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Transcrição:

Sumário INTRODUÇÃO... 2 O QUE É TESOURO DIRETO?... 3 Quais são as maiores vantagens do Tesouro Direto?... 5 Alguns riscos do Tesouro Direto... 7 Os tipos de títulos públicos do Tesouro Direto... 8 COMO COMEÇAR A INVESTIR NO TESOURO DIRETO... 11 Quais as melhores corretoras?... 12 Simulando um investimento no Tesouro Direto...13 1

INTRODUÇÃO O Tesouro Direto é considerado um dos melhores investimentos e mais seguros para pessoas que querem guardar o dinheiro e também ter uma boa margem de rentabilidade. O funcionamento é bem simples: ao comprar títulos por meio da corretora de valores, você empresta dinheiro ao governo e em troca receberá o valor do dinheiro aplicado mais a remuneração combinada na data da compra. E é muito acessível, hoje com menos de R$100 você começa o seu investimento no Tesouro Direto e todo mês pode aplicar o quanto quiser. De acordo com informações fornecidas pela BM&F Bovespa, investir em Tesouro Direto abrange diferentes benefícios como segurança, flexibilidade, liquidez, baixo custo e comodidade. Considerado a opção de menor risco disponível no mercado brasileiro, é completamente garantida pelo Tesouro Nacional, além de ser versátil e de fácil entendimento, uma vez que qualquer pessoa física com CPF e conta em instituições financeiras pode se tornar um investidor, assegurando todos os dias a recompra de títulos e com valores reduzidos. Sacou ou vai sacar o FGTS, mas não sabe como investir o dinheiro? Segundo um levantamento realizado pelo aplicativo de investimentos Renda Fixa, o dinheiro extra pode ser utilizado nos títulos do Tesouro Direto, uma vez que garantem um maior rendimento com baixa taxa de administração, além da segurança de investir em algo relacionado ao governo federal. Por isso, escrevemos este e-book especialmente para você, que quer investir no Tesouro Direto, mas não sabe nem por onde começar. Aproveite o conteúdo e comece agora mesmo a ser um investidor! 2

O QUE É TESOURO DIRETO? O Tesouro Direto é um programa criado em 2002 em uma parceria da BMF&F Bovespa para a venda de títulos públicos do governo federal para pessoas físicas, tudo feito online. Com objetivo de popularizar o acesso aos títulos públicos, permite aplicações bastantes baixas, começando por R$30! Há algum tempo atrás, só era possível investir em títulos públicos federais através de fundos de renda fixa, e esses fundos possuem taxas de administração muito elevadas, o que acaba reduzindo a rentabilidade do investimento aplicado. O tesouro direto permite aplicações com baixo custo de administração e com um pequeno valor. Com a crise instalada no país, o tesouro direto se tornou a melhor forma de você proteger o seu dinheiro. Os títulos públicos possuem liquidez diária, o que significa que o investidor pode vender e comprar títulos diariamente sem grandes dificuldades. Para entender qual a função dos títulos públicos dentro do contexto econômico (ruim) do país, precisamos entender que o governo, em todos os seus níveis, precisa de recursos financeiros para atender a sociedade em suas obrigações básicas como educação, saúde, construção civil, etc. O país precisa de grande quantidade dinheiro para manter todas essas áreas em funcionamento. Por isso, os títulos 3

públicos são uma ferramenta de captação de recursos, cada vez mais poderosa. O investimento no Tesouro Direto é considerado uma aplicação de renda fixa, pois no momento da aquisição o investidor sabe a taxa de juros que receberá, porém é necessário permanecer com a aplicação até o vencimento. Na prática, você estará emprestando o seu dinheiro para o governo comprando um título público. Em troca, o governo tem o compromisso de devolver esse dinheiro na data do vencimento mais os juros contratados. Veja um exemplo prático: Vamos supor que você emprestou R$500 para o governo e ele te entregasse um cheque pré-datado de R$1 mil que só poderá ser descontado daqui 2 anos em uma data especifica. Desta forma, você se torna credor do governo adquirindo o título e ele o seu devedor. Em um momento futuro, o valor da dívida se junta aos juros do período. Cada título possui sua própria data de vencimento, mas é possível vende-lo antes do prazo. Mas agora você pode estar em dúvida: É seguro emprestar dinheiro para o governo, com o cenário econômico atual do país? Não é arriscado demais? 4

