Análise do impacto tecnológico para industria e seus efeitos na produção e destinação de seus resíduos: estudo de caso da industria de pranchas de surfe.
1. INTRODUÇÃO a)industria de pranchas de surfe gera impacto sócio ambiental negativo e geração de resíduos; Mazzoco (2007), Tiptipakorn (2009), Johnstone (2010), Rocha (2011), Grijó e Brügger (2011), Gibson, Carr e Warren (2012), Warren e Gibson (2013) e Grees (2014); b)grijó, Brügger (2011) e Mazzoco (2007) apontavam para uma concentração dos resíduos do processo produtivo de pranchas de surfe nos fabricantes em função da verticalização das etapas do processo produtivo;
FABRICANTE 1. INTRODUÇÃO DISTRIBUIDOR de BLOCOS, RESINAS e FIBRAS DISTRIBUIDOR de TINTAS, SOLVENTES, MATERIAIS e FERRAMENTAS DISTRIBUIDOR de ÁGUA e ESGOTO, ENERGIA ELÉTRICA USINAGEM ACABAMENTO PINTURA LAMINAÇÃO PRANCHA PRONTA RESÍDUOS e EFLUENTES
1. INTRODUÇÃO c)ao final da década de 2010 houve a incorporação da tecnologia de usinagem dos blocos, núcleo de espuma das pranchas, através de Controle Numérico Computadorizado (CNC). KMS4X 4 axis surfboards shaping machine- 1.mp4 d)provocou a horizontalização do processo. A partir da introdução desta tecnologia houve o surgimento de empresas especializadas exclusivamente na usinagem de blocos e outras exclusivas na laminação.
EXECUÇÃO TERCEIRIZADA DISTRIBUIDOR ELO USINAGEM 1. INTRODUÇÃO EXECUÇÃO VERTICALIZADA GRANDE FABRICANTE PINTOR ACABAMENTO PINTURA MÉDIO FABRICANTE LAMINADOR LAMINAÇÃO PEQUENO FABRICANTE
1. INTRODUÇÃO Problema de Pesquisa: com a mudança estrutural da indústria de pranchas de surfe questiona-se; quais atores desta nova estrutura industrial produzem resíduos e como o gerenciam. Objetivo da Pesquisa: mapear o atual processo, identificando os resíduos nos atores inseridos na cadeia produtiva detalhando como esses resíduos são gerenciados em comparação ao modelo descrito por Grijó, Brügger (2011) e Mazzoco (2007).
A) Usinagem Etapa onde é dado o formato de prancha ao bloco de PU através do uso de ferramenta de corte e desgaste. B) Acabamento O shaper dono do projeto da prancha realiza o acabamento final ao bloco usinado. C) Pintura Caso a prancha seja pintada,a pintura é a etapa de aplicação de tintas e vernizes. D) Laminação 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A laminação é a etapa onde é feito o isolamento e estruturação da prancha através da aplicação de uma manta de fibra de vidro e resinas sobre a superfície do bloco.
A) Distribuidores Empresas Grandes com mais de 6 colaboradores Empresas Pequenas individual B) s Empresas Grandes com mais de 6 colaboradores Empresas Médias de 4 a 6 colaboradores Empresas Pequenas até 3 colaboradores C) Laminadores D) Shaper E) Pintor 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Empresas pequenas e/ou individuais, normalmente prestadoras de serviços nos casos de laminação e pintura.
