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Transcrição:

Jornal de negócios capital Ano XXI # 258 setembro de 2015 www.sebraesp.com.br 0800-570-0800 radio.sebraesp.com.br facebook.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo twitter.com/sebraesp Tiragem regional: 159.631 Loja bonita vende mais Nicho de oportunidades mesmo em época de crise Setor de brindes cresce 7% ao ano e é terreno fértil para MPEs, como a Fantastic, de Rubens Lorenzetti, da Capital páginas 6 e 7 Melhorar o layout do espaço tornando-o mais acolhedor e prestar bom atendimento aos consumidores são táticas certeiras para atrair clientes em tempos de retração. Vale ainda estabelecer metas páginas 2, 23 e 24 O futuro do varejo aplique a tendência mundial: experiência de compra páginas 14 e 15 Organize melhor o tempo gerenciar as prioridades garante menos estresse página 11 Melhoramento genético incrementa ganhos com flores Novidades estão ao alcance de pequenos produtores como Lúcia Morimoto. Plantas alcançam preços que podem ser 20% acima das convencionais páginas 12 e 13 Amplie o campo de ação estratégias para atrair clientes e conseguir crescer páginas 20 e 21 Todos saem ganhando Ação estimula opção do consumidor por mercado local página 10 Cleonice Godoy, proprietária da Cleo Moda, do Tremembé, mudou a cor da frente de seu estabelecimento e prejudicou as vendas M O V. 5 D E I M E N T O O U T U B R O C O M P R E. D O I O N E G Ó C P E Q U E N O VALORIZE O PEQUENO NEGÓCIO. ESSE NEGÓCIO TAMBÉM É SEU. http://sebr.ae/sp/compredopequeno

2 jornal de negócios capital cloud tags Produção Flores Melhoria genética Pesquisa Tendências Oportunidades Brindes Lucratividade Competitivo Experiência de compra Capacitação Atendimento Pós-vendas Organização Tempo Prospectar Clientes Ímã de clientes e bons negócios saiba mais Foto: Rubens Chiri Ajustar a decoração é um recurso que não exige investimentos de grande porte e pode aumentar em cerca de 30% o faturamento de um ponto varejista E m tempos de aperto econômico e vendas em retração, melhorar o desempenho do comércio não é tarefa simples. No entanto, o comerciante pode adotar medidas simples para atrair mais clientes, como atualizar a ambientação, indica o consultor do Escritório Regional (ER) do Sebrae-SP Leste I, Fábio de Azevedo. Percebemos que as lojas que têm o ambiente mais ajustado chegam a ter aumentos de 20% a 30% no faturamento. O layout tem de ser organizado para que consiga rentabilizar mais o tíquete médio, seja levando mais produtos, seja realizando compra adicional. Para perceber se o visual do espaço precisa de ajustes, o comerciante pode fazer uma avaliação simples: verificar quantos clientes observam a vitrine, param na frente, entram na loja e finalizam a compra. A atratividade visual é importante porque primeiro o cliente compra com os olhos. Uma fachada bem-feita pode ser responsável por até 60% do consumo médio, diz a consultora do ER do Sebrae-SP Capital Norte, Caroline Minucci. Um erro recorrente é deixar a entrada similar à dos vizinhos ou menos expressiva. A cor da minha fachada sempre foi vermelha. Um dia, resolvi mudar e pintei de amarelo. Quando o consultor do Sebrae-SP percebeu a mudança, alertou que eu estava perdendo a identidade da empresa. Por isso, muitas clientes estavam passando direto, já que não a reconheciam, A empresária Cleonice Godoy percebeu o aumento das vendas após melhorar o visual da Cleo Moda, do Tremembé afirma a proprietária da Cleo Moda, do Tremembé, Cleonice Godoy. A organização dos produtos é outro fator marcante. Se o cliente entrar e perguntar qual o produto que é comercializado, significa que o layout não está claro. É preciso que se olhe e veja tudo o que é vendido, sem barreira visual, afirma Azevedo. Na Cleo Modas, essa lição já foi aprendida. Como tenho pouco espaço, coloquei prateleiras e araras e organizei as peças por tamanho e cor. Percebi o aumento das vendas porque a loja e a vitrine ficaram mais atraentes, diz Cleonice. O visual mais ordenado também ajudou Nathália Freitas, que, em sociedade com o irmão, abriu loja e marca que levam seu nome. Nosso primeiro estabelecimento era cinco vezes menor que o atual. As melhorias que fizemos foram tão boas que tivemos que mudar, conta Nathália, que comanda duas unidades, no Tatuapé e no Brás. O Sebrae-SP nos ajudou a arrumar a vitrine, tornar os provadores mais confortáveis, melhorar a iluminação, usar um perfume especial no ambiente para firmar a marca e montar o estacionamento de maridos, espaço para o homem esperar com conforto as compras da esposa. Na Loja Modelo, instalada no Brás, os comerciantes podem ver na prática as estratégias de melhoria de layout. Para agendar uma visita, é preciso entrar em contato com um dos Escritórios Regionais do Sebrae-SP no Estado. A loja não deve ser estática. O local pode ter os mesmos produtos, mas é importante alterar a disposição para dar a sensação de que sempre há novidades. Não se esqueça da sazonalidade. É importante dar destaque para mercadorias em alta em determinados períodos do ano, planejando o visual de acordo com as datas comemorativas ou de maior procura para alguns itens. Otimize a iluminação. Espaços com boa luz atraem quem está do lado de fora e valorizam o que está exposto. Valorize os pontos de maior visualização. Nesses locais, é importante exibir o carro-chefe do estabelecimento ou o que tenha tíquete médio de maior valor. Faça um circuito dentro da loja. Organize a disposição dos produtos de maneira a instigar o cliente a caminhar por todo o espaço e acessar tudo o que é vendido. Não se esqueça de trabalhar com a venda adicional, oferecendo, em pontos estratégicos, artigos de consumo rápido ou complementares.

