DESEMPENHO EM EDIFICAÇÕES: ESTUDO DA NORMA NBR : SISTEMAS DE COBERTURAS

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Transcrição:

DESEPENHO E EDIFICAÇÕES: ESTUDO DA NORA NBR 15575-5: SISTEAS DE COBERTURAS Vanessa Carolina Lombardi Ambrósio 1, Julio Ricardo de Faria Fiess 2 1 Acadêmica do Curso de Engenharia Civil, UNICESUAR, aringá-pr. Bolsista PROBIC/UniCesumar 2 Orientador, estre, Coordenador do curso de Engenharia Civil da UNICESUAR RESUO O presente projeto de pesquisa teve como objetivo auxiliar na compreensão da nova norma, ABNT NBR 15575-5/2013 na área da engenharia civil, através da listagem dos itens de maior importância para elaborar um check-list, que tem como finalidade a aplicação dos requisitos mínimos do desempenho em edificações, referindo-se aos sistemas de coberturas prediais, com até cinco pavimentos, com foco aplicado na segurança e resistência contra incêndio. Durante o andamento do projeto, de natureza exploratória e qualitativa, foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando como principal ferramenta a NBR 15575/2013, avaliando-se os itens anteriormente referidos, complementando-a através do levantamento bibliográfico de outras normativas e conceitos que foram considerados relevantes sobre o assunto. Sendo assim, como a aplicação e exigência da norma é recente, o presente projeto tem como objetivo facilitar ao projetista de edificações a encontrar quais os itens necessários na especificação de materiais, produtos e processos para atender a norma, abrangendo os sistemas de coberturas com foco na resistência ao fogo. Para que o processo seja facilitado, foi elaborado um check-list como método de pesquisa para auxiliar o projetista, por ser considerado um sistema simples de verificação. PALAVRAS-CHAVE: Construção civil; Desempenho em edificações; NBR 15575-5; Sistemas de coberturas. 1 INTRODUÇÃO Com a crescente expansão do mercado imobiliário no Brasil e devido ao grande desenvolvimento das cidades, o número de empresas voltadas à construção civil aumentou de maneira significativa para atender a demanda do setor no país. Visando uma padronização para garantir uma maior qualidade às edificações, as normas foram sendo aprimoradas e adaptadas ao mercado da construção civil. Porém, segundo Strafacci Neto (2015), as primeiras normativas elaboradas levavam em conta as especificações dos materiais a serem utilizados, ao invés de dar enfoque a qualidade mínima do produto final. Ou seja, deu-se inicialmente importância às normas prescritivas, relacionadas ao produto, utilizando-se de linguagem técnica, e não ao resultado final. Dessa maneira, com o objetivo de estabelecer critérios para a verificação do desempenho de edificações e seus sistemas construtivos, foi elaborada a NBR 15575, inicialmente publicada em 2008 e depois alterada em 2013, ano este em que entrou em vigor. Utiliza uma linguagem simples, facilitando as relações entre usuário, construtora, incorporadoras e fornecedores. Estabelece ainda os requisitos mínimos de comportamento em uso, critérios e métodos de avaliação, sendo que, ainda traz como categorização os níveis intermediário e superior. A norma de desempenho em edificações NBR 15575/2013 é dividida em seis partes que abordam os requisitos gerais e os principais sistemas construtivos de habitações, sendo estes: sistemas estruturais, sistemas de pisos internos e externos,

sistemas de vedação vertical, sistemas de coberturas e sistemas hidrossanitários (CBIC, 2013). 2 ATERIAIS E ÉTODOS Como técnica complementar e principal, foi elaborado um check-list, por ser considerado um sistema simples e flexível de verificação e identificação de itens, sendo que estes servem como base para guiar um processo, podendo ser adequados e reformulados. A metodologia para elaboração do check-list teve como base a parte 5 da NBR 15575/2013, e as normas que são por esta indicadas para métodos de ensaio e avaliação. Durante a primeira semana do mês de outubro, os check-lists serão avaliados por profissionais na área da construção civil, sendo, dentro da amostragem pretendida, seis engenheiros civis e seis arquitetos, para avaliar a aplicabilidade e utilidade da lista, além de possíveis observações para melhorar a mesma ou ainda consertar possíveis erros. Abaixo, segue a tabela que foi elaborada através dos dados presentes na ABNT NBR 15575-5/2013, utilizada como base para elaboração do check-list. Tabela 1 - Análise dos itens para Sistemas de Coberturas na segurança contra incêndio Requisito Requisito Generalidades 8.1 - Todas as exigências presentes na Parte 1 da norma também devem ser atendidas 8.2 - Dificultar o risco de inflamação generalizada 8.2.1 - Propagação superficial de chamas Norma Complementar étodo de avaliação Premissas de projeto Nível de desempe nho - - - - - - - - NBR 9442 Os componentes aparentes no teto do SC* devem possuir IP* 25, conforme ensaio pela NBR 9442 Deve estabelecer o IP* dos componentes e indicar a possibilidade dos mesmos contribuírem com o desenvolvimento de calor Critério 8.2.2 - Resistência ao fogo das estruturas do SC* NBR 14432 e NBR 5628 A resistência dos componentes é comprovada em ensaios conforme a NBR 5628 O projeto e dimensionamento das estruturas deve estar de acordo com a Parte 2 da NBR 15575. Além disso, o projeto do SC* deve prever componentes que se prolonguem até a face inferior do telhado

