EDITORIAL. Boletim Econômico PUC-Campinas NESTA EDIÇÃO. Indicadores Macroeconômicos. Comércio Exterior 02. artigo 09.

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Transcrição:

Ano IV Volume 08 Campinas, janeiro de 2011 Boletim Econômico PUC-Campinas REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS EDITORIAL Neste número do Boletim fazemos uma análise do ano de 2010 para o comércio exterior da RMC. Em 2010 tanto as exportações quanto as importações da Região Metropolitana de Campinas aumentaram em relação ao ano de 2009, a exportação cresceu 19,1% enquanto a importação cresceu 24,3%. Com estes dados a RMC retomou, em 2010, os valores de importação praticados antes da crise financeira internacional de 2008, no entanto, com relação ao valor exportado, observamos que ainda se encontra cerca de 15% abaixo do valor obtido em 2008. Desta forma, como efeito da crise podemos concluir que a região perdeu espaço no mercado externo, enquanto a importação retornou ao patamar pré-crise. Dentre os municípios nota-se um grande crescimento da exportação do município de Hortolândia. As vendas ao exterior das empresas sediadas no município aumentaram em cerca de 230%, em especial, como fruto da expansão das exportações de bens e equipamentos ferroviários dentre outros. A exportação dos produtos da indústria de transportes, envolvendo automóveis, autopeças e equipamentos ferroviários foram os que mais cresceram em 2010. Cabe destacar que as exportações cresceram mais significativamente para a Espanha e o México, superando destinos mais tradicionais para a região. Na outra seção do Informativo observam-se os dados macroeconômicos para a economia brasileira em 2010, com destaque para a desaceleração da atividade econômica no final de 2010. O ano passado foi basicamente um ano de recuperação da atividade industrial depois da crise de 2008, mas que ainda demonstra que a região sofre conseqüências da perda de dinamismo do mercado externo. Esperamos que 2011 seja uma ano com crescimento econômico melhor que 2010, apesar dos indicadores e das expectativas iniciais não apontarem para este fato. Consta ainda deste número do Boletim um artigo que apresenta os dados da expansão do Produto Interno Bruto e da Renda per capita dos dezenove municípios da Região Metropolitana de Campinas, entre os anos de 2000 a 2008. A partir dos dados divulgados pelo IBGE constata-se um crescimento da produção na região acima do crescimento da média do Estado de São Paulo. A RMC apresentou no período uma expansão do seu Produto Interno da ordem de 140% e que a RMC é responsável por cerca de 7,5% do Produto Interno Bruto do Estado de São Paulo. Editores NESTA EDIÇÃO Comércio Exterior 02 A exportação cresceu 19,1% e a importação cresceu 24,3%. Em 2010 tanto as exportações quanto as importações da RMC aumentaram em relação ao ano de 2009. Indicadores Macroeconômicos artigo 09 Produto e renda per capita nos municípios da RMC (2000-2008) 07 o1

o2 Comércio Exterior na RMC 1 PROF. ADAUTO RIBEIRO Em 2010 tanto as exportações quanto as importações da RMC aumentaram em relação ao ano de 2009. A exportação cresceu 19,1% e a importação cresceu 24,3%. A RMC voltou em 2010 aos valores de importação praticados antes da crise financeira internacional em 2008, no entanto, o valor exportado ainda ficou 15% abaixo do de 2008. Em 2010 o município de Hortolândia foi o destaque positivo nas exportações da RMC. As vendas ao exterior das empresas instaladas em Hortolândia aumentaram em cerca de 230%. Ganhou destaque dentre os bens exportados os produtos da indústria de transportes: automóveis, autopeças e equipamentos ferroviários. Dentre os destinos, ganharam