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Transcrição:

CUT - CNTT Federação Nacional dos Portuários Perfil dos trabalhadores nos Portos do Brasil RAIS - 2011 Brasília, Setembro de 2013

LISTA DE SIGLAS ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários CBO - Classificação Brasileira de Ocupações CNAE - Classificação Nacional de Atividade Econômica DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos FNP - Federação Nacional dos Portuários FOB Free on board ITF - International Transport Worker s MTE - Ministério do Trabalho e Emprego MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior PIB - Produto Interno Bruto OGMOs - Órgãos de Gestão de Mão-de-Obra RAIS - Relação Anual de Informações Sociais SIG - Sistema de Informações Gerenciais TPA - Trabalhadores Portuários Avulsos 2

INTRODUÇÃO...4 I CONTEXTO PORTUÁRIO: CRESCIMENTO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA...4 I.1 Crescimento do comércio exterior e do setor portuário...4 I.2 Reestruturação produtiva e o modelo portuário atual...6 II O TRABALHO PORTUÁRIO...8 III O PERFIL DO TRABALHADOR PORTUÁRIO NO BRASIL...9 III.1 Nível de emprego...11 III.2 Tipo de vínculo...12 III.3 Distribuição Geográfica...13 III.4 Ocupações...14 III.5 Gênero...21 III.6 Escolaridade...23 III.7 Faixa Etária...24 III.8 Jornada de Trabalho...26 III.9 Tempo no emprego...26 III.10 Remuneração média...27 III.11 Os trabalhadores nos Estabelecimentos...27 IV CONSIDERAÇÕES FINAIS...29 V FONTES CONSULTADAS...30 3

INTRODUÇÃO Este estudo pretende apresentar à Direção da Federação Nacional dos Portuários (FNP), algumas características que permitem se aproximar do perfil dos trabalhadores no setor portuário brasileiro no âmbito da administração portuária pública e na esfera operacional. Abrange tanto os trabalhadores avulsos quanto os vinculados, conforme as informações da RAIS - Relação Anual de Informações Sociais - do Ministério do Trabalho e Emprego. Na primeira parte do estudo contextualiza-se o setor portuário, assim como sua importância na movimentação do comércio exterior e pontuam-se algumas mudanças no marco regulatório atual. Na seção II apresentam-se aspectos gerais do trabalho portuário e da organização sindical. Na seção III são apresentadas as informações da RAIS propriamente ditas e na seção IV, apontamentos a modo de conclusão e algumas dificuldades para a consecução dos presentes dados. I CONTEXTO PORTUÁRIO: CRESCIMENTO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA I.1 Crescimento do comércio exterior e do setor portuário Em janeiro de 2012 o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou que em 2011 a balança comercial brasileira tinha batido recordes, a despeito da crise internacional: US$ 256 bilhões em exportações e US$ 226 bilhões em importações, valores que significaram aumentos de 26,8% e 24,5%, respectivamente, em relação a 2010. Em que pese a ligeira retração do comércio exterior em 2012 (3,4% em relação a 2011), o resultado desse ano é 21,37% superior aos valores alcançados em 2010. A partir de 2003 os dados sobre o valor gerado pela corrente de comércio exterior mostram uma tendência crescente apenas com retração em 2009 e leve queda em 2012, após pico recorde de 2011. 4

Milhões de Toneladas Federação Nacional dos Portuários GRÁFICO 1 Evolução da corrente de comércio exterior - 1990 a 2012 (em US$ FOB 1 ) Fonte: Estatísticas de Comércio Exterior. Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além de constituir um importante componente na economia do país, o comércio exterior no Brasil cresce com mais dinamismo do que Produto Interno Bruto (PIB). A movimentação de cargas nos portos brasileiros dobrou entre 1998 e 2012, conforme se observa no Gráfico 2. Do valor total gerado pela corrente do comércio exterior, estimativas apontam que aproximadamente 80% passam pelo conjunto de portos brasileiros. Ao considerar a movimentação em toneladas, a participação aumenta, sendo estimada em 95%. GRÁFICO 2 Evolução da movimentação geral de cargas nos portos e terminais brasileiros - 1998 a 2012 (em milhões de toneladas) 1.000 900 800 700 600 500 400 443 436 485 506 529 571 621 649 693 755 768 733 834 886 904 300 200 100 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Sistema de Informações Gerenciais (SIG), ANTAQ. 1 Valor da mercadoria acrescido das despesas até que esteja a bordo. A partir do embarque, o comprador assume responsabilidades e custos. 5