3. METODOLOGIA quanto a abordagem: qualitativa/quantitativa quanto aos objetivos: exploratória quanto aos procedimentos: estudo de caso A) A coleta de dados se deu através de visita aos alvos préselecionados mediante a aplicação de formulários do P+L. Distribuidores Laminadores Atores Grandes s Médios s Pequenos s Total 4 2 3 6 6 18
B) Avaliação Quantitativa (P+L) NOME DA NOME DA CÓD. OPERAÇÃO OPERAÇÃO CÓD. USINAGEM 1 ACABAMENTO 2 ENTRADAS QUANTIDADES ENTRADAS QUANTIDADES BLOCO PU BLOCO USINADO 0 LIXAS 30 0 LIXA 60 0 LIXA 150
B) Avaliação Qualitativa (P+L) 3. METODOLOGIA 1. Identificação do Resíduo 2. Número da Operação: 3. Característica do Resíduo: 4. O resíduo sai do processo como: Gasoso Emissão aérea Líquido Água residuária Sólido Resíduo Sólido Misto Resíduo Perigoso 7. Método de manuseio Descrever manuseio: Frequência do descarte: Tratamento: Descarte Final:
Origem do Insumo de Blocos de PU Incineração Pequenos Distribuidores Destino do Resíduo Ator Grande Grandes Distribuidor Ator Aterro Industrial 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Destino do Resíduo do Elo USINAGEM Bloco Usinado Ator Médio Pequeno Fluxo do bloco PU Coleta Municipal Destino do Resíduo Aterro Industrial Bloco de PU usinado Destino Sólido Correto Resíduo do PU Destino Sólido Incorreto
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ator Grande Médio Pequeno Elo LAMINAÇÃO Destino do Resíduo do Elo Emissão Atmosférica Ator Grande Médio Pequeno Destino do Resíduo Incineração Aterro Industrial Coleta Municipal Esgoto Público Distribuidor Laminador de Resinas e Fibras Resinas Laminação Terceirizada c/ material Destino Sólido Correto Destino Sólido Incorreto Bloco de PU pintado + resinas Prancha Pronta Fluxo de emissões e efluentes
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 100% 90% Percentual de Atores que Emitem Resíduos Sólidos 90% 80% 70% 60% 50% Geral Distribuidores Laminadores G. s 40% 30% 20% 10% 10% 15% 15% 20% 30% M. s P. s 0%
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1500 1000 500 0 TOTAL RESÍDUOS PU NO ELO USINAGEM em Kg 1175,1 Coleta Municipal Aterro Industrial 401,9 428,1 Incineração 345,1 TOTAIS 34% 36% 29% PERDA EM RESÍDUOS DE PU NA USINAGEM Kg R$ Coleta Municipal 401,9 R$ 48.861,51 Aterro Industrial 428,1 R$ 52.046,81 Incineração 345,1 R$ 41.955,98 TOTAIS 1175,1 R$ 142.864,31
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 100% 80% 60% 40% 20% 0% 83,33% 8,33% 8,33% Coleta Municipal Incineração Aterro Industrial R$ 100.000,00 R$ 50.000,00 R$ - Valores dos Resíduos pelos Destinos R$ 46.122,62 R$ 41.115,02 R$ 26.355,78 R$ 113.593,41 Coleta Municipal Incineração Aterro Industrial Total
5.CONCLUSÃO maior concentração da terceirização de etapas pelos menores fabricantes deslocando os volumes de resíduos da usinagem, pintura e laminação para os grandes distribuidores e grandes fabricantes.. a introdução da tecnologia CNC foi responsável pela descentralização dos resíduos, antes concentrados somente nos fabricantes, mas não houve redução ou reaproveitamento dos resíduos, ou um melhor gerenciamento de seu descarte. A maior parte dos resíduos continuam sendo descartados através da incineração ou coleta municipal que tem como destino o aterro sanitário.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Barcelos, R.L.; AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DA CADEIA PRODUTIVA DE PRANCHAS DE SURFE EM FLORIANÓPOLIS-SC. 2015. 150 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Administração, Univali, Florianópolis, 2015. Domingues, R.M.; Paulino, S. R. Potencial para implantação da produção mais limpa em sistemas locais de produção: o polo joalheiro de São José do Rio Preto. Gestão da Produção, São Carlos, v. 16, n. 4, p.691-704, dez. 2009. Gibson, C.; Carr, C.; Warren, A.; A Country that Makes Things? Australian Geographer, Sidney, p. 109-113, jun. 2012. Grees, T.H.; A Wooden Alternative: Examining the Environmental Impact of the Production of Surfboards. 2014. 49 f. TCC (Graduação) Curso de Bachelor Of Arts, Bates College, Lewiston, 2014. Grijó, P.E.A.; Brügger, P.; Estudo Preliminar para Gestão Ambiental na Produção de Pranchas de Surfe. Cleaner Production Initiatives And Challenges For A Sustainable World, São Paulo, Brazil, 2011. Mazzoco, A., Planejamento de um Sistema de Gestão Ambiental para os Processos de Fabricação de Pranchas de Surfe. 2007. TCC para obtenção do grau de Engenheiro Ambiental UNIVALI, 2007. Rocha, R.V.C.; Gestão Ambiental e Sustentabilidade: uma Proposta Para as Empresas s de Pranchas de Surfe. 2011. 67 f. TCC (Graduação) Curso de Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.
Muito obrigado! ricardo.barcelos@edu.sc.senac.br