expressão as exportações para a Espanha e o México. O ano de 2010 foi bom para o fluxo de comércio exterior da RMC. Na prática representou a recuperação de parte dos valores comercializados com o exterior antes da crise financeira de 2008. A exportação em 2010 ainda esta abaixo da de 2008, cerca de 15%, porem a importação já retornou ao patamar de 2008 O valor total exportado em 2010, pelas empresas da RMC, superou 5 bilhões de dólares, sendo 19,1% maior do que as exportações efetuadas em 2009. No entanto, esse valor ainda não se equiparou ao exportado em 2008 que foi da ordem de 6 bilhões de dólares. A importação na RMC em 2010 alcançou valor um pouco superior a 11 bilhões de dólares, sendo assim 24,3% maior do que o valor importado em 2009. Cabe destacar, entretanto, que em 2008 as importações foram também de 11 bilhões de dólares. Assim a RMC retomou os valores importados de 2008, mas não o de exportados. A recuperação mais rápida das compras de bens do exterior ocorre em função de dois elementos fundamentais; o primeiro é a manutenção da demanda interna em um momento de crise externa, o ano de 2010 foi de crescimento acentuado da economia brasileira impulsionada pelo crédito, e o segundo elemento foi a trajetória da taxa de cambio, valorizando a moeda brasileira e com isso estimulando a importação de bens. Com a moeda brasileira valorizada os bens da RMC ficam mais caros para os compradores do exterior e ao contrario, os bens do exterior ficam mais baratos para aquisição pelas empresas da RMC. Neste contexto ampliam-se as importações e, como a RMC é uma região altamente industrializada, aumentam principalmente as compras externas de bens intermediários, tais como insumos, partes e peças para apoio a produção local. Aumentam também as compras de bens de consumo no exterior, ou seja, as importações de confecções, automóveis, alimentos e bebidas, dentre outros. A exportação em 2010, sendo cerca de 15% menor que a de 2008, revela uma perda de mercado externo oriunda primeiro, da crise internacional que diminuiu o fluxo de comércio no mundo e segundo, da dificuldade de se recuperar as vendas externas em um ambiente de maior competição, vide o crescimento da presença de produtos chineses no mercado mundial, e pela valorização da moeda brasileira e os outros custos adicionais que diminuem a competitividade dos produtos do Brasil no exterior. Analisando os dados exportados por município observamos uma grande expansão das vendas externas das firmas de Hortolândia. Este município passou de oitavo para quinto maior exportador da RMC suplantando os municípios de Jaguariúna, Americana e Vinhedo. As razões para esta expansão exportadora estão nos bens e equipamentos ferroviários, que passaram a ser destaques na pauta exportadora da RMC neste ano, em especial, sendo exportados para a União Européia. Dos principais países para os quais as empresas da RMC exportam ganhou destaque o crescimento das vendas para a Espanha. Em 2010 a exportação para este país cresceu 1900%, passando de 19 mil- ¹ Projeto de extensão desenvolvido pelo Professor Adauto R. Ribeiro com os discentes: Bruno Membrive e Nathalia Carneiro.