A importância dos portos fica evidente ao analisar a carga e o valor do comércio exterior que movimentam. São sensíveis à movimentação do comércio internacional por ser o meio aquaviário o modal de transporte que desloca maior volume de cargas em grandes distâncias a um custo mais econômico. Dessa forma, o setor portuário é componente fundamental da cadeia logística nacional e, portanto, tem um papel importante na competitividade e inserção do país no comércio internacional. I.2 Reestruturação produtiva e o modelo portuário atual Inseridos num contexto de transformação produtiva, abertura comercial, reformas neoliberais e privatização, os portos brasileiros passaram a ser regidos por um novo marco jurídico em 1993, ano em que se promulgou a Lei de modernização portuária (Lei n o 8.630 de 1993) que regeu o setor durante 20 anos, até junho de 2013. Neste ano foi promulgada a Lei n o 12.815, Nova Lei dos Portos, que substituiu o marco regulatório anterior. Em 1993, a partir da primeira reconfiguração do setor, os portos brasileiros foram divididos em diversos terminais que passaram a ser operados pela iniciativa privada. Assim, os operadores ficaram a cargo da movimentação e armazenagem de carga. As empresas públicas, que até então também cumpriam tal atividade, retiraram-se da operação e ficaram responsáveis pela administração do complexo portuário 2. Antes dessa primeira grande reforma, tanto a movimentação quanto a administração dos portos eram atribuições das empresas públicas de administração portuária. Com a Lei de modernização portuária, privatizou-se a operação, mas a administração continuou sendo exercida por empresas públicas na figura da Autoridade Portuária (exercida por Companhias Docas, governos estaduais ou municipais) 3. Um dos impactos da reestruturação portuária e do afastamento do poder público da operação portuária foi a diminuição do contingente de trabalhadores nas empresas de administração. Em 1993 2 De maneira residual algumas empresas de administração portuária continuam realizando movimentação de carga. Porém, a reforma de 1993 objetivou que as empresas públicas passassem a ser gestoras (e não mais operadoras) do complexo portuário. 3 A Autoridade Portuária é responsável, dentre outras funções, pela manutenção da infraestrutura de acesso marítimo e terrestre, ou seja, por manter estruturas propensas para a adequada navegação, atracação e escoamento de cargas tanto nas vias terrestres como aquáticas. O novo marco regulatório instituído a partir de 2013 reorganizou algumas de suas funções, dentre a mais importante, transferiu para a ANTAQ a elaboração e celebração de contratos de licitação. Para maiores detalhes sobre as mudanças no setor portuário brasileiro, sugere-se a leitura das Notas Técnicas do Dieese n o 119 (fev/2013) e n o 126 (jun/2013). 6

havia 13.755 empregados nas Companhias Docas Federais 4. Em 2003, esse número passou para 2.970, redução de 78,44% no quantitativo de trabalhadores (FNP, 2011) 5. Além dessa reestruturação, os crescentes processos de automatização, informatização e conteinerização de mercadorias, reduziram sensivelmente a necessidade de requisição de trabalhadores na movimentação portuária. A modo de ilustração, antes da reforma portuária no Porto do Rio de Janeiro a média diária de trabalhadores requisitados por dia era de 496 enquanto que em 2001 passou a ser de 219, menos da metade (MTE, 2002) 6. Estas transformações acompanham tendências mundiais: na Austrália até 1998 para a operação de guindaste eram requisitados entre 11 e 12 trabalhadores; em 2003, eram 6. Da mesma forma, no porto de Roterdã em 1982 havia 7.600 trabalhadores contratados para manipulação de carga geral; em 1991, apesar de o volume de cargas ter aumentado 62%, havia 5.500. No Panamá, 75% dos portuários foram demitidos a partir da privatização e reestruturação portuária (ITF, 2003) 7. No Brasil, outra alteração importante no processo de reestruturação portuária foi a criação de Órgãos de Gestão de Mão-de-Obra (OGMOs). Antes de 1993, os sindicatos administravam o fornecimento de mão-de-obra avulsa (escalação), o que abrangia, dentre outras atividades, a composição dos ternos 8. A partir da instituição dos OGMOs, passaram a ser estes os responsáveis pelo recebimento e atendimento das requisições de trabalhadores portuários avulsos (TPA), escalação, elaboração da folha de pagamento, pagamento e identificação dos trabalhadores. O marco regulatório de 1993 estabelecia que os terminais dentro do porto organizado deviam requisitar mão-de-obra avulsa para a movimentação de mercadorias. No entanto, os terminais privativos, que movimentavam carga própria como a Petrobrás, Vale do Rio Doce, etc., não tinham tal obrigação, embora existam de fato terminais privativos que requisitam TPAs, como é o caso do Espírito Santo. A Nova Lei dos Portos de 2013 acabou com a diferenciação entre carga própria e carga de terceiros e possibilitou que terminais privados movimentem carga de terceiros sem ter carga própria. Assim, a partir de agora haverá terminais totalmente privados movimentando carga pública. 4 Companhia Docas do Ceará (CDC), Companhia Docas do Pará (CDP), Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Companhia Docas do Estado da Bahia (CODEBA), Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN), Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA) e Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP). 5 No entanto, e como será comentado adiante, a partir desse ano as empresas de administração portuária começaram a renovar seus quadros, principalmente entre as companhias federais. 6 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE. Trabalho Portuário: Estudo sobre a Modernização Portuária e seus Reflexos na Saúde e Segurança dos Trabalhadores Avulsos. Fundalc: Brasília, 2002. 7 International Transport Worker s ITF. Repercusiones de la Reforma Portuaria para el personal. 2003. Disponível em http://www.itfglobal.org/education/ports.cfm Acesso em jul/2013. 8 Equipes de trabalho conformadas por categorias profissionais conforme a necessidade de movimentação da mercadoria. Composto por arrumadores, bloqueiros, conferentes, consertadores, estivadores, trabalhadores de capatazia, vigias e modificado em função da natureza da carga a ser movimentada. 7

Desta forma, em termos de organização do trabalho e para efeitos didáticos, podem-se distinguir três grandes áreas: 1. Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária; 2. Trabalhadores na Operação de Terminais (vinculados); 3. Trabalhadores dos OGMOs (avulsos registrados ou cadastrados empregados na operação propriamente de movimentação de carga e trabalhadores que realizam atividades do órgão em si). II O TRABALHO PORTUÁRIO O marco jurídico considera que o trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga e conserto, bloco e vigilância de embarcações possa ser prestado por trabalhadores avulsos e por trabalhadores com vínculo empregatício por prazo indeterminado. A Lei n o 12.815 de junho de 2013 as define como categorias profissionais diferenciadas. Pela definição na lei, entende-se por: I - Capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário; II - estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo; III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações; IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição; V - vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; e VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos. 8

