POLÍCIA FEDERAL Agente da Polícia Federal Noções de Dto. Penal Prof. Guilherme Rittel
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL LEI PENAL NO ESPAÇO A pena cumprida no estrangeiro pode atenuar a pena no Brasil, se diversas, ou ser computada, se idênticas. Para que a sentença estrangeira tenha eficácia no Brasil, precisa ser homologada (STJ).
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Pode surtir efeitos na área penal para: a) Obrigar à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; b) Sujeitar a pessoa a medida de segurança. A homologação depende, no primeiro caso, de pedido da parte interessada. No segundo, depende de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Cuidado com a contagem de prazo: a) Prazo penal: incluo o dia de início; b) Prazo processual penal: excluo o dia de início e incluo o dia do fim. Frações não computáveis: PPL e PRD Frações de dia Multa Frações de real.
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL As regras gerais são aplicáveis também à legislação especial, desde que não exista regra contrária.
CONCEITO ANALITICO DE CRIME CRIME É TODA CONDUTA HUMANA: 1 TÍPICA 2 ANTIJURÍDICA/ILÍCITA 3 - CULPÁVEL
CONCEITO ANALITICO DE CRIME TIPICIDADE TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO ELEMENTOS DESCRIT. ELEMENTOS NORMAT. DOLO CULPA EL. SUBJ. DIV. DOLO
CONCEITO ANALITICO DE CRIME Estado de Necessidade Legítima Defesa ANTIJURID. Estrito Cumprimento do Dever Legal (excludentes) Exercício Regular de um Direito Consentimento do Ofendido
CONCEITO ANALITICO DE CRIME IMPUTABILIDADE CULPABILIDADE POT. CONHEC. DA ILICITUDE EXIG. DE CONDUTA DIVERSA INIMPUTABILIDADE: Menores de 18 anos Agente com doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Se praticam injusto penal Medida de Segurança.
Excludentes de tipicidade: 1 Adequação social; 2 Princípio da insignificância; 3 Erro de tipo.
Excludentes de antijuridicidade: 1 Estado de Necessidade; 2 Legítima Defesa; 3 Estrito Cumprimento do Dever Legal; 4 Exercício Regular de um Direito; 5 Consentimento do Ofendido.
Exclusão de ilicitude Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Estado de necessidade Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Estado de necessidade 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
Legítima defesa Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Excludentes de culpabilidade: 1 Coação Irresistível; 2 Obediência Hierárquica; 3 Embriaguez decorrente de caso fortuito ou força maior; 4 Erro de proibição escusável e descriminantes putativas; 5 Inexigibilidade de conduta diversa.
Coação irresistível e obediência hierárquica Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Inimputáveis Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Inimputáveis Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Menores de dezoito anos Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal I - a emoção ou a paixão; II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
POLÍCIA FEDERAL Agente da Polícia Federal Noções de Dto. Penal Prof. Guilherme Rittel
Excludentes de tipicidade: 1 Adequação social; 2 Princípio da insignificância; 3 Erro de tipo.
Excludentes de antijuridicidade: 1 Estado de Necessidade; 2 Legítima Defesa; 3 Estrito Cumprimento do Dever Legal; 4 Exercício Regular de um Direito; 5 Consentimento do Ofendido.
Excludentes de culpabilidade: 1 Coação Irresistível; 2 Obediência Hierárquica; 3 Embriaguez decorrente de caso fortuito ou força maior; 4 Erro de proibição escusável e descriminantes putativas; 5 Inexigibilidade de conduta diversa.
Coação irresistível e obediência hierárquica Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Inimputáveis Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Inimputáveis Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Menores de dezoito anos Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal I - a emoção ou a paixão; II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE: ART. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. O Brasil adota a Teoria da Equivalência das Condições (conditio sine que non). Outras teorias: T. da Imputação Objetiva e T. da Causalidade Adequada.
SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTE 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Ex: Agente atira na vítima, com intenção de matar, que ferida, é levada por ambulância para hospital. No meio do caminho, a ambulância bate. O agente que desferiu o tiro responde por homicídio tentado.
Crimes comissivos e omissivos. Crimes omissivos próprios e impróprios. Relevância da omissão (imprópria) 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Crime consumado e crime tentado: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Crime impossível Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumarse o crime.
Crime Consumado: preenchimento de todos os elementos do tipo legal; Crime Tentado: o agente não consuma o delito, após iniciar a execução, por circunstâncias alheiras à sua vontade. Desistência Voluntária: agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (responde só pelos atos já praticados); Arrependimento Eficaz: agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza (responde só pelos atos já praticados) Arrependimento Posterior: para crimes sem viol. ou grave ameaça à pessoa reparação ou restituição do dano/coisa antes do receb. da den. ou queixa-crime voluntariedade causa de especial diminuição da pena.
