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CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 1. Artigo 107, do Código Penal: Morte do agente Anistia Graça e Indulto Abolitio Criminis Decadência Perempção Renúncia Perdão Retratação Perdão Judicial ü Atestada por meio de certidão de óbito, tanto antes como após o trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória; ü A morte do agente extingue a punibilidade, mas não impede que a vítima ou seu representante legal ingresse com ação de reparação do dano, art. 67, II, CPP; ü Princípio da pessoalidade da pena: A resposta jurídico-penal não ultrapassará a pessoa do condenado. ü Somente pode ser declarada pelo Congresso Nacional e ela apaga todos os efeitos penais advindos de uma condenação; ü Anistia é soberana; ü Não impede o ingresso por parte da vítima ou de seu representante legal de uma ação civil de reparação do dano. ü Só podem ser concedidos pelo Chefe do Poder Executivo, trata-se de ato administrativo; ü A graça e o indulto só podem ser concedidos durante o cumprimento da pena. Indulto natalino: Saída do estabelecimento carcerário ou redução da pena. O réu não sai, mas a pena é reduzida: Comutação de pena. Comutação tem o mesmo sentido do indulto só que reduz a sanção imposta; ü A graça é individual, o indulto é coletivo. Art. 84, p. un., CF: Ministro de Estado, Advogado- Geral da União e o Presidente da República possuem atribuição para a concessão do indulto. ü Superveniência de lei posterior que diz que aquela infração cometida não é mais crime. Deste modo, o fato que não é mais considerado crime, não traz mais qualquer e- feito criminal na vida do réu. A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar do réu; ü Pode acontecer em qualquer fase do processo, antes ou depois da sentença penal transitada em julgada, inclusive durante o cumprimento da pena. ü Gerada em virtude do tempo e se opera tão somente nas Ações Penais Públicas Condicionadas à Representação e nas Ações Penais Privadas; ü Antes do início da Ação Penal. Se consuma em virtude do tempo (6 meses a contar da data da ciência pela vítima da data da prática da infração penal). ü Somente se aplica às ações penais exclusivamente privadas. Se caracteriza pela inércia do querelante. Art. 60, CPP; ü Incide somente após o início de uma ação penal privada: Não movimentou a sua ação; ü Não se aplica às ações penais privadas subsidiárias das públicas, pois o MP vai retomar sua titularidade. ü Ação Penal Privada: O ofendido vai renunciar ao seu direito de ingressar com a queixacrime. ü Art. 74, p. único lei 9.099/95: Composição civil dos danos. A homologação acaba gerando por parte da vítima a renúncia ao direito de representação e ao direito de queixa (ação penal pública condicionada à representação e ação penal privada). ü Nas ações exclusivamente privadas. A vítima acaba tácita ou expressamente perdoando o seu agressor nos casos permitidos em lei. ü O autor do fato vai se desdizer daquilo q ele fez. Crimes contra a honra, de falso testemunho (art. 342, CP). ü A própria prática da infração penal acaba deixando uma marca tão grave no réu que a pena se torna desnecessária, deixando o juiz de aplica-la. ü Sumula 18 do STJ: O perdão tem natureza de uma causa da extinção da punibilidade, não restando, desse modo, quaisquer efeitos penais na vida do réu. ü Âmbito de incidência: crimes culposos contra a pessoa. Art. 121, 5º, CP. 1