Além do trabalho na operação, há trabalhadores diretamente envolvidos na atividade portuária que desempenham atividades na área administrativa, principalmente na Administração da Infraestrutura Portuária, mas também na Operação de Terminais. Não são tratados neste perfil outros agentes anuentes no porto ou autoridades, como delegados aduaneiros, autoridades marítimas, vigilância sanitária, polícia federal, etc. III O PERFIL DO TRABALHADOR PORTUÁRIO NO BRASIL A busca na RAIS se deu a partir da identificação da Classificação Nacional de Atividade Econômica CNAE 2.0. As CNAEs identificadas para a atividade portuária foram: Seção: H - Transporte, armazenagem e correio o Divisão: 52 Armazenamento e atividades auxiliares dos transportes Grupo: 523 Atividades auxiliares dos transportes aquaviários Classe: 5231-1 Gestão de Portos e Terminais Subclasses: 5231-1/01 Administração da Infraestrutura Portuária 5231-1/02 Operações de Terminais A primeira subclasse (5231-1/01) compreende os trabalhadores envolvidos na administração da infraestrutura portuária. Na relação dos estabelecimentos, pode-se constatar não só Companhias Docas como também empresas de administração estaduais e alguns portos privativos. Nesse último caso, tanto a operação quanto a administração da infraestrutura é realizada pela empresa. Cabe destacar que não compreende as atividades de agenciamento marítimo. A segunda subclasse (5231-1/02) compreende as atividades de operações de terminais marítimos e fluviais, de uso público ou privado, envolvendo: - o armazenamento de mercadorias (dentro do porto) proveniente ou destinadas às embarcações; - operação e gestão de equipamentos destinados à carga e descarga; - a carga e descarga de embarcações. Compreende também as atividades dos operadores portuários e a gestão de terminais de passageiros. Nesse caso, não compreende garagens náuticas para guarda de embarcações. 9

Tendo em vista que os trabalhadores portuários avulsos não constam na relação da segunda subclasse ( Operações de Terminais ) e que os OGMOS não se encontram agrupados numa única CNAE 9, procedeu-se ao processamento de dados a partir da RAIS Identificada, porém os resultados foram gerados como um universo total, de forma tal a se preservar o sigilo das informações e que não fosse possível a identificação dos dados dos estabelecimentos individualmente. O primeiro passo foi identificar os OGMOS existentes no Brasil e a partir do conjunto deles, obtiveram-se os dados do universo conjunto de trabalhadores portuários avulsos. Foram identificados 30 OGMOs: 1. Angra dos reis 2. Antoninha 3. Arraial do cabo 4. Bahia 5. Belém e Vila do Conde 6. Cabedelo 7. Espírito santo 8. Fortaleza 9. Ilheus 10. Imbituba 11. Itaguai 12. Itajaí 13. Itaqui 14. Macapá 15. Maceió 16. Manaus 17. Natal 18. Paraná 19. Pelotas 20. Porto Alegre 21. Recife 22. Rio de janeiro 23. Rio grande 24. Rio Janeiro/ Sepetiba/ Forno/ Niterói 25. Salvador e Aratú 26. Santarém 27. Santos 28. São Francisco do Sul 29. São Sebastião 30. Suape Desta forma, as informações que serão apresentadas a seguir estão segmentadas por: 1. Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária; 2. Trabalhadores na Operação de Terminais (com vínculo); 3. Trabalhadores dos OGMOs (avulsos na Operação e empregados do órgão em si). 9 Os OGMOs no Brasil foram encontrados nas seguintes CNAES: Atividades de associações de defesa de direitos sociais (CLAS 9430800), Navegação de apoio portuário (CLAS 5030102), Atividades de organizações associativas profissionais (CLAS 9412000), Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas (CLAS 8299799) e Atividades associativas não especificas anteriormente (CLAS 9499500). Dentro dessas CNAES havia outros estabelecimentos, de forma tal que não teria sido possível traçar o perfil do trabalhador portuário avulso ao extrair os dados dessas classificações, uma vez que estariam somados trabalhadores de outras áreas que não a portuária. 10

III.1 Nível de emprego Em 31 de dezembro de 2011, as três categorias de portuários somavam 44.439 trabalhadores. Destaca-se o aumento no quantitativo principalmente de 2010 para 2011. Por sinal, constata-se que a quantidade de trabalhadores empregados no setor portuário aumentou todos os anos desde a série contabilizada em 2006. Do ano 2010 para o 2011 o aumento foi de 15,5%, três vezes o número registrado entre 2009 e 2010, quando houve aumento de 5,1%. A quantidade de trabalhadores empregados no setor no início da série, em 2006, representa um crescimento de 31,12% em comparação a 2011. Os dados podem ser observados no Gráfico 3. GRÁFICO 3 Evolução do Quantitativo de Trabalhadores nos Portos do Brasil (2006-2011) 45.000 40.000 44.439 35.000 30.000 33.891 35.527 36.297 36.611 38.488 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 O crescimento mais significativo aconteceu entre os trabalhadores na Operação de Terminais, onde houve aumento de 35,5% no quantitativo de trabalhadores empregados entre 2010 e 2011. Ao considerar o ano 2006 em que se inicia a série, havia 8.624 trabalhadores empregados na Operação de Terminais. Em 2011, eram 19.996, mais do que o dobro. O aumento no quantitativo representa um crescimento de 131,86% entre os anos 2006 e 2011. Enquanto que os dados denotam aumento nos trabalhadores empregados na Operação de Terminais, percebe-se diminuição progressiva no quantitativo de trabalhadores dos OGMOS. Se em 2006 os dados da RAIS indicam 21.620 trabalhadores, em 2011 eram 18.327, diminuição de 15%. A quantidade de trabalhadores dos OGMOs na Operação, que em 2006 era 2,5 vezes superior à 11

