QUINTA DOS GAGOS QUINTA DO PÓPULO

Documentos relacionados
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

Termo de Responsabilidade do Projecto de Arquitectura

Rua António Saúde nº 11 a 13, freguesia São Domingos de Benfica, concelho Lisboa

LOTEAMENTO FONTE NOVA MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

2.ENQUADRAMENTO NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO TERRITÓRIO. 1. Enquadramento Face ao Plano Director Municipal / Plano de Urbanização da Cidade

MI ISTÉRIO DO PLA EAME TO E DA ADMI ISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO. 8. Regulamento

OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO EST 01. Ano Mês Alvará de de licença/autorização de de loteamento n.º n.º

Zona Centro. Porto. Ilhas

A Ocupação Dispersa no Quadro dos PROT e dos PDM. O PROT - Norte. Universidade de Évora, 12 de Novembro de 2009

Artº 3º Promotores O presente loteamento é promovido em parceria pela Câmara Municipal e outros proprietários.

Plano de Pormenor dos Novos Parques de Campismo PROJECTO FINAL. Regulamento

O P E R A Ç Ã O D E L O T E A M E N T O D A Z O N A I N D U S T R I A L L O R D E L O - C O D A L

O presente loteamento é promovido em parceria pela Câmara Municipal e outros proprietários.

Área de intervenção: sesimbra

ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE S. JOÃO

Câmara Municipal de Sesimbra DIVISÃO DE PLANEAMENTO URBANISTÍCO

PLANO DE PORMENOR DA ZONA INDUSTRIAL DE SANTA COMBA DÃO Termos de Referência

7006 Diário da República, 1.ª série N.º de Outubro de 2007

Zona Sul. Lisboa. Ilhas

Regulamento do Plano de Pormenor do Quarteirão de Santo António CAPÍTULO. Disposições gerais. Artigo 1.º Âmbito e aplicação

Câmara Municipal MUNICÍPIO DE MATOSINHOS

OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO INDUSTRIAL DO ROSSIO REGULAMENTO

REGULAMENTO PLANO DE PORMENOR DA QUINTA DA COVA DA ONÇA ALTERAÇÃO. Câmara Municipal de Alcobaça Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística 1

Termos de Referência. 4. Enquadramento nos Instrumentos de Gestão Territorial. Página 1 de 5

CÂMARA MUNICIPAL DE SESIMBRA LOTEAMENTO MUNICIPAL DA RIBEIRA DO MARCHANTE MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Área a abranger pelo Plano de Pormenor

Para efeito de execução do Plano, a área de intervenção é dividida nas seguintes zonas, delimitadas na planta de implantação:

Zona Sul. Lisboa. Ilhas

TIPOLOGIAS DE ALOJAMENTO ENQUADRÁVEIS NO COMPETIR+

MONTE GORDO NASCENTE PLANO DE PORMENOR

PEDIDO DE LICENCIAMENTO DE ALTERAÇÃO DE LICENÇA/AUTORIZAÇÃO DE LOTEAMENTO

CONCESSÃO GRANDE LISBOA

MEMÓRIA DESCRITIVA. A presente memória descritiva refere-se a um loteamento a implementar em São Teotónio.

Regulamento do Plano de Pormenor da Zona Industrial da Calvela CAPÍTULO I. Disposições gerais. Artigo 1.º Âmbito e aplicação

Artigo 2º (Designação) O território do Concelho de Matosinhos é abrangido por três tipos de zonas com as seguintes designações:

DADOS QUANTITATIVOS ÁREA TOTAL A LOTEAR - oitenta e nove mil cento e dezanove metros quadrados (89119 m²); NÚMERO DE LOTES - 30 numerados de 1 a 40;

MUNICÍPIO DE PENICHE

Loteamento da Quinta de S. Martinho

REGULAMENTO DO PLANO DE PORMENOR SOBRE A OCUPAÇÃO DE PARCELAS NO SÍTIO DENOMINADO ESTACAL, EM BREJOS DE AZEITÃO, CASAS DE AZEITÃO.