2. Prescrição Penal: ü Tempo + inércia. 2.1 Prescrição Abstrata: ü Art. 109, CP: Única espécie de prescrição que independe de sentença penal condenatória transitada em julgado; ü Pena máxima cominada em abstrato. 2.2 Início ou termo inicial da contagem: Art. 111, CP: I- No dia em que o crime se consumou: Prazo da prescrição em abstrato; II- No caso da tentativa, no dia em que cessa a atividade criminosa por razões alheias à atividade do agente; III- No caso de crime permanente, no dia que cessa a permanência. Crime permanente: A consumação se prolonga no tempo. Art. 171, 3º, CP; IV- Nos casos de bigamia e nos de falsificação ou de alteração do assentamento do registro civil (crimes praticados na clandestinidade), a prescrição só começa quando o fato se tornou conhecido; V- Crimes praticados contra a dignidade sexual de vulnerável da data em que a vítima completar 18 anos, salvo se a apuração do crime já tiver se iniciado antes disso. 2.3 Contagem do prazo: 1º: Adota-se a pena máxima cominada em abstrato; 2º: Art. 109, CP; 3º: Verificar a existência de causa modificadora desse prazo: Menoridade ou maioridade (art. 115, CP). 2.4 Causas Suspensivas: Art. 116 CP: Antes de transitado em julgado a sentença final, a prescrição não corre: ü Questões prejudiciais: Arts. 92 e 93,CPP; ü O cumprimento da pena no estrangeiro. Enquanto não encerrar o cumprimento da pena no estrangeiro, ele não será extraditado, e ficará, automaticamente, suspensa a prescrição do crime ao qual responde no Brasil; ü Imunidade formal parlamentar. Sustação do processo criminal e também da prescrição até o termino do mandato. Art. 53, 5º, CF; ü SURSIS. Art. 89, 6, Lei nº 9099/95. Crimes cuja pena mínima seja menor ou igual a um ano, juiz poderá suspender o processo; ü Não comparecimento do réu que foi citado por edital. Art. 366, CPP. Requisitos: Réu citado por edital, que não compareça e que não tenha advogado constituído. Consequência: suspensão do processo e suspensão da prescrição. A prescrição ficará suspensa, conforme Súmula nº 415, do STJ pela pena máxima cominada em abstrato. Art. 109, do CP. Súmula 455 do STJ: incidência do art. 366 do CPP não autoriza a produção antecipada de provas; ü Citação do réu por carta rogatória. Art. 368, CPP: A prescrição ficará suspensa. 2

2.5 Causas interruptivas: Art. 117 CP. Causas que fazem com que aquele prazo zere: I- Pelo recebimento da denúncia ou da queixa: Súmula 709 do STF; II- Pronúncia: art. 413, CPP. Súmula 191 do STJ; III- Decisão confirmatória da pronúncia; IV- Publicação da sentença ou acórdãos condenatórios recorríveis. Por mais prejuízo que uma sentença absolutória imprópria gere, não interrompe o curso da prescrição. 2.6 Prescrição retroativa: ü Lei nº 12.234/10: a) Revogou o 2º do artigo 110 do CP. Novo termo inicial da prescrição retroativa: A prescrição retroativa só pode ser considerada da sentença até a data do recebimento da denúncia ou da queixa e a data do fato. B) Aumentou o prazo mínimo de prescrição penal para 3 anos. 2.7 Pressupostos: ü A inocorrência da prescrição em abstrato: Somente se chega até a prescrição retroativa se não tiver sido possível a extinção da punibilidade pela prescrição em abstrato; ü Que se tenha uma sentença penal condenatória; ü Pena justa. É aquela que não mais pode ser alterada, ou seja, piorada contra o réu. É aquela em que ou a acusação não recorreu ou que recorreu e o recurso foi improvido. Enquanto a pena puder ser aumentada, não se pode falar em prescrição retroativa. Art. 110, 1º, CP. 2.8 Contagem do prazo: ü Adota-se a pena concretizada na sentença; ü Art. 119, do CP e Súmula nº 497, do STF: prescrição penal e concurso de crimes: extinção da punibilidade que se verifica crime a crime ; ü Menoridade ou maioridade: Prazo reduzido em metade. 2.9 Termo inicial. Causas Suspensivas. Causas interruptivas: ü Termo inicial: Data da recebimento da denúncia ou da queixa; ü Causas suspensivas: Igual ao da prescrição em abstrato; ü Causas interruptivas: Igual ao da prescrição em abstrato, exceto: data do recebimento da denúncia ou da queixa. 2.10 Prescrição antecipada: ü Súmula 438, STJ: É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal. 3