quantidade de trabalhadores com vínculo na Operação de Terminais, ficou abaixo desta última em 2011, conforme se pode observar no Gráfico 4. Já em relação à quantidade de trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária, pode-se constatar também aumento no número de empregados entre 2006 e 2011. Se em 2006 havia 3.647, em 2011 eram 6.166, ou seja, 2.469 trabalhadores a mais. 25.000 GRÁFICO 4 Evolução do Quantitativo de Trabalhadores nos Portos do Brasil por Segmento (2006-2011) 20.000 21.620 18.467 19.996 18.327 15.000 14.761 10.000 5.000 8.624 3.647 5.260 6.116 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Trabalhadores na Operação de Terminais Trabalhadores dos OGMOS TABELA 1 Trabalhadores empregados no setor portuário brasileiro por segmento Segmento 2011 Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária 6.116 Trabalhadores na Operação de Terminais (com vínculo) 19.996 Trabalhadores dos OGMOs 18.327 Total 44.439 III.2 Tipo de vínculo Entre os trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária e na Operação de Terminais, 99% têm vínculo através da CLT. Entre os trabalhadores dos OGMOs, 92% são trabalhadores avulsos. As informações se encontram detalhadas na Tabela 2. 12

TABELA 2 Tipo de Vínculo dos Trabalhadores Portuários - 2011 Trabalhadores na Infraestrutura Portuária CLT 6.052 98,95% Estatutários 11 0,18% Menor Aprendiz 37 0,60% Diretores 16 0,26% TOTAL 6.116 100% Trabalhadores na Operação de Terminais CLT 19.722 98,63% Estatutários 107 0,54% Menor Aprendiz 151 0,76% Diretores 16 0,08% TOTAL 19.996 100% Trabalhadores dos OGMOs CLT 1.378 7,52% Avulsos 16.940 92,43% Outros 9 0,05% TOTAL 18.327 100% III.3 Distribuição Geográfica Mais da metade dos trabalhadores portuários no Brasil se encontram na região Sudeste (53%). Junto com o Sul (24%), estas duas regiões concentram 77% do total de trabalhadores portuários. A distribuição geográfica dos trabalhadores está detalhada na Tabela 3 e na Ilustração 1. TABELA 3 Distribuição Geográfica dos Trabalhadores Portuários - 2011 Trabalhadores TOTAL Região Norte 3.087 6,95% Região Nordeste 6.995 15,74% Região Sudeste 23.695 53,32% Região Sul 10.620 23,90% Região Centro-Oeste 42 0,09% TOTAL 44.439 100% 13

ILUSTRAÇÃO 1 Distribuição Geográfica dos Trabalhadores Portuários no Brasil Por Regiões - 2011 Administração Infraestrutura... 124 Operação Terminais... 1.675 OGMOs...1.288 TOTAL NORTE 3.087 Administração Infraestrutura... 837 Operação Terminais... 2.623 OGMOs... 3.535 TOTAL NORDESTE 6.995 Administração Infraestrutura... 19 Operação Terminais... 23 OGMOs... 0 TOTAL CENTRO-OESTE 42 Administração Infraestrutura... 2.913 Operação Terminais... 12.282 OGMOs... 8.500 TOTAL SUDESTE 23.695 Administração Infraestrutura... 2.223 Operação Terminais... 3.393 OGMOs... 5.004 TOTAL SUL 10.620 e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. III.4 Ocupações Na Administração da Infraestrutura Portuária, 18% dos trabalhadores são assistentes administrativos e 15% são vigilantes ou vigias portuários. A distribuição dos trabalhadores no restante das ocupações é bastante pulverizado entre as diversas categorias, conforme se pode observar na Tabela 4 e no Gráfico 5. 14

TABELA 4 Ocupações dos Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária - 2011 Ocupações 2011 Assistente administrativo 1.119 18,30% Vigilante 495 8,09% Vigia portuário 428 7,00% Conferente de carga e descarga 244 3,99% Auxiliar de escritório, em geral 229 3,74% Gerente administrativo 219 3,58% Operador de empilhadeira 214 3,50% Trabalhador -limpeza e conservação de áreas publicas 209 3,42% Estivador 184 3,01% Auxiliar de serviços de importação e exportação 130 2,13% Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) 126 2,06% Engenheiro civil 122 1,99% Motorista de carro de passeio 101 1,65% Agente de segurança 97 1,59% Técnico em administração 93 1,52% Ajustador mecânico 83 1,36% Chefe de estação portuária 82 1,34% Armazenista 79 1,29% Eletricista de manutenção eletroeletrônica 74 1,21% Administrador 68 1,11% Supervisor de operações portuárias 67 1,10% Guarda portuário 60 0,98% Contador 55 0,90% Técnico em segurança no trabalho 52 0,85% Supervisor administrativo 47 0,77% Analista de desenvolvimento de sistemas 45 0,74% Marinheiro de convés (marítimo e fluviais) 40 0,65% Mecânico de manutenção de automóveis, motocicletas e veículos similares 39 0,64% Operador de transporte multimodal 36 0,59% Advogado 35 0,57% Outros (30 ou menos trabalhadores) 1.244 20,34% Total 6.116 100% 15