edição 258 setembro de 2015 3 Receita torna mais fácil pedido de CNPJ Convênio assinado entre a Receita Federal e o Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Brasil deve simplificar a solicitação do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Além de conseguir o número de modo mais simples, a iniciativa pretende agilizar a alteração e a baixa do documento, em processo concomitante com o registro da ação pelo cartório. A parceria permitirá que o deferimento dos pedidos seja feito pelos cartórios de registro de pessoas jurídicas, que podem aderir ao novo formato. ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br www.sebraesp.com.br > clique em OUVIDORIA. Inspiração de cabeceira DOBRE SEUS LUCROS (Ed. Agir) Pela análise de mais de 100 empresas, Bob Fifer demonstra que é possível reduzir desperdícios, cortar custos e aumentar produtividade e preços dos produtos sem aborrecer ou perder o cliente. CULTURA ORGANIZACIONAL E GESTÃO ESTRATÉGICA (Ed. Atlas) Para Francisco Conejero Perez e Marcos Cobra, a cultura organizacional talvez seja o espelho da alma de uma instituição, tese baseada em exemplos das companhias aéreas brasileiras. MOTIVAÇÃO 3.0 (Ed. Campus) Para os tempos atuais, Daniel Pink defende, com base em estudos e experimentos, novos elementos para a motivação. Nessa abordagem, três características são fundamentais: autonomia, excelência e propósito. Cruzada pela competitividade Paulo skaf, Presidente do Sebrae SP No primeiro semestre de 2015, o total da arrecadação de impostos dos pequenos negócios brasileiros foi de R$ 34,2 bilhões, um aumento real de 6,73% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Enquanto isso, o desempenho total da arrecadação federal apresentou retração de 2,87%. Na geração de postos de trabalho, de janeiro a junho deste ano, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por criar 116,5 mil novos empregos, enquanto as médias e grandes encerraram mais de 476 mil vagas. Os dados são do SEBRAE e da FGV. Diante do atual cenário, e com as perspectivas que se desenham, será difícil repetir tal performance. Entretanto, os dados reforçam o que defendo há tempos: sem as amarras excessivas da burocracia e da tributação, e com acessos a tecnologia e financiamento, o setor produtivo responde à altura e dá a sua contribuição para o verdadeiro desenvolvimento sustentável. Por isso, continuo perseverante na cruzada pela ampliação dos incentivos aos pequenos empreendimentos, com a aprovação e sanção dos novos limites do Simples Nacional e a regulamentação da terceirização. Paralelo a isso, no Sebrae-SP tenho reforçado as ações focadas em inovação e educação, a fim de apoiar o aprimoramento dos processos de gestão e produção. Um exemplo de que esse é o melhor caminho é o do interior de São Paulo, exposto na vitrine mundial da Expo Milão até outubro. Com o nosso apoio, que se traduziu em um intensivão de inovação, criatividade e empreendedorismo, 109 pequenos produtores de mel do Vale do Paraíba passaram a vender o quilo do produto a R$ 32. Antes, conseguiam comercializá-lo por, no máximo, R$ 5. Nesta edição, você vai encontrar outros casos de empreendimentos que saltaram vários degraus na escala da competitividade graças à inserção de novos conhecimentos e tecnologias. O Brasil é muito maior do que a crise, basta focar e atuar sistemicamente na direção correta. Boa leitura! expediente Publicação mensal do Sebrae SP Tiragem total 500 mil exemplares CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Paulo Skaf ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal. DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-superintendente: Bruno Caetano Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de adm. e finanças: Pedro Jehá JORNAL DE NEGÓCIOS Unidade Inteligência de Mercado Gerente: Eduardo Pugnali Editora responsável: Marcelle Carvalho MTB 00885 Editores-assistentes: Roberto Capisano Filho e Daniel Lopes Apoio comercial: Unidade Comercial Giulliano Antonelli (gerente) Projeto gráfico e produção Impressão: Plural Indústria Gráfica SEBRAE-SP Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso, CEP: 01504-001 Escritórios Regionais Sebrae SP Alto Tietê 11 4722-8244 Araçatuba 18 3622-4426 Araraquara 16 3332-3590 Baixada Santista 13 3289-5818 Barretos 17 3323-2899 Bauru 14 3234-1499 Botucatu 14 3815-9020 Campinas 19 3243-0277 Capital Centro 11 3253-2121 Capital Leste I 11 2225-2177 Capital Leste II 11 2074-6601 Capital Norte 11 2976-2988 Capital Oeste 11 3832-5210 Capital Sul 11 5522-0500 Franca 16 3723-4188 Grande ABC 11 4990-1911 Guaratinguetá 12 3132-6777 Guarulhos 11 2440-1009 Jundiaí 11 4587-3540 Marília 14 3422-5111 Osasco 11 3682-7100 Ourinhos 14 3326-4413 Piracicaba 19 3434-0600 Pres. Prudente 18 3222-6891 Ribeirão Preto 16 3621-4050 São Carlos 16 3372-9503 S. J. da Boa Vista 19 3622-3166 S. J. do Rio Preto 17 3222-2777 S. J. dos Campos 12 3922-2977 Sorocaba 15 3224-4342 Sudoeste Paulista 15 3522-4444 Vale do Ribeira 13 3821-7111 Votuporanga 17 3421-8366

4 jornal de negócios Pessimismo dos industriais volta a crescer O Índice de Confiança do Empresário Industrial, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) teve queda e alcançou 37,2 pontos em julho. É o menor valor desde 1999, início da série histórica. Houve recuo de 1,7 ponto sobre junho. Quando a comparação é feita em relação ao mesmo mês de 2014, a queda totaliza 9,2 pontos. O referencial varia de zero a 100 pontos. Quanto mais abaixo de 50, maior a falta de confiança. No recorte por tamanho, foram 36,1 pontos nas pequenas; 36 nas médias; e 38,3 nas grandes. Do Brasil para o mundo Carlos Miranda, CEO do BR Opportunities, conta como a Flores Online atraiu a atenção do fundo de private equity (grupo que investe em empresas consolidadas e aprimora os resultados para posterior venda) e se associou ao americano 1-800-Flowers.com fundada há 17 anos, a flores online é uma das pioneiras do segmento no brasil. superou os obstáculos logísticos iniciais, cresceu junto com o varejo eletrônico no país e consolidou-se com um cardápio variado: desde 2006 vende kits de presentes, inclusive corporativos, compostos por itens que vão de chocolates e bebidas até perfumes e bichos de pelúcia. em 2012, ganhou novo impulso ao se unir ao 1-800-flowers.com, um dos maiores grupos do mesmo segmento nos estados unidos, e ao fundo brasileiro de private equity br opportunities, fundado por carlos miranda. ao jornal de negócios, ele conta os motivos que o levaram a adquirir o empreendimento, que tem previsão de crescimento