Treinamento em Monitoria e Avaliação para o Governo de Moçambique 27 de fevereiro a 03 de março de 2017 Maputo. Aula 06

Documentos relacionados
Programa Bolsa Família Desenho, Instrumentos, Evolução Institucional e Impactos. Brasília, 2 de abril de 2014

O que é o Cadastro Único?

Avaliação da integração do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) ao Programa Bolsa-Família (PBF) Maria das Graças Rua Março de 2007

GESTÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO SUAS NOS MUNICÍPIOS REGIÃO CENTRO-OESTE. RIO VERDE/GO, 03 e 04 de abril de 2013

O que é o Cadastro Único?

BOLSA FAMÍLIA Tecnologia e inovação a serviço do fim da pobreza. V Seminário de Gestão de Tecnologias e Inovação em Saúde Salvador 11/10/2013

Em alinhamento com as diretrizes do Plano Brasil sem Miséria, do Governo

Ferramentas informacionais, Instrumentos de Monitoramento e Pesquisas de Avaliação para Uso dos Técnicos, Pesquisadores e Gestores

Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família SIGPBF

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO / SENARC / MDS

ANEXO I EDITAL GC

Treinamento em Monitoria e Avaliação para o Governo de Moçambique 27 de fevereiro a 03 de março de 2017 Maputo. Aula 02

MUNDO Sem POBREZA INICIATIVa Brasileira de Aprendizagem

Políticas de Distribuições de Renda

Usos do Cadastro Único em pesquisa. Pedro H. G. Ferreira de Souza Disoc/Ipea

Programa Bolsa Família Pós-coleta dos dados de acompanhamento das condicionalidades de saúde

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA CONSULTORIA INDIVIDUAL

Pobreza, Desigualdade e Mudança Social: o legado da Estratégia Brasileira de Desenvolvimento Inclusivo. Paulo Jannuzzi (SAGI-MDS)

Município: CAROLINA / MA

Edição nº 81 de 28/04/2006 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Cadastro Único para Políticas Sociais

No Município, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em novembro de 2017 era de dentre as quais:

No Município, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em setembro de 2018 era de dentre as quais:

Roniberto Morato do Amaral

Município: GOVERNADOR VALADARES / MG

Município: TAILÂNDIA / PA

POLÍTICAS SOCIAIS NO RURAL BRASILEIRO ENTRE 2003 E 2014, COM FOCO NO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NA EVASÃO ESCOLAR, FREQUÊNCIA, APROVAÇÃO E DEFASAGEM IDADE-SÉRIE DOS ALUNOS DO MUNICÍPIO DE POÇO FUNDO/MG

Município: OURO PRETO / MG

INICIATIVAS GULBENKIAN PARA A INOVAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO. Concurso para apoio a iniciativas-piloto na educação pré-escolar

Desafios e perspectivas do Programa Bolsa Família

Curso em Monitoria e Avaliação para Sistemas de Proteção Social 27 de fevereiro a 03 de março de 2017 Maputo

GESTOR SOCIAL Políticas Públicas Integradas - PPI

ESTUDO SOBRE O CADASTRO ÚNICO E O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM A MESORREGIÃO DA GRANDE FRONTEIRA DO MERCOSUL

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 11. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

POLÍTICAS PÚBLICAS: PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DE RECURSOS REFERENTE AO MÊS DE ABRIL/2016

Pesquisa de Orçamentos Familiares

A evolução das políticas sociais brasileiras: do Bolsa Família ao Plano Brasil sem Miséria

Capacitação Macrorregional SISVAN

Avaliação de Impactos das Condicionalidades de Educação do Programa Bolsa Família

Painel 7. Perspectivas para acesso a recursos e investimentos no setor de saneamento básico em 2017

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

A CONSTRUÇÃO DO MAPA DA POBREZA E DO MAPA DE OPORTUNIDADES E DE SERVIÇOS PÚBLICOS

NOTA TÉCNICA Nº 2/2016-CVN/GVE/SUVISA. Em 23 de agosto de 2016

ESTUDO TÉCNICO N.º 02/ 2012

O Sistema de Monitoramento e Avaliação dos Programas de Promoção e Proteção Social do Brasil