NORMA TÉCNICA ELEMENTOS ANEXOS PARA A INSTRUÇÃO DE PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

Regulamento do Plano de Pormenor de Expansão Norte de Vale de Cambra CAPÍTULO I. Disposições gerais. Artigo 1.º. Âmbito e aplicação

INFORMAÇÃO PRÉVIA MUNICÍPIO DO SEIXAL CÂMARA MUNICIPAL. Livro: Registo N.º: /Ano: Entrada de: Classif. Ou Proc N.º: Registado por:

PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

PROGRAMA PRELIMINAR Concurso público de conceção para a elaboração do projeto de conjunto edificado em Lisboa

A área de intervenção insere-se de acordo com o PDM em área urbanizável de indústria e armazéns e encontra-se delimitada na planta síntese.

Habitação, Construção e Obras Públicas. Anexo nº 2 - Sistema Conceptual completo

Dossier Promocional. Empreendimento Vila Sol Quarteira Loulé Algarve

REGULAMENTO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DE CARREGAL DO SAL

P R O P O S T A N.º 284/2018. Planeamento, Urbanismo, Património e Obras Municipais

Ordenamento do Território Nível Municipal Ano lectivo 2013/2014

Regulamento do Plano Director Municipal de Coimbra

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO DO PLANO DE PORMENOR DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DAS FONTAINHAS

PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA

UNIDADE DE EXECUÇÃO DE S. BARTOLOMEU. Proposta de Delimitação e Fundamentação. 1. Introdução. Fundamentação

AVISO OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO MUNICIPAL N

1308 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o

4138-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Agosto de 2000 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Termos de Referência do Plano de Pormenor da Costa de Lavos

PEDIDO DE LICENCIAMENTO DE ALTERAÇÃO DE LICENÇA/AUTORIZAÇÃO DE LOTEAMENTO

N. o DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B 6527 Resolução do Conselho de Ministros n. o 206/97 A Assembleia Municipal de Vila Flor aprovou, em 3

Delimitação e normativa para a urbanização rural difusa em Mafra

APOIO AO EMPREENDEDORISMO)

DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

INFORMAÇÃO PRÉVIA. Artigo 14.º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação. Nome. Morada. Freguesia Código Postal -

1. PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA PAMPELIDO PERAFITA E LAVRA/DECISÃO SOBRE: ELABORAÇÃO, TERMOS DE REFERÊNCIA E ISENÇÃO AMBIENTAL

MUNICÍPIO DE BEJA AVISO

ESTUDO URBANÍSTICO PARA A UOPG N.º 55 ZONA INDUSTRIAL DE ALVARÃES (REFORMULAÇÃO DO ESTUDO URBANÍSTICO)

CÂMARA MUNICIPAL DE MAFRA Departamento de Urbanismo, Obras Municipais e Ambiente Divisão de Planeamento Territorial e Gestão Urbanística

SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO MIGUEL MALHEIRO, ARQUITECTO

EXMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMINHA

Quadro político e legislativo relativo ao ordenamento do território. Planeamento Urbano 2011/12 JOÃO CABRAL FA/UTL

1. Matriz de compatibilização das classes de espaço dos Planos Directores Municipais com as Classes de Espaço propostas pelo POOC.

TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE ALJUSTREL

PLANO DE PORMENOR DO NÚCLEO CENTRAL DO CARREGADO

P.U. SANTO ALEIXO REGULAMENTO

V E R E A Ç Ã O D E P L A N E A M E N T O, O R D E N A M E N T O E U R B A N I S M O D I V I S Ã O D E P L A N E A M E N T O, R E V I T A L I Z A Ç Ã

Ex.mo Senhor: Presidente da Câmara Municipal de Mortágua. ASSUNTO: LOTEAMENTO URBANO: Com / Sem, Obras de Urbanização Licenciamento Comunicação Prévia

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO INDUSTRIAL DA CALVELA 2ª fase / equipamentos

PLANO DE PORMENOR DA ZONA SUL DA MATA DE SESIMBRA

A Ocupação Dispersa no quadro do PROTALGARVE

Diário da República, 2.ª série N.º de Janeiro de

2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento no PDM

Planeamento Urbano Plano de Urbanização da Damaia/Venda Nova (Oficina de Arquitectura 1997) JOÃO CABRAL FA/UTL 2011

MUNICÍPIO DE ALMADA CÂMARA MUNICIPAL

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DA PAISAGEM OCEANO (LOTEAMENTO PAISAGEM OCEANO) TERMOS DE REFERÊNCIA

C. M. Póvoa de Varzim PP da Faixa a Poente da Marginal de Aver-o-Mar

PLANO DE PORMENOR NA MODALIDADE ESPECÍFICA DE PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RURAL DA CABEÇA DA CABRA TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO DE PORMENOR DA ZONA BAIXA DA VILA DE PENELA TERMOS DE REFERÊNCIA

7314 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Resolução do Conselho de Ministros n.

PLANO DE PORMENOR NA MODALIDADE ESPECÍFICA DE PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RURAL DO PAIOL TERMOS DE REFERÊNCIA

Plano Director Municipal do Funchal

TÍTULO I Diário da República, 2.ª série N.º de Julho de Disposições Gerais. CAPÍTULO IV Disposições finais

Setembro de

Conflitos de ordenamento

Terreno. ali S I L V E S / A L G A R V E / P O R T U G A L

4138-(8) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Agosto de 2000


T E R M O S D E R E F E R Ê N C I A

Transcrição:

Empreendimentos Turísticos QUINTA DOS GAGOS QUINTA DO PÓPULO

Empreendimentos Turísticos QUINTA DOS GAGOS QUINTA DO PÓPULO

Quinta dos Gagos 11 2 Resort Ecológico implantado em 1.000.000 m que se estende do mar até à serra. A 3 km da zona termal da Ferraria e Mosteiros e a 20 minutos de Ponta Delgada. BUNGALOWS RESIDÊNCIAS TURÍSTICAS CAMPO DE GOLFE UNIDADE HOTELEIRA

INTRODUÇÃO Refere-se a presente memória descritiva e justificativa à definição da solução proposta, em fase de Estudo Preliminar, para uma eventual intervenção de carácter urbanístico e arquitectónica com vista ao desenvolvimento de um plano geral que, permita rentabilizar em termos turísticos um prédio misto localizado na Freguesia de Ginetes, Concelho de Ponta Delgada.

ÁREA DE INTERVENÇÃO PLANO GERAL Quinta dos Gagos 11

CARACTERIZAÇÃO DO SÍTIO Trata-se de uma área de terreno impar do ponto de vista paisagístico, com uma extensão considerável e com a particularidade de se estender desde a costa Sul da Ilha até à cumeeira da lagoa das Sete Cidades, sempre ligada por um caminho de acesso que percorre toda a sua extensão. Podemos ainda caracterizar o prédio pela sua diversidade, fisicamente demarcada pelas vias de acesso e pelas características da ocupação urbana existente. A área envolvente ao núcleo urbano, composto pela casa mãe e respectivos edifícios de apoio agrícola, assume-se como ponto fulcral do prédio, ao qual estão associados os terrenos que se estendem até á linha de costa e á Estrada Regional, a área de meia encosta onde se pode verificar algum edificado disperso, em ambiente rural e a zona da cumeeira, caracterizada por um misto de bosque e pastagem.