o3 hões para 388 milhões de dólares, fruto principalmente das exportações de bens e equipamentos ferroviários. As exportações para o México cresceram 26% e para a Argentina 16%, enquanto as exportações para os Estados unidos diminuíram em 2%. Assim, do lado exportador, continuam aumentando sua importância na RMC as vendas externas dos bens da indústria de transporte: automotiva e bens ferroviários. Do lado importador, dada a expansão da indústria automotiva na região, as autopeças também assumem local de destaque em conjunto com outros bens intermediários, tais como os insumos para a indústria química, de agroquímicos e medicamentos, e os insumos para a indústria eletro-eletrônica (circuitos, placas de memória, telas de LCD, dentre outros). Além dos citados, um dos produtos com maior aumento de importação na RMC foi a borracha natural, crescimento de 250%. Finalizando, dado que a RMC é uma região altamente industrializada, a situação de convivência com uma moeda valorizada pode ser prejudicial ao desenvolvimento industrial local, dificultando estratégias exportadoras para as firmas e facilitando a substituição de bens locais por bens importados; assim, cabe à região a defesa de suas empresas e sua produção instando o país a assumir políticas de apoio a um aumento da competitividade dos produtos locais no mercado externo, ao mesmo tempo em que deve analisar os impactos negativos de uma onda importadora para diversos segmentos industriais locais, que podem afetar negativamente, no longo prazo, a renda e o emprego. Tabela1. Comércio Exterior da RMC - 2010 (milhões US$ FOB) RMC exportação var (%)* importação var (%)* saldo janeiro 292-738 - -446 fevereiro 353 20,8 729 (1,3) -376 março 417 17,9 914 25,4-497 abril 395 (5,2) 871 (4,7) -476 maio 425 7,6 844 (3,1) -419 junho 442 4,0 911 8,0-469 julho 464 4,9 1.013 11,1-548 agosto 444 (4,5) 1.024 1,1-581 setembro 451 1,6 1.061 3,6-610 outubro 493 9,4 1.035 (2,5) -541 novembro 482 (2,3) 1.097 6,1-615 dezembro 482 (0,0) 924 (15,8) -442 jan-dezembro 5.141 19,1 11.168 24,3-6.027 Fonte: NUPEX-CEA (dados do MDIC) (*) Variação em relação ao mês anterior; jan-dezemmbro relação ao mesmo período do ano anterior. Tabela 2. Exportação e Im portação - Brasil, SP e RMC (bilhões US$ FOB) 2009 2010 var (%) Unidade export im port saldo export im port saldo export im port Brasil 153,0 127,7 25,3 201,9 181,6 20,3 32,0 42,2 São Paulo 46,6 50,5 (4,0) 56,8 67,8 (11,0) 22,0 34,2 RMC 4,3 9,0 (4,7) 5,1 11,2 (6,0) 19,1 24,3 Fonte: NUPEX-CEA (dados MDIC)

o4 1200 Gráfico 1. Evolução da Exportação e Importação 2009 e 2010 - RMC (milhões US$ FOB) 1000 800 600 400 200 0 exp/09 exp/10 imp/09 imp/10 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Tabela3. Exportação e importação por municipios da RMC - novembro e dezembro 2010 (milhões US$ FOB) Exportação Importação Município nov/10 dez/10 var (%) nov/10 dez/10 var (%) Campinas 94,5 96,5 2,1 264,5 205,5 (22,3) Hortolândia 49,0 74,6 52,3 129,9 129,1 (0,7) Paulinia 71,2 73,2 2,8 218,2 165,7 (24,0) Indaiatuba 55,4 57,2 3,1 79,2 80,3 1,3 Sumaré 59,0 55,4 (6,1) 135,2 102,0 (24,6) Jaguariùna 43,7 31,3 (28,4) 86,7 49,7 (42,6) Vinhedo 22,5 21,2 (6,0) 50,2 54,2 7,8 Americana 26,2 19,3 (26,3) 57,5 51,1 (11,1) Valinhos 13,6 10,4 (23,7) 19,3 27,2 40,9 Nova Odessa 8,7 9,8 12,4 7,6 6,4 (14,9) Itatiba 11,4 9,8 (14,2) 14,0 11,4 (18,5) Monte Mor 8,0 9,1 13,3 15,7 18,7 18,9 Cosmópolis 12,5 8,2 (34,4) 3,0 4,9 64,9 Sta Barbara 2,5 2,6 7,1 9,0 9,6 6,1 Pedreira 1,1 1,3 24,9 1,2 1,3 12,2 Eng. Coelho 1,2 0,7 (41,3) 1,1 0,1 (92,8) Sto Antonio 0,1 0,5 317,4 1,6 2,8 76,3 Artur Nogueira 0,7 0,4 (44,3) 0,9 1,4 56,6 Holambra 0,4 0,3 (18,9) 1,9 2,2 18,7 RMC 481,9 481,9 (0,0) 1.096,7 923,7 (15,8) Fonte: NUPEX-CEA (dados MDIC)