Requisito Critério 8.2.3 - Propagação de chamas da face externa do sistema de cobertura 8.3 - Visibilidade em situação de incêndio 8.3.1 - Densidade ótica da fumaça NBR 9442 Ensaio reproduzindo as condições de utilização conforme a NBR 9442, sendo que deve possuir IP* 25 Deve estabelecer o IP* dos componentes e indicar a possibilidade dos mesmos contribuírem com o desenvolvimento de calor - - - - AST E 662 Os SC* devem atender ao DF* máximo de 450, submetendo os referidos componentes aos ensaios da norma Deve estabelecer sistemas que atendam o índice de DF* máximo de 450 Os itens que se encontram abreviados na tabela 1, significam respectivamente: a) IP Índice de propagação de chamas. b) DF Desenvolvimento de fumaça. c) SC Sistemas de coberturas. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO O check-list desenvolvido foi dividido em três partes, sendo a face interna, face externa e estrutura principal do sistema de cobertura. O quadro 1 serve como identificação do projeto que está sendo avaliado, ou seja, os dados da obra em questão. Quadro 1 - Dados da obra Dados da Obra Estado (UF): Nome do edifício: Endereço: Data de início: / / Cidade: Bairro: Previsão/Data de término: / / Nº: Tipo de obra: ( ) Residencial ( ) Comercial ( ) Industrial Quantidade total de pavimentos: a) A face interna do sistema de cobertura - como o teto, telhas, subcoberturas, forros, materiais de revestimento, acabamento, isolamento termo-acústico, entre outros.

Quadro 2 - Check-list da face interna do Sistema de Cobertura 1 Face interna do Sistema de Cobertura ( ) Escolha dos materiais (teto, telhas, subcoberturas, forros, materiais de revestimento, acabamento, isolamento termo-acústico, entre outros) ( ) Definição das técnicas e processos executivos que serão utilizados durante a obra 1.1 Fase de elaboração de projetos 1.2 Ensaios para determinação de índices (caso os índices já sejam fornecidos pelo fabricante, pular essa etapa) Índice de propagação de chamas dos materiais (IP) Os materiais possuem alguma contribuição para o desenvolvimento de calor? Desenvolvimento de Fumaça dos materiais (DF) Índice de propagação de chamas (IP) Desenvolvimento de Fumaça (DF) fornecido (preencher etapa 1.2) fornecido (preencher etapa 1.2) ( ) Ensaio realizado conforme a NBR 9442 ( ) IP 25 ( ) IP > 25, logo, escolher outro material ( ) Ensaio realizado conforme a AST E 662 ( ) DF 450 ( ) DF > 450, logo, escolher outro material 1.3 Nível de desempenho do produto final 1.4 Fase final O IP dos componentes foi fornecido no projeto, sendo que o mesmo é menor ou igual a 25 A possibilidade de desenvolvimento de calor dos materiais foi fornecida nos projetos O Índice de Desenvolvimento de Fumaça dos sistemas é fornecido em projeto e obedece ao índice máximo de 450 Obs: Se, nos três itens acima, foram marcadas somente a opção "sim", então o nível de desempenho mínimo () dos critérios 8.2.1 e 8.3.1 da Parte 5 da NBR 15575 foram atendidos, caso contrário, rever os itens que foram marcados na opção "não" ( ) Elaborar, para o usuário, anuais de Uso, Operação e anutenção dos prazos de Vida Útil de Projeto (VUP) ( ) Fornecer, se necessário, os prazos de garantia oferecidos b) A face externa do sistema de cobertura - telhas, mantas, membranas, materiais de revestimento, isolamento termo-acústico, ou outros que resultam aparentes na face externa da cobertura.