Pode ter certeza que não! Ao escolher investir no Tesouro Direto, você tem as garantias do Tesouro Nacional, ou seja, o próprio governo federal é quem garante o pagamento. O Brasil é signatário de tratados internacionais que garantem a presença dele em organismos como o FMI e o Banco Mundial. Esses tratados regulam as garantias que o Estado deve dar para emitir títulos de dívida pública. No pior dos cenários, o governo deverá emitir moedas para pagar os seus credores, o que geraria uma inflação incontrolável, mas isso é um cenário apocalíptico e muito provavelmente (muito!) não vamos chegar a esse ponto. Quem investe no Tesouro Direto tem pouquíssimas chances de se arrepender, entre janeiro de 2000 a janeiro de 2015, um investimento realizado em títulos públicos atrelados à taxa Selic alcançou um rendimento próximo de 611%. Em números, significa que se você tivesse investido R$100 mil em títulos, teria acumulado nestes 15 anos a quantia de R$711 mil reais! Quais são as maiores vantagens do Tesouro Direto? A primeira delas, como explicado acima, é o baixo risco. Como é um investimento garantido pelo Estado, ele é considerado de baixíssimo risco. A segunda vantagem é o baixo custo se comparado com outras opções de investimento. O Tesouro tem o menor custo. Como este investimento é de renda fixa, você sabe exatamente qual será o seu investimento, desde que o mantenha até o final da sua data. Assim, é mais fácil você se planejar de acordo com os seus objetivos financeiros. Outra grande vantagem é a liquidez, pois o Tesouro Nacional garante a compra de seus títulos em qualquer dia útil. Obs.: Recentemente, o horário de compra e venda foi alterado. Agora, o resgate deve ser feito das 9:30h às 18h. Entre as 18 horas até as 5 horas da manhã, a operação poderá ser agendada, mas as taxas só serão definidas no dia seguinte. Outro ponto forte é a diversificação, pois o Tesouro Direto oferece diversos tipos de modalidades de títulos para atender todos os tipos de investidores. Você pode optar pelas possibilidades de títulos de 5

curto ou longo prazo, títulos pós e pré fixados e títulos que pagam cupons semestrais, entre outros. Com esse cenário de diversificação, você tem a opção de escolher aqueles voltados para cenários de baixa ou alta taxa de juros. Sempre existirá um mais adequado para a sua necessidade, combinando com a situação atual da economia. O Tesouro Direto é tão acessível que é possível começar o investimento com apenas 30 REAIS! O único detalhe a considerar é que as compras no Tesouro Direto deverão ser sempre múltiplos de 0,01, ou seja, 1% do título. Você pode comprar, vender e programar compras e vendas através do sistema do Tesouro, também acompanhando a rentabilidade pela internet, mas fique calmo, irei dedicar um capitulo para mostrar e explicar como fazer isso. Obs.: No fim de 2016, o Tesouro Direto lançou um aplicativo para smartphones que operam o sistema operacional Android. Por fim, a última grande vantagem do Tesouro Direto é a tributação e a rentabilidade. O Imposto de Renda é cobrado apenas na venda do título ou no pagamento de cupons semestrais. Segundo a revista Forbes, os títulos vêm registrando percentuais muito maiores de retornos financeiros do que outras formas tradicionais, 6