GRÁFICO 5 Distribuição das Ocupações dos Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária - 2011 Engenheiro civil 2% Motorista caminhão 2% Auxiliar serviços Imp/Exp 2% Estivador 3% Limpeza área pública 3% Operador Empilhadeira 3% Gerente Adm 4% Motorista carro passeio 2% Agente seguranca 2% Técnico Adm 2% Conferente 4% Auxiliar escritório 4% Vigia portuario 7% Assistente Adm 18% Vigilante 8% Ajustador mecânico, Chefe de estação portuária, Armazenista, Eletricista eletroeletrônico, Administrador, Supervisor de operações, Guarda portuário, Contador, Técnico em segurança no trabalho, Supervisor administrativo, Analista de sistemas, Marinheiro de convés, Mecânico de manutenção de veículos automotores, Operador de transporte multimodal, Advogado 1 % Outros 20% Os trabalhadores na Operação de Terminais também têm ocupações bastante diversificadas e sua distribuição está pulverizada em percentuais iguais ou menores a 6%. As ocupações com maior concentração são assistente administrativo, com 6% ou 1.262 empregados, e estivador, também com 6% e 1.146 trabalhadores. Segue-se motorista de caminhão e conferente, ambos com 5%. A distribuição dos trabalhadores no restante das ocupações está detalhada na Tabela 5. 16

TABELA 5 Ocupações dos Trabalhadores na Operação de Terminais - 2011 OCUPAÇÕES 2011 Assistente administrativo 1.262 6,31% Estivador 1.146 5,73% Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) 1.029 5,15% Conferente de carga e descarga 923 4,62% Auxiliar de escritório, em geral 860 4,30% Operador de empilhadeira 778 3,89% Mecânico de manutenção de maquinas, em geral 711 3,56% Armazenista 591 2,96% Operador de maquinas fixas, em geral 510 2,55% Operador de caminhão (minas e pedreiras) 500 2,50% Supervisor de operações portuárias 432 2,16% Operador de guindaste móvel 389 1,95% Carregador (armazém) 385 1,93% Trabalhador de serviços de limpeza e conservação de áreas publicas 354 1,77% Técnico de planejamento de produção 279 1,40% Supervisor administrativo 251 1,26% Vigilante 243 1,22% Técnico mecânico 242 1,21% Auxiliar de serviços de importação e exportação 238 1,19% Eletricista de manutenção eletroeletrônica 233 1,17% Guincheiro (construção civil) 217 1,09% Ajustador mecânico 201 1,01% Alimentador de linha de produção 197 0,99% Técnico em segurança no trabalho 196 0,98% Ajudante de motorista 171 0,86% Analista de transporte em comercio exterior 159 0,80% Trabalhador da manutenção de edificações 153 0,77% Operador de guindaste (fixo) 143 0,72% Controlador de entrada e saída 140 0,70% Técnico eletrônico 136 0,68% Recepcionista, em geral 134 0,67% Engenheiro de minas 130 0,65% Porteiro de edifícios 127 0,64% Guarda portuário 127 0,64% Motorista de carro de passeio 124 0,62% Almoxarife 122 0,61% Soldador 121 0,61% Gerente de produção e operações 120 0,60% Analista de exportação e importação 120 0,60% Apontador de produção 117 0,59% Balanceiro 116 0,58% Operador de pá carregadeira 113 0,57% Contador 108 0,54% Chefe de estação portuária 106 0,53% Moco de convés (marítimo e fluviais) 95 0,5% Carregador (veículos de transportes terrestres) 88 0,4% Despachante de transportes coletivos (exceto trem) 88 0,4% Operador de caldeira 88 0,4% Faxineiro 85 0,4% Oficial superior de maquinas da marinha mercante 84 0,4% Eletricista de instalações 83 0,4% 17

Gerente administrativo 82 0,4% Analista de recursos humanos 81 0,4% Vigia 80 0,4% Operador de pórtico rolante 79 0,4% Técnico em borracha 73 0,4% Manobrador 67 0,3% Analista de desenvolvimento de sistemas 65 0,3% Continuo 64 0,3% Auxiliar de contabilidade 61 0,3% Auxiliar de faturamento 60 0,3% Operador de transporte multimodal 58 0,3% Eletrotécnico 57 0,3% Marinheiro de convés (marítimo e fluviais) 56 0,3% Gerente de operações de transportes 54 0,3% Montador de equipamentos elétricos (centrais elétricas) 54 0,3% Auxiliar geral de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 52 0,3% Mestre fluvial 50 0,3% Mecânico de manutenção de aparelhos de levantamento 50 0,3% Técnico de operação (química, petroquímica e afins) 49 0,2% Comprador 47 0,2% Encarregado de manutenção mecânica de sistemas operacionais 46 0,2% Pedreiro 45 0,2% Operador eletromecânico 44 0,2% Moco de maquinas (marítimo e fluviais) 44 0,2% Eletricista de instalações (veículos automotores e maquinas operatrizes, exceto 0,2% aeronaves e embarcações) 44 Administrador 43 0,2% Técnico eletricista 43 0,2% Supervisor de vigilantes 42 0,2% Supervisor de carga e descarga 39 0,2% Mecânico de manutenção de maquinas cortadoras de grama, roçadeiras, 0,2% motosserras e similares 39 Técnico de planejamento e programação da manutenção 39 0,2% Vigia portuário 38 0,2% Inspetor de qualidade 38 0,2% Gerente comercial 38 0,2% Chefe de serviço de transporte rodoviário (passageiros e cargas) 37 0,2% Gerente de serviços culturais 35 0,2% Mecânico de manutenção de automóveis, motocicletas e veículos similares 35 0,2% Pintor de estruturas metálicas 35 0,2% Trabalhador volante da agricultura 35 0,2% Gerente de projetos e serviços de manutenção 35 0,2% Analista de suporte computacional 35 0,2% Masseiro (massas alimentícias) 33 0,2% Analista de negócios 33 0,2% Ajudante de confecção 31 0,2% Outros (menos de 30 trabalhadores) 2466 12% TOTAL 19.996 100% 18

