RELATÓRIO FINAL. Edital 02 PRPI/IFAL Período de Execução: Agosto/15 a Julho/16. Descarte responsável de materiais eletroeletrônicos.

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TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA. Nº. 016/ 2012 CREA/MG E FUNASA Setembro/2013

Transcrição:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA E INOVAÇÃO RELATÓRIO FINAL Edital 02 PRPI/IFAL Período de Execução: Agosto/15 a Julho/16 ORIENTADOR: Paulo Wagner Lopes da Silva SIAPE: 1832051 CPF: 074.741.734-25 TELEFONE: 82996211911 E-MAIL: pauloifal@gmail.com CAMPUS: Arapiraca DISCENTE: Layse Marques da Silva CURSO: Eletroeletrônica CPF: 077.093.884-18 TELEFONE: 82999714324 E-MAIL: laysemark@live.com CAMPUS: Arapiraca TÍTULO DO PROJETO Descarte responsável de materiais eletroeletrônicos. RESUMO DO PROJETO Vivemos uma época que a tecnologia tem se desenvolvido em uma escala bastante surpreendente. Produzimos em maior volume e em menos tempo. E com isso a produção do lixo eletroeletrônico (e-lixo) é cada vez maior. Observando a grande quantidade de materiais eletrônicos descartados, surgiu a preocupação de identificar como esse descarte é feito pela população Arapiraca e regiões circunvizinhas e o nível de conhecimento dos mesmos sobre os danos consequentes do descarte incorreto. O processo metodológico utilizado foi uma pesquisa caracterizada como levantamento envolvendo pessoas de diferentes idades, graus de escolaridade e classes sociais. O presente trabalho vem colaborar com o conhecimento sobre este tema através de um levantamento bibliográfico do assunto e com a pesquisa feita por questionário realizada.

INTRODUÇÃO No século XXI o avanço cada vez mais rápido dos produtos eletrônicos (celulares, televisores, notebooks e etc.), faz com que muitos tornem-se obsoletos e então descartados, muitas vezes de forma inapropriada, antes mesmo de expirarem sua vida útil e isso torna a produção do lixo eletrônico (e-lixo) um problema de grandes proporções, pois este contém componentes prejudiciais ao ambiente e a saúde humana. Na Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), encontra-se a definição de resíduo sólido no art. 3º inciso XVI, que apresenta o resíduo sólido como um material, substância, objeto ou bem descartado cuja destinação final se procede em estado sólido ou semissólido. Segundo NATUME E SANT ANNA, 2011, a definição de e-lixo é: resíduos da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos, que incluem computadores e eletrodomésticos, entre outros dispositivos. De acordo com a Diretiva 2002/96/CE do Parlamento Europeu (2003) em seu art. 3º os Resíduos Sólidos de Equipamentos Elétricos ou Eletrônicos (REEE) são materiais e componentes que fazem parte de produtos que dependem de uma corrente elétrica ou campo magnético. Exemplos comuns de equipamentos eletroeletrônicos do cotidiano são: lâmpadas fluorescentes, rádio, aparelhos de televisão, notebooks, impressoras etc. Segundo a NBR 10.004/87 (ABNT, 1987, p.1,2), os resíduos sólidos são aqueles gerados a partir de atividades industrial, doméstica, hospitalar, comercial, de serviços de variação e agrícola. E sua classificação se dá da seguinte forma: Perigosos: Aqueles que apresentam risco a saúde pública e/ou ao meio ambiente; Que possuam uma das características Inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade. Não Inertes: Aqueles que não se enquadram nas outras definições (Perigosos ou Inertes) e que podem ter propriedades como Biodegradabilidade, combustibilidade, solubilidade em água. Inertes: Quaisquer resíduos que não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. premissas: No art.13º da PNRS é feita a classificação dos resíduos sólidos a parti de duas I - quanto à origem: resíduos domiciliares, resíduos de limpeza urbana, resíduos sólidos urbanos, resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde, resíduos da construção civil, resíduos astrossismologias resíduos de serviços de transportes, resíduos de mineração. II - quanto à periculosidade: a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea a. De acordo com a NBR 10004/87, o lixo eletrônico se classifica como resíduo