como a poupança. Enquanto as cadernetas de poupança têm um valorização de 8,25% ao ano, em 2016 os títulos alcançaram até 14,11% de rentabilidade. Hoje a taxa Selic está em 11,25% e a poupança em 8,30%. Alguns riscos do Tesouro Direto Antes de saber os riscos que o Tesouro Direto têm ou pode eventualmente ter, você precisa saber duas coisas: Primeiro, ao comprar um título, é importante saber que ele fica registrado no seu CPF e pode ser consultado a qualquer momento no site do Tesouro Direto, com transparência e segurança. Você também precisa saber que existem dois tipos de risco nesse investimento: O risco de mercado, que depende apenas de você, e o risco de credito, que não depende das suas decisões e envolve toda a sociedade. O risco de mercado é quando há a possibilidade de perdas por causa das variações nos preços dos títulos. A taxa de juros da economia é a principal responsável pela variação nos preços dos títulos. E esse é o maior risco desse tipo de investimento: quando você compra um título de longo prazo, por exemplo, e, antes do vencimento, precisa vender por algum motivo qualquer. Nesse caso, você se sujeitará a vender o título pelo preço que o mercado estiver pagando naquele dia e poderá ter uma eventual perda. Já o risco de crédito é a probabilidade do emissor do título, que no caso é o Estado, não conseguir ou não desejar saldar suas dívidas. O chamado calote. Mas como explicado acima, o risco disso acontecer é muito baixo. Em caso de chegar em um nível no qual o governo não consiga pagar suas dívidas, o Banco Central poderá emitir mais notas para pagar sua dívida interna. Agora, vou explicar o que acontece com o tesouro nos momentos de alta e baixa dos juros. Quando o Brasil passa por um período de inflação alta, o governo aumenta os juros para diminuir o consumo das pessoas, na tentativa de controlar essa inflação. Como o título do Tesouro Direto é atrelado à Taxa Selic, se a taxa subir, ele rende mais. Por isso, o aumento na Selic não significa maior risco de crédito. 7

Obs.: A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, lastreadas em títulos públicos federais. A sigla SELIC é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Outra dúvida comum é sobre o grau de investimento que as agências de risco internacionais dão para o Brasil. Quando essas agencias enxergam qualquer problema na economia de um pais, reduzem o grau e indicam um aumento no risco de investir no país. Mas somente títulos atrelados à inflação teriam seu preço reduzido. Poucas pessoas têm coragem para investir quando a economia vai mal, e assim decidem deixar o dinheiro nas cadernetas de poupança. Mas é justamente nessa hora que surgem excelentes oportunidades no Tesouro Direto! Com a economia em crise, investir em títulos públicos é ainda mais vantajoso, já que nesses momentos a taxa de juros sobe. Se a nota de risco do Brasil for rebaixada ainda mais, o governo será obrigado a elevar novamente a taxa de juros, para atrair mais investidores. Os tipos de títulos públicos do Tesouro Direto Agora vou explicar sobre os 3 tipos de títulos públicos que existem e quais as características de cada um deles. Porque você precisa conhecer e entender cada título? A escolha do título mais adequado vai depender de seus objetivos e do prazo que você tem para deixar esse título aplicado. Existem três tipos de títulos públicos: Títulos Prefixados; Títulos Pós-fixados; Títulos Mistos, que são indexados à inflação; O primeiro que vou explicar é o título pós-fixado, que acompanha a taxa básica de juros da economia. Sempre que o governo anuncia o aumento na taxa, a rentabilidade desse título também aumenta. Mas, por outro lado, quando o governo começa a baixar os juros, o título também passa a render menos. Assim você só saberá quanto lucrou na data de vencimento ou quando vender o título antecipadamente. 8

