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RECEITAS , ,19 0, , Receitas Correntes , ,88 0, ,12

DESPESA COM PESSOAL APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE LEGAL R$ 1,00. DESPESAS EXECUTADAS (Últimos 12 meses)

Transcrição:

A Realidade e as Soluções para as Finanças do Estado. Governar com responsabilidade

3 Qual a situação financeira em 2015?

Situação no Início de 2015 4 Faltam 5,4 bilhões Isso equivale a 3 folhas de pagamento do Estado. (R$ 1,8 bilhão cada) Despesas realizadas em 2014 sem autorização: R$ 663 milhões Saques do Caixa Único: R$ 11,8 bilhões (Depósitos judiciais, Recursos da Corsan, CEEE, Empréstimos, etc) Precatórios não pagos: R$ 8 bilhões Dívida Fundada Adm. Direta: R$ 54,8 bilhões, sendo R$ 49,3 bilhões (cerca de 90%) com a União.

Projeção das Receitas e Despesas Fluxo de Caixa 2015 5 R$ milhões nominais Especificação 2015 Receitas Tributos Estaduais 19.080 Transferências da União 1.650 Outras Receitas Operacionais 588 FUNDEB e Fundo Reforma Estadual 4.190 Total Receitas 25.509 Despesas Pessoal e encargos 20.499 Manutenção 5.039 Investimentos 378 Dívida 3.577 Precatórios e RPVs 1.336 Total Despesas 30.829 Resultado do Tesouro (5.320) Resultado Demais Recursos (483) Saldo Anterior SIAC 368 Saldo do SIAC (Caixa Único) (5.435)

Déficit orçamentário projetado para os próximos anos 6 R$ milhões nominais ESPECIFICAÇÃO Projeção 2016 Projeção 2017 Projeção 2018 RECEITAS 36.364 39.492 42.890 ICMS 30.266 32.889 35.738 IPVA 2.593 2.818 3.062 Outros Impostos e Taxas 4.003 4.350 4.727 Transferências da União 4.751 5.139 5.561 Operações de Crédito - - - Demais Receitas 5.009 5.443 5.914 (-) Perda FUNDEB (1.202) (1.306) (1.419) (-) Transf. aos Municípios (9.057) (9.841) (10.694) DESPESAS 42.520 46.186 50.201 Pessoal e Encargos 26.850 29.179 31.707 Dívida 4.100 4.435 4.835 Outras Despesas Correntes 9.896 10.754 11.685 Investimentos Amplos 1.673 1.817 1.974 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO (6.156) (6.694) (7.311) 6

Esgotamento do Caixa Único para cobrir as Despesas 7 R$ milhões nominais Especificação 1995-1998 1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011-2014 Total Caixa Único - 1.729 85 780 1.750 4.344 Depósitos Judiciais - - 1.428 615 5.403 7.446 Saques por Período - 1.729 1.513 1.395 7.153 11.790 R$ milhões nominais Dívida de 11,8 bilhões 7

8 Despesas realizadas sem previsão orçamentária 8 R$ milhões nominais Órgão/Detalhamento Valor Estradas 35 Segurança Saúde 72,8 163,9 Municípios 163,9 255,1 Hospitais 255,1 Fornecedores 100,8 100,8 Consulta Popular 16,3 663,5 milhões de despesas sem orçamento em 2015 Educação 19,6 663,5 Total 663,5

Outras despesas em Saúde 9 Além das despesas em saúde sem autorização (R$ 536,1 mi), ainda havia outras despesas passadas com autorização. R$ 152 milhões (dívida orçamentária) SEQUESTROS JUDICIAIS A REGULARIZAR. R$ 49,1 milhões (dívida financeira) DESPESAS LIQUIDADAS E PENDENTES DE PAGAMENTO 9

10 Cada gaúcho nasce hoje com uma dívida de R$ 6,84 mil Dívida Adm Direta 54,8 Caixa Único 11,8 Precatórios 8,0 TOTAL 74,6 Habitantes 10.898.154 Dívida per Capita R$ 6,84 mil 10

Como se chegou a essa situação? 11

Por que o Rio Grande do Sul chegou nesta situação? 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Estado sempre gastou mais do que poderia Maior parte das despesas são engessadas Concentração do dinheiro em Brasília: cada vez mais dinheiro para a União e mais despesas para os Estados Mais inativos do que funcionários trabalhando Rombo na Previdência Dívida com a União é enorme Perda de R$ 1 Bilhão com FUNDEB em 2015 Rio Grande do Sul penalizado por ser exportador Lei Kandir Redução das Transferências do FPE para o RS 12