Programa de Alimentação Escolar Programa Bolsa Família

PRIMEIROS RESULTADOS DA ANÁLISE DA LINHA DE BASE DA PESQUISA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

ESTATÍSTICAS SOBRE O USO DAS TIC NO BRASIL: A EXPERIÊNCIA DO IBGE

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

SEMINÁRIO DESENVOLVIMENTO GLOBAL ATRAVÉS DA TRANSFORMAÇÃO ECÔNOMICA E CRIAÇÃO DE EMPREGOS

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,

Fontes de Dados de Indicadores Sociais

Programa Bolsa Família e Cadastro Único para Programas Sociais

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Gabinete da Ministra PORTARIA Nº 160, DE 25 DE JULHO DE 2012

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA NACIONAL DE RENDA DE CIDADANIA SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Avanços do Programa bolsa Família em João Pessoa: Uma Questão de Acesso à Saúde para Beneficiários do Programa Bolsa Família

PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL NO ÂMBITO DO PLANO BRASIL SEM MISÉRIA

Apoio Técnico da Vigilância Socioassistencial. 04:Principais instrumentos e fontes de informação

RESULTADOS DO ACOMPANHAMENTO DE CONDICIONALIDADES DO BOLSA FAMÍLIA

Metodologias de Avaliação de Programas Sociais

Indicadores de Belo Monte

ESTUDO TÉCNICO N.º 05/ 2012

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

TIC Educação 2015 Apresentação dos principais resultados

Gestão Compartilhada. do Programa Bolsa. Família

Prefeitura Municipal de Iramaia publica:

PACTO DE APRIMORAMENTO DO SUAS

II Seminário da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO 2018 FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE PONTA GROSSA DEPARTAMENTO DE GESTÃO DO SUAS DIVISÃO DE MONITORAMENTO

CLEAR-FGV e IPEA 28 e 29 Set 2015 São Paulo Lígia Vasconcellos Gerência de Avaliação de Projetos Itaú Unibanco

UNICEF BRASIL Edital de Seleção de Consultor: RH/2014/018

ROTEIRO DE PROJETOS. I. INFORMAÇÃO SOBRE A ORGANIZACAO RESPONSÁVEL PELO PROJETO 1 Razão Social: 2 CNPJ: 3 Cidade: 4 Estado: 5 Telefone: 6

Anexo 11/5. Diretrizes para Capacitação de Equipes do SIBiUSP

PERFIL DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM PONTA GROSSA

SETE PASSOS COMO CONSTRUIR UM PLANO DE MOBILIDADE URBANA. NIVEA OPPERMANN Diretora de Desenvolvimento Urbano WRI BRASIL

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

NOME DO PROJETO: PROJETO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL INTEGRADO E SUSTENTÁVEL PDRIS. ( ):

FAMÍLIAS DESLIGADAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO MUNICIPIO DE CORUMBÁ (MS)¹

Anexo I Modelo de Proposta Estruturado

AGRAVAMENTO DE VELHAS QUESTÕES: pobreza, desigualdade e o papel dos Programas de Transferência de Renda no Brasil e no Maranhão

Desigualdade e a Armadilha da Renda Média. Fernando de Holanda Barbosa Filho IBRE FGV

PROGRAMA MAIS MÉDICOS

Seminário Preparatório da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde 5 de agosto de 2011

Integração de Políticas Públicas e seus desafios

UNIDADES ASSISTÊNCIAIS:

Bolsa Carioca: Diagnóstico e Desenho

Orçamento e Financiamento da Assistência Social Monitoramento e Avaliação da Assistência Social

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA 20/05/2015

Sobre o CGI.br Criado em maio de 1995 Pela Portaria Interministerial Nº 147 de 31/05/1995, alterada pelo Decreto Presidencial Nº de 03/09/2003 R

RECUPERAÇÃO E PROTEÇÃO DOS SERVIÇOS DE CLIMA E BIODIVERSIDADE DO CORREDOR SUDESTE DA MATA ATLÂNTICA BRASILEIRA (BR-G1003)

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA ESPECIALIZADA (PESSOA FÍSICA)

Sessão VII Desenvolvimento e Institucionalização do Monitoramento e avaliação de Políticas Públicas no Brasil

RESOLUÇÃO N 26, DE 16 DE SETEMBRO DE 2011.