2.11 Prescrição intercorrente ou subsequente ou superveniente: ü Art. 110, 1º, CP; ü Se assemelha à prescrição retroativa. Base: A pena concretizada na sentença pena condenatória; contudo, enquanto a prescrição retroativa corre para trás, a prescrição intercorrente corre para frente; ü Objetivo: Acelerar o julgamento dos recursos nos tribunais superiores. 2.12 Pressupostos: ü Inocorrência da prescrição em abstrato e da prescrição retroativa; ü Existência de uma sentença penal condenatória; ü Pena justa. Art. 110, 1º, CP. 2.13 Contagem do prazo: ü 1º Adota-se a pena concretizada na sentença, excetuados os acréscimos decorrentes de concurso de crimes: Art. 119, CP e súmula nº 497, do STF; ü 2º: Art. 109, CP; ü 3º: Verificar a existência das causas modificadoras do art. 115, CP. 2.14 Causa interruptivas e suspensivas: ü Não existem causas suspensivas tampouco causas interruptivas na prescrição intercorrente; ü A prescrição intercorrente tem natureza da prescrição da pretensão punitiva, porque vai até o transito em julgado para a defesa; ü Súmula 444, STJ: Veda o reconhecimento dos maus antecedentes quando não se tem o transito em julgado definitivo. 2.15 Prescrição da pretensão executória: ü Pressupõe que já haja o transito em julgado da sentença penal condenatória (tanto a acusação como a defesa); ü Se vier a cometer uma nova infração penal, será considerado reincidente. Súmula 444, STJ; ü Art. 110, caput, CP c/c art. 109, CP, prazo será aumentado em 1/3 se o condenado é reincidente; ü Súmula nº 220, STJ: A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva. 2.15.1 Pressupostos: ü Não pode ter ocorrido nem prescrição em abstrato, nem retroativa e nem intercorrente; ü Sentença penal condenatória irrecorrível; ü Não satisfação da pretensão executória pelo condenado (Somente vai correr prescrição executória enquanto o réu estiver foragido). 4

Na hipótese de concurso de crimes: A prescrição executória se dará crime a crime, para que não haja prejuízo do acusado. Sumula nº 497, do STJ e art. 119, do CP. 2.15.2 Termo inicial: Art. 112, CP: I- Do dia em que transita em julgado a sentença penal condenatória para a acusação e para a defesa. (Direito de duplo grau de jurisdição; Pena justa); II- Do dia em que se interrompe a execução da pena, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. Art. 113, CP: Prescrição é regulada pelo tempo que resta. Art. 42, CP: Pena cumprida. 2.16 Causa suspensiva da Prescrição da Pretensão Executória: ü Art. 116, p. un., do CP: I- Enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. ü Art. 733, do CPC: Enquanto durar outra prisão, fica suspensa a prescrição executória. 2.17 Causas interruptivas da Prescrição da Pretensão Executória: Art. 117, CP: ü Pelo início ou pela continuação do cumprimento da pena; ü Pela reincidência. 2.18 Prazo de prescrição executória: Mesmos passos das prescrições retroativas e intercorrentes: ü 1º: Pena concretizada na sentença sem os acréscimos dos concursos de crimes; ü 2º Leva-se a pena encontrada ao artigo 109, CP; ü 3º verificam-se causas modificadoras do prazo- art. 115, CP. Sumula 220 STJ. 2.19 Observações: ü Prescrição das penas restritivas de direito: O prazo é igual ao das penas privativas de liberdade; ü Prescrição da pena de multa: Art. 114, do CP. ü Prescrição Executória da pena de multa: art. 51, CP. Se converte em dívida de valor; ü Prescrição da medida de segurança: Pena máxima cominada em abstrato. Artigo 109, CP; ü A sentença absolutória imprópria não é causa interruptiva da prescrição. ü Falta grave: art. 50, LEP: prescreve lei 12234-2para 3 anos. ü Prescrição do ato infracional: art. 103, ECA: as medidas socioeducativas também estão sujeitas à prescrição penal. Súmula nº 338, do STJ. 5