Quinta dos Gagos 11

DOS PLANOS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Sobre a área em apreço vigaram o Plano Director Municipal de Ponta Delgada e o Plano de Ordenamento da Orla Costeira, condicionantes ao desenvolvimento do presente processo. De acordo com o PDM de Ponta Delgada, o terreno está classificado segundo quatro classe de espaços distintos, n o m e a d a m e n t e E s p a ç o s A g r í c o l a s, Á r e a s Predominantemente Habitacionais, Espaços Florestais e Área de Protecção das Arribas, Linhas de água e Lagoas, áreas sobre as quais a construção obedece a critérios diversos ainda que sempre possível. No que se refere ao POC, trata-se de um instrumento que prevalece sobre os demais, no entanto tenta conformar-se com o PDM.

Quinta dos Gagos 11 PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PONTA DELGADA PLANTA DE CONDICIONANTES PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PONTA DELGADA PLANTA DE ORDENAMENTO

DA PROPOSTA Em traços gerais, a intervenção proposta visa rentabilizar a referida área de intervenção e respectivas construções existentes de forma a permitir o desenvolvimento de um complexo turístico adequado as especificidades do sitio, indo ainda ao encontro da politica de ordenamento inerente ao PDM de Ponta Delgada, numa perspectiva integrada, procurando soluções diversas face ás classes de espaço determinadas. Assim, propomos criar uma área destinada a turismo de natureza, composta por pequenas unidades de alojamento dispersas e implantadas dentro da área florestal, inseridas nas várias explorações agrícolas ai instaladas, uma zona de residências turísticas a meia encosta, sobre os espaços predominantemente habitacionais, ainda que em espaço rural, uma unidade hoteleira do tipo estalagem como reconversão do núcleo habitacional do prédio, uma segunda unidade hoteleira próxima da zona costeira e um campo de Golfe que, se pretende venha a envolver quer a área turística de hotelaria quer a área residencial, numa perspectiva de garantir qualidade ao espaço verde envolvente.

Quinta dos Gagos 11 Unidade Hoteleira Campo de Golfe Estalagem Campo de Golfe Residências Turísticas

UNIDADE HOTELEIRA A unidade hoteleira proposta localiza-se em espaço agrícola, junto a linha de costa, tendo-se para isso proposto uma volumetria que se adapta ao terreno, procurando-se cobrir na generalidade os vários volumes com coberto vegetal, permitindo desenvolver uma unidade com 120 a 160 quartos de forma quase imperceptível na paisagem. ESTALAGEM Propomos desenvolver um programa turístico mais especifico sobre o edificado existente, procurando adequar as construções habitacionais e de uso agrícola a esta função, introduzindo-se novos volumes com a finalidade de garantir um número mínimo de 60 quartos. Tratando-se de um conjunto edificado muito vasto e composto por vários edifícios autónomos propomos instalar ai outra funções de apoio como o club house para o Golfe ou de apoio ao turismo de natureza ou de animação turística.

RESIDÊNCIAS TURÍSTICAS Como forma de rentabilizar o espaço definido como habitacional e em conjungação com o restante empreendimento, propomos que a área residencial se estenda ao longo do eixo viário existente, disposta de forma a permitir o usufruto de vistas sobre a costa e fáceis acessos. Este núcleo estará integrado quer na área destinada ao campo de Golfe, que em áreas de exploração agrícola, permitindo integrar-se plenamente no sitio.

BUNGALOWS Fortemente motivados pela imagem dos espigueiros que verificamos existir na propriedade estes objectos serão implantados ao longo das várias parcelas existentes ao longo da encosta, inseridos no espaço agrícola e florestal, ao longo do acesso existente, por forma a evitar perturbações indesejáveis no espaço natural. Propomos o agrupalos dois a dois, por forma a facilitar a sua exploração e execução de infra-estruturas. Os serviços de apoio funcionarão no núcleo criado conjuntamente com a estalagem.