o5 Tabela 4. Exportação e Importação anual - RMC (milhões US$ FOB) Jan-dezembro Exportação Importação Município 2009 2010 var (%) 2009 2010 var (%) Campinas 1.010 987 (2,3) 2.048 2.735 33,6 Sumaré 482 707 46,6 1.398 1.674 19,8 Indaiatuba 587 698 18,8 851 993 16,7 Paulinia 493 630 27,8 1.465 1.627 11,1 Hortolândia 147 488 232,4 948 1.301 37,3 Jaguariùna 625 377 (39,7) 869 760 (12,6) Americana 232 307 32,2 344 541 57,2 Vinhedo 229 264 15,7 437 652 49,3 Valinhos 91 141 55,3 134 212 58,3 Itatiba 70 118 69,8 117 158 35,5 Cosmópolis 104 114 9,7 76 47 (37,6) Monte Mor 102 111 8,6 146 222 52,0 Nova Odessa 61 105 73,3 46 75 61,3 Sta Barbara 26 28 5,6 59 103 74,2 Eng. Coelho 15 24 63,5 1 3 185,5 Pedreira 21 18 (14,6) 11 11 0,1 Holambra 16 16 (1,8) 19 20 4,9 Artur Nogueira 3 5 53,8 4 12 190,1 Sto Antonio 1 1 25,0 7 20 191,2 RMC 4.316 5.141 19,1 8.981 11.168 24,3 Fonte: NUPEX-CEA (dados MDIC) Tab 5. Exportação e Importação por categoria de bens - RMC (milhões US$ FOB) Exportação 2.009 part (%) 2.010 part (%) var (%) BENS DE CAPITAL 1.552 36,0 1.522 29,6 (1,9) BENS INTERMEDIARIOS 1.892 43,8 2.516 48,9 33,0 BENS DE CONSUMO 800 18,5 993 19,3 24,2 DURAVEIS 442 10,2 615 12,0 39,2 NAO DURAVEIS 358 8,3 378 7,3 5,6 COMBUST. E LUBRIFICANTES 18 0,4 15 0,3 (19,3) DEMAIS OPERACOES 54 1,3 95 1,9 75,1 TOTAL DA RMC 4.316 100,0 5.141 100,0 19,1 Im portação 2.009 part (%) 2.010 part (%) var (%) BENS DE CAPITAL 3.818 42,5 4.667 41,8 22,3 BENS INTERMEDIARIOS 4.386 48,8 5.346 47,9 21,9 BENS DE CONSUMO 751 8,4 1.130 10,1 50,5 DURAVEIS 313 3,5 537 4,8 71,3 NAO DURAVEIS 438 4,9 594 5,3 35,7 COMBUST. E LUBRIFICANTES 26 0,3 24 0,2 (8,7) TOTAL DA RMC 8.981 100,0 11.168 100,0 24,3 Fonte: NUPEX-CEA(dados MDIC

o6 Tab 6. Principais países de origem das importações da RMC (milhões US$ FOB) Paises 2009 2010 var (%) CHINA 1.623 1.808 11,4 ESTADOS UNIDOS 1.200 1.572 31,1 JAPAO 1.170 1.266 8,1 ALEMANHA 622 920 47,8 MEXICO 377 604 60,2 COREIA DO SUL 503 603 19,8 REINO UNIDO 464 489 5,5 ARGENTINA 214 297 38,9 FRANCA 188 271 44,5 TAIWAN 363 266 (26,6) ITALIA 222 259 16,4 SUICA 221 252 13,7 ESPANHA 144 240 67,5 MALASIA 139 220 58,6 TAILANDIA 138 212 53,1 INDONESIA 106 207 95,4 INDIA 138 159 15,4 SUECIA 74 129 74,6 Fonte: NUPEX-CEA(dados MDIC Tab 7. Principais produtos exportados - RMC (milhões US$ FOB) Produtos exportados 2009 2010 var (%) Autopeças diversas 486 716 47,1 Automóveis 391 571 46,0 Terminais Port. Telefonia Celular 795 432 (45,6) Litorinas e vagões p/ via ferrea 0 371 *** Agroquimicos (herb/inset/fertil.) 125 182 45,3 Pneus novos 134 173 28,8 Barras de ligas (aço e ou de níquel) 61 115 89,1 Autopeças - caixas de marchas 62 114 83,6 Medicamentos (doses) 74 110 49,6 Papéis diversos 87 102 18,0 Borracha sintética 61 94 53,0 Autopeças - pistões 39 77 96,9 Autopeças - freios 74 75 1,8 Motor elétrico corrente continua 86 66 (23,4) Autopeças - peças para tratores 42 65 55,5 Acetato de etila 51 54 5,4 Fonte: NUPEX-CEA(dados MDIC

o7 Indicadores Macroeconômicos PROF. FÁBIO EDUARDO IDEAROZZA Nível de atividade econômica: Em dezembro de 2010 a Produção Industrial mostrou variação negativa de 0,7% frente ao mês anterior, como já havia corrido em novembro (diminuição de 0,1% na atividade industrial frente a outubro). Ao longo do ano comparando com o índice de janeiro de 2010, a produção industrial fechou em dezembro com 1,8% de aumento. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, permaneceu positiva, porem o ritmo de crescimento da produção industrial apresenta desaceleração. A Taxa de Desemprego Apurada Pelo IBGE (PME) para o mês de dezembro foi de 5,3%, a menor taxa de desemprego mensal ao longo do ano. No final de 2009 a taxa de desemprego era de 6,8%. A taxa de desemprego diminuiu ao longo de todo o ano de 2010 em relação a 2009, demonstrando a recuperação econômica ocorrida depois da crise financeira internacional de 2008. Já a Pesquisa de Emprego e Desemprego PED/ DIEESE mostra que, em dezembro o contingente de desempregados nas regiões metropolitanas onde a pesquisa é realizada a taxa de desemprego total diminuiu de 10,6% em novembro para 10,1% em dezembro.também o índice do DIEESE demonstra uma redução do desemprego ao longo de 2010, pois o ano começou com taxa de desemprego de 12,6%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de dezembro apresentou alta de 0,63%. Constituiu-se no maior IPCA desde abril de 2005, quando ficara em 0,87%. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se 5,91%. Este índice esta um pouco acima da meta projetada pelo Banco Central o que pode levar o Conselho de Política Monetária (COPOM) a implementar aumentos na taxa básica de juros da economia (taxa Selic). Balanço de Pagamentos: A Balança Comercial brasileira, segundo o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, apresentou em dezembro um superávit de US$5,367 bilhões, enquanto a Balança de Serviços apresentou déficit de US$9,169 bilhões, o maior valor do ano. Como as Transferências Unilaterais registraram superávit de US$309 milhões, a Balança de Transações Correntes fechou dezembro com déficit de US$3,493 bilhões, evidenciando a necessidade de financiamento no exterior por parte da economia brasileira. Em função desta necessidade de financiamento a economia brasileira continua captando recursos no exterior, em dezembro o movimento de capitais resultou em um saldo positivo, de entradas menos saídas, de US$6,473 bilhões. Com isso o balanço de pagamentos fechou o mês com superávit de US$ 2,8 bilhões. Ampliando a acumulação de reservas externas do país. Câmbio A Taxa Média de Câmbio para o mês de dezembro foi de R$1,694/US$, mantendo-se assim o movimento de valorização do Real frente ao Dólar, movimento este que se acentuou ao longo de 2010. Em janeiro de 2010 a taxa de cambio era de R$1,780/US$. A Taxa de Juros (Taxa Selic) foi mantida em dezembro em 10,75%, quando o ano se iniciou a taxa Selic era de 8,75%. Durante o ano houve um continuo aumento da taxa por parte do Banco Central sob o pretexto de conter as pressões inflacionárias. As continuam crescendo, fechando o mês de dezembro em US$288.575 bilhões, no início de 2010 as reservas eram de US$ 240.823 bilhões. O crescimento acentuado das reservas externas reflete a entrada de capitais no país, em grande parte atraídos pelo aumento na taxa de juros. Desta forma o ano de 2010 termina com os principais indicadores apontando para a manutenção da política macroeconômica de manutenção da estabilidade monetária com a utilização intensa do mecanismo de taxa de juros como elemento estabilizador.

o8 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Gráfico 1. Evolução do IPC-Amplo. 2009 e 2010. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 % a.a. Gráfico 2. Evolução da taxa SELIC. 2009 e 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: IBGE. 2009 2010 Fonte: Banco Central. 2009 2010 Gráfico 3. Evolução da Taxa de Câmbio (R$/US$ - Média Mensal). 2009 e 2010. Gráfico 4. Índice de Produção Industrial. (Base: 2002=100). 2009 e 2010. 2,400 2,200 2,000 1,800 1,600 1,400 1,200 1,000 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 140 120 100 80 60 40 20 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Banco Central. 2009 2010 Fonte: IBGE. 2009 2010 10,00 9,00 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 Fonte: PME, IBGE. Gráfico 5. Evolução da Taxa de Desemprego 2009 e 2010. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2009 2010 Tabela 1. Balanço de Pagamentos nov/10 dez/10 dez/09 Balança Comercial 309 5.367 2.174 Balança de Seviços 5.278 9.169 8.409 Trans. Unilaterais 241 309 285 Trans. Correntes 4.728 3.493 5.950 Movimento/Capital 7.898 6.473 13.411 Balanço Pagtos (3) 2.995 2.800 4.474 (1) Fonte: Banco Central; (2) Em Milhões/US$; (3) Saldo considerando Erros e Omissões.

