161 FILOSOFIA Prova escrita PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Duração: 120 min Ano: 2014 1ª fase - Junho 10º/11º anos Grupo I Selecione a alternativa correta: 1. Uma não ação é algo que A. Nos acontece. B. Fazemos deliberadamente. C. Fazemos intencionalmente. D. Fazemos voluntariamente. 2. Um relativista moral defende que A. Não há verdades morais objetivas e universais. B. Tem que haver verdades objetivas e universais. C. As sociedades têm crenças comuns sobre o que é moralmente bom ou mau. D. Há culturas com práticas imorais. 3. Consideram-se falácias informais. A. Argumentos em que não se respeita a sua forma canónica. B. Argumentos que não cumprem as regras de inferência válida. C. Os argumentos que são dedutivamente verdadeiros e indutivamente válidos. D. Os argumentos em linguagem natural que são aparentemente fortes, mas que contêm um ou mais erro de raciocínio Prova 161 1 de 6
4. Considere a afirmação: «O polícia multou-me porque não gosta de mim e a prova de que não gosta de mim é ter-me multado». A falácia cometida designa-se A. Petição de princípio B. Boneco de palha C. Derrapagem ou bola de neve D. Falso dilema 5. A função da dúvida metódica em Descartes é A. Mostrar que os sentidos nos enganam. B. Provar que não podemos estar seguros de nada. C. Encontrar um fundamento seguro para o conhecimento. D. Rejeitar tudo o que não seja claro e distinto 6. Segundo Hume, a ideia de conexão necessária entre causa e efeito A. Resulta da observação. B. Resulta de um hábito. C. Resulta de uma origem desconhecida. D. Resulta de um facto. Prova 161 2 de 6
Grupo II As perguntas.1a e 1B, correspondem, respectivamente, ao percurso A (lógica aristotélica) e ao percurso B (lógica proposicional). Deve responder apenas ao percurso que estudou. As perguntas 2.1 e 2.2 são comuns a ambos os percursos. Percurso A 1 A Considere o seguinte silogismo categórico Todos os jovens são utilizadores de redes sociais Todos os atores famosos são utilizadores de redes sociais Todos os atores famosos são jovens. Indique o modo e a figura do argumento apresentado. Teste a sua validade aplicando as regras do silogismo. Percurso B 1. B Considere o seguinte argumento: Se chove então não chove muito. Chove muito. Logo não chove. Teste a validade do argumento, recorrendo a um inspetor de circunstâncias e explique por que razão o argumento não é falacioso. Indique a regra de inferência que exemplifica. 2. A/B Leia o texto seguinte: ( ) acreditamos mais e bem mais depressa em pessoas honestas, em todas as coisas em geral, mas sobretudo nas que não há conhecimento exato e que deixam margem para dúvida. 2.1 Identifique a que meio de persuasão se refere Aristóteles nesta citação. 2.2 Indique as características deste meio de persuasão. Aristóteles, Retórica Prova 161 3 de 6
Grupo III 3.1 Leia os textos seguintes: TEXTO A Conseguimos portanto mostrar, pelo menos, que, se o dever é um conceito que deve ter um significado e conter uma verdadeira legislação para as nossas ações, esta legislação só se pode exprimir em imperativos categóricos, mas de forma alguma em imperativos hipotéticos [ ]. Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, 3.1.1 Distinga imperativo categórico de imperativo hipotético, considerando o texto A. TEXTO B O objeto da ética é dizer-nos quais são os nossos deveres, ou por que meios podemos conhecê-los; mas nenhum sistema de ética exige que o único motivo de tudo o que façamos seja um sentimento de dever. [ ] O motivo nada tem a ver com a moralidade da acção, embora tenha muito a ver com o valor do agente. Quem salva um semelhante de se afogar faz o que está moralmente correcto, quer o seu motivo seja o dever, ou a esperança de ser pago pelo seu incómodo [ ]. John Stuart Mill, Utilitarismo 3.1.2 Interprete o exemplo dado no texto segundo a perspetiva ética do autor. 3.2 Leia o texto seguinte: Sócrates- Pois bem Górgias, a retórica, ao que me parece, é uma prática estranha à arte, mas que exige uma alma dotada de imaginação, de ousadia e, naturalmente apta para o trato das pessoas. O nome genérico é quanto a mim, adulação. ( ) À retórica chamo eu adulação e considero-a como algo de feio ( ), porque ela visa o agradável sem se preocupar com o melhor. E digo que ela não é uma arte, mas uma actividade empírica, porque para oferecer as coisas que oferece, não tem razões fundadas naquilo que é a sua natureza ( ). Ora, quanto a mim, não dou o nome de arte a uma prática que não seja fundada na razão. A partir do texto exponha a crítica filosófica aos dois usos da retórica. Platão, Górgias Prova 161 4 de 6
Grupo IV 4.1 Leia o texto seguinte: Cada um admitirá prontamente que há uma diferença considerável entre as perceções do espírito, quando uma pessoa sente a dor do calor excessivo ou o prazer do calor moderado, e quando depois recorda na sua memória esta sensação ou a antecipa por meio de sua imaginação. Estas faculdades podem imitar ou copiar as perceções dos sentidos, porém nunca podem alcançar integralmente a força e a vivacidade da sensação original. O máximo que podemos dizer delas, mesmo quando atuam com seu maior vigor, é que representam o seu objeto de um modo tão vivo que quase podemos dizer que o vemos ou que o sentimos. Mas, a menos que o espírito esteja perturbado por doença ou loucura, nunca chegam a tal grau de vivacidade que não seja possível discernir as percepções dos objetos. Todas as cores da poesia, apesar de esplêndidas, nunca podem pintar os objetos naturais de tal modo que se tome a descrição pela paisagem real. O pensamento mais vivo é sempre inferior à sensação mais embaçada.» Hume Investigações acerca do Entendimento Humano 4.1.1 A partir do texto exponha a conceção de Hume em relação aos conhecimentos de facto. 4.1.2 Contraponha à perspetiva gnosiológica defendida por David Hume no texto acima transcrito, a posição cartesiana. 4.2 Leia o texto seguinte: Do ponto de vista do conhecimento objetivo, todas as teorias, por conseguinte, permanecem conjeturais. [ ] Não há choque entre a tese de que todo o conhecimento objetivo é objetivamente conjetural e o facto de aceitarmos muito dele como praticamente certo mas como certo num sentido de qualificação extraordinariamente alta; isto é, como muito melhor testado do que muitas teorias às quais confiamos as nossas vidas (como a de que o soalho não ruirá ou de que não iremos ser picados por uma cobra venenosa). Explique o critério de cientificidade defendido por Popper. Karl Popper, Conhecimento Objetivo Fim da prova Prova 161 5 de 6
Cotações Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IIV Total 6x 05 1A/B =15 2.1 = 15 2.2 = 15 3.1.1 = 20 3.1.2 = 20 3.2 = 15 4.1.1 = 20 4.1.2 = 20 4.2 = 30 I 30 II 45 III 55 IV 70 Total 30... Total 45... Total 55 Total 70... Total 200 Prova 161 6 de 6