Por que o Rio Grande do Sul chegou nesta situação? 13 10 11 12 13 Gastos com RPVs aumentam anualmente bloqueio judicial (RPVs) acima da previsão orçamentária (R$ 430 Milhões em 2014) União incentivou o gasto dos Estados 2010 / 2013 Despesas crescentes com pessoal Nos últimos anos, as despesas cresceram muito mais do que as receitas 13

1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Milhões Estado (quase) sempre gastou mais do que poderia 14 Em 44 anos, tivemos apenas sete anos em que gastamos menos do que arrecadamos. 3.000 1.000 (1.000) (3.000) (5.000) (7.000) Valores em R$ milhões (IGP-DI Dez/14) 14

Rombo na Previdência 15 Receitas Despesas Déficit 11 bilhões 7,25 bilhões 15

Dívida com a União 16 Mesmo com a renegociação da dívida, continuaremos a pagar 13% da Receita Líquida Real (RLR) 16

Por que a situação piorou muito nos últimos anos? 17

Nos últimos anos, a despesa cresceu muito mais do que a receita 18 Evolução Receitas e Despesas Ano Receitas Despesas 2006 18.102 19.001 2007 20.161 19.524 2008 23.563 23.152 2009 23.678 23.674 2010 28.627 28.781 2011 29.610 30.104 2012 32.588 33.232 2013 36.328 37.745 2014 41.538 42.735 Cresc. Nominal Médio 2007-2010 12,1% 10,9% Cresc. Nominal Médio 2011-2014 9,8% 10,4% 18

Impacto dos aumentos já concedidos até 2019 19 Exercício SUSEPE BRIGADA MILITAR POLICIA CIVIL IGP TOTAL 2015 33,3 247 121 8 409,4 2016 100,9 852 332,3 8 1.293,30 2017 175,6 1.583,80 584,7 8 2.352,10 2018 255,3 2.328,90 819,3 8 3.411,50 2019 305,6 2.695,90 918,8 8 3.928,30 Total: INCREMENTO ANUAL em relação ao ano anterior 409,4 883,9 1.058,80 1.059,40 516,7 3.928,30 19

Mais inativos do que funcionários trabalhando 20 Anos 1994 2004 2014 Nº Vínculos % Nº Vínculos % Nº Vínculos % Ativos 196.083 57,9 186.349 51,9 173.673 46,6 Aposentados e Pensionistas 142.324 42,1 172.556 48,1 199.037 53,4 100,0 100,0 100,0 Total 338.407 358.905 372.710 1994 Ativos 57,9% 2014 Ativos 46,6% 20

Gastos com RPVs aumentam anualmente 21 Precatórios RPVs 339,9 370,7 409,1 440,0 498,9 745,1 369,4 845,6 429,9 896,3 446,3 Precatórios 155,7 Limite 1,5% RCL 343,1 375,7 415,8 450,0 2012 2013 2014 2015 2012 2013 2014 2015 Pagamento Acima do Limite Limite 1,5% RCL + Var. Dívida Ativa Em R$ milhões nominais 21

União incentivou gastos dos Estados 22 Reflexo nos Estados 2013/2010: Operações de Crédito > Aumento de 195% Investimentos > Aumento de 15% Despesas correntes > Aumento de 35% Pessoal e Encargos > Aumento de 63% O aumento das despesas correntes e de pessoal foi financiado com maior endividamento. 22

Conclusões 23 Enorme PASSIVO com esgotamento das fontes de financiamento. Tudo isso criou uma situação permanente de CRISE financeira. 23

Quais as principais consequências da crise? 24

Maior parte das despesas são engessadas 25 Do total das receitas disponíveis: 6,2% Investimento 29,4% Manutenção 11,4% Serviço da Dívida 75,5% Pessoal Comprometimento de 122,5% da Receita Corrente Líquida (2014) Detalhamento Custeio: 6,0% RCL - Saúde; 9,9% RCL - Básico; 13,4% RCL - Outros (IPE-Saúde, Gestão Plena do SUS, Encargos Financeiros, Transferências Obrigatórias e Outros Poderes). Detalhamento Investimentos Amplos: 2,4% RCL - Obras e Instalações; 1,4% RCL - Equipamento e Material; 2,4% RCL - Outros (Auxílios Financeiros, Constituição de Capital, Concessão de Empréstimos e Financiamentos e Demais). 25

Quadro geral da crise 26 O Estado gasta 122,5% do que arrecada. Redução da liberdade na gestão pública (despesas engessadas). 87% das receitas correntes estão comprometidas Baixo volume de recursos para novos investimentos.

Consequências da crise 27 Crescentes dificuldades para a ampliação e melhoria dos serviços públicos e da infraestrutura do RS. Perda da capacidade de melhorar a qualidade de vida dos gaúchos e a competitividade da economia.