"perigoso, inerte, de origem domiciliar, urbano e industrial". Este trabalho tem como objetivo contribuir com o conhecimento a cerca desse tema, mostrando os malefícios do descarte incorreto do e-lixo, das obrigações legais baseadas na PNRS e, principalmente, através do uso do método de pesquisa feita por questionário, mostrar o quanto a população da região metropolitana de Arapiraca tem conhecimento sobre essa temática. OBJETIVOS Obter dados concretos sobre o quanto os indivíduos de Arapiraca e regiões circunvizinhas tem de conhecimento sobre seus deveres para com o descarte de forma correta de lixo eletrônico e os malefícios consequentes do descarte incorreto. METODOLOGIA Feita uma revisão bibliográfica com artigos acadêmicos, livros e cartilhas relacionadas ao tema foi possível a fundamentação do trabalho. Com uma forma de pesquisa muito adotada em trabalhos de pesquisa científicas, que tem por objetivo caracterizar um grupo (distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental etc.), estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação de seus habitantes, o índice de criminalidade que aí se registra etc., e ainda, como no caso deste trabalho, levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população, foi realizado um levantamento (pesquisa de caráter descritivo) que consiste no recolhimento de informações de todos os integrantes do universo pesquisado, feita com a aplicação de um questionário online. Exemplo de pesquisa descritiva é a pesquisa eleitoral, que tem por objetivo a relação entre preferência político-partidária e nível de rendimentos ou de escolaridade. (GIL, 1991, apud, SILVA e MENEZES, 2001). O questionário ficou online por um mês e foi divulgado por meio de redes sociais e emails. Continha perguntas relacionadas à caracterização do entrevistado - idade, grau de escolaridade, sexo e cidade onde vive - ao conhecimento do mesmo relacionado ao tema, exemplo: Marque seu nível de conhecimento sobre os impactos do descarte incorreto do e-lixo, e aos costumes de descarte de resíduos eletrônicos, como: Você costuma reutilizar algum material eletrônico que vai para o lixo?. RESULTADOS E DISCUSSÕES Observamos que o tema "Lixo Eletrônico" não é um assunto em grande destaque para as pessoas que participaram da entrevista sobre o tema. Podemos comprovar isso através de nossos dados obtidos através do questionário, onde 80% dos entrevistados nunca participaram de alguma pesquisa relacionada ao assunto, e 86,4% afirmaram não terem conhecimento se há pontos de coleta no bairro em que reside.

Gráfico 1: Você conhece as suas responsabilidades, segundo a legislação brasileira, para com o e-lixo? Existem fatores que podem contribuir para essa ignorância popular quanto a este quesito, como a falta de informação para a população, vinda de órgãos públicos que deveriam manter as pessoas informadas e se responsabilizarem pelo destino do descarte devido desses resíduos. A maior parte da população diz ter um nível de conhecimento elevado sobre o assunto. Entretanto, mais de dois terços afirma não ter conhecimento algum sobre suas responsabilidades com esse material, e aproximadamente 50% das pessoas entrevistadas não têm nenhum conhecimento sobre qual é o destino do lixo de sua cidade. Tendo em vista isso, é possível afirmar que se a pessoa não sabe para onde o lixo de sua cidade vai, ela não tem conhecimento se seu lixo está sendo tratado como deveria, podendo causar danos à sua saúde e de seus familiares. Da amostra analisada 99% acredita ser importante haver orientação sobre o reaproveitamento do e-lixo, entretanto fica o questionamento: porque que essas pessoas não recebem esse tipo de orientação se ela é considerada tão importante? O dado de 74,2% da população que não costuma reutilizar esses resíduos pode ser causado pelo fato de que se ela não sabe se há pontos de coleta ou o que é e-lixo, como podemos esperar que a população reutilize seus resíduos, fazendo assim com que haja uma redução em sua quantidade e que também tenha uma queda na taxa de contaminação, tanto do solo quanto do lençol freático. Gráfico 2: Você costuma reutilizar algum material eletrônico que vai para o e-lixo? Para obtermos o panorama geral sobre o assunto nos locais pesquisados, tivemos uma conversa com o secretário municipal do meio ambiente de Arapiraca. Por meio dessa conversa, conseguimos obter informações sobre as medidas que o órgão vem tomando para reverter essa situação. Foi-nos revelado que há cerca de 6 meses, o órgão vem tentando entrar em contato com duas empresas que são de Maceió e que têm interesse em se responsabilizar pelo processo de tratamento de resíduos sólidos, incluindo o e-lixo que faz parte dessa classificação. Entretanto, esse processo não teve uma conclusão até o momento, por que as empresas ainda não deram uma resposta favorável.