Pópulo 11 2 Valor do Investimento - 45.000.000,00 Área do terreno - 95.000 m CONDOMÍNIO FECHADO PARA HABITAÇÃO PISCINA ÁREAS VERDES CAMPOS DE TÉNIS VIRADO PARA O MAR ACESSOS DIRECTOS PARA A PRAIA Composição: 112 Moradias de diversas tipologias 2 Hotéis com 100 quartos cada 3 Restaurantes PROJECTO EM PARCERIA

DESCRIÇÃO GERAL Tirando partido da configuração do terreno em plataforma semelhante a um rectângulo irregular com um dos lados maiores sobre a linha de costa e pendendo ligeiramente para esta, estruturou-se a disposição das parcelas apoiando-as numa malha de arruamentos que se desenvolve num circuito que acompanha os limites do terreno. Um arruamento central, partindo de uma rotunda distribuidora, divide este traçado anelar em dois sectores, formando dois núcleos: um, ligeiramente menor, a poente, abarca exclusivamente parcelas de habitação unifamiliar e as três parcelas técnicas das infraestruturas que definem uma secção transversal ligeiramente menor (6,5m de faixa de rodagem) oferecendo, contudo, passeios longos e densamente arborizados; outro, a nascente, de maior dimensão, alberga a parcela da unidade hoteleira e a parcela destinada ao equipamento de utilização colectiva junto à entrada principal, a norte e acolhe, no interior do quarteirão formado pelo núcleo nascente, um pequeno jardim público. No cordão sul, onde se implantam os grupos de habitações unifamiliares em banda de menor dimensão interpõem-se entre o muro de pedra existente sobre a arriba, que delimita a propriedade, e as extremas das parcelas um corredor renaturalizado (paisagisticamente tratado) que integrará a rede de percursos pedonais e espaços de utilização pública. Escadas e plataformas, em pedra reutilizada dos muros actualmente desmoronados e dos futuramente removidos acompanham e vencem os desníveis do terreno natural mais acidentado. Nas áreas em que não foi necessário realizar um acerto de modelação, houve a preocupação de manter e integrar os muros de pedra seca existentes. No conjunto de habitações que formam o cordão Sul edificado, estes muros foram preservados, quase na sua totalidade, rematando os logradouros privados e complementados com a pedra reutilizada. A configuração dos polígonos de implantação determinam uma leitura clara dos planos de fachada das moradias unifamiliares, simultaneamente preservando um pequeno logradouro que faz a mediação com o espaço público e um outro maior e interiorizado no tardoz e contribuindo para delinear uma grande mancha arborizada no miolo dos quarteirões formados por estes edifícios em banda. O hotel localiza-se na frente atlântica, desfrutando de vistas panorâmicas sobre o mar. As moradias são implantadas em lotes de dimensões variadas, todas elas com jardins privados, onde se pode obter um efeito paisagístico singular, trabalhando com os padrões da compartimentação agrícola preexistente e recorrendo ao material dos muros tradicionais e a uma paleta florística diversificada, muito mais rica e expressiva do que a actualmente existente.

Trecho de paisagem notável da zona costeira da propriedade. Vista geral sobre a Quinta do Pópulo (demarcada a vermelho na imagem)

VALORIZAÇÃO E APROVEITAMENTO DA FALÉSIA SOB O LOGRADOURO DA UNIDADE HOTELEIRA Na bordadura sudeste da urbanização, implanta-se, na vizinhança da falésia, a parcela da unidade hoteleira. A forma irregular do seu logradouro culmina a sul numa pronunciada e expressiva arriba sobre o mar. Esta proeminência, um braço rochoso que entra no mar, aparenta reunir as condições geomorfológicas graças a uma depressão com a forma de bacia a uma cota intermédia para a criação de uma piscina natural, com profundidade suficiente. O terreno natural envolvente seria objecto da regularização pontual mínima necessária para garantir a passagem segura dos utentes para o promontório, através da instalação de decks e de plataformas e escadas integradas de forma a preservar a expressão pré-existente, quer das rochas quer dos vestígios de muros de pedra seca a que subsistem. Estas considerações não integram formalmente os conteúdos desenhados e quantitativos do presente projecto de licenciamento, constituindo apenas um cenário para reflexão e discussão, com a edilidade e as demais entidades licenciadoras. Esta seria, sem dúvida, uma localização agradável para o utente da unidade hoteleira e um mecanismo de progresso da região.