Como conseguimos, até hoje, gastar mais do que arrecadamos? 28

Ações dos governos 29 Período Enfrentamento do Déficit Público 1971-1974 Endividamento 1975-1978 Endividamento 1979-1982 Endividamento e Inflação 1983-1986 Débitos de Tesouraria e Inflação 1987-1990 Inflação 1991-1994 Inflação 1995-1998 Venda de Ativos 1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011-2014 1999-2002 2003-2006 2007-2010 2011-2014 Saques do caixa único, menor volume de investimentos, venda de ativos, antecipação de impostos, atrasos com fornecedores e precatórios e não pagamento das Leis Britto Saques do caixa único, menor volume de investimentos, venda de ativos, antecipação de impostos, atrasos no pagamento dos fornecedores e precatórios e não pagamento das Leis Britto. Saques do caixa único e dos depósitos judiciais, atrasos com fornecedores e precatórios, antecipação de impostos, menor volume de investimentos, parcelamento do 13º salário junto ao BANRISUL, aumento de tributos e não pagamento das Leis Britto Saques do caixa único e dos depósitos judiciais, atrasos no pagamento de fornecedores, não pagamento de precatórios, não pagamento das Leis Britto, antecipação de impostos, menor volume de investimentos, parcelamento do 13º salário junto ao BANRISUL e aumento de tributos. Caixa único, antecipação de parte do IPVA, parcelamento do 13º e de salários, redução do gasto em custeio e em investimento e o não pagamento das Leis Britto, venda parcial do Banrisul, reestruturação de dívida por operação de crédito Saques do caixa único e dos depósitos judiciais, antecipação de impostos, parcelamento do 13º salário, parcelamento de salários mensais, redução do gasto em custeio e em investimento e utilização dos recursos com a venda de ações do BANRISUL. Caixa único, depósitos judiciais, investimentos via operações de crédito Saques do caixa único e dos depósitos judiciais, antecipação de impostos, endividamento com recursos de operações de crédito internas e externas.

30 O governo anterior financiou o aumento das despesas com: Novas dívidas: 4 bilhões Caixa Único e depósitos judiciais: 7,1 bilhões (5,4 bi é de Depósitos Judiciais)

Qual a responsabilidade do governo federal com a crise do RS? 31

32 O governo federal concentrou cada vez mais os recursos e distribuiu os encargos. Nos últimos 20 anos, ampliou a arrecadação dos tributos que não são divididos com os estados (CSLL, COFINS, PIS/PASEP, etc). A União fica cada vez mais com a maior parte do bolo.

Concentração do dinheiro em Brasília 33 A carga tributária do país aumentou para 36% do PIB. A receita do ICMS continuou igual como proporção do PIB. 33

Menos recursos de Brasília 34 Valores em R$ milhões nominais 1998 2014 ICMS 4.232,1 25.854,2 Total Transferências da União 848,7 2.441,5 FPE 257,2 1.709,8 FPEX 294,7 466,2 Lei Kandir 296,8 146,9 Aux. Financeiro - 112,3 CIDE - 6,4 ¹ Primeiro ano inteiro de vigência da Lei Kandir. Crescimento Nominal ICMS (1998 a 2014): 510,9% Crescimento Nominal Transferência da União (1998 a 2014): 187,7% Se o crescimento das Transferências Federais acompanhasse o crescimento do ICMS, o RS receberia R$ 2,743 bilhões a mais em 2014, em valores nominais. 34

Concentração do dinheiro em Brasília 35 Receita Disponível por Esfera 2013 18,3% 24,3% 57,4% União Estados Municípios 35

Redução das Transferências da União 36 Transferência União / RCL 10,9% 9,1% 8,5% Especificação 2006 2010 2014 COTA-PARTE DO FPE 781 1.149 1.710 COTA-PARTE IPI-EXPORTAÇÃO 377 440 466 LEI KANDIR (LCF 87/96) 147 147 147 AUXÍLIO FINANCEIRO EXPORTAÇÃO 153 118 112 TOTAL 1457 1853 2435 RECEITA CORRENTE LÍQUIDA - RCL 13.312 20.298 28.633 R$ milhões nominais RS, UM ESTADO EXPORTADOR, AMARGA PREJUÍZO. Só com a Lei Kandir, o RS perde R$ 3,2 bilhões/ano. 36

Perda FUNDEF / FUNDEB 37 Entre 2003 e 2014, o Estado contabilizou perda para o FUNDEF/FUNDEB de R$ 6,2 bilhões, em valores nominais. Especificação 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Deduções para formação do FUNDEF/FUNDEB -1.513-1,615-1.462-1.511-1.785-2.406-2.719-3.214-3.526-3.808-4.288-4.612 Transferência do FUNDEF/FUNDEB Perdas do Estado com o Fundo da Educação 967 1.006 1.174 1.188 1.478 2.129 2.416 2.717 2.961 3.088 3.436 3.712-546 -609-288 -323-307 -277-303 -497-565 -719-852 -900 R$ milhões nominais 37

Bondade com chapéu alheio 38 Quando adota políticas anti-crise, o governo federal usa desonerações e reduções de impostos que são divididos com os estados e municípios (IPI), reduzindo as receitas destes.