de 25% para 2015. Como foi o início? Na época da fundação do Flores Online, Marcelo Casarini trabalhava na Microsoft e se encantou com o início do e-commerce. Começou a empresa junto com a mãe, Fátima, já uma reconhecida florista, e o irmão Eduardo que se tornaria presidente da empresa. Como eram pequenos, conseguiram aprender todos os processos no mesmo ritmo dos operadores logísticos que foram entendendo as particularidades do segmento. O que chamou a atenção do BR Opportunities na operação? A especificidade do negócio. É algo em que tanto o produto como a data e, às vezes, a hora da entrega são perecíveis. Assim, a operação logística não é simples, o que cria uma enorme barreira a novos empreendedores. Além disso, é um negócio que consegue fazer entregas no mesmo dia da compra, para mais de 600 cidades no Brasil. Juntando isso tudo à vocação natural do empreendimento, de ser uma entregadora de emoções, deu-nos animação, porque são atributos que permitem aumentar muito o escopo de nossas ofertas e clientes. Qual é situação da empresa hoje? São 106 funcionários e mais de 600 parceiros em todo o País, o que permite que a loja realize entregas no mesmo dia em centenas de cidades brasileiras. No ano passado, o Flores Online faturou R$ 40 milhões e estima crescer 25% em 2015. Além de realizar vendas diretas para pessoa física, também aposta no mercado corporativo. Para isso, há as áreas Vendas Corporativas e AdSales, que, juntas, deverão representar 40% do faturamento neste ano. Quais são os desafios? O maior é capturar o novo cliente, já nascido no ambiente da internet e consumidor totalmente inserido no universo do mobile. Ele não fica muito tempo parado em frente ao computador, movimenta-se pela cidade, é conectado e precisa de respostas rápidas. Acredito que não seja uma tarefa fácil conquistar o jovem de 18 anos que, daqui cinco ou seis anos, já consumirá, usando o próprio dinheiro. Quais outros negócios estão na mira do BR? Somos focados em consumo. Acreditamos que o "boom" demográfico irá alavancar o consumo, independentemente das crises econômicas que ainda iremos passar. Prova disso é que, mesmo nessa época, nossos negócios crescem, em média, acima de 55% ao ano. Hoje temos, além da Flores Online, Mãe Terra [empresa de produtos orgânicos e naturais] e a Maremonti [rede de tratorias e pizzarias em sociedade com o empreendedor Arri Coser, ex-fogo de Chão e atual NB Steak]. Foto: Fernando Nunes

edição 258 setembro de 2015 5 Confiança dos empreendedores é a mais baixa No terceiro trimestre deste ano, a confiança de homens e mulheres empreendedores é a menor da série histórica, segundo levantamento feito pelo Insper em parceria com o Santander. O Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) marcou 57,4 pontos, superando o recorde anterior de 58,8 pontos, obtido no segundo trimestre de 2009. A queda foi liderada pelo setor industrial, seguido pelo comércio. Serviços foi o menos pessimista, entre os 1,28 mil pequenos e médios consultados. NO VI DA DES Qualidade é estratégica nas MPEs Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae SP @bcaetano bcaetano@sebraesp.com.br www.facebook.com/bcaetano1 twitter abre espaço para anúncios das pequenas empresas A plataforma, com um bom número de anunciantes entre grandes empresas e multinacionais, está ampliando seu leque. Com o Twitter Ads, os pequenos empresários poderão se juntar a milhares de usuários em todo o mundo, aumentando o alcance de suas propagandas e as ofertas de produtos. Bem simples de usar, oferece uma extensa alternativa de segmentação para que o empresário anuncie e meça resultados de forma prática e objetiva. Quando o recuo do consumo parece longe de terminar, é hora das micro e pequenas empresas (MPEs) reagirem, seduzindo o consumidor de tal forma que o convença a comprar. Nesta edição do Jornal de Negócios, mostramos que a qualidade é uma das melhores estratégias para incrementar os resultados em tempos de cliente temeroso em relação ao amanhã. Reportagem mostra que, no segmento de flores e plantas ornamentais cuja previsão de crescimento chega a 8% neste ano, o apelo da beleza natural é encorpado por melhoramentos genéticos realizados em laboratórios. São inovações acessíveis para os produtores de pequeno porte e que valem o investimento, porque chegam a alcançar preço 20% superior na comparação com as espécies tradicionais. Como o varejo é diretamente impactado pelo mau desempenho da economia, enfocamos a bola da vez do segmento: a experiência de compra, conceito de relacionamento com os clientes que vem ganhando força. A proposta é criar um diferencial que atinja emocionalmente o consumidor e deixe uma lembrança positiva, de qualidade, sobre todo o processo na relação entre lojista e cliente, da compra ao pós-venda. Outro destaque é a prospecção de clientes que pode ser efetivada de várias maneiras, desde usar a internet como campo de busca e estimular a indicação até o compartilhamento de informações com empresas não concorrentes. Tão importante quanto encontrar novos compradores, é fidelizar os atuais. E, novamente, sem qualidade, não há como. Para incentivar a demanda, nós nos engajamos no Movimento Compre do Pequeno, que enfatiza as vantagens que todos têm ao comprar nas MPEs. Vamos falar mais sobre o tema em outubro, quando comemoramos o Mês do Empreendedor. Boa leitura. microempreendedor individual poderá recorrer aos procons Os Microempreendedores Individuais (MEIs) poderão apelar aos Procons órgãos estaduais e municipais de defesa do consumidor para resolver conflitos sobre consumo de produtos e serviços. Antes restritos às pessoas físicas, o atendimento é fruto de um acordo de cooperação técnica entre o SEBRAE e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça. A medida vai beneficiar os 5 milhões de MEIs do Brasil que, diante de conflitos de consumo, ainda dispõem da plataforma: www.consumidor.gov.br cobertura para exportações tem demanda crescente Micro, pequenas e médias empresas conseguiram um total de US$ 606 mil em coberturas nas operações de exportação até meados de junho. Foram vendidos itens como pallets de madeira, tecidos e granitos para empresas de vários países, entre os quais: Estados Unidos, México e República Dominicana. Os dados são do Ministério da Fazenda. Pela demanda crescente, em breve, a iniciativa contemplará o financiamento à produção. Para ter acesso ao Seguro de Crédito à Exportação, o produtor precisa se cadastrar no site da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S/A (ABGF).

