Importância da Pesca, em particular em Portugal

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Transcrição:

---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Universidade do Algarve Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente Mestrado em Biologia Marinha (2º ciclo) BIOLOGIA PESQUEIRA 1º ano - 1º. Semestre 2007/2008 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Importância da Pesca, em particular em Portugal A pesca é uma importante actividade económica que, em Portugal, ao contrário de alguns países (e.g. Islândia e Noruega) tem um peso reduzido no Produto Interno Bruto (PIB 1 ) e no Valor Acrescentado Bruto (VAB 2 ) do país. Em Portugal, os valores destes indicadores económicos situam-se abaixo de 1%. O Valor Acrescentado Bruto do sector (VAB Pescas) representou, em 2004, cerca de 0,33% do VAB Nacional. A quebra de importância do sector na economia nacional deve-se, em grande parte, à tendência decrescente dos preços de venda registados desde o ano de 2002. Assim, não é através destes indicadores económicos que se poderá medir a real importância desta actividade. Num documento recente, o Plano Estratégico Nacional (2007-2013) 3, é feito o retrato da pesca nacional. A importância da pesca resulta, essencialmente, do facto de serem os recursos e os produtos pesqueiros componentes fundamentais da alimentação e do emprego. As capturas portuguesas têm vindo a diminuir desde há muitos anos a esta parte, como resultado da substancial redução da pesca longínqua (sobretudo ao bacalhau) e à exaustão dos nossos recursos costeiros. Actualmente, mais de 80% do total de pescado capturado por Portugal provém de águas nacionais (184 mil toneladas em 2006). A sardinha é o recurso pesqueiro mais importante em peso desembarcado, em Portugal. Para além do pescado capturado, Portugal tem vindo a aumentar as suas importações de 1 PIB = é o conjunto da produção final de bens e serviços realizada em território nacional independentemente da nacionalidade dos agentes económicos, num determinado período de tempo (um ano civil). O PIB assim definido está valorizado a preços de mercado (PIBpm) e integra as despesas de transporte, as margens comerciais, os impostos sobre os produtos (impostos indirectos, IVA) e deduzidos os subsídios aos produtos. 2 VAB = Designa-se por Valor Acrescentado Bruto (VAB) a soma de todos os valores acrescentados gerados na economia. O VAB assim obtido é valorizado a preços de base, isto é, pago aos produtores sem contar com os custos de transporte, margens comerciais e impostos sobre os produtos (impostos indirectos) e adicionando os subsídios sobre os produtos. 3 http://www.dgpa.min-agricultura.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentboui=352060&att_display=n&att_download=y 1

pescado (sobretudo congelados) sendo estas (tanto em volume como em valor) superiores às exportações. Este saldo negativo apresenta tendência para se agravar. Valores recentes apontam para um consumo de pescado per capita 4 de cerca de 56.5 kg/ano/habitante, o que torna Portugal o país com maior consumo per capita de pescado da União Europeia (25) onde o valor médio se situa à volta dos 22.7 kg/pessoa (dados de 2001). Valores de capitação superiores só são encontrados em países como o Japão, a Islândia e alguns pequenos países insulares. Calcula-se que o pescado represente cerca de 25% na dieta diária de origem animal dos portugueses. Num país como Portugal, com uma Zona Económica Exclusiva (ZEE 5 ) de 1 656 mil km 2 e uma costa continental com cerca de 942 km, a pesca constitui uma importante fonte de subsistência das populações ribeirinhas. O emprego no sector das pescas, que tem vindo a diminuir nos últimos anos, deve corresponder a menos de 1% da população activa. No entanto, a percentagem de pessoas que dependem da actividade da pesca é bastante superior uma vez que se sabe que cada posto de trabalho no mar gera vários postos de trabalho em terra (na indústria de conservas, congelados e farinhas, na comercialização, no transporte, na administração, na investigação e formação). A avaliação e gestão dos recursos pesqueiros Ao contrário dos recursos minerais (e.g., o petróleo) os recursos pesqueiros são autorenováveis pois reproduzem-se! Se houver uma gestão adequada, e não houver nenhum cataclismo ambiental, poder-se-á perpectuar a exploração do recurso. Compete às autoridades que têm a seu cargo a gestão dos recursos pesqueiros (em Portugal é a DGPA 6 e, ao nível da União Europeia, a Direcção-Geral das Pescas da Comissão Europeia DGXIV 7 ) baseadas em fundamentação científica e considerando, também, vários outros aspectos de natureza económica, social e até política, fazer as opções quantitativas acerca de como, quanto, quando e onde pescar um determinado recurso, decidir que limitações impor às características do pescado (e.g., tamanhos mínimos dos exemplares capturados), que recursos financeiros empregar na imposição das 4 Consumo de pescado per capita medido em peso à saída da água 5 ZEE = Zona Económica Exclusiva (zona das 200 milhas) - http://www.seaaroundus.org/eez/eez.aspx 6 DGPA = Direcção Geral das Pescas e Aquicultura - http://www.dgpa.min-agricultura.pt/ 7 DG XIV - http://europa.eu.int/comm/dgs/fisheries/index_en.htm 2

regulamentações e no apoio à exploração dos recursos. Os investigadores pesqueiros raramente reunem condições para decidir entre as várias opções de gestão. No âmbito da União Europeia, algumas das principais decisões de gestão pesqueira são propostas pela Direcção Geral das Pescas da Comissão Europeia e aprovadas pelo Conselho de Ministros da UE. Compete aos cientistas pesqueiros fornecer à gestão informação sobre o estado dos recursos pesqueiros explorados e predições quantitativas sobre a reacção dessas populações a alternativas de exploração pesqueira. Estas predições, feitas com instrumentos modelos matemáticos e estatísticos, devem ser fundamentadas no conhecimento da dinâmica das populações em causa ou, mais frequentemente, em modelos hipotéticos dessa mesma dinâmica. A avaliação de recursos pesqueiros é a disciplina que trata desta matéria. É, assim, uma aplicação prática da Dinâmica de Populações. Figura 1. Dinâmica de um recurso pesqueiro (King, 1995 p: 80) Ao biólogo pesqueiro compete estudar a biologia dos recursos (e.g., o crescimento e a reprodução) e estimar os parâmetros para os modelos de avaliação, designadamente de crescimento, mortalidade (natural e por pesca) e recrutamento. Os biólogos pequeiros, 3

cada vez mais, participam também no processo de avaliação dos recursos que, geralmente, envolve várias pessoas, de vários países. Compete ao Instituto Português de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR 8 ), em Portugal, e ao Conselho Internacional de Exploração do Mar (CIEM 9 ou ICES em inglês), de que Portugal faz parte, fornecer à administração das pescas, portuguesa e comunitária, a informação necessária à gestão dos recursos. No entanto, muita da informação necessária provém de estudos realizados em colaboração com universidades e outras instituições nacionais e internacionais. Mas, quais são os objectivos da gestão pesqueira? O cientista pesqueiro Norueguês Gunnar Sætersdal (Sætersdal, 1984) definiu como Princípio Geral da Gestão Pesqueira Obter a MELHOR utilização POSSÍVEL do recurso em proveito da COMUNIDADE. Em cada caso concreto é necessário determinar o que se entende por MELHOR, POSSÍVEL e COMUNIDADE. Melhor pode significar maior quantidade capturada, maior valor da captura, maior lucro (diferença entre o valor da captura e os custos de exploração), mais divisas (e.g., recursos de camarão em países Africanos), mais emprego, etc. Comunidade pode significar um conjunto de países (e.g., União Europeia), um país (e.g., Portugal), uma região (e.g., o Algarve) ou até de um grupo de interesses (pescadores, armadores, cosumidores, etc). Por Possível, entende-se a necessidade de conservar os recursos pesqueiros, atender ao seu carácter auto-renovável. Isto implica que se tenha o apoio científico da investigação pesqueira, de modo que o Princípio de Gestão se possa aplicar durante um longo período de anos e se ter aquilo que normalmente se designa por Gestão racional ou Gestão sustentável dos recursos pesqueiros. A gestão de recursos pesqueiros deve, portanto, assegurar a obtenção de uma produção contínua de pescado e visar o bem estar económico e social dos pescadores e das indústrias dependentes da produção de pescado. Esta acção faz-se através de 8 O IPIMAR - http://ipimar-iniap.ipimar.pt/ faz parte, desde 2007, do INRB, I.P. Instituto Nacional dos Recursos Biológicos, resultante da fusão do INIAP (que desde 2002 juntava o IPIMAR e o INIA - Instituto Nacional de Investigação Agrária) com o Laboratório nacional de Investigação Veterinária - 9 CIEM http://www.ices.dk. Ler http://www.ices.dk/iceswork/bulletin/ices%20explained.pdf para conhecer o que é e o que faz o CIEM. 4

regulamentação legislativa, quer nacional quer comunitária. A fiscalização do cumprimento da regulamentação é competência das autoridades fiscalizadoras (e.g., a Inspecção-Geral das Pescas 10, em Portugal). Referências: King, M., 1995. Fisheries Biology, Assessment and Management. Blackwell Science, Oxford, 341p. Sætersdal, G., 1984. Investigação, gestão e planificação pesqueiras. Revista de Investigação Pesqueira, 9. Instituto de Investigação Pesqueira, Maputo, pp: 167-186. 10 Inspecção Geral das Pescas, IGP http://www.igp.pt - É, actualmente, um departamento da Direcção Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA). 5