o9 Artigo: Produto e renda per capita nos municípios da RMC (2000-2008) PROF. ADAUTO ROBERTO RIBEIRO Para mensurar a riqueza gerada em um determinado território os economistas desenvolveram o conceito de Produto Interno, que nada mais é que a soma em valores monetários da totalidade de bens e serviços que foram produzidos neste território, em determinado período de tempo. Assim, o Produto Interno Bruto é um indicador da produção feita na região, que também representa a renda gerada neste território, já que a economia trabalha com a igualdade entre os conceitos de produto e renda. Para se chegar ao cálculo do produto e da renda temos que expressar tudo que é produzido em valores monetários, ou seja, converte-se toda a produção multiplicando as quantidades produzidas dos bens e serviços por seus respectivos preços, obtendo assim o valor total do que foi produzido, que também é o valor da remuneração de todos os fatores de produção que participaram do processo produtivo, ou seja, o valor da remuneração dos fornecedores de insumos, fornecedores de trabalho ou proprietário do meio de produção. O cálculo do Produto Interno de cada país se disseminou pelo mundo, após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), como resultado da ação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, em seus esforços para uma mensuração e padronização da comparação do valor da produção entre as nações. Desta forma a metodologia desenvolvida começou a ser aplicada em países, servindo como instrumento de acompanhamento da evolução da produção do país. No Brasil o PIB é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com os dados divulgados pelo IBGE por unidade e por município da federação, podemos acompanhar a evolução da produção e da renda gerada em cada município ao longo do tempo. Com o valor da produção total em mãos podemos ainda dividir pela população total do município e termos uma noção da renda média gerada por cada cidadão, por município, ou seja, o conceito de renda per capita. O setor público utiliza este dado para o planejamento de suas ações, da mesma forma o setor privado o utiliza para direcionar investimentos. Com base nos dados divulgados pelo IBGE, sendo que o último dado refere-se ao ano de 2008, podemos acompanhar a evolução da produção e da renda per capita na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e dezenove municípios que a compõe. Cabe destacar que a RMC foi criada em 2000, como instância para contribuir com o desenvolvimento econômico e social de um conjunto de cidades, com atividades econômicas bastante interligadas e interdependentes. Trata-se de uma conurbação urbana, tendo assim problemas comuns e, portanto, precisando discutir e solucionar estes problemas de forma conjunta e não mais isoladamente, município por município. A RMC conta com uma população da ordem de 2,6 milhões de habitantes, e é normalmente associada a uma região com grande valor da produção e uma renda elevada. Assim, analisar como a produção e a renda per capita evoluíram ao longo do período 2000-2008 é relevante para quantificar a expansão econômica da região. A partir dos dados apresentados na tabela 1, abaixo, podemos perceber que o Produto da RMC, que no ano 2000 era da ordem de 32 bilhões de Reais passou em 2008 para cerca de 78 bilhões de Reais, ou seja, um crescimento de 141%. Para efeito de comparação sobre este desempenho, temos que, neste mesmo período, o Estado de São Paulo passou de um PIB de 424 bilhões de Reais para pouco mais de um trilhão de Reais, um crescimento de 136%. Desta forma a RMC apresentou um crescimento um pouco acima da média do Estado de São Paulo; o que representa um comportamento já esperado dado as características de região mais dinâmica que a RMC apresenta. Quando observamos a taxa de crescimento do Produto por municípios, o que se destaca é que a RMC apresenta diferenças significativas entre eles, como, por exemplo, o excepcional crescimento do produto observado nos municípios de Vinhedo, Hortolândia, Sumaré e Engenheiro Coelho. Estes quatro municípios apresentaram no período crescimento acima de 200%, enquanto o produto da RMC em média cresceu 140%. Os dados demonstram que estes municípios receberam