GRÁFICO 6 Distribuição das Ocupações dos Trabalhadores na Operação de Terminais - 2011 Operador guindaste móvel 2% Supervisor operacões 2% Operador caminhão 3% Operador máquinas fixas 3% Armazenista 3% Limpeza áreas públicas 2% Carregador (armazém) 2% Assistente adm 6% Estivador 6% Motorista caminhão 5% Mecânico máquinas 4% Operador empilhadeira 4% Auxiliar escritório 4% Conferente 5% Técnico de planejamento de produção, Supervisor administrativo, Vigilante, Técnico mecânico, Auxiliar de importação e exportação, Eletricista, Guincheiro (construção civil), Ajustador mecânico, Alimentador de linha de produção, Técnico em segurança no trabalho, Ajudante de motorista, Analista de transporte, Manutenção de edificações, Operador de guindaste (fixo), Controlador de entrada e saída, Técnico eletrônico, Recepcionista, Engenheiro de minas, Porteiro de edifícios, Guarda portuário, Motorista de carro de passeio, Almoxarife, Soldador, Gerente de produção e operações, Analista de exportação e importação, Apontador de produção, Balanceiro, Operador de pá carregadeira, Contador, Chefe de estação portuária 1% Outros (menos 1%) 26% Entre os trabalhadores dos OGMOs, pela RAIS se observa que 95% são trabalhadores que exercem funções tipicamente portuárias, como estivador, conferente, vigia, carregador e operador de guindaste, categorias de trabalho exercidas pelos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs). Dentre esses, destaca-se a ocupação de estivador, onde se concentra 86% do total de trabalhadores dos OGMOs. No entanto, é importante observar que tal ocupação, pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e conforme consta no site do MTE, compreende: ajudantes de embarque de carga, ajudantes de operação portuária, bagrinhos (movimentadores de mercadorias de porto), cacimbeiros (estivadores), capatazes de estiva, encarregados de serviços portuários, encarregados de serviços de cais, operadores de carga/descarga e portuários em geral. Os outros 5% são compostos por trabalhadores em ocupações relativas à administração do OGMO em si e à prestação de serviços de apoio para a movimentação de carga, tais como: assistentes 19

administrativos, auxiliares de escritório, técnicos em segurança do trabalho, técnico de enfermagem, etc. A relação das ocupações onde houve maior concentração de trabalhadores está detalhada na Tabela 6 e no Gráfico 7. TABELA 6 Ocupações dos Trabalhadores dos OGMOs - 2011 OCUPAÇÕES TÍPICAS TPA S 2011 Estivador 15.784 86,12% Conferente de carga e descarga 857 4,68% Vigia portuário 430 2,35% Carregador (de armazém) 211 1,15% Carregador (veículos de transportes terrestres) 57 0,31% Operador de guindaste (fixo) 15 0,08% Sub total 17.354 94,69% OUTROS TRABALHADORES NOS OGMOS 2011 Assistente administrativo 186 1,01% Auxiliar de escritório 102 0,56% Apontador de mão-de-obra 104 0,57% Técnico em segurança do trabalho 67 0,37% Supervisor administrativo 33 0,18% Fiscal de transportes coletivos 30 0,16% Técnico de enfermagem do trabalho 30 0,16% Supervisor de operações portuárias 29 0,16% Bombeiro de segurança do trabalho 21 0,11% Motorista de furgão ou similar 20 0,11% Outros (menos de 20 trabalhadores) 351 1,92% Sub total 973 5,31% TOTAL 18.327 100% 20

GRÁFICO 7 Distribuição das Ocupações dos Trabalhadores dos OGMOs - 2011 Outros Trabalhadores dos OGMOS 5% Conferente 5% Vigia 2% Demais 2% Ocupações Típicas TPA s 95% Estivador 86% III.5 Gênero Os trabalhadores portuários são majoritariamente do gênero masculino. Entre os trabalhadores na Administração portuária, 84% são homens e 16% mulheres e na Operação de terminais, 87% são homens e 13% são mulheres. A concentração de trabalhadores do gênero masculino se acentua ainda mais nos OGMOs, em que 95% são homens e apenas 5% são mulheres, conforme se pode verificar no Gráfico 8. 21

GRÁFICO 8 Os Trabalhadores Portuários por Gênero - 2011 Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária Trabalhadores na Operação de Terminais (com vínculo) Feminino 16% Feminino 13% Masculino 84% Masculino 87% Trabalhadores na Operação - Avulsos nos OGMOs 22

III.6 Escolaridade Em relação à escolaridade, a maior concentração entre os trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária se dá no ensino médio e superior. Pouco mais da metade (51%) têm ensino médio completo ou superior incompleto e 30% concluíram algum curso superior. GRÁFICO 9 Escolaridade entre os Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária - 2011 SUP. COMP 30% SUP. INCOMP 6% 51% MÉDIO COMP 45% MÉDIO INCOMP FUND COMP 4% 5% FUND. INCOMP 9% Entre os trabalhadores na Operação de Terminais, há maior concentração no ensino médio. Aproximadamente 2/3 cursaram até o ensino médio ou não acabaram algum curso superior (65%) e 15% concluíram curso superior. 0% 10% 20% 30% 40% 50% GRÁFICO 10 Escolaridade entre os Trabalhadores na Operação de Terminais - 2011 SUP. COMP 15% SUP. INCOMP 6% 65% MÉDIO COMP 59% MÉDIO INCOMP FUND COMP FUND. INCOMP 6% 7% 7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 23