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE SECRETARIA ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA

BALANÇO DA POLÍTICA HABITACIONAL URBANA PMCMV - ENTIDADES FUNDO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL - FDS

CHAMADA PÚBLICA SIMPLIFICADA Nº 01/2018 SEGES INDICADORES SELEÇÃO DE PESQUISADORES

Relatório da Avaliação de Reação. Curso Gestão Integrada de Recursos

CARÊNCIAS HABITACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA: O PAPEL DO ÔNUS EXCESSIVO COM ALUGUEL URBANO

Transcrição:

Treinamento em Monitoria e Avaliação para o Governo de Moçambique 27 de fevereiro a 03 de março de 2017 Maputo Aula 06

PROGRAMA RENDA MELHOR: da formulação à avaliação Parte 2 Curso de Monitoria e Avaliação Maputo, Moçambique 27 de fevereiro a 03 de março de 2017 Antonio Claret Campos Filho Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental

Atividades Ibsumo Teoria da Mudança e sistema de M&A Programa Renda Melhor, Governo do Rio de Janeiro Sistema de Monitoria e Avaliação Indicadores Fontes de Verificação Melhoria nas Condições de Vida da População do Estado do RJ Redução da taxa de trabalho infantil Produtps Resultados Resultados Finais Impacto Aumento da segurança alimentar Pesquisa Avaliação de Impacto A renda per capita das famílias beneficiadas é elevada até a linha de extrema pobreza Aumento da renda Famílias em pobreza extrema recebem os benefícios financeiros do Programa Renda Melhor Taxa de cobertura da população alvo do programa como um todo e de grupos de especial interesse Portal Rio Sem Miséria Repasse financeiro ao agente pagador Folha de Pagamento do Renda Melhor elaborada Nº benefícios pagos Recursos transferidos Sistema de Gestão do Renda Melhor Acompanhar desembolsos financeiros Selecionar Beneficiários Acompanhar Condicionalidades Sistema de Gestão do Renda Melhor Revisar Folha de Pagamento Benefícios Bolsa Família Cadastro Único Regras de negócio do programa definidas Manual Operatrivo Lei Orçamentária Algoritmos e sistema de informações Articulação Interinstitucional estabelecida Marco normativo estabelecido (leis, decretos, acordos de cooperação etc.)

Manual Operativo do Programa Renda Melhor O Manual Operativo (MOP) tem como objetivo fornecer informações sobre o Programa Renda Melhor, desde a sua concepção, bases legais e demais informações, com especial foco nos aspectos técnicos e operacionais, permitindo transparência e maiores esclarecimentos às demais Subsecretarias da SEASDH, aos demais Secretários de Estado e instituições responsáveis pela execução dos diversos serviços e atividades de gestão técnica, operacional e financeira do programa.

Estruturação do MOP CAPÍTULO 1. ALCANCE E UTILIZAÇÃO DO MANUAL OPERATIVO o Apresenta o Manual Operativo no que diz respeito à sua finalidade, estrutura, cobertura institucional, escopo, usuários e procedimentos para a sua atualização. CAPÍTULO 2. PLANO RIO SEM MISÉRIA o Apresenta a estratégia definida para o Plano Rio Sem Miséria e a metodologia desenvolvida pela FGV de predição de renda e implementada pela SEASDH com o apoio operacional do PRODERJ. CAPÍTULO 3. SOBRE O PROGRAMA RENDA MELHOR o Descreve os objetivos e as principais características do Programa Renda Melhor. Apresenta também uma retrospectiva sobre o Projeto Piloto, as expansões de 2012 (48 municípios) e 2013 (40 municípios) e o processo de revisão dos benefícios.

Estruturação do MOP (cont.) CAPÍTULO 4. ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA o Apresenta a estrutura organizativa e operacional do programa Renda Melhor relacionando os principais atores interinstitucionais e intrainstitucionais e respectivos papéis na operacionalização do programa. CAPÍTULO 5. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DO PROGRAMA o Detalha os papéis e procedimentos que estão sob a responsabilidade da SEASDH/SSPOA, SEPLAG e SEFAZ, descrevendo as principais etapas e procedimentos relacionados ao processo mensal de pagamento dos benefícios do Programa Renda Melhor. CAPÍTULO 6. MODELO DE OPERAÇÃO E GESTÃO o o Apresenta as ferramentas desenvolvidas em parceria institucional com o PRODERJ - Sistema de Gestão do Programa Renda Melhor e Sistema Estadual de Consulta ao CadÚnico - destacando seus objetivos, características e sua relevância para apoiar a gestão e o monitoramento do Renda Melhor. Apresenta, também, o Modelo Operacional do programa, detalhando as principais etapas e fluxos do ciclo mensal de pagamento.

Estruturação do MOP (cont.) CAPÍTULO 7. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO o Apresenta o Portal de Informações Gerenciais do Rio Sem Miséria, descrevendo os objetivos, características, principais informações disponibilizadas - gráficos e relatórios -, público alvo e sua relevância para o monitoramento do Plano Rio Sem Miséria. o Aborda também as parcerias institucionais estabelecidas entre a SSIPS/SEASDH, o CEPERJ, o BIRD, a SAE e o MDS para realizar a pesquisa de campo domiciliar do Programa Renda Melhor. o Ademais, apresenta um resumo das auditorias de controle externo realizadas, bem como suas recomendações e providências tomadas pela SEASDH para atendê-las. CAPÍTULO 8. MARCO NORMATIVO o Apresenta as normativas que foram publicadas sobre o Programa Renda Melhor decretos, lei e resoluções.

Avaliação do Renda Melhor

OBJETIVO: Avaliação do Programa Renda Melhor Avaliar os impactos da transferência de recursos adicionais do Programa Renda Melhor sobre as famílias beneficiárias.

Atividades Ibsumo Teoria da Mudança e sistema de M&A Programa Renda Melhor, Governo do Rio de Janeiro Sistema de Monitoria e Avaliação Indicadores Fontes de Verificação Melhoria nas Condições de Vida da População do Estado do RJ Redução da taxa de trabalho infantil Produtps Resultados Resultados Finais Impacto Aumento da segurança alimentar Pesquisa Avaliação de Impacto A renda per capita das famílias beneficiadas é elevada até a linha de extrema pobreza Aumento da renda Famílias em pobreza extrema recebem os benefícios financeiros do Programa Renda Melhor Taxa de cobertura da população alvo do programa como um todo e de grupos de especial interesse Portal Rio Sem Miséria Repasse financeiro ao agente pagador Folha de Pagamento do Renda Melhor elaborada Nº benefícios pagos Recursos transferidos Sistema de Gestão do Renda Melhor Acompanhar desembolsos financeiros Selecionar Beneficiários Acompanhar Condicionalidades Sistema de Gestão do Renda Melhor Revisar Folha de Pagamento Benefícios Bolsa Família Cadastro Único Regras de negócio do programa definidas Manual Operatrivo Lei Orçamentária Algoritmos e sistema de informações Articulação Interinstitucional estabelecida Marco normativo estabelecido (leis, decretos, acordos de cooperação etc.)