6 jornal de negócios Busca por crédito registra terceiro recuo consecutivo A demanda das empresas por crédito acusou queda de 0,5%, segundo dados da Serasa Experian, na comparação entre junho e maio. O resultado marca a terceira queda mensal seguida do indicador e reafirma as previsões de declínio da atividade econômica durante o segundo semestre deste ano. Para economistas da entidade, a elevação contínua da taxa Selic e os baixos níveis de confiança empresarial são fatores decisivos para entender a retração do indicador que fotografa a demanda por crédito corporativo nos últimos meses. Pequenas dominam 90% do mercado de brindes Conhecidos pelo poder de influenciar, esses itens podem ser importantes aliados das empresas que buscam atrair clientes e novos mercados. Setor cresce em média 7% ao ano Foto: Rubens Chiri A área de brindes se expande 7% ao ano no País e figura como um terreno fértil em oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), que representam 90% das fabricantes, distribuidoras e revendedoras desses itens. Mesmo em período de crise, as que atuam com presentes promocionais crescem e há mercados a serem explorados. Não por acaso. Pesquisa feita em 2014 pela Agência 96 mostrou que Rubens Bitelli Lorenzetti, sócio da Fantastic Brindes: expectativa é faturar R$ 250 mil por mês neste ano 76% dos entrevistados declararam que as chances de efetuarem uma nova compra aumentam após ganharem mimos relevantes da marca e ter boa experiência com o produto adquirido. O dado comprova que, além de deixar o cliente satisfeito e agradecido, o brinde deve ser tratado como estratégia para atrair novos consumidores e fidelizar os antigos. É, portanto, um reforço de marketing importante. Para atender essa demanda é preciso ajustar-se ao que o mercado pede. Hoje, os empresários estão preocupados em propiciar uma experiência ao consumidor compatível com os conceitos que desejam divulgar. Assim, as lembrancinhas que oferecem algum tipo de interatividade ou que reforçam os pontos positivos da marca são muito apreciadas, afirma Auli De Vito, presidente da Forma Promocional, a idealizadora e organizadora da feira Brazil Promotion, uma das maiores do País. A inovação é sempre uma forma de chamar a atenção do consumidor e criar empatia. Entretanto, segundo De Vito, deve estar alinhada ao branding (gestão de marcas) e, sempre que possível, agregar valor. Outro aspecto a ser ressaltado é a atmosfera em que o presente é inserido, que pode contribuir para uma experiência inovadora, mesmo com produtos convencionais. Embora considerados supérfluos por alguns, e os primeiros a serem cortados em políticas de contenção de gastos, De Vito afirma que essa não é uma boa estratégia durante as crises. Os brindes são conhecidos pelo poder de influenciar o cliente no ponto de vendas. Em momentos adversos, uma campanha promocional bem planejada com presentes pode ser responsável por ganhos de mercado interessantes, afirma. Além disso, se existir uma política estruturada de distribuição, de modo que o freguês seja im-

edição 258 setembro de 2015 7 Classe C aperta o cinto, estoca e pede desconto Levantamento da consultoria Nielsen mostra que as famílias brasileiras, especialmente as da classe C, passaram a adotar diversas táticas para poupar recursos diante da crise: frequentam menos o supermercado, levam lista de compras mais curta (cortando itens considerados não essenciais, como cremes para pele, iogurtes e sucos) e, se há promoções, estocam. No consumo nacional, o gasto dessas famílias encolheu de 48% em 2014 para 46% em 2015. Quatro a cada cinco clientes pedem descontos, maior porcentual em relação a México, Chile, Argentina e Uruguai. pactado com alguma frequência, há uma tendência de que ele se torne leal à marca, completa. Estratégia eficaz Com a proximidade do fim do ano, as empresas de lembrancinhas se preparam para dar conta das encomendas corporativas e comemorativas. Segundo a consultora do Sebrae SP, Cássia de Freitas, a dica para as pequenas empresas se darem bem nesse mercado é apostar no diferencial. Sempre que a MPE quiser entrar em algum mercado, deve atuar na falha das grandes organizações, ou seja, nas brechas que estas não conseguem atingir. No setor de lembranças não é diferente, destaca. Significa que, enquanto as maiores corporações trabalham na quantidade, em linha de produção, a menor deve focar na flexibilidade de prazo e na personalização dos produtos oferecidos. Ideias inovadoras também podem ser um diferencial. Mas isso só se a empresa tiver esse perfil, não deve ser algo imposto, diz Cássia. Para fazer sucesso nessa área, o empreendedor Rubens Bitelli Lorenzetti, sócio da Fantastic Brindes, afirma que é preciso investir em uma estratégia agressiva de divulgação e relacionamento com clientes, mesmo em tempos de crise. Foi o que ele fez. Duplicou os investimentos em marketing da empresa no período da Copa do Mundo de 2014, quando muitas companhias estavam receosas sobre o sucesso do evento e o legado que deixaria ao País. Em períodos difíceis, investir em divulgação da marca é a melhor aposta para manter o negócio vivo. Sempre haverá empresas interessadas em comprar lembrancinhas, se eu me mostrar, elas me acharão, afirma Lorenzetti. A estratégia de divulgação da Fantastic envolve participação em feiras e eventos, anúncios em catálogos impressos e virtuais, além de banners em sites do segmento, que segundo o sócio, rendem mais de 200 mil acessos por mês. Hoje, com seis anos de mercado, a Fantastic Brindes revende produtos importados e também fabrica lembrancinhas personalizadas. Segundo Lorenzetti, a meta não é finalizar o ano repetindo o sucesso de 2014, quando o faturamento mensal ficou na casa dos R$ 600 mil. O período da Copa foi atípico para a empresa, vendemos muito mais do que costumamos, conta ele. Então, a expectativa do empresário para 2015, mesmo com as encomendas para as Olimpíadas do ano que vem no Rio de Janeiro, é continuar crescendo, porém, faturando algo em torno de R$ 250 mil. É um patamar de ganhos muito bom, pelo cenário de crise, diz Lorenzetti. Desafios do setor Entre os desafios do mercado, Lorenzetti afirma sofrer com a falta de mão de obra especializada e disponível. A maior parte do nosso trabalho passa pelo manuseio dos produtos para embalar, personalizar e entregar aos clientes. Operamos com muitos terceirizados e sofremos para encontrar profissionais de qualidade, afirma. Para incentivar os colaboradores que prestam bons serviços, a empresa orienta as parceiras a remunerar melhor os trabalhadores que se destacam, para mantê-los no emprego. Já o presidente da Forma Promocional aponta a ausência de normas para criar processos adequados nas empresas de brindes como um dos desafios do setor. Outro aspecto está ligado ao treinamento dos contatos comerciais desses fornecedores, que poderiam ter mais conhecimentos nas áreas de marketing e promocional, afirma De Vito. Apesar dos desafios, a feira Brazil Promotion acompanha o crescimento do setor ano a ano. Tivemos 240 estandes e mais de 12 mil visitantes únicos na última edição. A expectativa é de manutenção, em 2015, da performance do ano passado ou um pequeno crescimento da ordem de 5%, aponta. O poder dos presentes promocionais LEMBRANÇA EXPERIMENTAÇÃO FREQUÊNCIA RECOMPENSA PREFERÊNCiA Fonte: Agência 96 88% dos entrevistados confirmaram: Sim, ter a lembrancinha por perto me faz recordar a marca que me presenteou. 57% dos entrevistados trocariam de marca na hora da compra se o concorrente oferecesse um brinde atrativo. Entre os adultos (homens e mulheres entre 35 e 40 anos), esse porcentual sobe para 61%. 56% dos consumidores compram frequentemente o produto para garantir a coleção, se o mimo for colecionável e atrativo. 76% afirmam ainda que, depois de ganhar um presente relevante de uma marca moderna e ter boa experiência com o produto, uma nova compra é bastante provável. 45% tornam-se fiéis a uma marca que oferece brindes relevantes.