O título pós-fixado é uma excelente alternativa para o curto prazo, é indicado para quem quer rentabilidade diária e pode precisar do dinheiro a qualquer momento. Já o Tesouro Prefixado você só saberá a rentabilidade no dia da compra, como o próprio nome já diz. Porém, se resgatar antes do prazo, estará sujeito ao valor que o mercado estiver pagando no momento da venda, que pode ser mais ou menos do que o contratado. Este título é mais indicado para pessoas que querem saber quanto terão de rentabilidade e podem esperar até o vencimento. Outro título existente é o Tesouro Prefixado, com juros semestrais. A diferença deste para o anterior é que você receberá parte da rentabilidade através dos juros semestrais, ou seja, a cada 6 meses. Esse investimento é indicado para as pessoas que querem saber a rentabilidade no dia da compra, porém elas podem esperar até o vencimento e precisam de parte do lucro antes do prazo, abrindo mão de uma rentabilidade maior. O próximo título é o Tesouro IPCA+, que o título pós-fixado que acompanha a inflação. Você não poderá saber a rentabilidade no dia compra, já que ela é comporta por duas partes: A taxa de juros pré- 9

fixada e a variação da inflação no período. Esse título é considerado uma excelente alternativa de garantir um aumento do poder de compra do seu dinheiro. Porém, se resgatar antes do prazo, estará sujeito ao valor que o mercado estiver pagando no dia, que pode ser mais ou menos que o contratado. Este título é mais indicado para pessoas que têm objetivos de longo prazo, como gerar uma aposentadoria, garantir a faculdade do filho ou comprar um imóvel. Por último, também existe o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, que funciona como o anterior, porém paga a cada 6 meses, através dos juros semestrais. No dia do vencimento do título, você recebe a taxa pré-fixada atualizada pela inflação do período somada aos últimos juros do semestre. Esse investimento é indicado para pessoas que tem objetivos de longo prazo, mas precisam de parte da rentabilidade antes do fim do contrato, como uma forma de complementar a renda mensal. 10

COMO COMEÇAR A INVESTIR NO TESOURO DIRETO Com tantas vantagens do Tesouro Direto, você deve estar se perguntando o que é necessário para começar a investir no Tesouro Direto. Agora que você já conhece os tipos de títulos disponíveis, chegou a hora de entender como você faz o investimento do seu dinheiro nessa excelente aplicação. Neste capitulo você irá descobrir, com todos os detalhes, como investir no Tesouro Direto e tudo o que é necessário para se tornar um investidor. Antes de começar a investir, é necessário saber qual o seu objetivo com o dinheiro. Depois de definir o seu objetivo, é hora de estabelecer o prazo do investimento, basta ter uma conta em um banco com seu CPF e abrir conta em uma corretora de valores. Mas qual valor devo investir? A verdade é que você não precisa ter um caminhão de dinheiro para comprar um título do Tesouro Direto. É possível começar a partir de R$30,00. Você pode comprar os títulos das 9h de um dia até às 17h do dia seguinte e o seu dinheiro deve estar na conta da corretora no dia seguinte à compra. Para vender os títulos, o valor mínimo também é a fração de 0,01 de um título. Mas como posso me cadastrar em uma corretora de valores? Vamos a um passa-a-passo simplificado e os documentos necessários nesse processo. Mas antes, você precisa saber que não é recomendado utilizar a corretora do seu banco, mas sim uma corretora independente. Bancos cobram uma taxa de administração muito alta para o investimento em títulos públicos, o que acaba prejudicando a rentabilidade do seu investimento. Já as corretoras cobram taxas bem menores ou até isentam seus clientes para investimentos no Tesouro. Agora que você já sabe que investir em uma corretora é mais barato, chegou a hora de saber como se cadastrar. Antes de tudo, aqui vai algumas pequenas recomendações: Evite corretoras de pequeno porte; não deixe seu dinheiro parado na conta de corretora; confira sempre o e-mail mensal que a BM&F Bovespa envia com o extrato de seus títulos públicos. Você também pode acessar o seu login no site do Tesouro Direto. Lembre-se: seus títulos estão protegidos pela 11

