A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA ALIMENTAR EM INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

Documentos relacionados
A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA ALIMENTAR NO AMBIENTE HOSPITALAR RESUMO

Elaboração de POPs e Manual de Boas Práticas de Fabricação em um supermercado no município de Viçosa 1

AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA DOS EQUIPAMENTOS E ALIMENTOS SERVIDOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM HOTEL NA CIDADE DE FORTALEZA

FORMAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA AGRICULTORAS FAMILIARES DA REGIÃO BOM SUCESSO GOIÁS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Centro de Educação Superior do Oeste - CEO

APLICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO COMO REQUISITO DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM UM SUPERMERCADO, NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA 1

Centro de Educação Superior do Oeste - CEO

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E FÍSICO-ESTRUTURAIS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DE UM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA 1

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

Avaliação dos Conhecimentos Sobre Coleta de Amostras de Funcionários de uma Unidade de Alimentação e Nutrição de Campo Grande-MS

LEGISLAÇÃO E DOCUMENTOS TÉCNICOS APLICADOS ÀS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA AGROINDÚSTRIAS

AVALIAÇÃO DO BINÔMIO TEMPO X TEMPERATURA DE PREPAROS ALIMENTARES EM UMA UNIDADE PRODUTORA DE REFEIÇÕES DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA/PB

LEVANTAMENTO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS RELATIVOS À OCORRÊNCIAS/ SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE ESCOLA DE NUTRIÇÃO PROGRAMA DE DISCIPLINA

Tópicos Especiais em Química. Legislações e Normas. Giselle Nobre

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ALIMENTAÇÃO DA CIDADE DE DOURADOS-MS

Plano de Trabalho Docente

Planejamento, Elaboração e Implementação de Cardápios

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO CORRETA DOS ALIMENTOS EM UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) RESUMO

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE CACHORROS QUENTES AMBULANTES DO MUNICÍPIO DE APUCARANA- PR

Orientações para estabelecimentos comerciais de alimentos

Programa Analítico de Disciplina NUT333 Higiene dos Alimentos

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA FORNECEDORES DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE PRODUTOS ORIUNDOS DA AGRICULTURA FAMILIAR DE FRANCISCO BELTRÃO - PR

AVALICAÇÃO DAS CONDICÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIALIZADORES DE VEGETAIS NA CIDADE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

Painel: Como vencer as barreiras de sanidade Tema: Desafios para o setor de alimentos Palestrante: Rafael Martins Felicio - MAPA

ANÁLISE DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF): APLICAÇÃO DE UM CHECK-LIST EM DOIS FRIGORÍFICOS NO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO-PE.

PARÂMETROS DE QUALIDADE DA POLPA DE LARANJA

11/03/2011. Elaboração de Alimentos. Ministério da Agricultura

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

NOÇÕES BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO PARA FUNCIONÁRIOS DE EMPRESAS DO SEGMENTO ALIMENTAR LOCALIZADAS EM ARIQUEMES-RO

APLICAÇÃO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS TENDO COMO FOCO A HIGIENE PESSOAL DO MANIPULADOR RESUMO

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

RESOLUÇÃO N 10, DE 22 DE MAIO DE 2003

CONCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO À CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS ATRAVÉS DA ÁGUA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE RESTAURANTES COMERCIAIS DA CIDADE DE ROLIM DE MOURA RO.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS ESCOLA DE NUTRIÇÃO

Anais do V Simpósio de Engenharia de Produção - SIMEP ISSN:

PROCEDIMENTO-PADRÃO DE HIGIENE OPERACIONAL NA INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - CARNE. Introdução

HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS: controle de higienização de equipamentos e utensílios em unidades de alimentação e nutrição (uan) RESUMO

AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTO DE PARTICIPANTES DO CURSO BOAS PRÁTICAS NO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO BAGÉ/RS

IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PARA MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM RELAÇÃO À HIGIENE PESSOAL

Áreas de atuação e atribuições dos Técnicos em Nutrição e Dietética. Samara Crancio Nutricionista Coordenadora de Fiscalização CRN-4

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DE MESAS DE MANIPULAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DO IFMG CAMPUS BAMBUÍ RESUMO

Ana Lúcia de Freitas Saccol, Lize Stangarlin, Luisa Helena Hecktheuer, Neila Richards

A QUÍMICA PRESENTE NAS INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS POLPAS E SUCOS DE FRUTAS, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Informe Técnico n. 65, de 23 de fevereiro de Assunto: Esclarecimentos sobre o uso de enzimas em alimentos e bebidas.

Documento compartido por el SIPI

Processamento Mínimo de Frutas

07/06/2015 Imprimir Higiene e Segurança Alimentar: o que significa? Qual a sua... Interessante Naturlink

Implementação de BPF e APPCC Responsabilidade

Qualidade microbiológica de hortaliças in-natura e processadas, comercializadas no Distrito Federal.

CAPACITAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA COMUNIDADES NÃO TRADICIONAIS DE MATO GROSSO DO SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL

AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS PRÉ REQUISITOS E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA APPCC EM UMA INDÚSTRIA LATICINISTA DO ESTADO DE GOIÁS

Plano de Trabalho Docente

CONTROLE DAS TEMPERATURAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS QUENTES EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE SANTA MARIA- RS 1

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

Disciplina: Controle de Qualidade Série: 2ª Turmas: L/N/M/O. Curso: Técnico em Agroindústria. Professora: Roberta M. D.

Áreas de atuação e atribuições dos Técnicos em Nutrição e Dietética. Samara Crancio Nutricionista Coordenadora de Fiscalização CRN-4

TEMPO E TEMPERATURA EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO:

Inspeção e Fiscalização de Alimentos Enterais

QUALIDADE DOS ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Alessandra Reis Nutricionista de Qualidade- IBRefeições

Controle/Garantia da Qualidade nas matérias primas

AULAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE QUALIDADE DE ALIMENTOS Estudo de caso dos estabelecimentos de alimentação RESUMO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 12 DE JUNHO DE 2007 (*)

PESQUISA DE SALMONELLA EM MOLHOS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO NA CIDADE DE MONTES CLAROS MG

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM ESCOLAS ESTADUAIS DO MUNICÍPIO DE TRÊS PASSOS/RS

Relatório de Atividades

PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM RESTAURANTES COMERCIAIS DAS PRINCIPAIS CIDADES TURÍSTICAS DO ESTADO DE GOIÁS.

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE. SUBÁREA: Nutrição INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

Implantação de boas práticas de manipulação em um restaurante de São Bernardo do Campo.

Bebida Fermentada de Soja

III JORNADA Científica e Tecnológica do OESTE BAIANO. Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 19 a 22 de outubro de 2010, Barreiras Bahia

PROGRAMA DE DISCIPLINA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MÃOS DE MANIPULADORES, MÁQUINAS DE MOER CARNE E FACAS DE CORTE, EM SUPERMERCADOS DA CIDADE DE APUCARANA- PR

Republicada no D.O.U de 10 de julho de 2003.

Newton Araújo Silva Júnior

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MANTEIGAS COMERCIALIZADAS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

CAPACITAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS NA EMPASA DE JOÃO PESSOA/PB

6) Desenvolvimento das etapas para elaboração e implantação do plano de APPCC

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO ARMAZENAMENTO À SECO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS DO SETOR SUPERMERCADISTA DE SANTA MARIA RS

CAPACITAÇÃO EM BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALI- MENTOS NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM QUEIJO MINAS FRESCAL¹

CURSO SUPERIOR DE TECNOLÓGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA Autorizado pela Portaria MEC nº 433 de , DOU de

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM ESTABELECIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS NA EMPASA DE JOÃO PESSOA/PB

PALAVRAS-CHAVE Ensino Técnico. Engenharia de Alimentos.

Brasil São Paulo 04 a 6/08/2015. Carta de Recomendações. Normatização da cadeia produtiva de FLV IV Gama no Brasil

INTRODUÇÃO AO DIREITO SANITÁRIO

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E POPs. Profª Me. Tatiane da Silva Poló

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS FARINHAS DE MESA TIPO SECA COMERCIALIZADAS EM BELÉM PARÁ

Aula 01 Introdução à Disciplina: Microbiologia de Alimentos. Prof. Dra. Luciana Mara Costa Moreira

CARNE BOVINA SALGADA CURADA DESSECADA OU JERKED BEEF

Manual de Boas Práticas de Fabricação. Alda Tâmara Nutricionista CRN Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2016

Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA ALIMENTAR EM INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS Kênia Xavier Ribeiro 1 Daniela de Stefani Marques 2 Dulcelene Ap. de Lucena Freitas 3 Lauriane de Oliveira Silveira 4 RESUMO As indústrias de Laticínios têm procurado cada vez mais melhorar a qualidade e segurança de seus produtos, não apenas para atender as exigências da legislação brasileira e mundial, mas também para oferecer produtos mais seguros aos consumidores. Este estudo teve como objetivo realizar uma abordagem referente à segurança alimentar nas indústrias de laticínios. Foram definidos como objetivos deste estudo: uma análise sobre as principais contaminações nas indústrias de laticínios, os principais perigos causados pela ausência das tecnologias e também pela falta de técnicas eficientes e a importância da segurança alimentar dentro das indústrias. Um alimento contaminado traz vários prejuízos tanto para a saúde humana, quanto para a indústria. Foi apresentado como problema deste trabalho quais as contaminações que comprometem a segurança alimentar nas indústrias de laticínios?sendo a hipótese as contaminações por microrganismos por falta de treinamento dos funcionários, falta de tecnologia, e/ou ineficiência técnica e tecnológica. A incidência de doenças transmitidas por alimentos tem aumentado consideravelmente, razão pela qual a segurança alimentar torna cada vez mais essencial na vida industrial. Palavras chaves: Contaminação. Segurança Alimentar. Laticínio.Indústria. 1 Acadêmica do curso de Nutrição da Faculdade Atenas. Email keniagha@hotmail.com 2 Professora e Doutora do curso de Nutrição da Faculdade Atenas 3 Professora e Coordenadora do curso e do estágio de Nutrição da Faculdade Atenas 4 Professora e orientadora do estágio em unidade de alimentação e nutrição do curso de Nutrição da Faculdade Atenas

ABSTRAT Food manufacturershaveincreasinglysoughtto improve the quality and safety of its products, notonlytomeet the requirements of Brazilian and internationallaw, butalsotoprovidesaferproducts for consumers. Thisstudyaimedtocarry out an approach on food security in dairy industries. Theyweredefined as objectives of thisstudy: ananalysis of the maincontamination in dairy industries, the mainhazardscausedby the lack of technologies and alsoby the lack of efficienttechniques and the importance of food safetywithin the industries. Contaminated food bringsmanylossestobothhumanhealth and for the industry. It was presented as a problem of thisstudywhichcontaminants that compromise food safety in the dairyindustry? The hypothesiscontaminationbymicroorganismsduetolack of staff training, lack of technology and / ortechnical and technologicalinefficiency. The incidence of foodbornediseases has increasedconsiderably, whichiswhy food securitybecomesincreasinglyessential in industrial life. Key words:contamination. Food Safety. Dairy. Industry. INTRODUÇÃO Pesquisando as questões relacionadas à segurança alimentar nas Indústrias de Laticínios percebe-se que ela é de suma importância, por se tratar de alimentos. Por se tratar de alimentos de origem animal é muito comum a ocorrência de contaminação por microrganismos em descuido minúsculos. Para Quintão et al., (2013) observa que a presença microrganismos patogênicos nos alimentos está relacionada à má qualidade da matéria prima e adoção de técnicas higiênicas inadequadas, que comprometem a segurança do produto final. Na busca por uma melhor qualidade final dos produtos é comum que as empresas deste ramo empresarial invistam em tecnologias que minimizem ou até menos excluem estes fatores. Neste sentido Chaves (2004) assevera que o perigo poderá ser potencial, embora presente ou possível, o risco poderá ser baixo, dada a tecnologia (medidas preventivas) empregada na fábrica. Oferecendo como exemplo, Salmonella (um gênero de bactéria) será sempre um perigo em produtos de origem animal, mas o risco poderá ser baixo, ou muito baixo, no produto de uma determinada indústria ou unidade de processamento, dada a tecnologia empregada,

treinamento, educação do pessoal. Ou seja, a empresa pode evitar este tipo de contaminação com técnicas e tecnologias. A segurança alimentar deve ser prioridade em qualquer empresa que tem a alimentação como ramo, primeiro por ser exigência normativa dos órgãos fiscalizadores, e depois como meio de permanecer no mercado, uma vez que comida de qualidade é o que todo consumidor procura. Para Quintão et al., (2013) As Boas Práticas de Fabricação BPF é uma exigência da Portaria de n 326 do Ministério da Saúde e da Portaria de n 368 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinando que todo estabelecimento produtor de alimentos industrializados deve possuir tal documento. Podendo daí se ter uma idéia da importância da segurança alimentar. Portanto para atender as normas vigentes os empresários e administradores tem que oferecer alimentos de qualidade e implementar as BPF e por conseqüência, melhor a produtividade da empresa, diminuir custos e assegurar mercado, com a satisfação e saúde do consumidor. Para atendimento ao Programa PAS, na implantação das Boas Práticas BP, a empresa deve capacitar todas as pessoa que manipulam alimentos para evitar a contaminação destes.estes colaboradores devem ser treinados ou supervisão do controle de pragas.(senac, 2002). METODOLOGIA Para melhor embasamento, este trabalho será realizado com o auxílio de diversas obras pesquisadas e terá suporte em livros, artigos científicos e revistas na área da saúde e nutrição dentre outras publicações, objetivando com isso, o entendimento e esclarecimento acerca do tema abordado, tendo a metodologia descritiva exploratória como base. De acordo com Selltiz et al.(1967, p. 63 apud GIL, 2002, p. 41) objetiva oferecer um conhecimento mais íntimo do problema em questão afim de possibilitar o aprimoramento de idéias. Esse tipo de pesquisa em geral, abrange levantamento bibliográfico. DESENVOLVIMENTO

A segurança alimentar é um conjunto de normas que devem ser seguidas para a manutenção e melhoria das indústrias alimentícias, ou seja, é um conjunto de normas que vai desde a produção, transporte e armazenamento de alimentos, visando determinadas características padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam adequados ao consumo. Diante dos vários objetivos oferecidos pelas normas voltadas para a segurança alimentar, o principal é oferecer alimento de qualidade e livre de qualquer risco a saúde do consumidor. A Lei que criou e regula a segurança alimentar observa que é dever do poder público respeitar, proteger, promover, prover, informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a realização do direito humano à alimentação adequada, bem como garantir os mecanismos para sua exigibilidade. A contaminação em Indústria de Laticínios muitas vezes acontece em condições anormais, isto pode debilitar consumidores, afetado pelo microrganismo causando um dano maior a saúde. Por isso que, em se tratando de um estabelecimento com matéria prima muito perecível, a saúde pode ser comprometida, é que a atenção e cuidado deve ser redobrado (ALVES, 2010). Mas falando dos principais pontos que levam a contaminação em Indústria de Laticínios por microrganismos, quais sejam; o manuseio, a higiene local e o armazenamento dos alimentos. (FIGUEIREDO, 1999) observa que De acordo com as técnicas e normas que são indispensáveis para a produção segura de alimentos, o manipulador de alimentos e todas as pessoas que lidam direto ou indiretamente com os alimentos, bem como toda superfície de contato com os alimentos devem estar livre de qualquer sujidade. Devendo o manuseio dos alimentos deve ser de acordo com todas as normas técnicas exigidas para se evitar o contágio. E a higiene pessoal e local também não pode ser descuidada, devendo também atender as normas técnicas determinadas pelo órgão responsável (MEZOMO, 2002). Riedel (2005) recomenda que além da técnica de manipulação em contato direto com o alimento, para que tenha segurança alimentar outros fatores também devem ser observados como a estrutura do ambiente. Portanto para que a contaminação seja evitada, é necessário um conjunto de cuidados. Não basta ter um ambiente higiênico, é preciso principalmente ater a todos os meios possíveis de contaminação, ou seja, manipulação, higiene local e pessoal e armazenamento.

Os problemas mais comuns causados pela contaminação dos alimentos são as infecções intestinais. Às vezes não diagnosticada inicialmente por ter os sintomas parecidos com outras viroses, o que dificulta a identificação no início (SILVA JR.2007). Com base nas orientações de Riedel (2005) o armazenamento é uma etapa onde os alimentos ou matéria prima devem permanecer em local e temperatura adequadas de acordo com a característica de cada um, e quando não seguidas corretamente pode ocasionar perda total dos mesmos. Segundo Forsythe (2002), a enfermidade de origem alimentar ocorre quando um indivíduo contrai qualquer tipo de doença que tenha sido ocasionada devido à ingestão de alimentos contaminados com toxinas ou micro-organismos indesejáveis. Esse fato pode ser denominado como toxinfecção alimentar. Que se diagnosticado no início é facilmente medicada e curada, mas se confundida com outras doenças pode causar sérios danos à saúde do paciente. Conforme todas as etapas relacionadas à alimentação devem atender rigorosamente as normas técnicas, pois em uma Indústria de Laticínios um descuido com a manipulação de matéria prima vira vários problemas muitas vezes sem solução como uma simples infecção pode agravar com uma contaminação alimentar, e levar o paciente a óbito. Devendo estar todos os equipamentos devidamente desinfetados minimizando o risco da contaminação (RIEDEL, 2005). As doenças alimentares são definidas por SILVA JR.(2007) como sendo todas as ocorrências clínicas decorrentes da ingestão de alimentos contendo perigos ou que contenham em sua constituição estruturam naturalmente tóxicas ou a ingestão inadequada de nutrientes importantes para a saúde ou mesmo as conseqüências clínicas devido ao aspecto sensorial repugnante ou simbólico. As infecções alimentares é um dos problemas com maior incidência quando a segurança alimentar não é tratada com a atenção merecida. Causando danos aos pacientes. Por isso deve-se ater aos cuidados básicos, porém indispensável na prevenção das contaminações (MENDONÇA, 2010). A maior ocorrência clinica de uma DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos) estão relacionadas a sintomas gástricos ou intestinais como: diarréia, vômito, cólica, dores abdominais, eméticas, gastrenterite infecciosa. Esses sintomas têm intensidade variada, podendo aparecer e desaparecer rapidamente, não causando sérios danos à saúde humana. Existem casos de maior intensidade que

compromete a saúde do individuo levando o até a internação, fazendo com que percam vários dias úteis em sua vida. (SILVA JR.2007) A segurança alimentar é um desafio diário e constante em Indústria de Laticínios, pois como já mencionado é um local com maior fragilidade, por ter uma rotatividade muito grande de pessoas com diversos tipos de pensamentos, e também por ser um local com maior concentração de microrganismos, pois é um ambiente característico e propício ao seu desenvolvimento. Portanto na Indústria de Laticínios a matéria prima deve ser segura e livre de qualquer problema, atendendo as normas reguladoras (EVANGELISTA, 1998). No artigo 3 da Lei 11.346/2006, estabelece regras e regulamenta a segurança alimentar. Com base no citado dispositivo e nas normas reguladoras é possível dizer que Segurança Alimentar e Nutricional significa garantir, a todos, condições de acesso a alimentos básicos de qualidade, em quantidade suficiente, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, com base em práticas alimentares saudáveis, contribuindo, assim, para uma existência digna, em um contexto de desenvolvimento integral da pessoa humana (BRASIL, 2006). Freitas e Pena (2007) observa que o conceito de segurança alimentar e nutricional no Brasil remetem à necessidade do entendimento de questões estruturais, pois a desigualdade social é muito grande e com isso o acesso ao alimento de qualidade em muitos casos não tem a qualidade que deveria. Expressões como qualidade de alimentos, satisfação psico-fisiológica, alimentação saudável, nutrientes básicos e transição nutricional, estão associadas à Segurança Alimentar e Nutricional e podem conformar relações inter e transdisciplinares sobre o tema, para a compreensão do fenômeno. Contrariamente, insegurança, precariedade, incerteza, exclusão e rejeição social, sofrimento e vergonha de viver com fome são expressões do mesmo campo semântico para significar faltas sociais que fazem oposição à segurança de comer e viver com qualidade (MEZOMO, 2002). Entretanto segurança alimentar faz parte das políticas públicas sociais do governo, devendo seguir as normas regulamentadoras. Por isso o conceito é abrangente. Não basta ser saudável a alimentação, é preciso satisfazer e atender o conceito legal.

É o que aborda Freitas e Pena (2007) quando diz que a segurança para se alimentar com qualidade e em quantidade suficientes é um direito social a ser assegurado pelo Estado, ou seja, um direito do cidadão em não sentir medo de viver sob a ameaça de fome. Ter acesso e cultivar hábitos alimentares saudáveis é qualidades do universo micros social que conformam dimensões macroeconômicas e políticas, e vice-versa. No âmbito Indústria de Laticínios a Segurança Alimentar é exigida e fiscalizada, pois não basta exigir é preciso fiscalizar já que se trata de uma política social assegurado pelo Estado. Ficando a cargo do SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) determinar políticas, planos, programas e ações para que sejam cumpridas as normas direcionadas ao tema (BRASIL, 2006). A Segurança Alimentar e Nutricional deve atender as exigências legais para evitar as contaminações alimentares. Nas Indústrias de Laticínios a contaminação acontece por diversos meios conforme já abordado, por isso é necessário uma atenção especial. A Segurança Alimentar e Nutricional de suma importância, uma vez que se atendidas às exigências, as incidências das doenças alimentares acontecerem é diminuída significativamente, beneficiando com isso os pacientes (SILVA JR.2007). A este respeito à confirmação está no artigo 1 da Lei 11.346/2006, que assevera esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN, por meio do qual o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e implementará políticas, planos, programas e ações com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada. (BRASIL, 2006) E para evitar os problemas de saúde em conseqüência do descuido na cadeia produtiva, a ANVISA criou a RDC n 216/04 que tem o principal objetivo estabelecer Boas Práticas no serviço de alimentação a fim de garantir as condições higiênico-sanitária dos alimentos (MENDONÇA, 2010). Desta forma a questão da segurança dos alimentos em ambiente Industrial é um instrumento que deve ser observado por todos, tendo em vista as conseqüências danosas que pode resultar para o consumidor. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A segurança alimentar é um conjunto de normas que devem ser seguidas para a manutenção e melhoria das indústrias alimentícias, ou seja, é um conjunto de normas que vai desde a produção, transporte e armazenamento de alimentos, visando determinadas características padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam adequados ao consumo (CHAVES, 2004). Diante dos vários objetivos oferecidos pelas normas voltadas para a segurança alimentar, o principal é oferecer alimento de qualidade e livre de qualquer risco a saúde do consumidor final (QUINTÃO et al., 2013). A Lei que criou e regula a segurança alimentar observa que é dever do poder público do poder público respeitar, proteger, promover, prover, informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a realização do direito humano à alimentação adequada, bem como garantir os mecanismos para sua exigibilidade (BRASIL, 2006). A escolha do presente tema se deve ao interesse de compreender e conhecer a importância da segurança alimentar nas indústrias de laticínios. Como se trata de um procedimento decisivo para manter a qualidade do produto final. O tema ora proposto precisa ser conhecido por mais pessoas, e é com este objetivo que proponho esclarecimentos voltados para a pesquisa bibliográfica apresentando pontos significativos a respeito do tema.

REFERÊNCIAS ALVES, Mariana Gardin; UENO, Mariko. Restaurantes self-service: segurança e qualidade sanitária dos alimentos servidos. Rev. Nutr. [online]. 2010, vol.23, n.4, pp. 573-580. ISSN 1415-5273. BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Brasília, DF, 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm>. Acesso em 18 Mar. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997. Os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos Brasília, DF, 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm>. Acesso em 18 jun. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria SVS/MS nº 368, de 04 de setembro de 1997.Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores / Industrializadores de Alimentos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/.htm>. Acesso em 25 jun. 2015. CHAVES, José Bonifácio Paes. Análise de riscos na indústria de alimentos. Viçosa, MG: UFV, 2004. EVANGELISTA, José. Tecnologia de alimentos. São Paulo: Atheneu, 1998. FIGUEIREDO, Roberto Martins. SSOP: padrões e procedimentos operacionais de sanitização; PRP: Programa de redução de patógenos; manual de procedimentos e desenvolvimento. São Paulo: Manole, 1999. FORSYTHE, Stephen J..Microbiologia da Segurança Alimentar. Porto Alegre: Artmed, 2002. FREITAS, Maria do Carmo Soares de; PENA, Paulo Gilvane Lopes. Segurança alimentar e nutricional: a produção do conhecimento com ênfase nos aspectos da cultura. Rev. Nutr. [online]. 2007, vol.20, n.1, pp. 69-81. ISSN 1415-5273. SILVA JUNIOR, E. A. Manual de Controle Higiênico-sanitário em Serviços de Alimentação. São Paulo: Varela, 2007. MENDONÇA, Rejane Teixeira. Nutrição: um guia completo de alimento práticas de higiene, cardápios, doenças, dietas e gestão. 1. ed. São Paulo: Rideel, 2010. MEZOMO, Iracema de Barros. Os serviços de alimentação: Planejamento e Administração. São Paulo: Manole, 2002.

QUINTÃO, Cinthia Soares Cardoso et al.,. Avaliação das Boas Práticas de fabricação em laticínio do Município de Rio Pomba, MG. Rev. Higiene Alimentar. 2013, vol.27, n.226/227, p. 69-73. RIEDEL, Guenther. Controle Sanitário dos Alimentos. São Paulo: Atheneu, 2005. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1967.