Em pesquisas de campo conseguimos descobrir que a Secretaria do Meio Ambiente fez a implantação em estabelecimentos da rede de supermercados Unicompra de papa-pilha, que se tratam de coletores de pequenos materiais eletrônicos - como baterias e pilhas. Esta ação é o nível mais básico do que se deveria haver em uma cidade que se preocupa com a sustentabilidade e a reciclagem, mas ainda assim não podemos negar que é um pequeno passo para algo que deve se tornar maior, que é a busca por formas de podermos cuidar melhor dos resíduos que geramos em nossa própria casa. DIFICULDADES NA EXECUÇÃO DO PROJETO Foram muitos os materiais encontrados relacionados ao tema provocando atraso no cronograma. A reformulação do mesmo foi necessária para o desenvolvimento do trabalho. RELACIONAR O CRONOGRAMA PREVISTO COM O EXECUTADO Devido a vasta quantidade de materiais de pesquisa relacionados ao tema do trabalho o tempo previsto para a pesquisa bibliográfica estendeu-se em dois meses e a etapa de estruturação e elaboração do projeto foi realizada um mês após o previsto. A criação do questionário para pesquisa quantitativa foi realizada em janeiro (dois meses após o previsto devido às mudanças já citadas), e o tempo de aplicação do questionário (pesquisa de campo) foi reduzido a quarenta e cinco dias. As etapas de tabulação de dados e análise de dados foram realizadas simultaneamente e durante todo o processo do trabalho o artigo acadêmico foi sendo formado e ajustado. CONCLUSÕES Para a realização do projeto foi elaborado um questionário online (anexo 1), afim de obter os dados apresentados neste trabalho. Responderam às questões 198 pessoas de 12 cidades, sendo 87% delas resides em Arapiraca, e as outras nas cidades circunvizinhas (Craíbas, Campo Alegre, Lagoa da Canoa, Maceió). As informações obtidas nos proporcionaram dados necessários para o desenvolvimento da pesquisa envolvendo o descarte incorreto de materiais eletrônicos nas cidades já mencionadas. O questionamento construído levou em consideração o nível de escolaridade dos entrevistados, bem como a idade e a região onde residem. A pesquisa nos apontou problemas que já tínhamos conhecimentos prévios de que haviam, e nos permitiu aprofundarmos no tema e hábitos da população arapiraquense e região. Tivemos como objetivo na execução desse trabalho a reunião de conhecimento sobre o e-lixo. Com os dados e informações reunidas esperamos que a população tenha acesso a esse documento, podendo então acessar dados confiáveis, essas informações serão úteis para futuras intervenções relacionadas ao tema. Sabendo que mais da metade dos entrevistados não sabem para onde vai o lixo de sua cidade, é necessário uma intervenção quanto a isso, voltada à população, para que ela conheça o sistema de coleta de sua cidade, e qual o destino dado a seus resíduos. Nosso trabalho só foi possível graças ao Instituto Federal de Alagoas, junto de nosso orientador, que contribuíram com o processo de construção de conhecimento.

PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA BIBLIOGRAFIA BRASIL. Lei 12.305, de 02/08/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, 2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004/87: Resíduos sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 1987. GIL, Antonio Carlos - Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1991. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Ofício nº 50/DSAST/SVS/MS. ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. São Paulo: Associação brasileira de empresas públicas e resíduos especiais, 2014. NATUME, R.Y.; SANT ANNA, F.S.P. Resíduos Eletroeletrônicos: Um Desafio Para o Desenvolvimento Sustentável e a Nova Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em: 3rd International Workshop Advances in Cleaner Production. São Paulo. Maio, 2011. DIRETIVA Nº 2002/96/CE DO PARLAMENTO E DO CONSELHO, de 27 de janeiro de 2003, relativa aos resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (REEE).