10 investimentos, que aumentaram a base produtiva neles instalada, gerando este surto de crescimento da produção e conseqüentemente da renda. De maneira geral, dos 19 municípios da Região, 12 apresentaram crescimento da produção acima da média do Estado de São Paulo, sendo que apenas três apresentaram uma taxa de crescimento abaixo de 100% no período, sendo eles os municípios de Paulínia, Cosmópolis e Holambra. Municípios com característica de produção muito concentrada em setores específicos, e que, portanto, o valor de sua produção fica dependente do comportamento do preço dos bens deste setor; por exemplo, uma queda acentuada de preços do setor sucro-alcooleiro afeta o valor da produção do município de Cosmópolis, que apresenta uma concentração muito grande desta atividade econômica. O mesmo se dá com Paulínia com relação aos preços do petróleo e de Holambra com relação á produção de flores. Cabe destacar ainda, que o valor da produção sofre conseqüências da dinâmica econômica do país, ou seja, da política macroeconômica, e do que acontece no exterior para onde, por exemplo, exportam produtos. Sendo assim, é importante frisar que o valor do PIB neste período (2000 a 2008) sofreu influências da crise cambial no Brasil ocorrida em 2000, da crise Argentina que se arrastou até 2002 e, mais recentemente, em 2008, da crise financeira internacional, dentre outras. O município de Campinas apesar de possuir o maior valor de Produto Interno da Região Metropolitana, no entanto, não apresentou a maior taxa de crescimento do Produto. Nos últimos anos, observa-se o fenômeno da irradiação de investimentos para cidades menores da RMC, no entanto, Tabela 1. PIB dos municípios da RMC (milhões R$) Municípios PIB 2000 PIB 2003 PIB 2008 Var (%) 2008/00 Cam pinas 12.534 16.092 29.363 134,3 Sum aré 2.039 2.755 6.796 233,4 Paulínia 4.912 6.287 6.734 37,1 Am ericana 2.448 3.630 5.627 129,9 Hortolândia 1.247 1.227 4.713 277,8 Indaiatuba 1.571 2.444 4.596 192,6 Vinhedo 1.124 1.585 4.442 295,3 Valinhos 1.241 1.656 3.108 150,4 Santa Bárbara 1.093 1.822 3.041 178,3 Itatiba 1.135 1.639 2.550 124,7 Jaguariúna 898 1.525 1.937 115,8 Nova Odessa 457 683 1.102 141,3 Monte Mor 353 542 1.045 196,1 Cosm ópolis 402 488 713 77,2 Pedreira 213 290 557 161,7 Holam bra 226 313 437 93,3 Artur Nogueira 201 235 434 115,7 Santo Antônio 121 179 344 185,1 Eng. Coelho 68 101 215 214,9 RMC 32.283 43.493 77.754 140,9 São Paulo 424.161 579.847 1.003.016 136,5 Fonte: NUPEX CEA - PUC CAMPINAS (dados do IBGE

11 Tabela 2. Renda per capita municípios da RMC (mil R$) Municípios RPC 2000 (R$) RPC 2003 (R$) RPC 2008 (R$) var (%) 2008/00 Paulínia 94 110 82,6-12,1 Vinhedo 23,4 30,1 71,4 205,5 Jaguariúna 29,9 47,1 48,4 61,8 Holambra 30,9 39,5 43,9 42,2 Valinhos 14,8 18,6 29,5 99,6 Sumaré 10,2 12,6 28,7 181,6 Campinas 12,8 15,8 27,8 116,7 Americana 13,3 18,7 27,7 108,6 Itatiba 13,8 18,4 26,2 90,1 Indaiatuba 10,5 14,8 25,5 143,2 Hortolândia 8 6,8 23,4 194,7 Nova O dessa 10,7 15,1 22,9 113,4 Monte Mor 9,3 12,9 22,8 146,2 Santo Antônio 6,6 9,1 16,4 149,9 Santa Bárbara 6,4 10,1 16,2 154,2 Eng. Coelho 6,7 8,8 15,4 131,9 Pedreira 6 7,6 13,8 132,1 Cosmópolis 9 10,2 12,3 37,4 Artur Nogueira 5,9 6,1 10,2 72,5 SP 11,3 14,8 24,5 115,6 Fonte: NUPEX CEA - PUC Cam pinas (dados IBGE) contando com a boa infra-estrutura gerada pela proximidade com a metrópole. Esta dispersão de investimentos produtivos para outros municípios na região é fundamental para consolidar a identidade produtiva (industrial-tecnológica) da RMC, e sua ampliação dependerá da capacidade da região criar condições para o atendimento de novas demandas por infra-estrutura e serviços qualificados que estes investimentos exigem. O momento é propício para atração de novos investimentos para ampliação da capacidade produtiva na RMC, obtenção de ganhos de escala e maior exploração do mercado externo. A evolução da renda per capita, que pode ser observada na tabela 2, abaixo, deve ser analisada levando-se em conta todas as distorções que este