DESIGNAÇÃO DA DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Domínio Específico ( X ) Domínio Conexo ( ) Natureza: Específica N o de Créditos: 08 N o de Semanas: 15 Profs.(as) Responsáveis: Maria Ednéia Martins Salandim, Ivete Maria Baraldi, Antônio Vicente Marafioti Garnica. Ementa: O objetivo principal desta disciplina é discutir, de um ponto de vista teóricofilosófico, metodologias e elementos da História da Educação Matemática. Serão abordadas questões referentes à História/Historiografia, sobre a metodologia de pesquisa História Oral (que, dentre outros usos, tem sido usada em pesquisas que se vinculam à linha História da Educação Matemática) e políticas públicas que emergiram como temas em pesquisas que se valeram de narrativas produzidas a partir de entrevistas de História Oral com professores (e outros profissionais vinculados à Educação) que ensinam/ensinaram Matemática no Brasil. Pretende-se, ainda, tomar como referencial para o trabalho em sala de aula (para estudo crítico e exemplificações) estudos já desenvolvidos (dissertações e teses) e textualizações de entrevistas de História Oral já publicadas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1997. BARALDI, I.. ; GAERTNER, R.. Textos e Contextos: uma esboço da CADES na História da Educação (Matemática). 1. ed. Blumenau: Edifurb, 2013. 183p. BLOCH, M. Apologia para la historia o el oficio de historiador. México: Fondo de Cultura Económica, 1993. BOLIVAR, A., DOMINGO, J., FERNÁNDEZ, M. La investigación biográfico-narrativa em educación: enfoque y metodologia. Madrid: La Muralla, 2001. BOLÍVAR, A. De nobis ipsis silemus? : Epistemología de la investigación biográfico-narrativa en educación. In Revista Electrónica de Investigación Educativa, 4 (1), 2002. FERREIRA, A. C.; BRITO, A. J.; MIORIM, M. A. (Org.). Histórias de formação de professores que ensinaram matemática no Brasil. 1. ed. Campinas: Ilion, 2012. v. 1. 273p. CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação. Porto Alegre. n. 2, 1990. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS EM REVISTA, v.32, n. 2, jul./dez., 2010. GARNICA, A. V. M; FERNANDES, D. M.; SILVA, H. da. Entre a amnésia e a vontade de nada esquecer: notas sobre Regimes de Historicidade e História Oral. Bolema, Rio Claro, v. 25, n. 41, p.213-250, 2011. GARNICA, A. V. M. ; MARTINS-SALANDIM, M.E.. Livros, leis, leituras e leitores: exercícios de interpretação para História da Educação Matemática. 01. ed. Curitiba (PR): Appris, 2014. v. 1000. 297p. GARNICA, A. V. M. ; SOUZA, L.A. de. Elementos de história da educação matemática. ed. São Paulo: Coleção Cultura Acadêmica - Editora UNESP, 2013. v. 500. 490p. GARNICA, A. V. M.. Cartografias Contemporâneas: Mapeando a Formação de Professores de Matemática no Brasil. 1. ed. Curitiba (PR): Appris, 2013. 331p. HARTOG, F. O tempo desorientado Tempo e História: como escrever a história da França? In Anos 90. Porto Alegre, n.7, pp. 07-14, jul. 1997. HARTOG, F. Tempo e Patrimônio. Varia Historia. Belo Horizonte: UFMG, vol. 22, n. 36, pp. 261-273, jul./dez. 2006. LARROSA BONDÍA, J. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro: Autores Associados, n.19, p. 20-28, 2002. PERKS, R. e THOMSON, A. The Oral History Reader. London: Routledge, 1998. PORTELLI, A. Ensaios de história oral. Tradução de F. L. Cássio e R. Santhiago. São Paulo: Letras e Voz, 2010.
RICOEUR, P. O conflito das interpretações: estudos de Hermenêutica. Porto: Rés, 1988. RICOEUR, P. Du texte à l action: Essais d hermeneutique II. Paris: Seuil, 1986. RITCHIE, D. A. Doing Oral History. London: Prentice; New York: Twayne, 1995. THOMPSON, J. B. Ideologia e Cultura Moderna: Teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes. 1995. METODOLOGIA: Parte das aulas devem servir para estabelecer algumas ideias sobre História e Historiografia, sobre a metodologia de pesquisa História Oral e sobre Hermenêutica de Profundidade. Estas aulas serão expositivas, guiadas por textos previamente disponibilizados. As demais aulas ocorrerão na forma de seminários a serem coordenados, alguns pelo professor, alguns pelos alunos, também a partir de textos previamente disponibilizados. Entende-se que os textos listados como referência bibliográfica inicial devem ser todos estudados, mas a eles devem ser incorporados textos específicos, atendendo aos interesses da turma e às especificidades dos projetos de pesquisa de cada um dos alunos matriculados. Portanto, é fundamental atentar para a natureza inicial e básica da listagem bibliográfica apresentada neste Plano de Disciplina. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Cada aluno deverá apresentar um texto (T) ao final da disciplina a partir de um conjunto de temas apresentados pelos docentes Cada aluno apresentará um Seminário (S) sobre a elaboração e elementos do texto (T). A média final (MF) será a média aritmética ponderada das notas de (T) e (S): T * 0,6 S *0,4 2
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA 1. História e Historiografia 1.1 História, Historiografia, Histórias particulares (História da Ciência, História da Educação, História da Matemática/Física/Biologia/Química, História das Instituições, História das Disciplinas Escolares) 1.2 O método historiográfico como abordagem qualitativa de pesquisa 1.3 Fontes e documentos, fatos e versões, verdade e plausibilidade, abordagem global e local 1.4 Escola dos Annales, História Cultural 1.5 Interlocuções da História e outros campos do saber acadêmico-científico: História da Educação Matemática 2. História Oral 2.1 História Oral como metodologia 2.2 História Oral como metodologia em Historiografia/em História da Educação Matemática 2.3 Uma abordagem ao significado de narrativa 2.4 Potencialidades de narrativas para a pesquisas História da Educação Matemática 2.5 Algumas pesquisas em Educação Matemática que mobilizaram a História Oral 3. Hermenêutica de Profundidade 3.1 Formas simbólicas 3.2 O referencial teórico e metodológico da Hermenêutica de Profundidade 3.3 A Hermenêutica de Profundidade e metodologias de apoio 3.3.1 A Hermenêutica de Profundidade e a História Oral 3.4 Algumas pesquisas e possibilidades de pesquisas mobilizando a Hermenêutica de Profundidade 4. Elementos de História da Educação Matemática 4.1 Políticas Públicas 4.1.1 CADES 4.2 Centro de Ciências
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO: Educação para a Ciência ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Ensino de Ciências DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA BRASILEIRA CARACTERÍSTICA: Domínio Específico Natureza: Específica Nível de Mestrado e Doutorado CARGA HORÁRIA: 120 horas/aula DURAÇÃO: 15 semanas NÚMERO DE CRÉDITOS: 08 (oito) NÚMERO MÍNIMO DE ALUNOS: 5 (cinco) NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS: 20 (vinte )