AVALIAÇÃO DE IMPACTO RENDA MELHOR SEASDH/SAE/ MDS/ CEPERJ/ BANCO MUNDIAL Hipóteses: Impactos diretos - Por se tratar de um Programa de transferência de renda, espera-se que essa transferência tenha impactos diretos sobre aspectos da vida das famílias Impactos diferenciados pela magnitude da transferência e pelas características dos receptores - O impacto pode ser maior ou menor dependendo da magnitude da renda transferida e do tipo de beneficiário que recebe essa renda adicional Efeitos indiretos - ex: Informacional (renda adicional pode dar para a família informação, afetando suas preferências); Mudança na alocação do tempo dos beneficiários; Aprendizado (p. ex.: deixar de consumir os bens que entram no cômputo dessa renda)

PARCERIAS DA SEASDH para a Avaliação do Programa Renda Melhor Fundamentais para superar limitações internas. CEPERJ: coordenação das entrevistas aos beneficiários em duas rodadas, 2012 e 2013. Banco Mundial: apoiou a contratação de consultor individual responsável por analisar os dados coletados nas entrevistas para aferir o impacto do programa. MDS: Avaliação prevista no Termo de Cooperação (2011); apoio na discussão metodológica e análise de dados SAE/PR: apoio na discussão metodológica e análise de dados

PESQUISA CAMPO - CEPERJ AMOSTRA: Amostra original: 3.950 famílias (1.975 beneficiárias do Bolsa Família e do Renda Melhor e 1.975 famílias beneficiárias apenas do Bolsa Família) COLETA EM DOIS MOMENTOS NO TEMPO: Março a Abril de 2012: 3.848 domicílios (15.867 pessoas)- 38,41% Controle (apenas PBF) e 61,59% tratamento (PBF e RM) Maio de 2013: 3.880 domicílios (15.703 pessoas) - 38,87% Controle (apenas PBF) e 61,13% tratamento (PBF e RM) OBS.: 13,70% dos domicílios entrevistados na 1ª rodada não foram localizados na segunda rodada realização de reposições;

PESQUISA CAMPO - CEPERJ A avaliação foi aplicada em 14 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Questionários (80 questões) Permitiu conhecer os domicílios e famílias do Programa (caracterização) Permitiu coletar dados para a análise de impacto Possibilitou também realizar estudos preliminares para aferir a adequação do mecanismo de predição de renda

Cobertura Espacial da Pesquisa

METODOLOGIA: AVALIAÇÃO DE IMPACTO RENDA MELHOR Diferenças em diferenças: contrastou-se o resultado observado em uma determinada característica de interesse nas famílias beneficiadas (Renda Melhor mais Bolsa Família) e não beneficiadas (apenas Bolsa Família) antes do Programa (pesquisa Linha de Base) e após o Programa (Pesquisa Seguimento). Regressão Descontínua (RD): contrasta os resultados nas características de interesse entre famílias com renda predita muito similares e próximas ao ponto de corte de R$100 na renda familiar per capita

AVALIAÇÃO DE IMPACTO RENDA MELHOR INDICADORES: Foram selecionados 260 indicadores para representar as condições de bemestar e socioeconômicas do grupo de interesse: Educação (80) Saúde (6) Bem-Estar de Crianças e Jovens (11) Consumo alimentar (44) Condições Habitacionais (73) Trabalho (46)

MODELOS PARA A AVALIAÇÃO DE IMPACTO Foram utilizados 8 modelos que variam de acordo com os controles e suas especificidades; Os modelos 1 a 4 controlam pelo processo de seleção, controlando ou pela renda presumida ou pelas variáveis que determinam a renda presumida. Esses modelos utilizam o princípio metodológico de Regressão Descontínua. Modelos 5, 6, 7 e 8 não controlam pelo processo de seleção, não incluem nem a renda presumida nem os determinantes da renda presumida. Esses modelos utilizam o princípio metodológico de Diferenças em Diferenças.

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO IMPACTO SOBRE A RENDA A diferença entre a renda apresentada pelo grupo de tratamento (beneficiários) após o programa e a renda esperada na ausência do programa para esse mesmo grupo é de R$ 84,00 esse é o impacto observado do programa sobre a renda domiciliar

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO IMPACTO SOBRE A RENDA No caso da renda per capita, o impacto é de R$ 14 OBS.: O impacto na renda per capita foi menor que o impacto na renda famílias porque o número de pessoas nas famílias que recebem o Renda Melhor diminuiu menos que nas famílias do grupo controle (teria o programa favorecido a permanência dos jovens por mais tempo em suas casas?)

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO IMPACTO SOBRE OUTRAS DIMENSÕES EDUCAÇÃO e SAÚDE Não foram detectados impactos significativos do programa sobre essas dimensões Impacto do PBF se dá muito pelas condicionalidades. PRM não impõe nenhuma nova condicionalidade BEM ESTAR DE CRIANÇAS E JOVENS Existe um efeito pequeno mas significativo em relação a redução do trabalho infantil de crianças de 10 a 13 anos

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO TRABALHO Há muitos indicadores com impacto positivo e inclusive estatisticamente significante para trabalho. O programa apresenta maior impacto sobre o trabalho que sobre a educação Aumento na participação de jovens e adultos na população economicamente ativa e na ocupação

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO IMPACTOS SOBRE OUTRAS DIMENSÕES CONSUMO ALIMENTAR Não foi observado efeito na percepção das famílias quanto a sua segurança alimentar Mas teve impacto positivo e significativo sobre o consumo de carnes e frutas ORÇAMENTO FAMILIAR: Efeito relevante sobre a redução dos domicílios onde o peso do aluguel é o fator mais relevante no orçamento CARACTERÍSTICAS DOS DOMICILIOS: A maioria dos indicadores não apresentou impactos significativos Os destaques foram para a redução de domicílios alugados; aumentos de bens duráveis (computador e telefone celular).

Resultados: Os impactos são muito dispersos entre as diferentes áreas e indicadores; A Dimensão Trabalho apresenta resultado médio positivo e significativo. Esse efeito tem grande influência do componente Condição de Ocupação; A outra Dimensão que se mostrou bastante relevante foi a de Habitação, especialmente a partir do subcomponente de Infraestrutura e Posse. INDICADOR SINTÉTICO RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO Busca captar as diferentes possíveis aplicações do recurso adicional recebido pelas famílias a partir do Programa.

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO O processo e os resultados da avaliação abriram duas novas frentes de trabalho: 1. Novos estudos de avaliação Necessidade de aprofundar a análise de indicadores sintéticos que possibilitem também analises quanto a: a) heterogeneidade do impacto do benefício (em que medida o impacto é diferente em diferentes grupos) b) heterogeneidade da intervenção (em que medida pessoas que receberam um benefício maior tiveram mais impacto que aquelas que receberam um benefício menor) 2. Avaliação do Preditor de Renda Analisar o grau de focalização e análise da qualidade do preditor Construção e teste de um indicador de renda presumida, baseado nas Pesquisas de campo, que seja mais adequado

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO PREDITOR DE RENDA Análises iniciais demonstram que: A renda presumida diminui erro de inclusão mas aumenta o erro de exclusão em relação à renda declarada no CADÚNICO. Entretanto, no somatório dos erros de inclusão e exclusão, o mecanismo de predição de renda apresenta valores mais favoráveis que a renda declarada para identificar as famílias pobres. Estudos iniciais apontam para a possibilidade de aprimoramento do mecanismo de predição de renda.

AVALIAÇÃO DE IMPACTO Renda Melhor Jovem Desenvolvida por Pereira & Ferraz (PUC-RJ) Método: diferenças em diferenças O programa impacta de forma positiva o fluxo escolar, aumentando as taxas de aprovação e reduzindo o abandono escolar. Dentro do subconjunto dos alunos elegíveis, são os alunos mais pobres, os meninos, e aqueles com maior risco de abandono que mais se beneficiam do programa. Não encontrada evidência de que os efeitos encontrados possam ser explicados pelo efeito renda advindo dos programas Cartão Família Carioca e RM.

OBRIGADO! antonio.claret@ipea.gov.br antonio.claret@ipc-undp.org Curso de Monitoria e Avaliação Maputo, Moçambique 27 de fevereiro a 03 de março de 2017