Qual a situação hoje? (resumo) 39

40 Em 2015, faltam R$ 5,4 bilhões para pagar as despesas do Estado. (Folha de pessoal, manutenção, dívida e investimentos) As fontes usadas nos últimos anos para cobrir todas as despesas estão praticamente esgotadas.

41 Estamos no limite do endividamento permitido em lei. Novas operações dependem da regulamentação pelo governo federal da Lei de Renegociação da Dívida dos Estados.

42 Saques do Caixa Único chegaram a R$ 11,8 bi. Os recursos dos depósitos judiciais estão praticamente esgotados (O limite legal permite sacar até 85% do saldo do fundo).

43 Não é mais possível contrair novos financiamentos e/ou empréstimos para manter o mesmo nível de gastos. Déficit com previdência chegou a R$ 7,25 bi em 2014.

O que é possível fazer para enfrentar a crise? 44

45 1) Gestão de curto prazo: Realismo financeiro e responsabilidade fiscal. Controle severo das despesas (custeio e investimentos). Melhoria da eficiência e da qualidade do gasto.

46 Compartilhar esforço com os demais Poderes. Combater a sonegação e intensificar a cobrança da dívida ativa. Revisão da política de incentivos fiscais.

47 2) Gestão de médio e longo prazo: Redução da prestação da dívida do RS com a União. Aumento dos recursos da Lei Kandir - compensação das isenções incidentes sobre as exportações. Rediscussão do pacto federativo: nova distribuição de receitas e encargos entre a União, estados e municípios.

48 Modernização da gestão para melhorar a qualidade e a eficiência do serviço público. Valorização do serviço público, gestão por indicadores, e uso da tecnologia da informação para buscar maior racionalização e simplificação (desburocratização).

Medidas iniciais de enfrentamento da crise 49

50 1. Decreto de suspensão temporária de despesas por 180 dias (já feito). 2. Decreto de contingenciamento do orçamento do Estado, com meta de redução de despesa na ordem de R$ 1 bi/ano. 3. Criação de comitê permanente de avaliação e eficiência no gasto público.

51 4. Grupo de trabalho especial de agilização e intensificação da cobrança da dívida ativa nas esferas administrativa e judicial (Procuradoria, Secretaria da Fazenda e outros). 5. Reavaliação e exclusão, no orçamento, dos programas e projetos governamentais que perderam sua razão de ser.

52 6. Definição dos projetos prioritários de governo, com base em: - forte impacto social; - resolutividade; - eficiência do gasto público. 7. Revisão da política de incentivos fiscais, que serão ajustadas ao novo cenário econômico estadual e nacional.

53 8. Intensificação da fiscalização tributária e combate à sonegação fiscal (inteligência fiscal e ações setoriais). 9. Contigenciamento de 35% dos CCs. 10. Agilizar o trabalho de reestruturação e racionalização patrimonial do Estado.

54 11. Revisão dos contratos de prestação de serviços com fornecedores e terceirizados. Meta de redução de 25% (recursos humanos, equipamentos, veículos, imóveis etc.) 12. Buscar com os demais poderes o esforço conjunto de equilíbrio financeiro.

55 13. Contigenciar os investimentos em publicidade. 14. Contingenciar contratações e concursos públicos de funcionários, preservando a prestação de serviços, especialmente nas áreas da saúde, educação e segurança. 15. Indicar alternativas visando a diminuição das perdas do Fundeb.

56 16. Agenda com o Governo Federal: Resgate de créditos retidos pela União; Renegociação da dívida: regulamentação URGENTE da lei complementar 148/14; Redução do comprometimento da receita corrente líquida de 13% para 9%; Cobrar da União a compensação dos investimentos do Estado nas estradas federais;

57 Buscar da União as devidas compensações previdenciárias; Pagamento IMEDIATO das transferências retidas para compensação das exportações; Obter a justiça frente os ressarcimentos das exportações (Lei Kandir). Revisão do Pacto Federativo. 57

58 Estamos dispostos a liderar o processo e apontar caminhos. O caixa público é um só. O dinheiro que vai para um lado faltará para outro. É por isso que serei sempre muito franco, sem promessas irresponsáveis. É por isso também que nós precisamos pensar e agir como parceiros de uma mesma comunidade, e não como adversários. Trecho do discurso de posse do Governador José Ivo Sartori, em janeiro de 2015.