indicador apresenta, afinal, trata-se de uma média obtida pela divisão do Produto total pelo número de habitantes do município. Na RMC, o município de maior renda per capita é Paulínia, fruto da existência do Pólo Petroquímico que gera um valor produzido bastante alto para um município com uma pequena população. No entanto, nesta década, em função da queda no preço do petróleo, em parte significativa dela, e do aumento da população da cidade, a renda per capita declinou no município, sendo o único município da RMC onde isso ocorreu. A cidade que apresentou o maior crescimento na renda per capita foi Vinhedo, vindo a seguir os municípios de Hortolândia e Sumaré. Tratam-se de municípios que passaram por uma intensificação do processo industrial neste período, recebendo significativos investimentos industriais que ampliaram a produção em um ritmo muito superior ao crescimento populacional. Por fim, os dados demonstram que a RMC é responsável por uma parcela significativa do PIB paulista com uma renda per capita acima da média do Estado de São Paulo. No entanto, a diferença não é tão acentuada como inicialmente pensávamos que fosse. Apesar da região possuir uma cidade com renda per capita acima de 82 mil reais por habitante por anos, também possui municípios com renda per capita na casa dos 10 mil reais per capita ano. Isto aponta para uma região metropolitana com discrepâncias na concentração da produção industrial e na renda, que precisa da ação do poder público no planejamento do desenvolvimento econômico conjunto. Finalizando, a RMC representa cerca de 7,5% do PIB do Estado de São Paulo concentrados em apenas 19 municípios, com uma população de aproximadamente 2,6 milhões de habitante. De 2000 a 2008 o PIB da RMC e a renda per capita vem crescendo acima da média do Estado, o que significa que a região vem se destacando e apresentando um dinamismo econômico capaz de sustentar uma melhoria na qualidade de vida de seus habitantes. Neste contexto a PUC Campinas e o Centro de Economia e Administração têm como objetivo contribuir para a manutenção deste dinamismo formado recursos humanos qualificados e preparados para enfrentar os desafios que a manutenção do desenvolvimento econômico regional requer.

12 Ano IV Volume 08 Campinas, janeiro de 2011 Conselho Editorial Adauto Roberto Ribeiro Eduardo Leoni Cibele Roberta Sugahara Ernesto Dimas Paulela Francisco Prisco Neto Pedro de Miranda Costa José Vicente de Souza Filho Márcio Roberto P. Tangerino Sílvia Regina M. de Campos Valdenir da Silva Pontes Pontifícia Universidade Católica de Campinas Reitor: Profa. Angela de Mendonça Engelbrecht Vice-Reitor: Prof. Eduard Prancic Pró-Reitor de Graduação: Prof. Germano Rigacci Júnior Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. Vera Engler Cury Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Profa. Vera Engler Cury Pró-Reitor de Administração: Prof. Ricardo Panain Núcleo de Pesquisa e Extensão do CEA Rodovia Dom Pedro I, km 136 Parque das Universidades - Campinas - SP CEP 13086-900 Telefone: (19) 3343-6776 boletim_economico@puc-campinas.edu.br www.puc-campinas.edu.br/imprensa/boletim_ economico Comitê Editorial Eliane Navarro Rosandiski (Editora Geral) Adauto Roberto Ribeiro (Editor Executivo) Cândido Ferreira da Silva Filho Pedro de Miranda Costa Centro de Economia e Administração (CEA) Diretor Profa. Sílvia Regina M. de Campos Diretor Adjunto Prof. Francisco Prisco Neto Diretor da Faculdade de Administração Profa. Cibele Roberta Sugahara Diretor Adjunto da Faculdade de Administração (Comércio Exterior) Prof. Eduardo Leoni Diretor Adjunto da Faculdade de Administração (Logística e Serviços) Prof. Pedro de Miranda Costa Diretor da Faculdade de Economia Prof. Adauto Roberto Ribeiro Diretor da Faculdade de Ciências Contábeis Prof. José Vicente de Souza Filho Coordenador do Núcleo De Pesquisa e Extensão Prof. Cândido Ferreira da Silva Filho Comitê Editorial Colaboradores Prof. Fábio Eduardo Iaderozza (CEA) Bruno Membrive Nathalia Carneiro Assessoria e Divulgação: Departamento de Comunicação da PUC-Campinas Projeto Gráfico: Nathalia Carneiro