Quadro 3 - Check-list da face externa do Sistema de Cobertura 2 Face externa do Sistema de Cobertura ( ) Escolha dos materiais (telhas, mantas, membranas, materiais de revestimento, isolamento termo-acústico, ou outros que resultam aparentes na face externa da cobertura) 2.1 Fase de elaboração de projetos 2.2 Ensaios para determinação de índices (caso os índices já sejam fornecidos pelo fabricante, pular essa etapa) 2.3 Nível de desempenho do produto final ( ) Definição das técnicas e processos executivos que serão utilizados durante a obra Índice de propagação de chamas dos materiais Os materiais possuem alguma contribuição para o desenvolvimento de calor? Índice de propagação de chamas (IP) O IP dos componentes foi fornecido no projeto, sendo que o mesmo é menor ou igual a 25 A possibilidade de desenvolvimento de calor dos materiais foi fornecida nos projetos fornecido (preencher etapa 2.2) ( ) Ensaio realizado conforme a NBR 9442 ( ) IP 25 ( ) IP > 25, logo, escolher outro material Obs: Se, nos dois itens acima, foram marcadas somente a opção "sim", então o nível de desempenho mínimo () do critério 8.2.3 da Parte 5 da NBR 15575 foi atendido, caso contrário, rever os itens que foram marcados na opção "não" 2.4 Fase final ( ) Elaborar, para o usuário, anuais de Uso, Operação e anutenção dos prazos de Vida Útil de Projeto (VUP) ( ) Fornecer, se necessário, os prazos de garantia oferecidos c) E, por último, a estrutura principal do sistema de cobertura constituída por tesouras (ou pontaletes) e vigas principais, além da estrutura secundária (denominada também por trama, constituída por ripas, caibros e terças). Quadro 4 - Check-list da estrutura principal do Sistema de Cobertura 3 Estrutura Principal do Sistema de Cobertura ( ) Escolha dos materiais (para tesouras ou pontaletes, vigas principais, ripas, caibros e terças) 3.1 Fase de elaboração de projetos ( ) Definição das técnicas e processos executivos que serão utilizados durante a obra Resistência ao Fogo (RF) fornecido (preencher etapa 3.2)

3.2 Ensaios para determinação de índices (caso os índices já sejam fornecidos pelo fabricante, pular essa etapa) Resistência ao Fogo (RF) ( ) Ensaio realizado conforme a NBR 5628 ( ) Avaliação técnica conforme a NBR 14432 ( ) Resultados obtidos por ensaios-tipo previamente realizados ( ) Avaliada por métodos analíticos conforme a NBR 15200 (para estruturas de concreto) ( ) Avaliada por métodos analíticos conforme a NBR 14323 (para estruturas de aço ou mistas aço-concreto) Obs: A Resistência ao fogo pode ser indicada por qualquer um dos itens/ensaios indicados acima A Resistência ao Fogo da estrutura principal atende às exigências da NBR 14432 ou pelos outros ensaios definidos na etapa 3.2 3.3 Nível de desempenho do produto final 3.4 Fase final O projeto e o dimensionamento das estruturas obedece a Parte 2 (Requisitos para os sistemas estruturais) da NBR 15575 O projeto prevê componentes que se prolonguem até a face inferior do telhado, sem a presença de frestas Obs: Se, nos três itens acima, foram marcadas somente a opção "sim", então o nível de desempenho mínimo () do critério 8.2.2 da Parte 5 da NBR 15575 foi atendido, caso contrário, rever os itens que foram marcados na opção "não" ( ) Elaborar, para o usuário, anuais de Uso, Operação e anutenção dos prazos de Vida Útil de Projeto (VUP) ( ) Fornecer, se necessário, os prazos de garantia oferecidos 4 CONCLUSÃO Como resultado, é esperado que os profissionais não tenham conhecimento dos itens necessários presentes na normativa, ou ainda, que estes não tenham perspectiva da aplicação plena dos critérios para desempenho mínimo nos projetos elaborados. Por outro lado, foi possível perceber durante o estudo da NBR 15575/2013 que, como muitos itens da normativa relacionados aos sistemas de coberturas com foco na resistência ao fogo não deixam de maneira clara e concisa quais são todos os pontos problemáticos que o projetista deve se atentar, ou até mesmo para tomar como base para considerar que uma edificação atenda aos requisitos mínimos ou até superiores, uma sugestão seria de melhoria nesse ponto. Ou seja, elaborar uma cartilha em que fosse possível dividir os sistemas de uma construção com todos seus componentes para especificar todos os itens que devem ser verificados na mesma. Já que na normativa NBR 15575/2013, por mais que os itens sejam divididos por sistemas, a indicação de como o projetista deve seguir caso encontre alguns problemas ou quais especificações quanto à índices este deve seguir é analisada de maneira superficial.

REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORAS TÉCNICAS. NBR 15575 (PARTES 1 E 5): Desempenho de Edificações Habitacionais. 4 ed. Brasília: ANBT, 2013. CBIC. Câmara Brasileira da indústria da Construção. Desempenho de edificações Habitacionais: Guia Orientativo para atendimento a ABNT NBR 15575. Brasília: 2013 STRAFACCI NETO, Gilberto. Desempenho na Construção Civil NBR 15.575:2013. 2015. Disponível em: <http://blogdaengenharia.com/>. Acesso em: 10 maio 2015.