CBLC, não havendo prejuízo para você, mesmo que a corretora venha a falir. Antes de abrir sua conta em uma corretora, faça uma comparação entre todas as características, tamanho da empresa, taxas e etc. E só depois de ter escolhido aquela corretora que mais se encaixa ao seu perfil, abra a sua conta. Para abrir uma conta em uma Corretora de Valores, é necessário possuir uma conta ativa em um banco. Para fazer o seu cadastro, basta acessar o site da corretora escolhida e preencher a ficha cadastral. Informe todos os dados para a abertura da conta. Será necessário habilitar o investimento Tesouro Direto dentro da sua área de usuário da corretora. Após se cadastrar na corretora, você receberá um e-mail com a senha provisória do site do Tesouro Direto. Acesse o site e informe uma nova senha. Agora você está pronto para comprar seu primeiro título do Tesouro! Quais as melhores corretoras? Mesmo com tantas opções disponíveis para investir, é sempre importante uma indicação. Vou te mostrar 2 opções de corretoras confiáveis para você escolher e investir seu dinheiro sem medo. 12

1. Rico É uma ótima opção para investir em Tesouro Direto, com taxa de 0,1% de administração e ainda tem a opção de fazer a compra dos títulos pela página da corretora, que possui um agende integrado. Outra é vantagem é a facilidade das transferências bancarias, resgate o dinheiro da corretora e o dinheiro pode estar na sua conta no mesmo dia! Para conhecer mais sobre a corretora acesse https://www.rico.com.vc/. 2. Easynvest Líder no ranking do Tesouro Direto, a taxa de administração é zero. Você também consegue comprar os títulos na página da corretora também. Está no mercado por quase 50 anos, usando a tecnologia para tornar mais fácil, simples e inteligente para investir. É na renda variável que a Easynvest lucra mais, cobrando 30 reais de taxa de custodia. É a melhor opção para quem quiser investir somente em renda fixa. Para conhecer mais sobre a corretora acesse https://www.easynvest.com.br/. Simulando um investimento no Tesouro Direto O próprio site do Tesouro Federal oferece uma calculadora para você calcular a rentabilidade de um possível investimento. A quantidade mínima de compra é de 1% do valor de um título, respeitando o valor de R$30,00. 13

Valores de Referência do site Tesouro.fazenda.gov.br Na calculadora, você tem que preencher estes campos: Título: Nesse campo você deve escolher qual título vai comprar. Lembrando que não existe um melhor título, mas sim um título mais adequado para o seu perfil e para o seu objetivo. Data da Compra: Aqui você coloca a data do dia que você irá comprar o título. Data do Vencimento: Você deve inserir a data do vencimento do título, conforme a tabela acima onde estão os títulos disponíveis descritos. Valor Investido: Aqui você insere o valor que irá investir no título. Sempre lembrando que o valor deve ser múltiplo de 1% do valor do título. Se o título custar 700 reais, por exemplo, você pode investir múltiplos de 7. 14

Taxa do papel na compra (%a.a.): Nesse campo você deve colocar a taxa do papel na compra que também está disponível na tabela. Taxa de administração do banco/corretora (%a.a.): Aqui você coloca quanto a sua corretora ou banco cobra de taxa de administração Taxa Selic para o Período (%a.a.): Esse campo aparece se você escolher a LFT como título. Você pode pesquisar o Relatório Focus para ter uma estimativa de qual será a taxa Selic média do período. Taxa de Inflação (IPCA) para o Período (%a.a.): Esse campo aparece se você escolher o Tesouro Direto IPCA+ (NTN-B Principal) ou Tesouro Direto IPCA+ com juros semestrais (NTN-B). Veja um exemplo prático: 15

De acordo com o exemplo acima, podemos ver que a rentabilidade liquida foi de 11,34%. Fazer a simulação e analisar a tabela é uma excelente maneira de perdermos o medo e vermos com transparência tudo que é cobrado quando investimos tesouro direto. Para fazer a simulação basta acessar o site http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-calculadora. 16

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