Art. 18 - Diz-se o crime: Crime doloso I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; Crime culposo II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Agravação pelo resultado Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
ERRO DE TIPO Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
Erro determinado por terceiro 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Erro sobre a pessoa 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
ERRO DE PROIBIÇÃO Erro sobre a ilicitude do fato Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
CONCURSO DE PESSOAS Teoria adotada pelo Código Penal: Teoria Monista (Temperada) art. 29 e 1.º. Requisitos: pluralidade de pessoas e de condutas; liame subjetivo; relevância causal das condutas; identidade das infrações penais. Autoria, coautoria, (co)autoria colateral e participação. Desvio subjetivo de conduta. Comunicabilidade das circunstâncias. Punibilidade da participação.
CONCURSO DE CRIMES Concurso de crimes e pena. a) Concurso material (art. 69): cumulo material; b) Concurso formal próprio (art. 70, 1.ª parte): exasperação; c) Concurso formal impróprio (art. 70, 2.ª parte): cúmulo material; d) Crime continuado: exasperação.
POLÍCIA FEDERAL Agente da Polícia Federal Noções de Dto. Penal Prof. Guilherme Rittel
CONCURSO DE PESSOAS Crimes unissubjetivos e plurissubjetivos. Teoria Monista, Dualista e Pluralista. Brasil adota a Teoria Monista (Temperada): Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
CONCURSO DE PESSOAS Diferenciação de autor (e coautor) e partícipe. Participação de menor importância: 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
CONCURSO DE PESSOAS Desvio subjetivo de conduta: 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
CONCURSO DE PESSOAS Circunstâncias incomunicáveis Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
CONCURSO DE PESSOAS Casos de impunibilidade Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
CONCURSO DE CRIMES Concurso de crimes e pena. a) Concurso material (art. 69): cumulo material; b) Concurso formal próprio (art. 70, 1.ª parte): exasperação; c) Concurso formal impróprio (art. 70, 2.ª parte): cúmulo material; d) Crime continuado: exasperação.
DIREITO PENAL Homicídio Art. 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. NÃO É CRIME HEDIONDO!!
DIREITO PENAL Caso de diminuição de pena (HOMICÍDIO PRIVILEGIADO) 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
DIREITO PENAL Homicídio qualificado (é crime hediondo) 2 Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; [...]
DIREITO PENAL Homicídio qualificado (é crime hediondo) IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
DIREITO PENAL Homicídio culposo (falta de um dever de cuidado) 3º Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos.
DIREITO PENAL Aumento de pena 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
DIREITO PENAL Aumento de pena 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
DIREITO PENAL Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
DIREITO PENAL Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Parágrafo único - A pena é duplicada: Aumento de pena I - se o crime é praticado por motivo egoístico; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Infanticídio DIREITO PENAL Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. Importante: Quem é o sujeito ativo do crime?
Aborto DIREITO PENAL Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção, de um a três anos. IMPORTANTE: DECISÃO DO STF NA ADPF 54 ACERCA DO ABORTO EM ANENCÉFALO.
DIREITO PENAL Aborto provocado por terceiro Quando não há o consentimento! Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos.
DIREITO PENAL Aborto provocado por terceiro Quando há o consentimento! Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (ADPF 54) Pena - reclusão, de um a quatro anos. Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência
DIREITO PENAL Forma qualificada (EM VERDADE, SÃO CAUSAS DE ESPECIAL AUMENTO DE PENA) Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
DIREITO PENAL Hipóteses em que o aborto NÃO É PUNIDO quando praticado POR MÉDICO: Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (ADPF 54) Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
DIREITO PENAL DAS LESÕES CORPORAIS Lesão corporal (leve) Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.
DIREITO PENAL Lesão corporal de natureza grave 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos.
DIREITO PENAL Lesão corporal de natureza gravíssima 2 Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incuravel; III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V - aborto: Pena - reclusão, de dois a oito anos.
DIREITO PENAL Lesão corporal seguida de morte 3 Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Crime preter-doloso.
DIREITO PENAL Lesão corporal seguida de morte 3 Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Crime preter-doloso.
DIREITO PENAL Diminuição de pena 4 Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
DIREITO PENAL Substituição da pena 5 O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; II - se as lesões são recíprocas.
DIREITO PENAL Lesão corporal culposa 6 Se a lesão é culposa: Pena - detenção, de dois meses a um ano.
DIREITO PENAL Aumento de pena 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos 4º e 6º do art. 121 deste Código. 4.º a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 6.º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
DIREITO PENAL Aumento de pena 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no 5º do art. 121. 5.º o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
DIREITO PENAL Violência Doméstica 9.º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
DIREITO PENAL Violência Doméstica 10. Nos casos previstos nos 1.º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no 9º deste artigo (violência doméstica), aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 11. Na hipótese do 9.º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência.