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Transcrição:

18 e 19 semanas DESEJO - Sentimento que deve ser forte Tivemos outra roda de gestantes na clínica GERAR, dessa vez com o tema: Desejo e moderada pela professora e psicanalista Dra Claudia Murta; ela apresentou, dentre outras proposições que, desejamos aquilo que não queremos e também queremos aquilo que não desejamos. Minha primeira gestação não foi planejada, mas muito desejada, já a segunda gestação, que estou vivendo hoje, foi planejada, porém antecipada pelo desejo. Houve uma ambivalência no desejo de ter outro filho. Vou explicar como isso aconteceu......quando fui ao consultório do meu ginecologista, em agosto de 2010, para retirar o DIU, ele me perguntou qual seria meu método contraceptivo; eu respondi que queria ficar 3 meses sem hormônio algum, para então realizar exames e me tratar de um desequilíbrio hormonal orientado pelo meu dermatologista. Eu planejava sim uma nova gravidez, mas eu a queria somente depois do tratamento dermatológico e depois que meu marido voltasse definitivamente do Rio de Janeiro para Vitória. Mas enfim..., eu fiquei sem hormônio durante os meses de setembro, outubro e novembro e iniciei os exames solicitados pelo meu dermatologista em dezembro. O exame de sangue mostrou: Taxas de testosterona muito elevadas, o que confirma o aumento do desejo sexual, O exame de ultrassom mostrou que: Os dois ovários estavam policísticos, o médico me explicou que, provavelmente, eu estaria tendo ciclos anovulatórios sem a liberação do óvulo; então eu precisava tratar o desequilíbrio hormonal para o bem do meu corpo e também para uma possível gravidez no futuro. Fiquei um pouco triste ao saber que seria difícil engravidar, muito embora esse fosse um plano vindouro achei péssimo ouvir Você não pode!

No livro Gestação, Parto & Nascimento, Puerpério de Claudia Murta, Priscila Valentim e Ricardo Jones, os autores citam a psicanalista Monique Bydlowski, autora de Os filhos do desejo: destinos da fertilidade, no qual ela destaca que os recentes progressos da biologia contribuíram para modificar o olhar sobre a geração humana e encorajar a ilusão de que o domínio dos processos de procriação pode ser possível. Para ela, a fertilidade resulta da intrincação das funções biológicas e psíquicas do indivíduo. A autora ainda comenta sobre a baixa da fertilidade em escala mundial. Em relação à Idade Média, dados coletados apontam que nesse período as mulheres se casavam a partir de 14 anos. A evolução da população nos anos seguintes à Revolução Francesa mostra que a curva de natalidade baixou pela primeira vez, quando as mulheres passaram a se casar depois de 20 anos. A partir dos anos 1960 houve uma sensível diminuição da natalidade com o uso das pílulas anticoncepcionais. Atualmente as mulheres passaram a ter filhos, majoritariamente, depois de trinta anos. Tendo em vista que a melhor fase fértil de uma mulher se situa entre 18 e 28-30 anos, a conquista do uso das pílulas oferece às mulheres a ilusão do domínio total de sua concepção lhes encorajando a denegar os imperativos naturais da reprodução. A maioria das mulheres tem pouca consciência do determinismo biológico. Diante desse quadro, pode-se perguntar Todas as mulheres, todos os casais querem realmente um filho? Atualmente, muitas mulheres exprimem uma recusa da maternidade biológica mais ou menos sincera. Outras dizem conscientemente sim à maternidade e à criança, mas seus corpos se recusam. Há nitidamente uma ambivalência do desejo de ter um filho. Desejando um bebê, uma mulher deseja profundamente reencontrar uma esperança íntima, misteriosa, que o bebê encarna. A criança esperada é o objeto do desejo por excelência. A infertilidade é reveladora da existência do plano inconsciente e especificamente humano da fecundidade. As forças inconscientes inibem gestações ardentemente queridas e precipitam outras que não são programadas.

Causas médicas de infertilidade em mulheres especificamente humano da fecundidade. Além disso, as forças inconscientes contrariam os planos Causas de fertilização hormonais mais que organizados. levam à anovulação: Elas inibem amenorréia gestações primária ardentemente (ausência queridas de menstruação); amenorréia secundária (menopausa precoce ou ovários e precipitam outras que não são programadas. policísticos; amenorréia hormonal (distúrbios alimentares e excesso de exercícios físicos); Obstáculos tubários (infecção tubária e endometriose); Causas uterinas (cervicais, problemas no colo do útero; pólipos; causas intrauterinas como malformação do útero). Causas médicas de infertilidade em homens Azoospermia; Anomalias secretórias; Obstruções das vias excretórias nas quais circulam o espermatozóide. A pesquisa biomédica e terapêutica acontece majoritariamente apenas sobre a via orgânica. A questão das condições psíquicas foi, durante muito tempo, deixada de lado. Essas condições podem ser os fatores de dificuldade de muitos casos de infertilidade. Por exemplo, uma causa banal de infertilidade é a pobreza de atividade sexual de alguns casais. A demanda de um filho é, em certos casos, um deslocamento de uma vida conjugal insatisfatória. Uma ovulação difícil que encontra uma pobreza de desejo sexual mostra que, em alguns casos, cada um dos parceiros tem boas razões para continuar infértil.

Fatores psíquicos da infertilidade Infertilidade primária um mal-estar anterior ao sintoma da infertilidade. Pode decorrer de uma relação difícil com a própria mãe. Nesse caso, a relação com a mãe pode ter sido falha ou, ao contrário, a representação de sua mãe pode ter sido demasiadamente forte, não dando espaço para uma mãe frágil aparecer. Uma situação pragmática de infertilidade feminina pode também ser constituída em torno de um núcleo depressivo. Nesses casos a infertilidade pode proteger a mulher de uma possível depressão puerperal. A anorexia e a bulimia. A infertilidade permite a essas mulheres guardarem um corpo de adolescente e tamponar uma extrema fragilidade narcísica. A infertilidade primária funciona, em muitos casos, como uma defesa ativa ao serviço da sobrevivência diante da catástrofe que representaria, para algumas mulheres, a gravidez ou a maternidade. Desse ponto de vista, a infertilidade está a serviço da proteção íntima da mulher colocando-a em abrigo diante de uma situação perigosa. Nesse caso, a infertilidade pode ser fonte de sofrimento, mas graças a ela, a vida continua. Infertilidade secundária pós-traumática. aborto precoce; gravidez extra-uterina; aborto provocado; morte fetal antes do parto; interrupção de gravidez tardia... O acontecimento anterior pode gerar um trauma que pode ter como consequência o risco de parasitar o funcionamento habitual do organismo produzindo angústia e depressão. Todo acontecimento que ameace a vida ou a fecundação pode ter um efeito análogo. O trabalho de luto é um movimento psíquico ativo. Muitos casos de infertilidade podem ter essa explicação. Um trabalho psicológico em caso de infertilidade secundária pode ser bastante favorável. É necessário reconhecer que o denominador comum das evoluções positivas ao longo do trabalho terapêutico reside justamente na acessibilidade à palavra. Confesso que ouvir do médico ultrassonografista não há como você engravidar mexeu muito comigo. Senti-me uma doente, de fato eu estava infértil momentaneamente, pois os resultados dos exames biológicos foram evidentes. Mas, ainda bem que no dia seguinte meu marido chegou do Rio de Janeiro para passar o fim de semana com a nossa família. Ele me fez sentir desejada. E foi exatamente neste fim de semana que eu fiquei grávida, mais uma vez, sem planos imediatos, porém, desejante. Quando a alma deseja algo, todo o corpo se torna mais ágil e mais disposto a mover-se do que é seu hábito ser sem isso. E quando ocorre estar o corpo assim disposto, isso torna os desejos da alma mais fortes e mais ardentes (DESCARTES, (2005[1649]), art. 111)

De acordo com a Dra Claudia Murta, o Desejo é o sentimento mais forte que uma mãe pode apresentar no período perinatal. Quanto mais fortalecido estiver o desejo, maior é a garantia de concepção e gestação a termo. A mãe tem uma participação ativa em todo o período perinatal e o impulso para essa participação ativa é o desejo. A dificuldade no reconhecimento do desejo nos traz muitos sofrimentos desnecessários. Várias são as faces do desejo no período perinatal: Desejo de ter um filho; Desejo de ter um parto; Desejo de amamentar; Desejo de ser mulher. O desejo da mãe deve ser dividido. A mãe só é suficientemente boa se não o é em demasia, se os cuidados que ela dispensa à criança não a desviam de desejar enquanto mulher. (MILLER, J. A.) A função feliz da paternidade é a de perceber que o desejo feminino é dividido entre a mãe que ela é para o seu filho e a mulher que ela é para ele. Quando ele consegue fazer a mãe que surge desejar como mulher ele consegue humanizar o desejo da mãe. A humanização do desejo da mãe é uma função do pai. Foto: Yá Priscila(mãe) Bernardo (pai) Milena (filha) 2005

Pessoalmente acredito que Deus criou uma natureza perfeita e está em seus planos que nosso corpo trabalhe de forma plena, com total integração entre o corpo físico, alma e nossos sentimentos. Durante a roda de gestantes, várias mulheres colocaram suas vivências e eu também pude compartilhar a minha história destacando a importância que meu marido teve durante meu primeiro período perinatal (gestação, parto & nascimento e puerpério) e minha atual gestação, em despertar em mim o desejo de ser mulher. Foto: arquivo pessoal (2010) Até mais, Priscila Valentim Referências MURTA, C. VALENTIM, P. JONES, R. Gestação, Parto&Nascimento, Puerpério. Vitória: GM Gráfica e Editora, 2010. BYDLOWSKI, M. Les enfants du désir. Paris : Conseil Spirite Editora, 2007. Dra Claudia Murta, Psicanalista e Coordenadora da pesquisa PARTHOS Clinica GERAR - Vitória ES (27) 3045.7773.