Quinta do Pópulo 11

EDIFICABILIDADE Neste projecto de loteamento é aplicado o referido índice de construção bruto de 0,4 aos 86.636m2, obtendo-se uma área bruta de construção (ABC) máxima de 34.654m2. Os edifícios destinados à hotelaria têm uma cércea máxima de 11,5m, distribuída por 3 pisos, e um parque de estacionamento em cave ou meia cave. Os edifícios destinados a habitação têm uma cércea máxima de 8m, com 2 pisos. O programa contempla: um hotel com um máximo de 80 quartos, num edifício com uma área bruta de construção máxima de 6.200 m2; uma área destinada a comércio de 400m2; e 171 moradias unifamiliares, perfazendo 27.180m2 de área bruta de construção, com áreas que variam entre aproximadamente 115 e 220m2, podendo explorar tipologias diferenciadas.

Quinta do Pópulo 11 APARTAMENTOS TURÍSTICOS MORADIA UNIFAMILIAR

Porto Formoso I 1 Complexo Turístico orientado para a prática de Golfe BUNGALOWS RESIDÊNCIAS TURÍSTICAS UNIDADE HOTELEIRA PROJECTO EM PARCERIA

ANTECEDENTES Em 2001, a Câmara Municipal da Ribeira Grande recebeu o resultado de um estudo estratégico de desenvolvimento do Concelho. ~ Entre as recomendações do trabalho figurava um plano integrado de desenvolvimento das potencialidades da freguesia do Porto Formoso. Este plano incluía: a construção de um campo de golfe, com club house e hotel; o desenvolvimento de uma área de residências turísticas; a requalificação da praia dos moinhos e; a construção de uma marina no porto da freguesia.

ZONA PREVISTA PARA CAMPO DE GOLFE (A AZUL) Porto Formoso 11

O CONCEITO O projecto em causa visa implementar no Porto Formoso um complexo turístico centrado à volta da actividade do golfe. O Porto Formoso, destino de veraneio para muitos residentes da ilha de S. Miguel, oferece excelentes condições para o desenvolvimento de um projecto de elevada qualidade, cujo conceito base está já salvaguardado no PDM para aquela zona. O conceito centra-se na transformação da Ponta Formosa e de alguns espaços no lado esquerdo do ramal de entrada da freguesia em campo de golfe de alta qualidade. Este aproveitamento tem uma vantagem inequívoca de preservar uma vasta zona verde envolvente da freguesia.

UMA IDEALIZAÇÃO DE REORDENAMENTO DO PORTO FORMOSO Porto Formoso 11

O CONCEITO (cont.) A viabilização de um campo de alta qualidade requer a construção de um hotel contíguo e de residências turísticas. O projecto aponta para a necessidade de se construir um complexo de vivendas de elevada qualidade com baixo índice de ocupação de solo. Estas unidades ficariam restritas às zonas circundantes dos ramais de entrada do Porto Formoso. Definido o espaço de intervenção e reconhecido o seu interesse, resta encontrar uma estratégia para a sua concretização. A zona de intervenção é, actualmente, ocupada por cerca de trinta proprietários, sendo as áreas em causa quase todas afectas à actividade agro-pecuária. A primeira tarefa a executar será a aquisição dos espaços e a sua desafectação das funções actuais. Para este efeito é importante desenvolver esforços no sentido de obter o apoio das populações e das autoridades públicas, essenciais para o desenvolvimento de um projecto de interesse público como é o caso deste.

UMA IDEALIZAÇÃO DO CAMPO DE GOLFE Porto Formoso 11