8 jornal de negócios Rendimento de empregados nas MPEs tem queda Os salários pagos pelas micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas estão encolhendo, segundo a pesquisa Indicadores do Sebrae-SP. De janeiro e maio de 2015, o segmento teve expansão de 1,2% no contingente de pessoal ocupado, diante do mesmo período de 2014. Nos mesmos meses, a folha de pagamentos recuou 1,4% (descontada a inflação), em relação ao ano anterior. Para o segundo semestre de 2015, 60% dos donos de MPEs aguardam estabilidade no faturamento. Nota fiscal deve informar carga tributária Medida está em vigor desde janeiro e atinge também micro e pequenas empresas, que precisam se adaptar é obrigação dos estabelecimentos comerciais, desde janeiro, discriminar na nota fiscal os impostos pagos por produtos e serviços. A determinação do governo federal, por meio da Lei do Imposto na Nota (nº 12.741/12) tem por objetivo deixar claro para o consumidor a carga tributária que incide sobre a compra. A norma vale para empresas de todos os portes. A exceção fica apenas com o Microempreendedor Individual (MEI), que tem a opção de não disponibilizar a informação no ato da compra. Para os demais negócios, algumas orientações devem ser respeitadas. Na nota fiscal, o comerciante deve informar, em termos porcentuais ou em valores, o tributo que incide sobre aquela venda para o consumidor final. Caso um produto custe R$ 100 e a carga tributária seja de R$ 25, por exemplo, a nota deve citar, então, que o imposto sobre aquele produto é de R$ 25 ou 25%. Já quando se trata da comercialização de mais de um produto ou serviço, informa-se o total de carga tributária incidente naquele conjunto de mercadorias e não separadamente. A empresa que não cumprir com a determinação poderá sofrer penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor, que vão de multa a interdição do estabelecimento. O QUE ENTRA No cálculo de tributos a ser informado na nota fiscal, entram diversos impostos, como IPI, PIS, Pasep, Cofins, ICMS, ISS e, para alguns casos, IOF e Cide. Para os empreendedores optantes do Simples Nacional, esse cálculo pode ser mais básico. Isso porque essas empresas podem informar apenas a alíquota do regime tributário do próprio negócio. Um comércio que fatura até R$ 180 mil em um ano tem alíquota de 4%, segundo a tabela do Simples. Assim, esse deverá ser o porcentual informado ao consumidor na nota fiscal. Caso exista alguma incidência anterior, como IPI e substituição tributária, é preciso também somá-la ao cálculo. A micro e pequena empresa recolhe o imposto sobre o faturamento e não sobre cada produto. Então, o que vale, na verdade, não é o que o empresário vendeu, mas o faturamento total que está recolhendo, explica o consultor do Sebrae SP João Carlos Natal. Algumas soluções podem ajudar a cumprir a norma. O empresário tem a opção de solicitar a atualização do software de emissão da nota, incluindo, assim, o imposto incidente. Outra alternativa é afixar no estabelecimento comercial um painel visível a todos os consumidores com a carga tributária estimada para cada mercadoria paga. Apesar de essa última medida ser simples, o proprietário do Mercado Saga, em São Paulo, Oswaldo Kiyoshi, preferiu atualizar o software da nota fiscal. Como não paguei nada a mais pela adaptação, achei melhor essa saída porque o consumidor pode analisar as informações com calma na nota. Na placa, pode ser que ele não veja. Em seu mercado, Kiyoshi está implantando a atualização nos três caixas. A obrigatoriedade de discriminar o imposto não foi sua única motivação. Muitos consumidores pediam a Nota Fiscal Paulista, mas não tínhamos um sistema para isso. Fazíamos a notinha à mão e enviávamos para o contador. Agora, fica mais fácil e rápido, e o cliente tem mais confiança. Esse pedido faz parte do Programa Nota Fiscal Paulista, do governo estadual, pelo qual, informando o número do CPF, o consumidor recebe de volta parte do ICMS recolhido. Para disponibilizar essa opção sem recorrer à nota fiscal manual, Kiyoshi atualizou o software utilizado nos caixas, adaptando-o para o programa e para a legislação do imposto discriminado. Segundo Natal, o empreendedor também ganha com a norma. Essa informação é importante dentro da gestão do negócio. Ao ter clareza sobre esse dado, o empresário pode avaliar o peso da alíquota dentro da formação do preço de venda do produto ou serviço. Assim, essa parte não fica apenas sob a responsabilidade do contador, assinala. jornal de negócios O vídeo mostra como funciona a Calculadora Sebrae: http://sebr.ae/sp/calculadora AJUDA NOS CÁLCULOS A Calculadora Sebrae é mais uma alternativa para auxiliar o empresário no cumprimento da legislação federal sobre discriminação do imposto na nota fiscal. Com essa ferramenta, é possível obter dados para informar o valor estimado da carga tributária sobre produtos e serviços comercializados. Ela soma a alíquota que incide sobre a faixa de receita do Simples Nacional (conforme a atividade exercida pelo empresário) e o valor médio pago de substituição tributária (com base em estudos do SEBRAE e de instituições de pesquisa especializadas). Está disponível no site do Sebrae SP, com instruções de uso. Basta fazer o download da calculadora, abrir o arquivo no Microsoft Excel e habilitar a planilha para editar. Depois, é só selecionar a unidade federativa, a atividade, o regime de tributação e a faixa de receita. Em seguida, clique em Calcular Tributo e em Gerar o Cartaz e você terá um painel com as informações necessárias para afixar no estabelecimento comercial. Para saber mais, entre no link: http://sebr.ae/sp/imposto-nf

