt AH. Locked plating for subtrochanteric fractures: the next big thing. Tech Orthop 2008;23:106-12. Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur do Adulto 7

8 Fratura Fechada Traumática Subtrocanteriana do Fêmur do Adulto