Os trabalhadores dos OGMOs se concentram entre o ensino fundamental completo ou médio incompleto (33%) e no fundamental incompleto (32%). E 27% dos trabalhadores completou o ensino médio. GRÁFICO 11 Escolaridade entre os Trabalhadores dos OGMOs - 2011 SUP. COMP SUP. INCOMP 3% 5% MÉDIO COMP 27% MÉDIO INCOMP FUND COMP 8% 25% 33% FUND. INCOMP 32% ANALFABETO 1% III.7 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% Faixa Etária Em relação à idade, destaca-se que 37% dos trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária têm 50 anos ou mais. Os demais trabalhadores se encontram distribuídos de maneira bastante nivelada entre as faixas 40 a 49, 30 a 39 e 25 a 29. GRÁFICO 12 Faixa Etária dos Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária - 2011 65 ou mais 50 a 64 2% 35% 37% 40 a 49 18% 30 a 39 22% 25 a 29 15% De 18 a 24 7% Até 17 1% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 24

Na operação de terminais, observa-se maior concentração de trabalhadores nas faixas etárias de 30 a 39 e25 a 29 anos, onde se encontram 56% do total de empregados. GRÁFICO 13 Faixa Etária dos Trabalhadores na Operação de Terminais - 2011 65 ou mais 0% 50 a 64 10% 40 a 49 30 a 39 25 a 29 19% 21% 35% 56% De 18 a 24 14% Até 17 1% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% Entre os trabalhadores nos OGMOs, 38% dos trabalhadores têm 50 anos ou mais. 37% têm entre 40 e 49 e apenas 25% têm menos de 39 anos. GRÁFICO 14 Faixa Etária dos Trabalhadores dos OGMOs - 2011 65 ou mais 50 a 64 40 a 49 4% 34% 37% 38% 30 a 39 20% 25 a 29 4% De 18 a 24 Até 17 0% 1% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 25

III.8 Jornada de Trabalho A grande maioria dos trabalhadores portuários trabalha entre 31 e 44 horas semanais. Não há registros de empregados que trabalhem mais de 45 horas por semana. Entre os trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária, 61% cumpre uma jornada semanal de 31 a 40 horas. Entre os trabalhadores na Operação tanto os vinculados quanto os trabalhadores dos OGMOs cumprem, principalmente jornadas de 41 a 44 horas semanais; entre os trabalhadores vinculados, 71% e entre os trabalhadores dos OGMOs, 76%. GRÁFICO 15 Distribuição dos trabalhadores portuários segundo a jornada laboral (horas semanais) - 2011 80% 70% 60% 61% 71% 76% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 38% 26% 19% 0% 0% 0% 0% 0% 1% 1% 2% 4% 1% 0% 0% Até 12 Hs 13 a 15 Hs 16 a 20 Hs 21 a 30 Hs 31 a 40 Hs 41 a 44 Hs Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária Trabalhadores na Operação de Terminais Trabalhadores dos OGMOs III.9 Tempo no emprego Nota-se que 41% dos trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária têm 10 anos ou mais no emprego e 29% têm até dois. Entre os trabalhadores na Operação de Terminais, quase 60% têm até dois anos no emprego. E entre os trabalhadores dos OGMOs, a grande maioria (80%) tem 10 anos ou mais no emprego. 26

GRÁFICO 16 Distribuição dos trabalhadores portuários por tempo no emprego- 2011 10 anos ou mais 8% 41% 79,7% De 5 até 10 anos 10% 14% 10,6% De 2 até 5 anos 5,0% 19% 18% Até 2 anos 4,7% 29% 59% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária Trabalhadores na Operação de Terminais Trabalhadoresdos OGMOs Observações: Pode haver ligeiras diferenças em função de informações que constam como ignoradas ou sem informação. III.10 Remuneração média A remuneração média dos trabalhadores no setor portuário varia entre R$2.969 e R$5.644, conforme os dados da RAIS e considerando valores correntes a 2011. TABELA 7 Remuneração média dos Trabalhadores no setor portuário por segmento valores correntes 2011 Segmento Salário médio valor em R$ Trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária 5.644,3 Trabalhadores na Operação de Terminais 2.968,8 Trabalhadores dos OGMOs 3.987,2 III.11 Os trabalhadores nos Estabelecimentos Ao adotar a classificação do tamanho de estabelecimentos pelo número de trabalhadores empregados para o setor de serviços, constata-se que no setor portuário a maioria de trabalhadores está alocada em empresas grandes, com mais de 100 trabalhadores. 27

TABELA 8 Distribuição dos trabalhadores portuários segundo o tamanho do estabelecimento Estabelecimentos por quantidade de trabalhadores Na Administração da Infraestrutura Portuária Na Operação de Terminais Nos OGMOs Até 9 (Micro) 91 1,49% 299 1,50% 1 0,01% De 10 a 49 (Pequena) 364 5,95% 1.171 5,86% 83 0,45% De 50 a 99 (Média) 369 6,03% 2.227 11,14% 135 0,74% Com mais de 100 (Grande) 5.292 86,53% 16.299 81,51% 18.108 98,81% TOTAL 6.116 100% 19.996 100% 18.327 100% Na análise por natureza jurídica, pode-se constatar que os trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária se concentram em Sociedades de Economia Mista (54%) 10. Também se encontram alocados em Sociedade Anônimas Fechadas (20%), Autarquias Estaduais (12%), Empresas Públicas (6%) e Sociedades Ltdas. (5%). GRÁFICO 17 Distribuição dos trabalhadores na Administração da Infraestrutura Portuária segundo a Natureza Jurídica do Estabelecimento Sociedade Ltda 5% Empresa Pública 6% Outras 4% Autarquia Estadual 12% SA Fechada 20% Sociedade Mista 54% 10 Nas Companhias Docas, o Governo Federal é o acionista majoritário. Na Companhia Docas do Pará (CDP), a União detém 100% das ações. Nas Companhias Docas do Ceará (CDC), do Rio Grande do Norte (Codern), do Espírito Santo (Codesa), do Rio de Janeiro (CDRJ) e do Estado de São Paulo (Codesp), a União tem mais de 99,5% do controle acionário. Na Bahia, a União tem 97,97% das ações e o Governo do Estado, 2,03%. 28