edição 258 setembro de 2015 9 Comércio tem o pior primeiro semestre em 2015 desde 2002 Com expansão de 2,6% entre janeiro e junho deste ano, o varejo nacional fecha o período com o pior resultado desde 2002, segundo dados da Serasa Experian. O setor de veículos puxou o recuo, com retração de 12,5%, seguido por material de construção, cuja queda foi de 7,1%. É resultado da conjuntura econômica que começou a se deteriorar no ano passado, com os aumentos da inflação, da taxa de juros e, agora, mais recentemente, do desemprego, diz o economista da entidade, Luiz Rabi. Agenda de Feiras Setembro Rodeio de Limeira Quando: 4 a 12 de setembro Onde: Espaço Rodeio de Limeira LIM 369, Km 1, Caixa Postal 462 Informações: (19) 3702-6105 www.festadopeaolimeira.com.br 11ª Beauty Fair 2015 Quando: 5 a 8 de setembro Onde: Expo Center Norte R. José Bernardo Pinto, 333 São Paulo-SP Informações: www.beautyfair.com.br Exposição Municipal Agropecuária Comercial e Industrial de Avaré (Emapa) Quando: 8 a 14 de setembro Onde: Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel R. Doutor Fernando Cruz Pimentel Avaré-SP Informações: (14) 3733-1549 XLIV Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (Conbea 2015) Quando: 13 a 17 de setembro Onde: Hotel Fazenda Fonte da Colina Verde R. Veríssimo Prado, 1.500 São Pedro-SP Informações: (16) 3203-3341 www.sbea.org.br/sbea 53ª Feira internacional e equipamentos, produtos, serviços, alimentos e bebidas para hotelaria (Equipotel 2015) Quando: 14 a 17 de setembro Onde: Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209 São Paulo-SP Informações: www.equipotel.com.br Alimentaria Brasil 2015 (feira internacional de alimentos e bebidas) Quando: 15 a 18 de setembro Onde: Anhembi Parque Av. Olavo Fontoura, 1.209 São Paulo-SP Informações: (11) 3060-5000 www.facebook.com/alimentariabrasil 30ª Feira Internacional de Logística (Movimat 2015) Quando: 15 a 17 de setembro Onde: Expo Center Norte R. José Bernardo Pinto, 333 São Paulo-SP Informações: www.expomovimat.com.br 8ª Mobile Payment As melhores práticas em Mobile Payment, Commerce e Banking Quando: 16 a 17 de setembro Onde: Hotel Transamérica Av. das Nações Unidas, 18.591 São Paulo-SP Informações: www.mobilepayment.corpbusiness.com.br 16ª IHRSA / Fitness Brasil 2015 Quando: 17 a 19 de setembro Onde: Transamérica Expo Center Av. Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 São Paulo-SP Informações: www.fitnessbrasil.com.br 2º Congresso Estadual da Mulher Empresária Quando: 18 de setembro Onde: Palácio de Convenções Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209 São Paulo-SP Informações: (11) 99824-7989 De 14 a 18 de setembro participe da Semana do Comércio Varejista e aqueça as vendas da sua loja! Participe de cursos, oficinas, palestras e capacitações. Conheça dicas e soluções variadas para o comércio varejista: vitrinismo, exposição de produtos, atendimento ao cliente, gestão de estoque, e-commerce e muito mais! Não fique de fora. Aumente suas vendas e chances de lucrar. Procure o Sebrae-SP mais próximo, ligue 0800 570 0800 ou acesse: http://sebr.ae/sp/semanacomvar Semana do Comércio Varejista: quem quer crescer, vai!

10 jornal de negócios Inadimplência com cheques é a maior em seis anos A devolução de cheques por insuficiência de fundos foi a maior registrada em maio nos últimos seis anos. As informações são do Indicador Serasa Experian de Cheques sem Fundos. Em abril, o índice chegou a 2,26%. No mesmo período de 2014, o porcentual era de 2,17%. O registro também foi o terceiro maior desde o início da série histórica, em 1991. Apenas maio de 2006 (2,37%) e maio de 2009 (2,52%) foram piores. Para os economistas da Serasa Experian, inflação, juros e desemprego em alta seriam as causas do aumento. Movimento nacional valoriza o pequeno Campanha apoiada pelo Sebrae SP estimula consumidor a comprar das MPEs, desenvolvendo as economias local e nacional M O V. 5 D E I M E N T O O U T U B R O C O M P R E. D O I O N E G Ó C P E Q U E N O V alorizar os pequenos empreendimentos e, com isso, contribuir para os desenvolvimentos local e nacional: esse é o objetivo do Movimento Compre do Pequeno Negócio. Apoiada pelo Sebrae SP, a inciativa desenvolve diversas ações com o objetivo de conscientizar as micro e pequenas empresas (MPEs) e os consumidores sobre a importância de priorizar e incentivar a compra em estabelecimentos menores e de bairro. Melhoria da qualidade de vida na região, geração de novas oportunidades na vizinhança, aquecimento do mercado de trabalho, desenvolvimento da comunidade e estímulo à inovação são alguns dos benefícios que a compra em pequenos negócios pode gerar. O movimento vê nesses pequenos empreendimentos o futuro do País. Isso porque essas empresas geram 52% dos empregos formais no Brasil, distri- buindo melhor a renda pelo território nacional. Juntas, as MPEs respondem por 27% de toda a riqueza produzida em território brasileiro, o Produto Interno Bruto (PIB). A campanha terá como marco a data 5 de outubro, quando é celebrado o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. Até lá, a ideia é espalhar e promover esse comportamento por todo o País. Para levar essa mensagem ao público, o Sebrae SP preparou diversas ações, como treinamento de empresários, distribuição de material informativo e adesivos, como explica o gerente de Inteligência de Mercado, Eduardo Pugnali. Faremos uma série de capacitações para o empresário pensar estratégias que possam ser feitas visando ao movimento, como promoções e mudanças de vitrines, de modo que o estabelecimento não passe em branco na data, explica. Para mostrar a devida relevância desses negócios, o Movimento Compre do Pequeno Negócio reforça aspectos como a proximidade dos estabelecimentos com casa, trabalho e lazer dos consumidores. A oportunidade de emprego também é um ponto ressaltado pela campanha, lembrando que milhões de trabalhadores tiveram a primeira chance em um empreendimento de menor porte. mobilização da sociedade A valorização da mão de obra local é só um dos aspectos estimulados pela opção de compra no menor empresário. Essa atitude também auxilia a comunidade, já que o dinheiro circula mais nos bairros, dinamizando-os não só nos grandes centros comerciais. A campanha deve contar com a participação efetiva dos empreendedores, que exercem papel importante na hora de transmitir essa mensagem para os clientes, indica Pugnali. O Movimento não está direcionado apenas a micro e pequenas empresas, também visa dar o devido valor para o consumidor. Queremos falar com o cliente do nosso cliente. A ideia é que essa seja uma mobilização da sociedade para que, cada vez mais, os consumidores valorizem os pequenos negócios que estão no entorno, reconhecendo que eles, de fato, são o motor da economia. Mais informações sobre o Movimento Compre do Pequeno Negócio podem ser obtidas no site www.compredopequeno.com.br, bem como nos Escritórios Regionais do Sebrae SP. M O V. 5 D E I M E N T O O U T U B R O C O M P R E. D O I O N E G Ó C P E Q U E N O ENTRE NESSA CORRENTE PELAS REDES SOCIAIS O Movimento Compre do Pequeno Negócio também está nas redes sociais. Para divulgar e compartilhar registros, os consumidores e donos de micro e pequenos empreendimentos podem postar selfies e depoimentos acompanhados das hashtags da campanha: #eucomprodopequenonegocio; #compredequemvoceconhece; #compredequemestapertodevoce; #compredopequeno.

edição 258 setembro de 2015 11 Crise aumenta procura por consertos em veículos Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apontam que, nos últimos meses, os ajustes na economia têm provocado aumento nos gastos com consertos de veículos. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista (PCCV), as lojas de autopeças tiveram alta de 2,5% em abril diante do mesmo período de 2014. Na cidade de São Paulo maior mercado consumidor do Estado, a expansão nas vendas desses itens foi de quase 25%. Já as vendas de veículos, no mesmo intervalo de tempo, caíram 5%. Faça render o seu tempo Saber administrar bem a agenda ajuda o empreendedor a reduzir problemas, concluir tarefas pendentes e manter o negócio saudável C om um time enxuto, micro e pequenas empresas colocam um desafio a mais nas mãos de seus proprietários: sem ter a quem delegar, muitas vezes, eles precisam se desdobrar para dar conta das tarefas. Nesse cenário, administrar bem o tempo para conseguir cumprir a agenda parece uma missão impossível. A boa notícia é que existem meios para garantir agilidade. O empreendedor costuma dizer que não tem tempo para fazer tudo. Na verdade, o que falta é senso de organização, afirma o consultor do Sebrae SP, Ruy Barros. De acordo com ele, o passo inicial é ter a atitude de querer organizar o dia a dia do negócio. Uma estratégia é usar listas e colocar no papel o que tem a fazer. No decorrer do dia, conforme apareçam novas atividades, o empreendedor deve acrescentá-las na relação e estabelecer quais merecem primeiro a sua atenção. Assim, ele determina prioridades e usa o tempo da melhor maneira para resolver tudo o que precisa, explica. Veja mais algumas dicas práticas: Telefonemas No começo do dia, liste todas as ligações que precisará fazer ao longo do período, levando em conta as prioridades (as mais importantes em primeiro lugar) e os horários. Encaixe as ligações recebidas fora da programação entre as já anotadas. O essencial é não perder o controle do planejado no início do dia para não encadear uma série de imprevistos e interrupções. Use pastas organizadoras Saber onde estão exatamente os papéis de que precisa ajuda a economizar minutos preciosos. Uma boa dica é adotar pastas sanfonadas, de preferência com 30 arquivos de plástico. A intenção é destinar cada espaço para um dia do mês, colocando ali tarefas que não po- dem atrasar e contas a pagar. Assim, o empresário utiliza a pasta como uma agenda, abrindo-a diariamente para checar as responsabilidades do dia. Diminua o número de reuniões Segundo Barros, é comum entre os empresários a realização de reuniões improdutivas, que não resolvem muita coisa. Se for mesmo necessária, programe o encontro com uma pauta bem definida e previsão de início e fim. Além disso, gerencie o tempo no encontro, estabelecendo, ainda, metas e objetivos posteriores, comenta. SINAIS DE ALERTA Algumas pistas podem sinalizar se o empresário tem alguma dificuldade para gerenciar o tempo de forma adequada. O primeiro indício é quando ele trabalha arduamente todos os dias, a empresa não dá resultados e o empresário não consegue enxergar quais são os problemas. Pode ser sinal de que ele não esteja fazendo a gestão do negócio, justamente por não conseguir organizar o tempo, assinala o consultor do Sebrae SP. Barros compara o problema à pressão alta. Assim como ela, a má gestão do tempo é uma complicação que você não percebe que tem. Só constata quando há uma crise, observa ele. A boa administração do tempo traz resultados valiosos, segundo o consultor, como redução do estresse na empresa, resolução de problemas e tomada de decisões mais efetivas. Além disso, resolvido esse gargalo, o empresário cria condições para ter um olhar mais inovador para os seus negócios. O consultor reforça, ainda, que o empreendedor não pode deixar de lado a participação na atividade-fim do negócio. A empresa começa a crescer e, se ele perde o contato com a sua base, é mais fácil de o negócio ruir. Não importante importante Definindo prioridades Uma dica simples para definir as prioridades do dia é seguir a matriz de urgência, conforme a ilustração. Nesse quadro, o empresário pode dividir e elencar quais atividades são prioridades ou não. No quadrante de tarefas urgentes e importantes, devem ser colocados aqueles problemas inadiáveis, imprevistos de risco e projetos com prazo apertado. Já no eixo de ações não urgentes, mas importantes, o empreendedor pode inserir estratégias, planejamentos, treinamentos e ações preventivas. No quadro de atividades não importantes, mas urgentes, entram interrupções, telefonemas, reuniões e tarefas que podem ser delegadas a outras pessoas. E, por fim, no quadrante de ações não importantes e não urgentes estão, por exemplo, conversas triviais, tarefas agradáveis e quaisquer atividades que resultem em perda de tempo. urgentes crises interrupções Fonte: Sebrae SP, SB Coaching, Tech Center não urgentes metas e planejamentos distrações

12 jornal de negócios Mais brasileiros querem ter o próprio negócio... Pelo menos 38,5 milhões de brasileiros sonham em abrir a própria empresa. O dado faz parte do levantamento do Instituto Data Popular, que mapeou a intenção em 28% dos entrevistados. Em 2013, 23% expressou a mesma intenção. Entre os interessados, 78% estão se preparando, seja pesquisando a área almejada (38%), seja economizando (28%), seja estudando (12%). Os brasileiros enxergam no empreendedorismo uma iniciativa para garantir mais renda e um bom futuro para a família, diz o presidente do Data Popular, Renato Meirelles. Flores de laboratórios, uma tendência Pequenos agricultores podem recorrer a material genético melhorado para produzir novidades cada vez mais belas e resistentes D e encanto fácil, as flores têm um poder de atração natural, fazendo girar, no Brasil, um mercado de R$ 5,7 bilhões no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Enquanto a economia nacional registra queda na maioria das atividades, o setor espera elevação de 8% no faturamento este ano. Em São Paulo, a expectativa de bons negócios é grande. O Estado é o maior produtor do País, com cerca de 30% do segmento, tornando a região mais do que um polo de plantio, uma vitrine estratégica. Neste mês, a chegada da primavera impulsiona ainda mais esse mostruário das tendências. Os que operam no segmento contam com as feiras e exposições para conhecerem as novas plantas que ganharam melhorias de cores, tamanhos, formas e durabilidade. A inovação consiste, basicamente, em chegar a um novo tipo de planta com a manipulação do material genético e reprodução em laboratório. Para quem compra mudas melhoradas, cultivo, ajuste e colheita de resultados levam, aproximadamente, um ano e meio de trabalho. Alma do negócio O Grupo Swart, grande produtor e referência nacional no cultivo de rosas de corte e kalanchoes, não abre mão São Paulo é o maior produtor do País, com cerca de 30% do segmento da estratégia, comenta o diretor Victor Villa Nova. A inovação é a alma do negócio nessa área. A vantagem para o produtor é levar para o consumidor a novidade e não ter tanta concorrência no início, podendo agregar mais valor aos itens comercializados, conta. A estratégia tem impacto positivo no bolso de quem a cultiva. Segundo Villa Nova, as flores que têm melhorias genéticas chegam a ser comercializadas com valor 20% superior às convencionais. A estratégia também pode fazer parte da realidade dos pequenos. É o caso do orquidário familiar Colibri Orquídeas, localizado em São Lourenço da Serra (SP). A propriedade nasceu em 1998, já de olho em oferecer aos clientes mais do que plantas convencionais, como explica uma das proprietárias, Lúcia Morimoto. Fomos ao Japão estudar a parte de melhoramento, de reprodução de orquídeas em laboratório e, ao retornarmos, aprimoramos os conhecimentos. E, então, vislumbramos o segmento de exposições", conta. Segundo a empresária, 70% dos clientes do orquidário são colecionadores que compram, geralmente, em eventos específicos, que oferecem tipos raros ou especiais. Por isso, trabalhar com melhoramento das flores se tornou vital para a companhia de Lúcia. Lidamos com espécies que não são facilmente encontradas em floriculturas e que, além disso, são mais simples de cultivar. O trabalho feito no Colibri Orquídeas tem o objetivo bem definido. Não adianta ter uma planta espetacular, mas de difícil cultivo. Nós não tentamos sofisticar a flor, mas domesticá- -la". Segundo Lúcia, a evolução feita em uma espécie une as melhores qualidades de orquídeas diferentes. A vantagem é que o modelo que adotamos cabe em nossa propriedade, já que para fazer uma produção em grande escala precisaríamos de uma área bem maior. Conseguimos sobreviver porque oferecemos uma grande variedade, mas em pouca quantidade e conseguimos, assim, trazer mais valor para o nosso trabalho", conta Lúcia. A tentativa de inovar é importante aliada de pequenos, explica o consultor do Sebrae SP Fábio Brass. Buscar novidades como variedades, plantas em evidência na mídia ou mesmo explorar espécies ornamentais ainda inéditas podem incentivar o consumo e destacar o item, recomenda. Eventos importantes O processo de produzir exemplares melhorados pode ser feito internamente, com estrutura adequada para a intervenção genética, ou comprando de terceiros, como indica o sócio-proprietário da Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado, Hélio Junqueira. O material básico, geralmente, é desenvolvido e comercializado por empresas e breeders [melhoristas] internacionais, principalmente da Holanda, Japão e Estados Unidos. Para o acesso a materiais genéticos novos e de primeira linha, o agricultor deve entrar em contato com fornecedores estrangeiros, solicitando catálogos e informações técnicas e comerciais, orienta. Os eventos e exposições do setor são um bom caminho para contatar essas companhias. A pequena e charmosa Holambra, no interior paulista, é reconhecida como ponto de encontro dos empresários e consumidores de plantas ornamentais. A cidade, além de grande produtora, é palco de três importantes eventos, obrigatórios nas agendas dos empresários

edição 258 setembro de 2015 13... e Região Norte tem maioria dos candidatos a empreendedores A pesquisa do Data Popular mostra que a Região Norte detém a maior concentração dos que têm vontade de empreender (55%). Em seguida, vêm as regiões Nordeste (33%), Sul (26%), Centro-Oeste (24%) e Sudeste (24%). Homens predominam entre os candidatos a empresário, com 53%. A classe média lidera (50%), seguida pela alta (28%) e pela baixa (22%). Jovens de 18 e 35 anos são o maior grupo (54%). Depois, os de 36 e 45 anos (19%), e maiores de 46 anos (27%). Na formação escolar, ensino fundamental é a maioria (50%). Depois, médio completo (37%), e superior (13%). interessados em investir em descobertas, sugere Junqueira. Em julho, a Hortitec apresenta itens comerciais e abre espaço para negociações de testes em campo para validar lançamentos, assim como levar propostas de material genético. No mês seguinte, o Enflor apresenta novidades para lojistas, decoradores, designers e artistas. Em setembro, é a vez de mostrar para o grande público consumidor as tendências de mercado, na Expoflora. O Grupo Swart, por exemplo, participa desse último evento levando, neste ano, os kalanchoes de corte, com pequenas flores, de caule longo e resistentes ao etileno, o hormônio que envelhece as plantas fruto do processo de melhoria investido pela empresa. De acordo com Villa Nova, o valor aplicado na novidade retorna, geralmente, em seis meses após o lançamento e comercialização. Para tomar a decisão de aplicar em melhorias, o consultor do Sebrae SP Fábio Brass recomenda: Existe a pressão do mercado querendo ver o setor inovar e atrair o consumidor. Somente pela beleza notória das plantas, a reação não é relevante, é preciso fazer mais para se manter e crescer. Para se diferenciar, é necessário saber que qualquer mudança pode impactar tanto nas despesas para produção, quanto nas rotinas da lavoura. É indispensável planejar, analisar e colocar tudo na ponta do lápis, sugere. Passo a passo para investir em novidades Para produzir flores e plantas ornamentais que passaram por melhorias, pode-se recorrer a diversos materiais genéticos, como sementes, mudas e bulbos. O empresário interessado em comprar de terceiros a novidade precisa seguir, basicamente, o caminho abaixo, segundo o consultor Hélio Juqueira: Foto: Rubens Chiri 1. Conheça o mercado O produtor deve contatar consumidores potenciais, varejistas e atacadistas para saber quais são as variedades e tendências em alta. Feiras e exposições são bons canais de contato. 2. Analise a viabilidade O interessado em novidades precisa fazer um estudo de aptidão climática e ecológica da região. É preciso checar se a propriedade tem condições de fazer a adaptação do cultivo. É preciso visualizar se vale a pena, assim como as escalas e períodos de cultivo. 3. Faça um plano de negócios A logística deve estar apta, bem como os preços a serem cobrados, formulando, de preferência, um planejamento para todo o processo. 4. Negocie Na hora de fechar o acordo comercial com a empresa que fornecerá o material genético, estude como será feito o pagamento de royalties da variedade inovadora e negocie previamente para não ter problemas no futuro. Lúcia Morimoto, da Colibri Orquídeas: "Trabalhamos com espécies que não são comumente encontradas nas casas especializadas"