Já os trabalhadores na Operação de Terminais se encontram alocados principalmente em Sociedades de capital fechado (35%), Sociedades Ltdas. (30%) ou Sociedades de capital aberto (29%). GRÁFICO 18 Distribuição dos trabalhadores na Operação de Terminais segundo a Natureza Jurídica do Estabelecimento SA Aberta 29% Outras 5% Sociedade Ltda 30% SA Fechada 35% IV CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho foram comentados dados gerais sobre os trabalhadores portuários no Brasil, no entanto, outros cruzamentos podem ser realizados a partir da base de dados gerada para a FNP. Dentre os aspectos comentados, é visível a queda no quantitativo de trabalhadores avulsos e o aumento significativo dos trabalhadores vinculados na operação de terminais. Também é notória a reposição dos quadros dos trabalhadores na infraestrutura da administração portuária. Tendo em vista as mudanças recentes no marco regulatório do setor, é de se esperar um aumento de contratações pelos novos portos privados que poderão movimentar carga pública. A geração de dados para o setor portuário apresentou alguns desafios. Vale a pena comentar: - Não foi possível identificar de maneira separada os trabalhadores de capatazia. A junção de várias categorias na definição de estivador deixa dúvidas se estes trabalhadores estão junto ou não, principalmente quando considera portuários em geral. 29

- Como foram detectados estatutários na Operação de Terminais, infere-se que podem haver empresas de administração portuária públicas (estaduais, por exemplo) dentro dessa classificação. Se isso for verificado, ficam dúvidas de porque estariam nessa subclasse, sendo que pareceria mais pertinente estarem na subclasse Administração da Infraestrutura Portuária. - Foram identificados 62 estabelecimentos dentro da subclasse Administração da Infraestrutura Portuária, embora só existam 36 portos públicos no Brasil. Detectou-se que portos privados foram considerados dentro desta classe, inferiu-se que nestes casos, em que toda a gestão portuária ficaria com a empresa, seria correto considera-los em tal subclasse. No entanto, na descrição da CNAE poderia haver mais explicações a respeito. - A dificuldade para achar os OGMOs, distribuídos em CNAEs diferentes tornou a pesquisa mais complexa e para seu seguimento é necessário monitorar se não foram criados OGMOs novos, uma vez que os dados são gerados a partir de uma base fixa, ou seja, em função de uma relação prédeterminada. Seria interessante que os OGMOs portuários passassem a integrar a CNAE portuária. V FONTES CONSULTADAS AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQ. Sistema de Informações Gerenciais (SIG). Disponível em http://www.antaq.gov.br/. Consulta em julho de 2013. DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE. Nota Técnica Número 126. Os trabalhadores e o novo marco regulatório do setor portuário brasileiro.junho de 2013.. Nota Técnica Número 119. Programa de Investimento em Logística: Portos. Fevereiro de 2013. INTERNATIONAL TRANSPORT WORKER S ITF. Repercusiones de la Reforma Portuaria para el personal. 2003. Disponível em http://www.itfglobal.org/education/ports.cfm Acesso em julho de 2013. MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC. Estatísticas de Comércio Exterior. Disponível em http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/.consulta em julho de 2013 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - MTE. RAIS - Relação Anual de Informações Sociais. Disponível em http://portal.mte.gov.br/portal-mte/. Consulta em maio de 2013.. Trabalho Portuário: Estudo sobre a Modernização Portuária e seus Reflexos na Saúde e Segurança dos Trabalhadores Avulsos. Fundalc: Brasília, 2002. 30

Rua Aurora, 957 1º andar CEP 05001-900 São Paulo, SP Telefone (11) 3874-5366 / fax (11) 3874-5394 E-mail: en@dieese.org.br www.dieese.org.br Subseção na Federação Nacional dos Portuários SDS- Edifício Venâncio IV Salas 210/211/212 Asa Sul CEP 70.393-903 Brasília, DS Telefone (61) 3322-3146 E-mail: sufnpcut@dieese.org.br Presidente: Antônio de Sousa Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Osasco e Região - SP Secretária Executiva: Zenaide Honório APEOESP Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - SP Vice Presidente: Alberto Soares da Silva Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas - SP Diretor Executivo: Edson Antônio dos Anjos Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Máquinas Mecânicas de Material Elétrico de Veículos e Peças Automotivas da Grande Curitiba - PR Diretor Executivo: Josinaldo José de Barros Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Materiais Elétricos de Guarulhos Arujá Mairiporã e Santa Isabel - SP Diretor Executivo: José Carlos Souza Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo - SP Diretor Executivo: Luis Carlos de Oliveira Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo Mogi das Cruzes e Região - SP Diretora Executiva: Mara Luzia Feltes Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramentos Perícias Informações Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul - RS Diretora Executiva: Maria das Graças de Oliveira Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco - PE Diretora Executiva: Marta Soares dos Santos Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo Osasco e Região - SP Diretor Executivo: Paulo de Tarso Guedes de Brito Costa Sindicato dos Eletricitários da Bahia - BA Diretor Executivo: Roberto Alves da Silva Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo - SP Diretor Executivo: Ângelo Máximo de Oliveira Pinho Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - SP Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio - Diretor Técnico Patrícia Pelatieri - Coordenadora Executiva Rosana de Freitas Coordenadora Administrativa e Financeira Nelson de Chueri Karam Coordenador de Educação José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de Relações Sindicais Airton Santos Coordenador de Atendimento Técnico Sindical Angela Schwengber Coordenadora de Estudos e Desenvolvimento Equipe técnica responsável Fiorella Macchiavello Max Leno